segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

1º CAPITULO “Ser seu anjo” – AMOR EM GUERRA


Demetria Devonne Lovato, 23 anos, nasceu em uma família simples, na cidade de Fort Bragg, na Carolina do Norte, EUA. Desde pequena era possível ver até mesmo em seu olhar a quão boa era, menina inteligente e muito bem educada. Mesmo sendo tão boa, nem sempre a vida foi justa com ela, quando tinha apenas 11 anos perdeu sua mãe, em um acidente de carro, mesmo sendo jovem, Demetria sofreu muito, pois além de ama-la, ela partiu no momento em que uma garota mais precisa da mãe, Demetria estava saindo da infância e indo para a adolescência, estava na famosa fase da pré-adolescência, aquele momento em que o corpo de uma menina muda bastante e que se começa sentir a primeira paixão, um conselho de uma mãe nesse momento era mais que necessário, porem Demetria não a teria, nem mesmo seu pai, Eddie, homem trabalhador e muito amável, nem seu único irmão, Logan, que apesar de ser quatro anos mais velho que ela tem um jeito de criança de não levar nada muito a serio, não poderiam ajuda-la a passar por essa fase. Mesmo assim Demetria, ou Demi, como prefere ser chamada, não se deixava abater por nada, mesmo pobre, não desistiu de seus sonhos enquanto não os alcançou, e mesmo que com muitas duvidas, enfrentou-as a trancos e barrancos seguiu sua vida. Demi sempre gostou de ler e adorava crianças, tinha paciência de Jó com elas, muitos diziam que é por isso que ela se dá tão bem com seu irmão, por essas e outras fez faculdade de pedagogia e se tornou professora de português e literatura da 1ª e 2ª ano do fundamental de uma escola publica da cidade. Ela poderia muito bem ter escolhido outra coisa, algo que lhe desse mais reconhecimento e lucro, como medica, advogada, juíza ou jornalista, ela tem inteligência o suficiente para isso e consequentemente oportunidades não a faltariam, porem ela em nenhum momento se arrependeu de sua decisão, amava ensinar aquelas crianças e tinha esperanças de torna-las grandes leitores. Quando tinha 16 anos, Demi conheceu Joe, que, há dois anos, é o seu então marido.
Joseph Adam Jonas, 23 anos, apesar de sua aparência forte e muitas vezes mostrar-se uma pessoa um pouco seria, Joe, como os amigos o chamam, sempre foi calmo, brincalhão e amigo, uma pessoa na qual pode se confiar de olhos fechados, filho único de Paul e Denise, sempre foi muito bem criado e igualmente mimado, fato que, apesar de toda sua bondade, o fez ser alguém extremamente irredutível, se ele quer algo vai ter, e se alguém quiser que ela faça algo que não o agrade, acredite, ele não o fará, isso chateava algumas pessoas, mas nada que o prejudicasse ou lhe tornasse uma má pessoa, assim como Demi, nascera e crescera na cidade de Fort Bragg, era estudioso, mas não por gostar da escola, mas sim porque queria ter um currículo acadêmico invejável quando se formasse, o motivo? Não sei se sabem, mas a cidade de Fort Bragg tem em seu território o Delta Force que é o nome popular dado à unidade que é a principal força contraterrorismo e de operações especiais do Exército dos Estados Unidos, essa base já mandara soldados para participar de guerras como    Crise do Irã, Invasão de Granada, Invasão do Panamá, Guerra do Golfo, Guerra do Afeganistão, Guerra do Iraque... E isso, por algum motivo encantava Joe desde pequeno, tanto que sempre falou que queria ser soldado, ninguém acreditava, pois primeiro ele ainda era novo, poderia mudar de ideia mais tarde, outra que, como já foi dito, Joe é uma pessoa calma, sempre foi, jamais que acreditaria que uma pessoa calma pudesse se tornar um soldado, mas, como também já foi dito, quando ele põe uma coisa na cabeça, ninguém o faz tirar, nem mesmo Demetria nem sua mãe, as mulheres na qual ele mais ama o fez mudar de ideia quando ele se inscreveu para ir para o exercito. Desde então ele mudara muito, esta sempre alerta, um pouco mais bruto e serio e seu corpo crescera, ficara mais forte, mas isso não afastava ninguém, pois ele ainda era o Joe que todos amavam. Logo depois de se casar com Demi, foi enviado pelas tropas para combater no Afeganistão, ele logo aceitara, pois uma recusa o faria sair da corporação, porem deixou sua mãe, que mais coruja não existia, e sua mulher, que nunca aceitou a decisão do marido, desesperadas, mesmo não aceitando acabaram se curvando a decisão dele. Desde então já se fazia um ano e meio ano que ele ficava na base do Afeganistão, se orgulhara de nunca de ter sofrido um acidente, mesmo tendo varias vezes quase sido atingido por balas, que poderiam ser fatais, e de por varias vezes ter visto colegas da mesma base que ele morrerem do seu lado, porem isso não o abalava nem um pouco, ele sente orgulho em ser soldado, sente orgulho em servir o país.

Demi e Joe, bom, na verdade, Joe mais ou menos, vivem em um apartamento perto da casa do pai de Demi, o apartamento não é gigante, mas bem aconchegante, sala, cozinha, banheiro, dois quartos, uma pequena área de serviço e uma área grande, nada exagerado claro, pois é um apartamento, mas que era grande o suficiente para que se pudesse criar um cachorro, que nesse caso é Oliver, o grande companheiro de Demi, já que constantemente ficava em casa sozinha, e considerado por Joe o filho do casal. Demi segue uma rotina, que as vezes chega ser entediante, nos dias de semana acorda cedo, toma banho, faz um rápido café da manhã, leva Oliver para uma rápida passeada na rua, volta se arruma e vai para escola dar aula, mesmo que as vezes tenha horário livre, raramente pode aproveita-lo, pois por varias vezes tem que substituir um professor que faltou, mesmo que ele não fosse de sua matéria, ou então estava em reunião com algum pai. Almoça numa lanchonete que fica perto da escola, na qual a dona é sua melhor amiga Miley, volta para escola para dar aula no turno da tarde, volta para casa, dá mais uma passeada com Oliver, mas desta vez mais demorada, volta para casa e faz um lanche qualquer, assisti um pouco de TV, para saber, por exemplo, se tem alguma noticia sobre a guerra na qual Joe está, e antes de dormir corrige provas e atividades, soma as notas, até que o sono fosse maior e ela enfim fosse dormir. Nos finais de semana, se permitia acordar um pouco mais tarde, assim como no dia de semana leva Oliver para passear, volta corrige algumas provas ou atividades que estão atrasadas, almoça na casa do pai e lá fica até tarde, volta para casa, toma um banho e dorme, todo santo dia é assim, isso só muda quando Joe ganha licença para ficar em casa, nesses dias ela também pede licença da escola, e nem toca nas atividades ou provas, aproveita cada minuto possível junto ao seu amado. Esses dias de “rebeldia” na rotina de Demi logo se repetirão, em três dias seria o aniversario de Joe, e como presente ganhou do exercito autorização para passar a data em casa, ficaria apenas quatro dias, mas isso até que é normal, raramente ganhava mais que isso, somente no fim de ano que, algumas vezes, ganha a semana inteira livre, porem jamais ganhara mais que isso. Já se completava pouco mais de dois meses a última vez que Joe ganhara uma licença, nesse meio tempo só conseguiram trocar dois telefonemas, porem toda semana mandavam cartas um ao outro, muitas demoravam a chegar, ou chegavam na ordem errada, mas ainda com esses problemas é a maneira mais eficiente que eles têm para se comunicarem.
Ter Joe em casa, mesmo que por pouco tempo sempre foi muito especial para Demi, mas desta vez será a mais especial de todas.
_ Então Joe ganhou uma nova licença? – perguntou Miley. Demi estava em sua hora de almoço, como sempre vai à lanchonete da amiga, que com o movimento mais baixo naquele horário aproveitou para ir conversar com a amiga.
_ Sim. – respondeu Demi com um sorriso de canto a outro no rosto. Porem Miley, mesmo que feliz pela amiga, não mostrou o mesmo entusiasmo. _ Liam não ganhou né? – perguntou Demi ao ver o desanimo da amiga.
_ Não. – respondeu forçando o sorriso. Liam é o marido de Miley, e assim como Joe é soldado, foi justamente no encontro de parentes de soldados, que acontece pelo menos uma vez por mês, que elas se conheceram. Ao contrario de Demi, Miley nunca se opôs a decisão do marido de se tornar soldado, ela achava uma linda escolha, mas mesmo apoiando-o ela sentia falta do marido que já estava quatro meses sem ganhar nenhuma licença.
_ Eu tenho certeza que até o próximo mês eles vão o liberar, eles não podem deixar um soldado tanto tempo sem ir para casa. – falou Demi, tentando reconfortar a amiga.
_ Não sei... Já escutei casos de soldados que ficam o ano inteiro sem poder voltar para casa, e se isso acontecer com Liam?
_ Eles só fazem isso quando o soldado não tem nenhum familiar próximo vivo, ou se o próprio soldado não quiser, o que eu sei que não é o caso de Liam. – falou Demi. _ Fique calma tenho certeza que em breve ele voltará para casa.
_ Espero que sim. – falou Miley. Fez-se um silencio por um curto tempo. _ Vocês vão fazer alguma festa para ele? Algo de especial? – perguntou tentando afastar o clima ruim.
_ Estávamos pensando em uma festa, mas ele vai chegar cansado, então decidimos que vamos fazer um almoço, mais tranquilo, só com amigos e familiares... E você terá que estar presente, viu loirinha? – intimou Demi. Demi costumava a chamar Miley de loirinha, pelo fato da cor de seu cabelo ser loiro, e Miley chama a Demi de morena, por seu cabelo preto.
_ É claro que eu vou morena. Preciso levar alguma coisa? – perguntou.
_ Claro que não! Você vai como convidada – respondeu Demi.
_ Tudo bem, mas você sabe que qualquer coisinha pode me pedir, eu não me importo de ajudar. – falou Miley, e isso é a mais completa verdade, Miley sempre estava para quem dela precisasse, agitada, não para quieta sempre esta fazendo algo, ou para si ou para o próximo, é o tipo de pessoa que se pode contar sempre.
_Sei disso. – respondeu Demi olhando para o relógio para ver se já estava na hora de voltar para a escola, ainda faltavam alguns minutos.
_ Você já sabe como dizer a ele? – perguntou Miley.
_ Oi? – perguntou Demi não entendendo de primeira.
_ O bebê? – perguntou Miley.
_ Ah sim. – falou Demi desanimada. _ Eu não sei.
_ Ah Demi você estava tão animada. – falou Miley.
_ Eu sei, eu estou feliz. – afirmou Demi, mesmo que sua expressão demonstrasse o contrario. _ Mas eu estou um pouco receosa sobre isso. – revelou.
_ Ele vai amar. – falou Miley.
_ Eu não teria tanta certeza... Ele nunca se mostrou muito interessado nesse assunto.
_ Joe é uma pessoa boa e te ama, nunca que vai ficar contra. – falou Miley.
_ Assim espero.
          (...)
Joe chegaria à cidade na noite de uma quinta-feira, Demi e os pais dele o buscariam no aeroporto, porem um dia antes, na quarta-feira passaram quase o dia inteiro comprando tudo o que se precisava para fazer o almoço, que seria na sexta-feira. Nesse dia Demetria chegara mais cansada do que de costume em casa, assim que abriu a porta, jogou a bolça em qualquer canto e se jogando no sofá, ignorando os pedidos intensos de Oliver para brincar. Mesmo estando apenas de dois meses, Demi já sentia as diferenças que a gravidez recém-descoberta a estava fazendo, uma delas era o cansaço, que até poderia ser justificado pelo excesso de trabalho mais o preparo para o almoço mais a rotina entediante, porem ela sabia que um das causas era a criança que crescia em seu ventre, e que mesmo tão pequena já a dera muito a se pensar, sabia que Joe a amava, mas sabia que não estava nos planos dele ter um filho agora, tinha medo de ele achar ruim e tinha medo dele não aceitar as mudanças que uma criança traria na vida deles, mas não podia negar, mesmo com todas essas preocupações, Demi amara a noticia, bom, na hora em que descobriu não fez festa de alegria por isso, o choque foi bem maior, não queria acreditar de nenhum jeito que isso estava realmente estava acontecendo, mas depois que foi na primeira consulta no medico, que foi há duas semanas, ficara extremamente feliz. A única que sabia sobre a gravidez era sua amiga Miley e seu irmão Logan, nem mesmo seu pai sabia.
    
