terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

27. A poesia mais linda – Não Existem Poesias


Último Capítulo


Hoje, um grave acidente, entre um ónibus e um caminhão desgovernado, aconteceu no Bulevar Áustria. Temos informações sobre uma morte, e dezoito feridos. Segundo testemunhas, o motorista do caminhão estava em alta velocidade e não parou no sinal fechado e bateu de frente, com um ônibus. O motorista do caminhão está internado em estado grave. O motorista do ônibus, não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital, outros 17 passageiros, no total de 20, que estavam no ônibus, se encontram hospitalizados, dois deles em estado gravíssimo.”

Joe’s Pov

As últimas duas semanas haviam sido conturbadas. Dividi meus dias entre o trabalho e o hospital, nada parecia muito real, o tempo parecia longo e pesado, mas se eu soubesse que seriam tão poucos, eu não ligaria se tivessem durado mais...
Quando recebi o telefonema, eu não fazia ideia do que poderia encontrar, mas eu sabia que não seria algo bom. Porém, vê-la lá, tão pequena, tão machucada, cheia de maquinas, fazendo o possível para salvá-la...

Lembro-me de como Demi ficara entusiasmada, com minha ideia de ir morar com ela, quando seu livro fosse lançado. Ela falava detalhes sobre o caminho, sobre as fazendas de vinho que passaríamos na viajem, e também me falou sobre como o começo da cidade era feia e assustadora, mas que na parte em que ela vivia era tudo lindo e fofo. Sorrio quando me lembro dela falando isso, “Tudo lindo e fofo.”.

Agora estávamos passando pelas fazendas de vinhedo. Sam dirige, Camila está ao seu lado, no banco do passageiro, eu estou atrás. Não há som no rádio e ninguém fala nada com ninguém. O único barulho é o do vento batendo no para-brisa.

Ellen, uma das personagens do livro de Demi diz: “Temos a péssima mania de contar o tempo por horas, minutos e segundos, juntando-os, criamos os dias, as semanas, os meses e os anos. Se me perguntam por quantos anos sou casada com Edwin, sou obrigada a dizer, que sou casada com ele por 42 anos, mas para mim não foram 42 anos. Teve momentos que brigamos, estes momentos contam como um mais. Teve momentos em que fossos felizes, e estes momentos contam como um menos. Se em um momento de briga, você me perguntar por quanto tempo estou casada a Edwin, querendo saber minha real resposta, lhe diria que por tempo demais, se você me perguntar, com a mesma intensão, quando eu estiver feliz com ele, lhe direi que por pouco tempo.”.
Agora, enquanto viajo neste carro, penso em como o tempo passa devagar, parece que estou na estrada há dias, quando, na verdade, estamos há pouco mais de uma hora, mas quando eu penso, no tempo em que passei com Demi, percebo como tudo foi tão rápido. Quanto tempo foi afinal?
Teoricamente, dois meses. Para mim? ...
Passaram como duas semanas.

_ Entre a esquerda. Vai ter uma estradinha daqui a pouco. – diz Camila, quebrando o silêncio, pela primeira vez, desde que estramos no carro. Sam faz assim como ela diz, e não demora muito para a estrada, que Camila falou, aparecer.  
Demi talvez tenha exagerado com o “assustador”, mas sem duvidas, a estrada da cidade não era muito bonita. Mato demais, casas abandonadas e em escombros, é como se fosse uma cidade fantasma, mas tudo muda de repente quando passamos por uma estrada de linha de ferro. O mato fica baixo, e dá lugar a jardins de flores coloridas, pequenas casas apontam aleatoriamente pelo horizonte.
O carro agora está em baixa velocidade, e posso ver melhor os pequenos detalhes por aqui.
A cidade é realmente pequena, não vejo prédios por nenhuma parte e o movimento nas ruas não se compara em nada com Los Angeles.
_ Continue enfrente e vire a direita daqui a dois quarteirões. – diz Camila.
Paro de olhar para fora da janela, e olho para o papel que está em minhas mãos. Ainda não sei se conseguirei dizer o que tenho que dizer, eu não tenho o costume de escrever e não há como descrever todo o meu sentimento por Demi, com meu vocabulário pobre.
Sam vira à direita.
_ Vire a próxima esquerda. – comanda Camila. Sam vira. _ A igreja é ali. – Aponta ela. Vejo a cruz lá no alto e fico mais nervoso ainda, ainda não posso crer.
Sam estaciona perto da igreja, na última vaga que tinha por perto, o estacionamento da igreja está cheio, o que me diz que a igreja está cheia, fico mais nervoso ainda.

Camila e Sam seguem a minha frente. Eles entram na igreja sem pestanejar, já eu, paro, olho em volta, respiro fundo vezes o suficiente para começar a ficar tonto.  Ajeito minha gravada e sorri fraco, Demi que me ajudara a escolher este terno.

