_ Eu vou. –
prometeu Patrick. _ Mas não hoje. Eu preciso de um tempo. Eu só te peço um tempo. Um tempo para a
despedida.
A pedido de minha mãe, Paul aceitou esperar um
tempo, porem foi difícil o fazer ir embora, ele tinha receio que fosse
fingimento de Patrick e que assim que ele partisse, Patrick nos matasse, ele
realmente tinha ficado preocupado com isso.
O clima na casa ficou
péssimo, ninguém se animou para nada, conseguir tirar Maddie do quarto foi um
custo, mas agora todos estavam na sala, Patrick queria falar.
_ Eu sei que fui um
tolo, fui fraco e deixei com que uma pedra no meu caminho fizesse um estrago de
um canhão. – começou dizendo. _ Eu não me contentei em destruir minha própria
vida, e tentei destruir com a de vocês. Sim fui eu, eu admito, fui eu que fiz o
ataque ao shopping. Quando eu soube onde vocês estavam, eu fiquei chocado, no
fundo eu ainda acreditava que vocês iriam voltar para casa e que nós
voltaríamos a ser uma família, sei que isso parece um absurdo, eu machuquei
vocês, é claro que isso não iria acontecer, mas eu achava que vocês iriam
voltar e aceitar viver do jeito que estávamos antes, eu não queria aceitar que
vocês estavam bem sem mim, porem eu descobri que vocês estavam bem, que haviam
reconstruído a própria vida de vocês, sem mim, vocês não iriam voltar. Descobri
que foi o Seu Antônio que as ajudou a sair de casa, eu fiquei furioso, ele
tinha me prometido que iria me ajudar a achar vocês, ele me enganou por duas
vezes, eu fiquei vermelho de raiva, eu só queria vingança, quando eu ia mata-lo
ele estava saindo para o shopping, foi burrice, tanto querer ataca-lo quanto mesmo
sabendo que lá teria varias testemunhas contra mim, eu fui, segui-o e assim que
tive uma chance atirei, errei e acabei acertando a outras pessoas, mas eu não
parei até vê-lo caído no chão. – falou e calou-se por um instante. _ Eu voltei
pensando que talvez eu pudesse fazer diferente, mas desde o primeiro momento eu
continuei errando... Eu lhe peço perdão Dianna, você me amou, mais do que
qualquer outra pode me amar, você se entregou a mim da forma mais pura e
sincera que alguém poderia fazer e eu não retribui como eu deveria. Peço
desculpas a você Dallas, você é uma filha de se admirar, forte, determinada, eu
te bati, te humilhei, te fiz chorar eu me arrependo muito disso. Peço desculpas
a você Demi, sem duvida nenhuma foi a você que eu mais prejudiquei justo a você
que sempre foi a filha que qualquer pai pediu a Deus, educada, talentosa,
bonita, você me amava, e eu te bati, te humilhei de todas a maneiras possíveis,
fiz você ficar doente, eu fui um monstro em sua vida. Peço desculpas a você
Maddie, mesmo nunca tendo falado nada a você por trás eu também de humilhei, eu
me aproveitei do carinho que você tem comigo para ter garantias, eu tirei
proveito da sua inocência. – naquele momento todos na sala já tinham o rosto
cheio de lagrimas. _ Amanhã a tarde eu me entregarei a policia, cumprirei a
pena que eles me puserem sem questionar, eu só queria pedir uma coisa, eu sei
que eu não mereço, mas quando eu sair da cadeia, se eu sair da cadeia, vocês me
permitiriam voltar para casa? Vocês me permitiriam uma segunda chance? Uma
chance para recomeçar? – perguntou aflito pela resposta.
_ Eu deixaria. –
respondeu Maddie, sem hesitar.
_ Eu deixaria. –
respondeu Dallas depois de um tempo. Olhei para ele e ele também olhava para
mim, queria escutar o que eu tinha a dizer, eu pude ver no seu olhar o olhar do
homem que eu amava antes do acidente, o homem que eu me orgulhava em chamar de
pai. Poderia estar cometendo um erro, ele fingiu tantas vezes, porque agora ele
não estaria fingindo novamente? Seria ele capaz de mudar tão de repente?
_ Eu deixarei. –
respondei por fim. Agora só faltava minha mãe, todos a olhava e via que ela
estava pensativa em meio as suas lagrimas. Até que ela parou olhou para Patrick
e com um sorriso fraco disse:
_ Sempre.
(...)
O resto da noite foi
choro, tanto de emoção quanto de tristeza, sabíamos o que iria acontecer, não
tinha jeito ele seria preso e vai lá saber qual seria a sua pena, não queríamos
que o mal o acontecesse, mas ele tinha que pagar, ele tirou vidas, por mais que
não quiséssemos, ele teria que sofrer com as consequências. Naquela noite,
minha mãe permitiu que ele dormisse em seu quarto, e no fim das contas todos
nós dormimos juntos, não me pergunte como couberam cinco pessoas em uma cama de
casal, que eu não saberei lhe explicar, mas posso dizer que ficamos
impossibilitados de mover muito, caso quiséssemos não amanhecer no chão. Mesmo
assim ninguém reclamou, fazíamos isso antes, claro que éramos todas pequenas e
era mais fácil, porem adorávamos isso e sabíamos que por muito tempo não
faremos isso. Queríamos aproveita-lo. Afinal enfim podemos sentir o carinho do
nosso pai, enfim tenhamos a nossa família completa novamente.