No dia seguinte, a tão aguardada quinta-feira, Demi acordou cheia de dores, sem perceber acabou dormindo no sofá mesmo, só acordara pelo fato de que seu celular estava programado para desperta sempre no mesmo horário, pois de dependesse somente de sua boa vontade, não acordaria antes das 11. Espreguiçou-se na tentativa de não só se alertar, mas também para tentar afastar um pouco das dores, mesmo sabendo que elas a acompanhariam pelo dia, já que dormira da maneira mais deselegante possível.
Levantou-se e tentou seguir sua rotina de sempre, mas claro que hoje ela estava diferente, mais sorridente e apesar do cansaço e dores, muito mais animada, enfim veria Joe, ela enfim voltaria para seus braços, ela enfim poderia sentir seu cheiro novamente, não teria mais que procurar uma das poucas roupas, que ele não leva consigo, para cheira-las como faz nos dias que lhe ataca a carência do marido. Contava os segundos para que as aulas acabassem e ela pudesse correr para o aeroporto esperar a chegada do amado.
          (...)
O sinal bateu e não se sabia se era ela ou os alunos os mais desesperados para irem embora. Demi saiu da sala que nem um foguete, nem mesmo passara na sala dos professores para deixar suas coisas e despedir-se de seus outros colegas professores, ela estava de carro mesmo, não ligava para o peso extra e ninguém iria morrer por causa de um simples tchau, pensou ela.
Enquanto dirigia tentou manter a calma, afinal de contas, não queria que o seu nervosismo acabasse lhe causando um acidente, mas o trafego de nada lhe ajudava, por dois fatores simples, primeiro que o aeroporto era longe de onde mora e trabalha, mais precisamente, do lado oposto da cidade, fizeram isso não por acidente, mas sim por que querem afastar o máximo possível o trafego aéreo do Delta Force, isso porque não queriam que sofresse ameaças de um ataque terrorista na base e queriam um espaço livre para quando fizessem seus treinamentos diários de aviação. Segundo motivo, agora era o horário de pico, crianças saindo da escola, pais do trabalho, resultado? Transito engarrafado e estressante, tudo o que Demi não queria naquele momento. Tentando não se estressar Demi ligou a radio e deixou na primeira estação de radio que viu, e por pura coincidência começara a tocar a musica de Joe e Demi, bom, na verdade uma das musicas, já que eles nunca entravam em consenso de qual musica era a mais importante, sempre tinha uma que os lembravam de um momento inesquecível. Mas nesse caso a musica era Your Guardian Angel - The Red Jumpsuit Apparatus, Joe tirou uma parte desta canção para colocar nos votos do casamento.
“I will never let you fall
(Nunca deixarei você cair)
I'll stand up with you forever
(Eu estarei de pé com você eternamente)
I'll be there for you through it all
(Eu estarei lá por você do começo ao fim de tudo)
Even if saving you it sends me to heaven”
(Mesmo que salvar você me mande para o céu)
Escutar de certa forma a acalmou, mas também lhe deixou com mais saudades de seu marido.

Demoraram-se quase duas horas para que chegasse ao aeroporto, se não atrasasse em uma hora o avião em que Joe estava estaria pousando. Paul e Denise, pais de Joe, haviam acabado de ligar para Demi para avisar que logo chegariam, também pegaram engarrafamento.

Demi não conseguia parar de andar de um lado a outro no local que estava perto do portão de chegada do voo de Joe.
_ Acalma-se Demi. – falou Denise, que não chegara há muito tempo, mas já havia ficado aflita com a aflição de Demi.
_ Não consigo. – falou Demi, que parou de andar de um lado para o outro e começou roer as unhas. Paul riu.
_ Acho que ele está naquele avião. – falou Paul apontando para a parte de fora, na pista pouso, já que como o prédio é todo vidrado dá para ver a pista. Demi instantaneamente abriu um sorriso.
As pessoas começavam a acumular no portão da chegada, todos queriam rever seus parentes e amigos.
De longe se pode ver um homem forte, com a roupa de camuflagem típica de soldados, com uma bota preta, ele se destacava na multidão. Via-se que muitos o olhavam com admiração, um herói da pátria. Demi no impulso saiu correndo em direção a ele e só parou quando já estava amparada nos braços dele e selando um beijo de se perder o ar. Seu amado finalmente estava novamente perto de si. Podendo cumprir sua promessa de ser seu anjo.
     CONTINUA... 
E eu não sei como sobreviver,
Eu só preciso de você agora,
Eu só preciso de você agora,
Oh, amor eu preciso de você agora.
Need You Now - Lady Antebellum     
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Demorei a postar o primeiro capítulo porque queria escrever vários capítulos para poder fazer uma maratona de natal, mas infelizmente não consegui, minha criatividade entrou de férias :\. Vou tentar fazer uma maratona na primeira semana de 2013, mas não garanto nada.
Bjssssssss e Feliz Natal para todos!!!    

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sinopse - Amor em Guerra

Demetria e Joseph, um jovem casal, casados a pouco mais de dois anos, ela professora e ele soldado do exercito americano, ambos amados por todos e vistos como, apesar de novos, um casal que promete um futuro lindo. Demetria há alguns meses recebeu a melhor noticia de sua vida, mas seria esta noticia, na qual foi tão boa para Demetria, capaz de abalar uma relação solida? Ou ela a faria mais forte ainda?




P.S.: Só postarei o primeiro capítulo segunda-feira

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

40º CAPITULO “Recomeçar” (Último)


As luzes já haviam sido apagadas, mas eu ainda estava acordada, ficava imaginando como estavam todos, como seria minha vida daqui para frente, estes foram os mais longos três meses da minha vida, porem foram justamente os mais decisivos, graças a estes últimos três eu teria certeza que abri as portas para viver bem por muitos e muitos anos.                                     

Passei a manhã inteira ansiosa, eu não sabia o que poderia esperar, seria eu capaz de me manter saudável fora das paredes desta clinica? Doutor Robert tinha razão, as coisas iriam ser diferentes, aqui estávamos cercadas de atenção, livres de qualquer pressão negativa, tínhamos regras e constante acompanhamento psicológicos, pessoas capacitadas para te orientar nos momentos em que nos sentíamos mal. Lá fora eu teria que enfrentar a mídia e suas regras do que é bonito ou não, e as pessoas que me rodeiam, por mais que possam tentar, jamais conseguiriam dar conselhos tão bons como os profissionais desta clínica.