Tomo coragem, entro na igreja e no mesmo instante sou levado à outra dimensão.
O tapete vermelho aveludado, as flores brancas, o padre no altar, os pais de Demi, que agora eu já estava mais que acostumado com a face, as pessoas sentadas nas longas cadeiras de madeira...
Enquanto começo a minha entrada, sobre olhares curiosos, de pessoas que eu nunca havia visto antes, penso em como seria se logo depois, Demi entrasse toda de branco. Quero rir, mas lágrimas começam a derramar.
Demi não vai entrar toda de branco, não vai dizer “sim” para mim, nem mesmo poderei beija-la ao sinal do padre, pois ela já está aqui, a poucos passos de mim, pálida, calma, deitada em seu caixão.

Fico olhando-a por tempo demais, no fundo sinto que olha-la desta maneira é ruim, pois quero lembra-la viva, rindo, em meus braços, e não deitada ali, mas serão meus últimos minutos ao lado dela, quando o caixão se fechar e levarem-na para o cemitério, não terei mais como vê-la.

O padre começa a falar, ele fala sobre a vida e sobre a fé e sobre o paraíso, não assimilo quase nada do que ele fala, nada irá me convencer do que é o melhor, que não é o fim, de que ela esta melhor agora.
NÃO!
Ela estaria melhor aqui, com seu livro sendo lançado, revendo seus pais, casando-se comigo, não morta!
Chega o momento que o padre permite que outros falem, primeiro são os pais de Demi. Eles claramente não prepararam nada para dizer, e os entendo, se não foi fácil para mim, imagine como havia sido para eles? Afinal, eles perderam a filha e ainda tiveram que organizar tudo para seu enterro. Os dois não falam por muito tempo, caem no choro nas primeiras sentenças, e acabam não conseguido falar muito.
Camila é convidada, mas se recusa, assim como Sam. Chega minha vez.
Tenho a opção de recusar, e debato comigo mesmo se devo. Escrevi uma pagina inteira, e escrevi pensando em Demi, em como seria importante que ela escutasse tudo aqui, porém, ao vê-la assim, desacordada, imóvel, não parece algo importante, pois ela não me escutaria, então para quem eu leria afinal? Para seus pais, que nem mesmo notariam, pois não param de chorar? Para toda essa gente sentada atrás de mim, os quais eu nem mesmo conheço? Para Camila? Para Sam? Que por mais que sejam merecedores, claramente não fazem questão, ambos estão tão destroçados quanto eu, e Camila ainda estava em um estado de negação.
Abro o papel a minha frente, releio comigo mesmo.
_ Não. – digo. Não lerei.
Eles fecham o caixão e começam a se deslocarem para o cemitério. Não me levanto.
_ Você vai? – Pergunta Sam.
_ Não. – respondo.
_ Já quer voltar para Los Angeles. – dou de ombros.
_ Não sei.
_ Camila quer ficar mais um pouco, você se importaria? – pergunta.
_ Não. – respondo, sinto que estou sendo um pouco bruto, o que não é minha intensão, mas simplesmente não tenho animação para mais assunto.

Não sei por quanto tempo fiquei sentado no mesmo lugar naquela igreja, mas quando decido que é momento de eu ir embora, o céu já está com pouca luz.
Não percebo, até estar do lado de fora, mas Camila também se manteve aqui. Ela observa o nada e Sam não está por perto, não sei se devo me preocupar, mas paro ao lado dela.
_ Onde está Sam? – pergunto.
_ Foi comprar água. – diz sem animo. Não prolongo o assunto. _ “A poesia mais linda”. – diz ela, olhando-me com seus olhos vermelhos e inchados de choro.
_ Oi? – pergunto confuso.
_ É o que escolheram para colocar na lápide, “A poesia mais linda”. – explica. Não sei se seu tom é de reprovação ou se ela havia gostado.
Para mim parecia conveniente. Demi amava as letras, amava os livros e amava a poesia, e no fim, seria lindo se tornar uma.
Penso na ironia disso, aqui estou eu, um professor de matemática, que odiava literatura quando mais novo, que ama os números e equações. Por um momento em minha vida, tive o prazer de conviver com Demi, a poesia mais linda, e com ela vivi momentos bonitos, inéditos e inesquecíveis. Porem não era obvio desde o começo? No mundo de Joe, no meu mundo, os números importam, as medidas importam, inclusive a do tempo, os segundos, os minutos, as horas, os dias, os meses, tudo criado para ajudar a humanidade, as rimas, a arte da poesia, o mundo imaginário dos livros não cabiam em minha vida, pois na minha vida, não existem poesias.

Fim

Capítulo postado, por favor, não tentem me matar, não foi por mal, este era o fim que eu queria desde o começo. E se você tá sofrendo, veja o clipe novo da Demi, não vai ter animar, mas pelo menos você vai chorar com uma música de fundo maravilhosa.