De manhã ninguém
queria sair de casa, Maddie quase chorou para que nossa mãe a deixasse faltar,
Dallas com certeza chegaria atrasada no trabalho, isso se fosse já que Paul
sempre a perdoava, como minha mãe pega trabalho mais tarde era a única que não reclamava
já eu não poderia nem tentar, hoje seria a ultima prova antes da entrega dos
resultados finais, o pior novamente eu não tinha estudado e para piorar era a
prova de Português e a professora de português gosta de fazer provas gigantes,
com no máximo duas questões de múltipla escolha, o que me salvaria seria apenas
a interpretação de texto, pois sempre fui boa nisso.
Quando chegamos à
escola Paul também desceu do carro, estranhei.
_ Demi. – chamou-me. _
Posso falar com você? – perguntou.
_ Claro. – ele me
afastou um pouco do carro, onde Kevin ainda estava e esperou com que Joe, Nick
e Maddie também se afastassem de mim.
_ O Joe me falou tudo.
– disse ele cauteloso. A primeiro momento eu não entendi, mas logo depois
deduzi o que seria, porem rezei comigo mesma para que eu estivesse errada. _
Sei que talvez não seja o melhor momento agora, mas eu sei de uma clinica de
tratamento que irá lhe ajudar...
_ Não. – o interrompi.
Joe havia me prometido! Pensei furiosa. _ Me deixa. – falei e o deixei sozinho
para trás entrei na escola nervosa e logo avistei Joe. _ Você me prometeu! –
gritei.
_ Calma Demi. – falou
calmo. _ É para o seu bem.
_ Você me prometeu. –
repeti agora mais calma, segurando as lagrimas.
_ Eu sei, eu te
prometi, mas eu não poderia deixar você continuar assim. – falou.
_ Eu estou bem. –
falei.
_ Não, não está.
_ Você não sabe o que
sou eu ruim, então não venha me dizer que eu não estou bem. – falei, eu estava
parando de vomitar, ontem mesmo eu havia feito uma refeição.
_ Demi eu te amo. –
falou segurando o meu rosto. _ Eu não posso lhe deixar assim, eu quero construir
uma família com você, mas, por mais que você esteja melhor, não dará para
construir uma família do jeito que você esta agora. – falou, e soltou o meu
rosto para pegar minha mão, porem esquivei-me de seu toque.
_ Você não devia ter
feito isso. – falei saindo de perto dele e correndo para a sala, senti que ele
vinha atrás de mim, porem o sinal bateu, ele não poderia falar nada agora.
As primeiras aulas
foram um tedio sem fim, nem prestei muita atenção, peguei o caderno de
português e comecei a estudar, mesmo sabendo que a essa altura não me
adiantaria muita coisa.
Ashley nesses últimos
dias estava incrivelmente simpática, não que tenhamos virado amigas, porem
desde que ela começou a sair um com um menino da sala, o Jasper, ela tinha se
aproximado mais de mim, talvez porque ela tivesse tirado Joe da cabeça e isso a
permitiu se comunicar comigo sem se tornar uma coisa desagradável, Tay
continuava na sombra dela, e meio que sem jeito também voltou a se aproximar de
mim.
Na hora do intervalo
corri para o banheiro feminino, não queria me encontrar com o Joe, eu estava melhorando,
não precisava daquela preocupação comigo, eu não estou tão mal assim, existem
pessoas em que estão quase morrendo, onde se pode ver todos os ossos e ninguém
esta lá para ajuda-las, mas eu não, eu ainda estou gorda, longe de precisar de
ajuda, porem Paul não me deixar em paz com isso, graças a Joe que se aproveitou
da minha confiança e contou tudo para seu pai, agora não teria mais jeito, algo
iria acontecer.
Como se era de esperar
eu demorei a terminar a prova, quando sai Nick já estava na recepção e isso fez
com que o meu plano de ir embora sozinha, antes que Paul chegasse, fosse jogado
por água a baixo. Joe só saiu quando bateu o sinal, sei que ele também não
tinha estudado, provavelmente passou pela mesma dificuldade que eu.
No carro ignorei-o,
Paul não tentou falar nada novamente, mas eu sei que mais tarde ele tornaria
com aquela ideia ridícula de me internar.
Quando Maddie e eu chegamos em casa só se pode
“escutar” o silencio, não havia ninguém lá, ele já havia saído, porem desta vez
ele não iria voltar.
_ Ele já foi? –
perguntou Maddie com a carinha triste.
_ Sim, ele já foi. –
respondi.
CONTINUA...
Capítulo postado, espero
que tenham gostado, o próximo capítulo será postado até terça-feira.
Não se esqueçam de
comentar/avaliar.
Bjssssss
Juh Lovato: Estou
lendo desde o inicio e estou amando, sério estou adorando, ainda estou no
capitulo 21, mas logo logo alcanço. Que bom que gostou do capítulo. Pois é,
agora o Patrick não tem mais para onde fugir, porem agora parece que ele mudou
o que você acha? Muito obrigada por comentar. Postado J
Diana (DSP): Que
bom que gostou. Muito obrigada por comentar. Postado, espero que goste J
OMG ... nossa , que triste , o joe contou , oh my god ! pow , sei que é dificil , a demi tem que entender que é pro seu próprio bem ^^ nossa , esse capítulo foi lindo demais , perfeito !
ResponderExcluire eu quase chorei com a declaração do patrick , foi emocionante , sério =)
posssta logooo , bjsss coisa linda *-*