No total eu tinha ficado três meses e alguns dias, foram 84 dias e aproximadamente 1992 horas, esse foi o tempo que eu precisei, algumas saiam com menos, outras com muito mais, mas, ainda sim, para mim foi muito tempo, nunca tinha ficado tanto tempo longe de casa, mas sei que foi necessário e agora, em questões de horas, eu poderia revê-los, reveria a todos que tanto amo e sinto falta, meu coração saltitava de felicidade e o meu sorriso insistia em não querer sair do meu rosto. Eu havia mudado muito nesse tempo. Apesar de todas as minha duvidas sobre o que pode acontecer comigo assim que eu sair daqui, eu me sentia muito confiante comigo mesma, mais confiante de como eu estava, sobre o que eu queria. Meu corpo, de nada parece com o que eu tinha antes, eu tinha ganhado formas, formas de mulher, mulher que eu estava me formando, eu não era mais aquela garotinha medrosa eu sou agora uma mulher.

Apesar de ser meu ultimo dia naquele lugar, eu tinha que continuar seguindo todas as regras e horários até a chegada de quem iria me buscar, porem eu não iria reclamar, afinal era o ultimo dia, logo sairia pela porta da frente, de maneira diferente de que entrei, e veria todos os qual sentia falta. Eu me orgulho muito por isso, fui capaz de reconhecer que estava doente e fui forte o suficiente para me recuperar.

Apesar de saber que o tempo estava na mesma velocidade de sempre, eu não pude deixar de achar que a tarde estava demorando a chegar. Como era de regra, todos os dias éramos acordadas as 07h30min da manhã, fazíamos nossa higiene, tomávamos o café da manhã e logo íamos para as nossas primeiras atividades, eu já tinha feito tudo isso e estávamos nos nossos raros tempos livres, antes do almoço, eu estava numa espécie de sala, em que tinha um grande sofá e uma TV de plasma, que era totalmente censurada, não se podia ver nenhum programa que pudesse, mesmo que indiretamente, incentivar a beleza magra, como por exemplo programas de concurso de beleza, modelos... Perto da TV tem um grande relógio e eu não tirava os olhos deles, eu nem sabia que hora que eles iriam chegar, só sabia que seria na parte da tarde, e até onde me ensinaram, parte da tarde é a partir de meio-dia, então eu ansiava por esse horário mais que nunca, mesmo sabendo que isso significava que em meia-hora seria servido o almoço, mas também eu nem mais ligava para isso, meu corpo já comportava o volume de alimento que eles me ofereciam e eu já aceitava todas as refeições sem me sentir mal por isso, eu sem sombra de duvidas estou melhor.

Às 16h38min, enquanto eu estava em uma das últimas atividades diárias, que no caso de hoje era pintura, eu não tenho nenhum talento para pintura, mas depois da atividade de musica, essa era a minha preferida, uma das ajudantes que trabalham lá me chamou.
_ Seus familiares já vieram lhe buscar, enquanto eles conversam com o Doutor Robert vá buscar suas coisas, depois vá para a sala antes da recepção para encontra-los lá. – falou ela em tom de ordem, as ajudantes de lá eram legais, mas estavam sempre ficavam dizendo tudo em tom de ordem para conseguir respeito das pacientes, o que não é nada fácil quando se tem um monte de meninas se negando a comer mais, ou querendo vomitar de qualquer jeito. Porem essa era uma ordem na qual eu teria prazer em exercer, sai da atividade e fui rápido ao meu quarto, peguei a minha mala, que já estava pronta desde a noite anterior, e sai correndo para a tal salinha que fica perto da recepção, eles ainda não estavam lá, ainda conversavam com doutor Robert. Esperei por mais alguns minutos até escutar uns passos vindos em direção da sala, virei-me para porta para ver quem era e logo pude ver minha mãe. A saudade era tão grande, corri para sua direção e nos demos um abraço forte, cheio de saudades, um abraço tão forte quanto da ultima vez, eu estava tão feliz em vê-la e estava me sentindo melhor ainda por que agora eu poderei ser uma filha melhor para ela, ela não precisaria mais ficar se preocupando pelo fato de eu não comer o suficiente, agora eu poderia ser um bom exemplo para Maddie...
 Quando separamos o abraço pude ver Paul, que logo veio e me abraçou, eu também sentia sua falta e não tinha palavras para agradecer o que ele tinha feito por mim, se não fosse por ele eu jamais poderia ter recebido esse tratamento e consequentemente jamais estaria me sentindo como estou agora.
_ Então Demi, foi dinheiro jogado fora? – lembrou-me ele do que eu disse quando me traziam para cá. Eu ri, envergonhada.
_ Definitivamente não. – respondi. _ Muito obrigada Paul. – agradeci, mesmo sabendo que essas palavras não era nada em comparação ao que ele fez por mim.
_ Bom Demet... Demi. – começou a dizer doutor Robert, o qual, de tão feliz por ver minha mãe e Paul novamente, não tinha perceba a presença até aquele momento. Rimos, na final das contas, ele não se acostumou a me chamar pelo apelido. _ Estás liberada da clínica, passei todas as recomendações e cuidados necessários para sua mãe e ao senhor Paul, já está combinado que terás acompanhamento fora daqui e apesar de ter sido um prazer ter lhe conhecido, não quero lhe ver tão cedo novamente, pelo menos não aqui. – falou. Dei-lhe um sorriso e um abraço de despedida.
_ Muito obrigada por tudo doutor. – falei.
_ De nada linda. – falou com um sorriso no rosto.

O caminho de volta foi mil vezes mais agradável do que o de ida, conversamos o tempo todo, contei sobre tudo o que tinha me acontecido e eles me atualizaram sobre o mundo.
Eu, para minha surpresa, tinha me formado com louvor, e, para minha tristeza, perdi uma bela festa de formatura, que na qual recebi homenagem de meus colegas. Dallas e Joe estavam fazendo faculdade, os dois conseguiram bolsa em uma das melhores faculdades de Los Angeles, Dallas fazendo engenharia, o que sempre foi seu sonho e Joe administração, eu confesso ter ficado surpresa com essa noticia, nunca pensei que esse era o desejo de Joe, ele, mesmo já estando no último ano do colégio, sempre se mostrou bem indeciso sobre o que iria fazer, porem nunca me passou pela cabeça que ele escolheria administração, mas logo percebi que teve dedo de Paul nessa decisão, pois fazendo administração, Joe poderia continuar com a empresa que Paul construiu, Travis, Taylor e Drew, mesmo tendo tido os melhores advogado cuidando do caso deles, pegaram 3 anos de prisão, no fundo eu achava pouco, mas era melhor que nada e seriam três anos livre de represarias, meu pai não teve tanta sorte, pegou incríveis doze anos, mas essa pena poderia ser reduzida pela metade, no caso de bom comportamento e no caso dele aceitar fazer serviços comunitários, o que é claro que ele iria fazer, porem só seria avaliada esta possibilidade depois dele cumprir 1/3 da pena, isso quer dizer 4 anos de prisão, Dallas e Kevin iriam se casar no meio do ano, e queriam, bom, na verdade exigiam que um dos pradinhos do casamento fosse eu e Joe, era claro que eu aceitaria. Mas no final das contas eu queria mesmo era ver todo mundo. Apesar da viajem de volta ter sido legal a minha ansiedade para chegar fez com que o tempo continuasse a passar devagar.

Quando chegamos perto da minha rua, o céu já estava escuro, afinal já era quase meia noite, as luzes da casa estavam acessas, Paul parou o carro na frente da casa, saímos. Porem antes de entrar eu peguei a mala e só aí fomos entrar.
Estavam todos lá, com um sorriso imenso por me ver, Dallas, Maddie, Nick, Frankie, Kevin e ele, Joe, que estava vestido elegantemente, e parecia estar mais lindo que antes, se é que era possível isso.
Abracei a todos, que se mostravam felizes com a minha melhora, e deixei Joe por ultimo, pois nosso reencontro seria o mais especial, de todos, ele era o que há mais tempo eu não via, além de ser o que eu mais devia desculpas, apesar dele já ter dito que me perdoara.

Quando cheguei perto dele para lhe dar um abraço e um beijo, o mais intenso possível, ele fez sinal com a mão para que eu não me aproximasse mais. Parei e olhei-o confusa, o que tinha acontecido, eu fiz algo de mal? Ele tinha desistido de mim? Vi-o pegar uma caixinha do bolso de sua calça e ele logo começou a falar:
_ Eu nunca tive duvidas do quanto eu te amo, e nem do que eu seria capaz para te ver bem, porem, alguns meses atrás eu quase lhe perdi, eu me vi sem chão, e percebi que o meu amor por você é maior do que eu já imaginava. Você não sabe o quão orgulhoso eu estou de te ver assim, saudável, feliz e tão linda quanto antes. – sorri involuntariamente com suas palavras. _ Eu agora tenho certeza que você é a mulher na qual eu devo e quero viver pelo resto de minha vida. – Joe começou a se ajoelhar em minha frente. Meu coração foi a mil, estaria ele fazendo o que estava pensando?  _ Se você acha que esse homem que vos fala e merecedor de tal felicidade, aceita ser minha noiva? – falou abrindo a caixinha que havia pegado de seu bolso e revelando um belo anel de noivado, o qual não lhe deve ter custado pouco. Eu queria chorar de emoção e pular de felicidade, meu raciocínio estava fora de mim, eu não podia querer nada mais que isso.
_ É claro que sim, eu aceito! – respondi com um sorriso de um canto a outro da cara, eu estava tão, mas tão feliz, eu mal conseguia expressar o qual feliz estava. Joe se levantou e colocou delicadamente o anel em meu dedo, dando um beijo em minha mão, onde estava o anel, logo depois me deu o outro anel para que eu colocasse no dedo dele. Depois nos beijamos, o beijo mais intenso possível, nem mesmo nos importamos pelo fato de ter mais gente na sala, sendo eles duas crianças e nossos pais, só queríamos matar a saudade que sentíamos um do outro.
_ Eu vou te amar por toda a minha vida. – falou Joe, ofegante, por causa do beijo. Voltamos a nos beijar, mas desta vez mais rápido.
 _ Eu te amarei por toda a eternidade. – falei. Agora, saudável, noiva, com todos os problemas resolvidos eu enfim posso dizer que estou pronta para recomeçar.