Obrigada por tudo.
Vejo vocês em breve.

Nessa: Postei, muito obrigada por comentar J

Caah: kkkkk pense bem, acho que foi bom eu ter parado ali kkkkk, muito obrigada por comentar J

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

26. "Não pode ser" – Não Existem Poesias

ps.: A revisão deste capítulo não foi muito atenciosa, por isso pode ser encontrado  erros de ortografia e talvez, alguma parte tenha ficado confusa. Caso vocês encontrem esses erros, favor notificar-me nos comentários.
Peço perdão pelo inconveniente.
Obrigada.

Penúltimo Capítulo

                Demi desperta, sentindo o cheiro de panquecas e bacon. Ela sorri, ainda com os olhos fechados. Ela sabia que o seu relacionamento com Joe estava evoluindo rápido demais, e que, assim como na primeira vez, isso poderia ter um fim não muito agradável. Mas no fundo, Demi esperava que, a primeira experiência dos dois, tenha servido como lição, e que desta vez tudo desse certo. Joe a fazia bem, ela a fazia sorrir boba, fazia se sentir em casa e protegida, mesmo estando tão longe. Ela poderia viver aqui com ele e nos finais de semana visitar seus pais ou vice-versa... Mas, será que os pais aceitariam? Será que ela conseguiria administrar isso?
Demi suspira, porque se preocupar com isso agora?
Demi se levanta, e com cuidado vai até onde Joe está...
_ Você não vai me assustar. –diz Joe, se  virando para Demi, quando ela está perto o suficiente. Demi se aproxima mais de Joe, e o abraça.
_ Como você adivinhou que eu estava vindo te assustar? – pergunta.
_ Eu estava te observando de canto de olho. – sorri e tenta beija-la, porém Demi vira o rosto. _ O quê? – pergunta Joe, surpreso.
_ Nem escovei meus dentes ainda. – diz. Joe ri.
_ Eu não ligo. – diz.
_ Deveria.
_ Mas eu não ligo. – a aperta mais contra seu corpo, Demi sorri tímida.
_ Você vai insistir, não é? – desiste.
_ Vou. – diz e vai beijar Demi.
_ Acho que tem algo queimando. – diz, quando Joe está quase tocando seus lábios. Joe suspira frustrado, soltando-a. Demi gargalha e corre para o bainheiro, para fazer sua higiene pessoal.

Quando Demi volta para sala, o café da manhã já está pronto e posto em um prato, que Joe a entrega, assim q a vê.
_ Agora posso te beijar? – pergunta. Demi sorri.
_ Claro. – responde e já o beija.
 Os dois comem nos sofá da sala, e passam a maior parte do tempo em silêncio. Para Joe isso não chega a ser um problema, mas para Demi é. Joe não percebe no começo, mas assim que termina de comer, vê que há algo errado.
_ É hoje sua reunião com o diretor da editora? – pergunta.
_ É. – responde. Demi está escondendo algo, e Joe quer saber o quê.
_ Está tudo bem? – pergunta. Demi ainda não terminou de comer, mas quase. Demi hesita em responder, mas acaba se abrindo.
_ Você sabe o que vai acontecer depois que meu livro ser publicado, não é? – Joe suspira.
_ Muitas coisas vão acontecer. Você poderia ser mais especifica. – Joe já sabia onde Demi queria chegar, mas ele não queria ser o que puxaria o assunto.
_ Eu... Voltaria para minha cidade. – diz. Ela não entende a expressão de Joe, ele não parece triste, nem preocupado, mas tampouco está feliz.
_ Eu... Eu sei. – assumi.
_ E porque você não disse nada?
_ Por que... Não sei, acho que não seria necessário.
_ Você não achou necessário? – agora Demi fica um pouco brava.
_ Demi, calma. – diz rindo, deixando-a ainda mais brava. _ Não é exatamente assim. Não é como se eu não me importasse, é só que, eu já pensei nisso e eu já tenho uma solução.
_ Você... Você já tem uma solução? – Joe ri da cara de Demi, que está claramente espantada.
_ Sim, bom, eu ainda tenho que conversar com você sabe isso, eu não quero que você fique assustada, nem nada, mas... Eu posso me mudar com você, tenho certeza que deve haver alguma escola onde você mora e mais cedo ou mais tarde eles vão precisar de um professor, nem que seja um substituto. – Demi ainda está espantada, mas agora, ela também sorri maravilhada com o que Joe falou.
_ Você tem certeza? – pergunta.
_ Tenho. – assume. _ Eu não posso negar que eu não sou o mesmo Joe de antes, hoje tenho alguns amigos, no trabalho, mas, não é como se alguma coisa me prendesse aqui, eu não me importaria em ir com você.  – Demi não sabe se ri ou se chora, mas acaba apenas largando tudo, e pulando para cima dele, dando-o um beijo apaixonado.