               
Último capítulo postado, eu espero não ter decepcionado, estou começando a escrever uma nova fic, e amanhã já postarei a sinopse.
1º Gostaria de agradecer todo o carinho que recebi por vocês através de comentários, significaram muito para mim.
2º Gostaria de dizer que fiquei muito feliz, pois dia 15/12 a pagina bateu o recorde de visualizações (217 em um dia!!!) fiquei muito feliz e agradeço @ZfestivalBR pela indicação, com certeza isso ajudou muito.
3º Gostaria de agradecer a cada um que segue o blog.
Bjsssss

Juh Lovato: Simplesmente não tem como não gostar das suas fics
Fico muito lisonjeada com seus elogios, e também sem saber como agradecer tanto carinho.
AWWWWWWWM EU TENHO UMA FÃ *-------*
Espero que você também goste da próxima fic e que não tenha ficado decepcionada com esse final.
Bjssss linda.

domingo, 16 de dezembro de 2012

39º CAPITULO “Viver bem por muitos e muitos anos” (penúltimo) - Recomeçar


_ Esta tudo bem Demetria, sei que será difícil para você, mas estamos aqui para lhe ajudar.
M inha mente ainda se acostumava com a ideia de que eu estava errada, o que via no espelho não era eu, mas sim uma versão maior, eu não me entendi mais, eu estava confusa com tudo isso, se eu não poderia confiar em meus próprios olhos, como melhorar? Como esse lugar conseguiria me ajudar?
Pior que a confusão que estava em minha mente, era a culpa que eu sentia, eu acusei a todos de estarem fazendo mal a mim, os ignorei, briguei, os magoei e no fim das contas eles estavam completamente certos, eu tinha um problema, eu tinha que ficar nessa clínica, eu tinha que me trata, eu não poderia continuar vivendo da maneira que eu estava.
Eu tinha feito papel de idiota, de criancinha que não escuta quando é necessário, eu briguei com Joe, eu não poderia voltar atrás e mudar tudo isso, eu o perdi por pura ignorância. No final das contas eu fui o meu pior monstro.

Assim que sai da sala do psicólogo, me levaram para uma sala com vários equipamentos de medico e começaram a fazer exames, de sangue, para saber se me faltava algum nutriente, de peso, para saber o quanto eu estava abaixo do peso. Deve ter demorando quase uma hora para fazer tudo, mas eu só receberia os resultados amanhã.

Já era hora do almoço, mais uma seção de tortura, eles colocavam no prato o tanto que eles acham que nos devemos comer, porem era claro que meu corpo jamais aguentaria aquilo tudo, eu ainda não tinha digerido a sopa, o sanduiche ainda estava em minha garganta e eles já queriam me empurrar o almoço? É, agora já estava mais que comprovado que meu lugar era ali.
                               (...)
Quando a noite já chegava, depois que todas as atividades haviam terminado, recebi uma ligação de casa, conversei com Maddie, Dallas e minha mãe, todas ficaram felizes ao perceber que eu percebi que estava doente e que estava disposta a me recuperar, eu iria aproveitar essa chance que estavam me dando e voltaria saudável e pronta para refazer minha vida. Demoramos tempos no telefone, eu poderia ficar por meia hora e é claro que eu iria usar todo esse tempo para conversar com minha família.
Quando percebi que meu tempo estava acabando e que minha mãe logo iria finalizar a chamada, a chamei a atenção.
_ Mãe. – falei.
_ Sim filha.
_ Ele. – comecei a falar. _ Você o viu? – perguntei. Minha mãe entendeu o que eu queria dizer.
_ Sim filha, eu o vi. – respondeu.
_ Ele está muito nervoso comigo? Eu fiz burrada com ele. – lamentei-me.
_ Claro que não filha, ele te ama, você não sabe o quanto. – falou ela e fez uma pequena pausa. _ Ele queria falar com você, ele iria participar dessa ligação. – falou-me.
_ Jura? – perguntei feliz na esperança que talvez eu não o tivesse perdido. _ Porque ele não falou comigo então?
_ Ele ficou com medo de sua reação, ficou com medo de você tornar a rejeita-lo. – respondeu-me. Claro, eu o ignorei o máximo que pude, ele deveria estar pensando que eu o odiava, mas em nenhum momento eu o odiei, de fato, eu fiquei com raiva, me senti traída, mas eu nunca deixei de ama-lo. _ Se quiser posso chama-lo amanhã. – sugeriu.
_ Você acha que ele aceitaria? – perguntei.
_ Se ele souber que você quer falar com ele, sem duvidas. – respondeu.
_ Eu quero, muito – afirmei.
_ Paciente Demetria, o seu tempo acabou, despeça-se e vá para o refeitório. – ordenou, com o tom autoritário, uma das enfermeiras que circulam pela clínica observando se estava tudo em ordem.
_ Já vou. – respondi. _ Mãe, eu já tenho que ir. – anunciei triste. _ Eu te amo viu?
_ Eu entendo filha, eu também te amo minha linda. Beijos.
_ Beijos. Tchau.
_ Tchau linda. – desligamos. Hora do jantar, seria meu corpo capaz de aguentar mais uma refeição?
                               (...)
Mesmo sabendo que eu não estava sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo, eu, novamente, acordei com a esperança de estar em casa e não nessa clínica, aquele era o meu lugar, eu precisava estar ali, mas mesmo sabendo disso, eu definitivamente não queria ficar ali, se eu ficava era por:
 1. Eu era obrigada,
2. Não tinha para onde fugir,
 3. Não tinha como fugir e
4. No fundo eu sei que é o melhor para mim.
Porem confesso que hoje eu acordei um pouco mais animada, motivo? Havia a possibilidade de receber um telefonema de Joe, eu queria tanto voltar a escutar sua voz, e mais ainda pedir desculpas por ter sido tão idiota com ele.

Na hora do café da manha pensei em fazer igual a uma das meninas na noite de ontem, na hora do jantar, que se recusava de qualquer jeito a comer, fez um escândalo quando algumas enfermeiras tentavam convence-la a comer, o que fez com que todos no refeitório participassem indiretamente da confusão, isso durou até um dos psicólogos do lugar aparecesse, não sei o que eles conversaram, muito menos qual foi o conselho ou, seja lá o que eles façam nessa situação, funcionou, no final ela comeu. Por esse detalhe no final eu acabei não fazendo nada, vi que não adiantaria mesmo, no final todas acabavam comendo o que davam, algumas passavam mal por isso, mas não tinha como fugir da refeição.
                               (...)
Na conversa com o doutor Robert, o psicólogo do meu caso, antes de tudo, ele me passou os resultados dos exames que eu havia feito.
_ Bom Demetria – começou falando.
_ Desculpa. – pedi o interrompendo. _ Mas me chame apenas de Demi, se possível.
_ Tudo bem, Demet... Demi. – falou, consertou-se a tempo. _ Os resultados não foram muito bons. – falou. _ Mas tampouco foram os piores. – falou, fiquei feliz ao saber que meu caso não era impossível. _ Você está com começo de anemia, por isso sua dieta ganhará porções extras de beterraba, feijão e folhas verde escuras. – falou, eu fiz cara feia. Não gosto de feijão e a única folha que às vezes, nas minhas raras refeições, eu comia era alface, beterraba até que ia, mas o feijão e as folhas eu teria muita dificuldade de engolir. Ele deu um breve sorriso da minha cara. _ Isso só até você sair do risco de ter. – falou. _ Seria bem pior se você já estivesse com, algumas pessoas tem que tomar vitamina com fígado cru como ingrediente. – disse. Fiz uma cara mais feia ainda, ainda bem que meu caso não era tão critico, por que era capaz de eu morrer a ter que tomar vitamina com fígado cru, doutor Robert também fez cara de nojo. _ Eu sei. Bem nojento... Agora sobre o seu peso, você, para estar no peso, que foi calculado como o ideal, deveria ter, pelo menos, 16 quilos a mais. – falou. Eu estava incríveis 16 quilos abaixo do peso, eu nunca tinha visto isso, por mim, se pudesse, eu emagreceria muito mais, é bem confuso tudo isso, como eu poderia estar tão magra e não ver?
                               (...)
Na hora da ligação, confesso que meu coração estava a mil, porem ao rolar da conversa ele foi se tranquilizando, pois parecia que Joe não iria falar nada. Minha mãe não disse nada sabre ele, porem eu estava feliz, pois pelo menos eu as tinha para conversar, mas não posso mentir, eu queria muito falar com Joe.
Quando pensei que iriamos finalizar a chamada, minha mãe torna a chamar minha atenção:
_ Demi. – falou ela. _ ele esta aqui, você quer falar com ele? – perguntou, não precisei fazer muito esforço para perceber de quem ela falava, era Joe, ele estava lá, meu coração novamente acelerou.
_ Quero. – falei empolgada.
_ Vou passar para ele, beijos minha linda. – despediu-se.
_ Beijos mãe. – despedi. Aguardei um pouco até que, depois de tanto tempo, pude novamente escutar sua voz.
_ Demi?
 _ Joe. – fez-se um silencio ambos não sabiam o que dizer. _ Eu sinto sua falta. – falei por fim.
_ Eu te amo. – falou do outro lado, sua voz mostrava que ou ele já estava chorando ou em breve choraria.
_ Você esta chorando? – perguntei.
_ Você aflora o gay que há em mim. – falou ele agora com um tom de humor, mas que não foi o suficiente para esconder o fato de que ele chorava. _ Você me perdoa? – perguntou. _ Eu juro que não fiz por mal.
_ Você não tem que pedir perdão, você não fez nada de mal. – respondi. _ Eu que tenho, eu lhe ignorei e lhe juguei como se você tivesse feito algo de mal a mim, mas tudo o que você fez foi me ajudar. – falei. _ Perdoa-me Joe.
_ Eu lhe entendo Demi, eu te amo. O importante é que quando você sair daí você estará pronta para começarmos nossa vida, juntos, nos vamos nos casar Demi. – falou ele. Eu ri do seu pensamento. _ Eu estou falando sério, não estou com um anel aqui, nem ajoelhado, isso é um pedido não oficial de casamento. Você aceita? – perguntou.  Eu não consegui dizer nada, Joe era brincalhão estaria ele brincando agora? _ Demi você ainda esta aí? Eu não brinquei no que disse. – falou ao perceber que eu não respondia nada.
_ Eu aceito. – respondi.
                               (...)
Já havia se passado duas semanas, eu estava começando a me acostumar com tudo, apesar de ainda ser difícil comer aquela comida, muitas vezes o meu corpo reclamava da quantidade, a qual ele não estava acostumado, mas que era o ideal. Todos os dias eu recebia ligações de casa e sempre conversava com Joe, que constantemente reforçava seu pedido. Eu sentia tanta falta deles, queria tanto vê-los novamente, queria melhorar logo para poder sair dessa clinica, não que ela fosse tão ruim como disse na minha chegada, mas eu ainda considerava aqui uma prisão, era um lugar lindo, espaçoso, porem não se pode nem pensar em sair dessas paredes, a comunicação com o resto do mundo era pequena, somente uma ligação por dia, as regras e horários eram rígidos, há pessoas te vigiando por todo momento, nem mesmo na hora de dormir estamos sozinhas, se não há uma enfermeira lhe observando, há câmeras, e tudo é tão triste, a maior parte das pessoas que estão aqui estão com problemas, alguns com o caso mais critico que o meu, isso faz com que o clima fique sempre tenso e um pouco depressivo, e isso não me ajudava nada. Só de pensar que algumas das garotas já estavam aqui há cinco meses e ainda não tinham previsão de sair me dava calafrios, eu não podia ficar todo esse tempo.
                               (...)
Enquanto os dias iam passando me aproximava cada vez mais do peso que os médicos calcularam ser o melhor para mim. Apesar de o meu peso estar melhorando, o trabalho ainda estava longe de ser concluído, pois o tratamento consiste em muito mais além do que apenas engordar, pois isso é relativamente fácil, é só nos dar um monte de alimentos gordurosos e nos obrigar a comer, mas não era isso o que eles faziam, as alimentações eram balanceadas, e nada de obrigatoriedade, claro que ao dizer não teríamos que ficar mais tempo na psicologia, eu mesmo um dia fiz isso, e não gostei, os psicólogos são legais, principalmente Robert, que cuida do meu caso, mas não é nada fácil se abrir para alguém, mesmo que ela seja paga para isso, principalmente porque não era só uma conversa um pouco mais intima, tínhamos que falar tudo, de cada sentimento, cada pensamento, cada ação, tudo, eles precisavam enxergar o meu ponto de vista, para conseguirem me ajudar. Algumas seções eram um tipo de divã, na qual eu simplesmente falava o que sentia, sem pressão, eu ia até onde eu achava que tinha que ir, e nessas seções era sempre eu e doutor Robert, ninguém mais, isso me dava um pouco mais de segurança, outras vezes era um conversa com ele, ele fazia perguntas, eu respondia, nesta eu sentia um pouco mais de pressão para dizer as coisas, eu definitivamente não gostava quando era assim, principalmente que elas nem sempre eram privadas, algumas vezes outros psicólogos, ajudantes ou estagiários acompanhavam essa conversa, e nos finais de semana sempre eram seções em grupo, juntavam todas as meninas e falávamos a todas como tinha sido a nossa semana, sobre nossas lutas, dificuldades, melhoras, superações, nesse todos os psicólogos, que deveriam ser ao todo uns 6, cada um cuidava de, em media 7, 8 garotas, participavam, apesar dessa seção ser a que mais nos expomos, era justamente a que eu mais gostava, pois todas lá estavam passando pelo mesmo que eu, elas me entendiam perfeitamente, no final parecia uma conversa entre amigas.
 
Eu precisava aprender a me olhar no espelho, ver-me do jeito em que eu estou e gostar do que vejo. Esse talvez seja o meu maior desafio, olhar e gostar do que vejo, nunca fui de sentir-me bonita, busquei por algo que eu achava que iria me fazer sentir melhor, sem saber que a única coisa que eu estava fazendo a mim mesmo era me matar, eu não era, nem de longe, parecida com as modelos das capas de revista, nem mesmo com as meninas populares da escola, eu era simples, nada em que eu pudesse realçar, nada que eu via me fazia parar e falar “eu sou bonita por que tenho isso”, “por que sou assim”, nada, eu não tinha absolutamente nada e agora com o ganho de peso essa minha visão se tornava cada vez mais difícil, e isso me apavorava, eu preciso sair daqui, mas isso parece ainda algo tão distante.

Para piorar minha situação estávamos na semana do natal, época de encontrar a família envolta da mesa, trocar presentes, simplesmente curtir o espirito natalino, mas eu não poderia ter isso, somente algumas pessoas ganharam permissão para sair, só as que os psicólogos avaliaram como boas o suficiente para conseguir passar esses dias no mundo lá fora. E infelizmente eu não estava nessa lista.
                                               (...)
O ano novo foi o pior da minha vida, eles até fizeram uma festinha para tentar animar as que ficaram, mas eu queria mesmo era ter passado com minha família. Janeiro passou e estávamos agora na primeira semana de fevereiro, eu estava e me sentia cada vez melhor, Laura, a menina na qual fiz amizade sairia do tratamento no final de semana, eu via a felicidade em seu olhar e sonhava com o dia que seria a minha vez.

Dia 22 de fevereiro, jamais esquecerei, fui chamada na sala do psicólogo em um horário que não costumava ser o meu de consulta, estranhei, mas fui.
_ Boa noite Demetr... Demi. – corrigiu-se a tempo, mesmo estando tanto tempo no meu caso Robert continuava com a mania de me chamar pelo nome, formalmente, porem nas últimas consultas ele parecera se acostumar.
_ Boa noite doutor Robert.
_ Sente-se. – pediu. Eu sentei. _ Arriscas saber o que fazes aqui numa hora dessas? – perguntou.
_ Ãn. – pensei. _ Não faço a mínima ideia. – confessei. Ele riu.
_ Pois bem, serei breve, avaliando o desenvolvimento aqui na clinica eu conclui que você esta apita para voltar para casa. – disse ele com um sorriso no rosto, provavelmente eu devo ter ficado olhando para ele com cara de idiota, pois fiquei totalmente surpresa, feliz, eu nem sabia o que fazer, eu enfim poderia voltar para casa, eu enfim estava bem. _ Não quero ser estraga prazeres, mas tenho que lhe informar, apesar de você esta saindo daqui, você terá que ir semanalmente a um psicólogo para avaliar como você está indo fora da clinica, isso quer dizer que você poderá ter que voltar, aqui dentro é uma coisa lá fora é algo totalmente diferente. – informou-me
_ Me esforçarei ao máximo para que isso não aconteça. – falei por fim.
_ Devo levar isso como uma coisa boa ou ruim? – perguntou humorado.
_ Boa, gostei muito de conhecer o senhor, mas eu realmente queria voltar para casa.
_ Lhe entendo. Pode voltar para seu aposento, amanhã à tarde já devem vir lhe buscar. – aquelas palavras pareciam musicas para meu ouvido. Voltei para o meu quarto bem humorada, faltava dar pulinhos de alegria, eu enfim estaria livre, veria minha família, veria Joe. Ah Joe, como eu sentia a falta dele, meu corpo clamava pelo seu toque desde que eu cheguei a esse lugar, saber que ele estava a minha espera fazia meu coração explodir de felicidade. Chegando ao quarto não consegui dormir, aproveitei e comecei a arrumar minha mala, queria estar preparada na hora em que chegassem.
As luzes já haviam sido apagadas, mas eu ainda estava acordada, ficava imaginando como estavam todos, como seria minha vida daqui para frente, estes foram os mais longos três meses da minha vida, porem foram justamente os mais decisivos, graças a estes últimos três eu teria certeza que abri as portas para viver bem por muitos e muitos anos.