Ambos passam boa parte da manhã, entre beijos e abraços, porém, logo Joe tem que começar a se arrumar para o trabalho.
_ Hoje você sairá que horas? – pergunta Demi.
_ 17h30min. – responde. _ Você acha que já está aqui?
_ Provavelmente não. – faz uma careta. _ devo sair daqui às 16h40min.
_ Bom, posso te preparar um jantar. – sorri.
_ Eu adoraria. – sorri e o dá um selinho.

Quando Joe saí para o trabalho, Demi tenta dar uma arrumada em seu apartamento, aparentemente, transar no chão da sala, causa a maior bagunça.
Logo após a arrumação, Demi começou a cuidar de si, tomou um longo  banho e lavou seu cabelo, saiu do banho, fez sua unha, secou seu cabelo, e foi arrumar alguma roupa.
Antes que ela decidisse o que vestir, ligou para Camila, para contar o que Joe havia dito, segundo Camila, o que Joe fizera era, “Muito fofo, mais muito brega.”, isso claramente arrancou algumas gargalhadas de Demi. Entre Camila e Sam, tudo estava indo bem, Sam ia todos os dias a cafeteria, passando quase toda a sua parte livre, com ela, e quase todas as noite Camila ia para casa de Sam, após seu expediente, não é necessário muito esforça para adivinhar o conteúdo das visitas.

Devidamente vestida, porém ainda bem adiantada, Demi liga para Joe.
_ Ei, acertei o horário do intervalo? – pergunta.
_ Acertou sim. – Joe ri. _ Estou aqui na sala do professores, ignorando a todos, lendo seu livro. – Demi sorri.
_ Já conseguiu sair dos primeiros capítulos? – ri.
_ Ah, você está rindo de mim é? – finge desapontamento. _ Pois saiba que estou quase na metade de seu livro.
_ Uau. – surpreende Demi. _ Que mudança rápida. – comenta.
_ Acho que você conseguiu me prender com seu livro.
_ Então tenho meu primeiro fã?
_ Você tem seu fã número um. – Demi sorri, alegre.
_ Eu te amo. – diz, com a voz boba, com um sorriso bobo, como uma menina boba.
_ Eu te amo. – repete Joe, tão bobo quanto.
Os dois conversam até que o intervalo de Joe acaba. Demi ainda tem tempo de sobra, mas acaba saindo mesmo assim.
Ela para em uma lanchonete para comer, mesmo sabendo que poderia ter ido a um restaurante, e ter um almoço digno. Ela enrola para terminar de comer e quando termina se dirige ao ponto de ônibus, se tudo desse certo, ela chegaria a Editora, com tempo para se acalmar, para não fazer feio.

O horário de Joe, finalmente, termina e ele vai direto para seu apartamento. Quando chega, liga a TV e começa a pensar  no cardápio que faria para Demi.
Um grave acidente, entre um ónibus e um caminhão desgovernado, acaba de acontecer no Bulevar Áustria, ainda não temos informações sobre as vítimas, mas...” Joe desliga da televisão, não dá para pensar em nada de bom, com um noticia ruim na cabeça.
No final ele pensa em fazer vários pratos, já estava cansado de sempre fazer massas para ela.
Arroz, carne cozida, um puré de batata, com uma salada verde. Para completar, para sobremesa, Joe prepara uma mousse de limão.
Como não sabia a hora de Demi chegaria, Joe deixa tudo apenas pré-pronto, arroz na primeira água, as batatas apenas amassadas, sem ainda por nenhum tempero, ou leite, a carne, como precisaria de um tempo a mais para ficar macia, não chegou a ser um problema, nem a mouse, que poderia ficar pronta na geladeira, o tempo que precisasse.
19 horas, Joe começa a ficar um pouco frustrado, não sabia que a reunião poderia demorar tanto. Como se imaginasse seu pensamento, Joe recebe uma ligação em seu celular, quando vê de quem, sorri, é Demi.
_ Oi amor. – começa aliviado e sorridente.
_ Perdão, é o Joe? – pergunta uma voz masculina, Joe fica um pouco tímido, mas logo a preocupação o toma.
_ Sim, sou o Joe, com quem eu falo?
_ Eu sou o tenente Erik, você conhece a dona deste telefone? – pergunta. Várias hipóteses passam pela cabeça de Joe.
_ Sim, é da minha namorada... Por quê?
_ Joe, preciso que você compareça a rua San Louis, 500, você poderia? – pergunta.
_ Sim. – Joe responde com a garganta seca.
Não pode ser!

Continua

Capítulo postado ;)



Caah: kkkk não precisa ficar preocupada, todo fim leva a um outro começo ;)