                CONTINUA...
Oi gente, capitulo postado, penúltimo já, espero que gostem, o próximo capitulo já está quase pronto, por isso acredito que até terça-feira eu consigo posta-lo. Decidi que vou escrever mais um fic, assim que eu postar o último capitulo dou mais informações.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssssssssssss

Juh Lovato: Sei mais o menos o que acontece numa clínica, não por experiência própria, mas sim pelo que já me falaram e pelo que eu já vi, e é praticamente isso que acontece mesmo, é bem difícil, meu coração também aperta quando eu penso que a Demi pode ter passado por isso.
Fico muito feliz em saber que gosta da minha fic, você, muito bem por sinal, e deve saber como é bom receber esses elogios.
P.S.: Eu estou Addicted na sua fic Addicted, serio me explode a mente de tão bem que você escreve, estou louca para começar a acompanhar as postagens. Bjssss.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

38º CAPITULO “Estamos aqui para lhe ajudar” (Antepenúltimo) - Recomeçar


_ Sim, ele já foi. – respondi.
Sexta-feira à noite, todos estava aqui, Paul, Joe, Denise, Dallas e minha mãe, na sala de nossa casa, todos queriam dar a sua opinião, porem não se perguntaram se eu queria escuta-la. Paul ainda não havia tirado da cabeça que eu deveria ser internada, me subia um ódio por isso, não sei se de mim, por ter confiado algo assim a Joe, ou se ao próprio Joe, o qual eu venho ignorando desde então.
_ Tens que ver que será o melhor para ela. – falou Denise, ao contrario de Paul, ela não forçava de maneira explicita.
_ E eu tenho certeza que veras que é a internação. – falou Paul. _ Tenho ótimas recomendações da clinica, ela será bem tratada...
_ Paul você não entende que eu não quero ir? – perguntei, eu já estava estressada com aquela historia.
_ Demi. – repreendeu-me minha mãe.
_ Eu estou bem, não preciso disso tudo, eu não quero ir para uma clinica.
_ Você não esta em condições de decidir isso Demi. – falou Paul
_ Que foi? Agora eu sou louca? Estou fora do meu juízo?
_ Demi ele não quis dizer isso. – interviu Dallas.
_ Demi você não vê que esta doente, você não vê que precisa de ajuda, esse é o problema. – falou Denise, que até agora parecia imparcial, mas com essa fala deixou claro que também queria minha internação.
_ Eu não estou mal. – afirmei. _ Você está vendo os meus ossos saindo pela pele? Não!
_ É por isso que nós estamos intervindo agora, antes que você chegue a esse estado. – falou Joe.
_ Você cale a boca. – falei irritada. _ Você me prometeu segredo. – acusei-o
_ Ele fez pelo seu bem Demi. – disse Paul.
_ Eu não quero ir para nenhuma clinica. – tornei a falar.
_ Pois isso quem decidirá é a sua mãe. – falou Paul. Todos tornaram a atenção a ela, queríamos que ela tomasse sua decisão, ela se mostrou pensativa, estudando todas as possibilidades.
_ Paul eu agradeço a sua preocupação com minha filha, eu sei que essa seria a melhor opção para ela, mas eu ainda não tenho condições para pagar um tratamento deste. – falou com tristeza na voz, o que também acabou me deixando triste.
_ Sem problemas, a empresa esta indo melhor que nunca, eu pago. – falou Paul, agora sim eu sabia que não iria a lugar nenhum, minha mãe sempre foi orgulhosa, jamais aceitava ajuda financeira de ninguém, na verdade só aceitava qualquer tipo de ajuda se fosse algo realmente imprescindível. Nem mesmo a casa em que moramos agora, na qual Paul queria nos dar de graça ela aceitou, foi combinado que a partir do terceiro salario que ela recebesse iria começar a pagar o valor da casa em infinitas prestações, ela jamais aceitaria essa ajuda agora, fiquei feliz com isso. _ Pense Dianna, é a sua filha. – pensei que ela logo diria um bom e sonoro “não” e me surpreendeu a demora dela para responder, o que me afligiu, estaria ela pensando em aceitar?
_ Amamos a Demi e queremos o melhor para ela, não será problema algum pagar esse tratamento a ela. – falou Denise.
_ Pense em sua filha saudável, como isso seria bom. – falou Paul, aquele falatório começou a me irritar e ao mesmo tempo me deixar triste, eles estavam jogando sujo, queriam de qualquer jeito me trancar no tratamento como se eu fosse uma louca, e seus argumentos me fazia sentir uma doente, mas eu não sou! Minha mãe me olhou com um olhar terno, mas triste ao mesmo tempo.
_ Eu aceito. – disse ela, foi meu fim.
                                               (...)
Alguma duvida de que minha raiva aumentou mais ainda? Pois é, me isolei de todos, ele iriam me trancar num tratamento por acharem que eu estava mal, eu que estou no meu corpo, eu que sei como estou, posso até não estar igual aos outros, mas eu não estou assim como dizem, seria total perda de tempo me internar.
Porem não adiantou eu gritar, chorar, me isolar, meu destino já estava traçado na próxima semana eu iria para a clinica.

Não sai do quarto nem sábado, nem domingo, segunda-feira faltei de aula, sabia que ia ter muita coisa já que essa já era a ultima semana de aula, nada mais valia ponto, Joe me ligava e mandava mensagens, mas eu não atendia nenhuma chamada e nem lia nenhuma mensagem, o que eu mais queria era distancia dele.

_ Demi. – chamou Dallas batendo na porta, mesmo podendo abri-la, em nenhum momento ela o fez durante esses últimos dias, parecia entender que eu precisava do meu tempo. _ Vamos visitar o papai hoje. Se você quiser ir esteja pronta às duas da tarde. – falou, percebi que logo depois ela foi embora.
Nosso pai havia realmente se entregado a policia, ele ainda estava sobre a guarda da policia de Los Angeles, na quarta-feira seria transferido para a cadeia do nosso estado e lá seria jugado. Mesmo querendo ignorar o mundo, eu queria vê-lo, afinal de contas jurei que estaria com ele, eu o perdoei de tudo. Me aprontei sem muita elegância, minha cara não ajudava, meu corpo não ajudava, por isso nem me preocupei em parecer bonita, afinal de contas eu não sou, fora que eu não estava indo a uma festa e assim a um presidio. Vesti uma calça jeans e coloquei uma camisa preta de uma banda de rock que eu gostava desde pequena, a escolhi porque lembrei que meu pai também a adorava.
Um pouco antes das duas sai do quarto, Maddie assim que me viu partiu para um abraço, não resisti a minha pequena e o retribui com todas as minhas forças. Minha mãe deu um sorriso a me ver, a retribui com um sorriso fraco.
_ Vamos então? – perguntou Dallas.
                                               (...)
_ Vocês têm 20 minutos. – disse o policial mal humorado. A chegada lá foi turbulenta, um fila enorme para entrar, depois tinha uma revista minuciosa sobre os nossos pertences e inclusive sobre nós, foi algo humilhante.
Não podíamos toca-lo, nossa conversa seria atrás de um vidro, já havia outras pessoas nas cabines do lado, muitas já choravam.
_ Vocês vieram. – falou ele. Parecia surpreso e muito feliz ao nos ver.
_ Não poderíamos deixar de vê-lo – falou nossa mãe.
_ Desculpa-me por fazer vocês passarem por isso. – pediu.
_ Chega de pedidos de desculpa pai, nem reclamamos de nada. – falou Dallas tentando melhorar o clima.
_ Mas deveriam. – falou com um sorriso de canto.
_ Você esta bem aí dentro? Estão lhe tratando bem? – perguntou minha mãe.
_ Não tenho do que reclamar, estou sendo tratado melhor do que mereço.
_ Não se crucifique assim pai. – falei, vi brotar um sorriso em sua face, provavelmente por ter escutado a palavra “pai” há tempos não o chamava assim, mas eu tinha o perdoado não é? Não havia problema algum voltar a chama-lo de pai.
 _ Mas e vocês, como estão? – perguntou ele.
_ O mesmo de sempre. Eu e Dallas trabalhando, as meninas estudando...
_ A Demi dando problemas... – comentou Dallas, minha mãe a olhou com cara feia, a repreendendo pela fala, eu fingi que não escutei nada, mas é claro que Patrick não deixaria passar.
_ O que esta acontecendo? – perguntou ele.
_ Tá de mal com o mundo. – falou Dallas.
_ Mas o Joe com certeza a fará ficar de bem. – falou ele.
_ Não me fale nesse nome. – falei, a conversa estava me irritando.
_ O que aconteceu? Brigaram? Ele fez algo de mal a você? – perguntou preocupado, achei fofo isso, parecia realmente um pai preocupado com a filha adolescente.
_ Ele me traiu. – falei.
_ Ele o que? – perguntou transtornado. Ele estava nervoso, mas por sorte, do Joe, claro, me pai não poderia fazer nada.
_ Ele contou a Paul dos problemas da Demi. – corrigiu-me Dianna.
_ E na quarta-feira ela irá para um clinica de tratamento. – complementou Dallas. Agora eu já sabia o dia em que eu iria de mala e cuia para minha prisão paga. Patrick parou e se acalmou, não pude entender sua expressão.
_ Desculpa-me por lhe fazer passar por isso. – tornou a crucificar-se.
_ Seremos dois presos. – falei, tentando de maneira inútil melhorar o clima ruim.
_ Seremos duas pessoas que receberam a oportunidade de refazer a vida. – corrigiu-me ele.
_ Eu acharia legal se mudássemos de assunto. – falei.
_ Concordo. – falou minha mãe.
                               (...)
Terça-feira, eu novamente faltei de aula, passei praticamente o dia arrumando as malas, na verdade tomando coragem para arruma-las, fiz tudo sozinha, mas isso não significa que eu queria ir, apenas que eu estava conformada de que não havia para onde fugir.  Joe que tinha parado de tentar fazer contanto novamente começou a mandar mensagens uma à trás da outra. Dentro da clinica eu não poderia levar nenhum eletrônico, e por um ato meio que impensado comecei a ler suas mensagens desde a primeira.
1º mensagem
Demi, eu sei que deve estar brava comigo, mas fale comigo, deixe-me explicar.
4º mensagem
Sei que não queres falar comigo, mas saiba que tudo o que eu fiz foi por te amar, nunca duvide de que foi por te amar.
6º mensagem
Demi eu não lhe peço nada, não lhe peço que volte para os meus braços com um sorriso enorme no rosto, aquele que eu tanto gosto, eu só te IMPLORO pelo seu perdão, sei que prometi e não cumpri, mas entenda meu lado, por favor, me perdoe. EU TE AMO!
15º mensagem
Demi pense um pouco, você quando ama que o melhor para o amado não é? Tudo o que eu fiz foi por te amar, pense no quão bem lhe fará ir para a clínica. Eu te amo.
22º mensagem (a ultima enviada)
Se eu pudesse voltar atrás ainda sim eu teria contato tudo, odeio estar assim com você, mas sei que lá ficarás bem, eu continuo te amando e sei que ainda continuarei por muito tempo, talvez para sempre, e é por te amar mais que a mim mesmo que eu quero lhe ver saudável e bem, mesmo que isso signifique a minha infelicidade por não te ter ao meu lado. Eu te amo!

Joe me amava, eu sabia disso e eu também o amo, mesmo com tudo isso eu ainda o tinha no meu coração, porem eu ainda me sentia enganada, ainda sentia como se ele tivesse me traído. Fui dormir com ele no pensamento, e com ele sonhei, nem sei se foi sonho ou lembrança do que éramos, estávamos juntos em um lugar lindo, parecia um jardim, tinha muitas flores, rosas a perfumar, estávamos juntos, abraçados, felizes, nos amando... Só aí vi o quanto os abraços dele, os beijos que ele me dava me faziam falta.
                                                                              (...)
Quarta-feira, 10 horas, já estava a me despedir de todos, sentiria saudades, dei um abraço forte em Dallas, na pequena Maddie, Denise, Kevin e Nick, Joe não veio se despedir isso me deixou triste, mas eu sabia que era por minha culpa, se eu não tivesse o ignorado ele estaria aqui agora, e eu estaria novamente em seus braços, o qual eu sentia falta. Paul e minha mãe me levariam até a clínica.
_ Vocês estão me obrigando a ir, ninguém pode me obrigar a fazer nada se eu não quiser você estará jogando dinheiro fora. – falei na tentativa de fazê-lo mudar de ideia, mas era como se eu estivesse tomando do meu veneno, do mesmo jeito que eu ignorei a todos durante todos esses dias, eles ignoraram-me.


O caminho até a clinica foi longo, chegamos já eram 19h35min, sim gastei 09h35minmin da minha vida para ir a um lugar na qual eu não queria. Chegando lá, minha mãe desmoronou, sabia que ela estava segurando o choro durante o dia, mas agora ela não escondia mais, estava triste, estava mal por deixar a filha naquele lugar, culpei-me mentalmente por fazê-la ficar naquele estado. Antes que Paul e minha mãe fosse embora fizeram um revista nas minhas coisas, para ver se encontravam coisas proibidas por eles, como diuréticos, laxantes, materiais cortantes, eletrônicos... Alguma duvida que aquele lugar era uma prisão?
Mesmo estado com raiva de Paul por estar me fazendo passar por aquilo, o abracei na despedida, apesar de tudo eu gostava dele, ele foi como um salvador para a nossa família no momento em que mais precisávamos, e ele era pai do Joe, a pessoas que mesmo fazendo esse monte de borrada, eu amava, e sentia falta. A despedida da minha mãe foi dramática, ela ainda chorava, eu acabei chorando junto, ela não me soltava, eu não queria que ela me soltasse, queria que ela desistisse de tudo e me mandasse entrar no carro de novo e fingiríamos que nada havia acontecido. Mas isso não aconteceu, ela teve que ir e eu tive que ficar.

A prova que aquilo não iria dar certo e que assim que entrei me levaram direto para o refeitório, cheguei bem na hora do jantar, a noite estava fria, e serviram uma sopa, parecia boa, mas eu não queria comer aquilo, queria ir para o meu quarto e dormir até o dia em que eles permitissem que eu saísse desse lugar.
O refeitório estava cheio, eu não tinha ideia de que tantas meninas passavam por isso, elas eram tão magras e frágeis, eu devia ser a mais gorda de lá, me orgulhei e me envergonhei por isso ao mesmo tempo.
Sentei-me a mesa do fundo, a menos cheia, havia apenas outra garota que comia vagarosamente.
_ Oi. – cumprimentou-me ela.
_ oi. – cumprimentei educadamente.
_ Nova aqui? – perguntou.
_ Sim, acabei de chegar. – respondi.
_ Prazer Laura. – apresentou-se
_ Prazer Demi. – apresentei-me
_ Acredite é melhor comer. – falou ao ver que eu não tocara no prato.
_ Por quê? Dão-nos chibatadas se não comermos? – perguntei, ela riu.
_ Não, mas lhe dá tempo extra com o psicólogo, o que é quase tão torturante. – respondeu de bom humor.
_ Se eu comer me diminui o tempo? – perguntei interessada.
_ Não, mas esse tempo extra pode gastar nas atividades que gostar. – respondeu. Fiz cara feia. _ Eu também odiei aqui no começo, mas acho que já me acostumei ainda não gosto, mas não é tão ruim assim. – falou.
_ Que tipos de atividades? – perguntei.
_ Bordado, pintura, musica, - alguma duvida que a palavra “musica” fez com que minhas impressões sobre o lugar melhorasse? _ nada que exige muito esforço físico, mas que ainda sim mantenha sua mente ocupada. – completou.
_ Já esta aqui há quanto tempo? – perguntei.
_ Dois meses. – respondeu. Arrepiei-me de pensar em ficar tanto tempo nesse presidio, ela riu de canto ao ver minha reação. _ Eu sei. Assustador. – falou.
                               (...)
Acordei no outro dia com a esperança de que talvez eu estivesse sonhando, que eu não nunca tivesse ido para aquela clinica, mas ao olhar em volta eu não estava no meu quarto, eu não estava na minha casa, tudo era verdade, eu estava naquela clinica.
No café da manha, um sanduiche natural e um suco de laranja. Obriguei-me com todas as minhas forças a comer, mas a luta mesmo foi deixar tudo dentro de mim, eu estava sentido mal, porem eu não podia fazer nada, depois das refeições éramos proibidas de chegar perto do banheiro, nos mandavam direto para as atividades ou para a consulta com psicólogo, não nos davam nem tempo para pensar em fazer algo.

Era a minha hora de ir para o psicólogo, cheguei à sala dele com cara emburrada, eu não iria falar nada, foi por me abrir demais que estava aqui agora, não iria repetir isso de novo.
_ Olá Demetria. – cumprimentou-me o psicólogo gentilmente.
_ Olá. – respondi.
_ Meu nome é Robert. –falou ele. Eu não disse nada. _ sente-se aqui. – falou apontando para a cadeira na frente de sua mesa. Sentei-me. _ Você não esta muito feliz por estar aqui, não é? – perguntou
_ E era para eu estar?
_ Talvez. – respondeu. _ Porque você não esta feliz em estar aqui? – perguntou.
_ Este não é o meu lugar, eu não sou como elas. – respondi.
_ O que te faz acreditar que não é como elas?
_ Elas são tão magras e eu não estou assim.
_ O que te faz acreditar que você não esta magra?
_ Eu... Não me vejo daquele jeito, eu me olho no espelho e eu sei que não estou louca, eu sei que não estou daquele jeito! – falei com desespero, as perguntas dele me deixaram confusa.
_ O que te faz acreditar que sua visão de si mesmo não esta distorcida? – perguntou ainda calmo, a calma dele junto as perguntas me irritava mais ainda.
_ Eu não estou louca.
_ Eu não disse isso. – falou ele. Ficamos em silencio. _ Vamos fazer uma coisa? – perguntou, mas nem me deixou responder, foi logo se levantando se sua cadeira e pegando uma folha grande, daquelas que se usa para forrar camas de hospitais e são descartáveis. Colocou um grande pedaço no chão pegou uma canetinha azul e me deu. _ faça um desenho do seu corpo, da maneira que você o vê no espelho. – pediu.
_ Eu não sei desenhar. – falei.
_ Não precisa ser bom, apenas precisa mostrar o que você vê. – falou. Levantei-me da cadeira e me ajoelhei no chão começando a contornar no papel, demorei um pouco, mas fiz como ele me havia pedido o esboço da gorda, na qual vos fala, no papel. _ Pois bem, agora deite no centro do papel, na mesma posição que fizestes o desenho. – pediu. Atendi seu pedido sem reclamar. Ele pegou outra canetinha, vermelha. _ com licença. – pediu e começou a contornar meu corpo no papel. _ Pronto. – falou depois de um tempo. _ Levante-se e veja o papel Demetria. – falou. Levantei-me devagar e virei-me para olhar o papel, o que vi me pegou de surpresa, o desenho na qual eu fiz, de azul, era bem maior do que o esboço que ele havia feito de mim, de vermelho.
_ Tem alguma coisa errada aí, eu... – falei desesperada, eu não me via daquele jeito, eu não estava doente, mas não tinha como ele ter me enganado, eu esta ali, eu vi ele me desenhando, a figura exata do meu corpo e eu desenhei com minhas próprias mãos, o que eu vejo. Eu não sabia o que dizer.
_ Esta tudo bem Demetria, sei que será difícil para você, mas estamos aqui para lhe ajudar.

                CONTINUA...

Oi gente, me desculpe, prometi que ia postar até ontem, esta ficando difícil de eu entrar no computador, estou na ultima semana de aula e nesses dias serão só provas. Porem hoje consegui postar, espero que tenham gostado, não garanto o próximo capitulo antes de sábado, mas prometo tentar.
Não se esqueçam de comentar/avaliar
bjssssss


Juh Lovato: Que bom que você achou bonito. Quem sabe depois dessa Demi comece a entender as razões do Joe né? Agradeço pelos comentários, estou adorando. bjssss

domingo, 9 de dezembro de 2012

37º CAPITULO “Ele já foi” - Recomeçar


_ Eu vou. – prometeu Patrick. _ Mas não hoje. Eu preciso de um tempo.  Eu só te peço um tempo. Um tempo para a despedida.
A pedido de minha mãe, Paul aceitou esperar um tempo, porem foi difícil o fazer ir embora, ele tinha receio que fosse fingimento de Patrick e que assim que ele partisse, Patrick nos matasse, ele realmente tinha ficado preocupado com isso.

O clima na casa ficou péssimo, ninguém se animou para nada, conseguir tirar Maddie do quarto foi um custo, mas agora todos estavam na sala, Patrick queria falar.
_ Eu sei que fui um tolo, fui fraco e deixei com que uma pedra no meu caminho fizesse um estrago de um canhão. – começou dizendo. _ Eu não me contentei em destruir minha própria vida, e tentei destruir com a de vocês. Sim fui eu, eu admito, fui eu que fiz o ataque ao shopping. Quando eu soube onde vocês estavam, eu fiquei chocado, no fundo eu ainda acreditava que vocês iriam voltar para casa e que nós voltaríamos a ser uma família, sei que isso parece um absurdo, eu machuquei vocês, é claro que isso não iria acontecer, mas eu achava que vocês iriam voltar e aceitar viver do jeito que estávamos antes, eu não queria aceitar que vocês estavam bem sem mim, porem eu descobri que vocês estavam bem, que haviam reconstruído a própria vida de vocês, sem mim, vocês não iriam voltar. Descobri que foi o Seu Antônio que as ajudou a sair de casa, eu fiquei furioso, ele tinha me prometido que iria me ajudar a achar vocês, ele me enganou por duas vezes, eu fiquei vermelho de raiva, eu só queria vingança, quando eu ia mata-lo ele estava saindo para o shopping, foi burrice, tanto querer ataca-lo quanto mesmo sabendo que lá teria varias testemunhas contra mim, eu fui, segui-o e assim que tive uma chance atirei, errei e acabei acertando a outras pessoas, mas eu não parei até vê-lo caído no chão. – falou e calou-se por um instante. _ Eu voltei pensando que talvez eu pudesse fazer diferente, mas desde o primeiro momento eu continuei errando... Eu lhe peço perdão Dianna, você me amou, mais do que qualquer outra pode me amar, você se entregou a mim da forma mais pura e sincera que alguém poderia fazer e eu não retribui como eu deveria. Peço desculpas a você Dallas, você é uma filha de se admirar, forte, determinada, eu te bati, te humilhei, te fiz chorar eu me arrependo muito disso. Peço desculpas a você Demi, sem duvida nenhuma foi a você que eu mais prejudiquei justo a você que sempre foi a filha que qualquer pai pediu a Deus, educada, talentosa, bonita, você me amava, e eu te bati, te humilhei de todas a maneiras possíveis, fiz você ficar doente, eu fui um monstro em sua vida. Peço desculpas a você Maddie, mesmo nunca tendo falado nada a você por trás eu também de humilhei, eu me aproveitei do carinho que você tem comigo para ter garantias, eu tirei proveito da sua inocência. – naquele momento todos na sala já tinham o rosto cheio de lagrimas. _ Amanhã a tarde eu me entregarei a policia, cumprirei a pena que eles me puserem sem questionar, eu só queria pedir uma coisa, eu sei que eu não mereço, mas quando eu sair da cadeia, se eu sair da cadeia, vocês me permitiriam voltar para casa? Vocês me permitiriam uma segunda chance? Uma chance para recomeçar? – perguntou aflito pela resposta.
_ Eu deixaria. – respondeu Maddie, sem hesitar.
_ Eu deixaria. – respondeu Dallas depois de um tempo. Olhei para ele e ele também olhava para mim, queria escutar o que eu tinha a dizer, eu pude ver no seu olhar o olhar do homem que eu amava antes do acidente, o homem que eu me orgulhava em chamar de pai. Poderia estar cometendo um erro, ele fingiu tantas vezes, porque agora ele não estaria fingindo novamente? Seria ele capaz de mudar tão de repente?
_ Eu deixarei. – respondei por fim. Agora só faltava minha mãe, todos a olhava e via que ela estava pensativa em meio as suas lagrimas. Até que ela parou olhou para Patrick e com um sorriso fraco disse:
_ Sempre.
                               (...)
O resto da noite foi choro, tanto de emoção quanto de tristeza, sabíamos o que iria acontecer, não tinha jeito ele seria preso e vai lá saber qual seria a sua pena, não queríamos que o mal o acontecesse, mas ele tinha que pagar, ele tirou vidas, por mais que não quiséssemos, ele teria que sofrer com as consequências. Naquela noite, minha mãe permitiu que ele dormisse em seu quarto, e no fim das contas todos nós dormimos juntos, não me pergunte como couberam cinco pessoas em uma cama de casal, que eu não saberei lhe explicar, mas posso dizer que ficamos impossibilitados de mover muito, caso quiséssemos não amanhecer no chão. Mesmo assim ninguém reclamou, fazíamos isso antes, claro que éramos todas pequenas e era mais fácil, porem adorávamos isso e sabíamos que por muito tempo não faremos isso. Queríamos aproveita-lo. Afinal enfim podemos sentir o carinho do nosso pai, enfim tenhamos a nossa família completa novamente.

De manhã ninguém queria sair de casa, Maddie quase chorou para que nossa mãe a deixasse faltar, Dallas com certeza chegaria atrasada no trabalho, isso se fosse já que Paul sempre a perdoava, como minha mãe pega trabalho mais tarde era a única que não reclamava já eu não poderia nem tentar, hoje seria a ultima prova antes da entrega dos resultados finais, o pior novamente eu não tinha estudado e para piorar era a prova de Português e a professora de português gosta de fazer provas gigantes, com no máximo duas questões de múltipla escolha, o que me salvaria seria apenas a interpretação de texto, pois sempre fui boa nisso.
Quando chegamos à escola Paul também desceu do carro, estranhei.
_ Demi. – chamou-me. _ Posso falar com você? – perguntou.
_ Claro. – ele me afastou um pouco do carro, onde Kevin ainda estava e esperou com que Joe, Nick e Maddie também se afastassem de mim.
_ O Joe me falou tudo. – disse ele cauteloso. A primeiro momento eu não entendi, mas logo depois deduzi o que seria, porem rezei comigo mesma para que eu estivesse errada. _ Sei que talvez não seja o melhor momento agora, mas eu sei de uma clinica de tratamento que irá lhe ajudar...
_ Não. – o interrompi. Joe havia me prometido! Pensei furiosa. _ Me deixa. – falei e o deixei sozinho para trás entrei na escola nervosa e logo avistei Joe. _ Você me prometeu! – gritei.
_ Calma Demi. – falou calmo. _ É para o seu bem.
_ Você me prometeu. – repeti agora mais calma, segurando as lagrimas.
_ Eu sei, eu te prometi, mas eu não poderia deixar você continuar assim. – falou.
_ Eu estou bem. – falei.
_ Não, não está.
_ Você não sabe o que sou eu ruim, então não venha me dizer que eu não estou bem. – falei, eu estava parando de vomitar, ontem mesmo eu havia feito uma refeição.
_ Demi eu te amo. – falou segurando o meu rosto. _ Eu não posso lhe deixar assim, eu quero construir uma família com você, mas, por mais que você esteja melhor, não dará para construir uma família do jeito que você esta agora. – falou, e soltou o meu rosto para pegar minha mão, porem esquivei-me de seu toque.
_ Você não devia ter feito isso. – falei saindo de perto dele e correndo para a sala, senti que ele vinha atrás de mim, porem o sinal bateu, ele não poderia falar nada agora.

As primeiras aulas foram um tedio sem fim, nem prestei muita atenção, peguei o caderno de português e comecei a estudar, mesmo sabendo que a essa altura não me adiantaria muita coisa.
Ashley nesses últimos dias estava incrivelmente simpática, não que tenhamos virado amigas, porem desde que ela começou a sair um com um menino da sala, o Jasper, ela tinha se aproximado mais de mim, talvez porque ela tivesse tirado Joe da cabeça e isso a permitiu se comunicar comigo sem se tornar uma coisa desagradável, Tay continuava na sombra dela, e meio que sem jeito também voltou a se aproximar de mim.

Na hora do intervalo corri para o banheiro feminino, não queria me encontrar com o Joe, eu estava melhorando, não precisava daquela preocupação comigo, eu não estou tão mal assim, existem pessoas em que estão quase morrendo, onde se pode ver todos os ossos e ninguém esta lá para ajuda-las, mas eu não, eu ainda estou gorda, longe de precisar de ajuda, porem Paul não me deixar em paz com isso, graças a Joe que se aproveitou da minha confiança e contou tudo para seu pai, agora não teria mais jeito, algo iria acontecer.

Como se era de esperar eu demorei a terminar a prova, quando sai Nick já estava na recepção e isso fez com que o meu plano de ir embora sozinha, antes que Paul chegasse, fosse jogado por água a baixo. Joe só saiu quando bateu o sinal, sei que ele também não tinha estudado, provavelmente passou pela mesma dificuldade que eu.
No carro ignorei-o, Paul não tentou falar nada novamente, mas eu sei que mais tarde ele tornaria com aquela ideia ridícula de me internar.

 Quando Maddie e eu chegamos em casa só se pode “escutar” o silencio, não havia ninguém lá, ele já havia saído, porem desta vez ele não iria voltar.
_ Ele já foi? – perguntou Maddie com a carinha triste.
_ Sim, ele já foi. – respondi.

                CONTINUA...
Capítulo postado, espero que tenham gostado, o próximo capítulo será postado até terça-feira.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssssss

Juh Lovato: Estou lendo desde o inicio e estou amando, sério estou adorando, ainda estou no capitulo 21, mas logo logo alcanço. Que bom que gostou do capítulo. Pois é, agora o Patrick não tem mais para onde fugir, porem agora parece que ele mudou o que você acha? Muito obrigada por comentar. Postado J
Diana (DSP): Que bom que gostou. Muito obrigada por comentar. Postado, espero que goste J