30. Confiança – The Big Apple
Quando parei Edgar conversar, ele não disfarçou a
insatisfação. Mas deixou, tanto que eu, quanto Joe, adentrássemos a sua sala.
_ Espero que sua visita não seja por
causa da minha duvida sobre suas propostas. – disse após servir a si mesmo um
pouco de uísque. Ele chegou a nos oferecer, mas nós recusamos.
_ Não é sobre isso. – falei. _ Eu não
sou uma ditadora, não vou fazer represálias com quem não concordar comigo. –
ele sentou-se em sua poltrona.
_ Fico feliz em escutar isso. Não
adiantaria muito você ser uma ditadora por aqui. – disse um pouco hostil.
_ Eu entendo suas suspeitas sobre minha
capacidade, senhor Edgar, eu não tenho a formação nem a experiência necessária
para chegar nesta posição que ocupo agora.
Mas você vai ter que aceitar. Porque é assim que vai ser. – falei,
tentando ser elegante, mas saiu um pouco rude. No fundo nem liguei, dar umas
alfinetadas nele era até justificável. Homem chato.
_ E por acaso eu não estou te aceitando?
– perguntou como eu o tivesse ofendido. _ Tens que entender que aceitar é uma
coisa, fazer de sua vida aqui no banco mais fácil é outra. Tratar-lhe-ei da
mesma maneira que trato qualquer um. Tenho que desconfiar quando necessário, eu
já investi muito dinheiro aqui e não é porque já estou a colher meus lucros,
que ligo menos para o futuro deste banco. – Joe cruzou a perna direita, e ali
eu soube que deveria começar, ele dissera que esse seria um dos sinais que ele
me daria para fazer algumas perguntas. Algumas perguntas ele tinha me passado,
caso eu precisasse e achasse conveniente inventar outras na hora, ele havia me
dado aval.
_ É sobre isso que me preocupa um pouco.
– falei. _ Você é o segundo maior dono do banco, abaixo de mim você é o líder.
Com a morte do meu pai, as coisas poderiam ou melhorar ou piorar para o senhor.
Algo me diz que a vontade de meu pai para que eu assumisse o lugar que ele
deixara é considerado uma piora para você. – ele hesitou.
_ Confesso que a decisão dele me causou
espanto e apreensão. Mas não quero taxar sua chegada como uma piora, pelo menos
não por agora.
_ Mas você preferiria ter se tornado o
dono majoritário do banco, não?
_ Seria o mais justo, mas a vida não é
justa, então... – deixou por aberto.
_ E se eu... Fazer algo errado, ver que
não consigo. Você compraria minha parte?
_ Claro. – disse sem hesitar. _ E para
você ver que não sou tão mal assim, compraria pelo preço de mercado quando o
banco estava em alta, agora estamos desvalorizados, o preço esta baixo, mas eu
não seria tão mal com você e com sua família. – hesitei a continuar, senti como
se ele já estivesse fazendo a proposta, como se já tivesse pensado naquilo há
muito tempo, e agora só estivesse esperando o inevitável.
_ Você parece bem seguro de uma desistência
de Demetria. – disse Joe a meu lado. Edgar olhou-o como se o tivesse percebido
apenas agora.
_ E você é?
_ Ele Joseph Jonas. – falei,
recuperando-me. _ Dado minha deficiência por não saber tudo sobre como
gerenciar um banco, estou montando uma equipe de confiança para ajudar-me.
Logan, todos sabem que será meu porta-voz e maior aliado, mas também tenho
Joseph, ele será outro a me ajudar com tudo aqui dentro. – Edgar examinou com
um olhar Joe de cima a baixo.
_ Fico feliz que esteja tão preocupada
em fazer um bom serviço e que se acerque de pessoas confiáveis. Espero poder
entrar nesse grupo, em breve.
_ Talvez. – falei, mas em minha mente
tudo o que eu queria era dizer umas boas verdades a ele. Ficamos em silêncio
por um tempo. _ senhor Edgar, eu não posso deixar de perceber que você e meu
pai, apesar de trabalharem juntos, nunca foram muito chegados, você raramente
aparecia em nossas festas... Como era a relação de você e meu pai? – ele
pareceu estranhar minha pergunta, mas respondeu.
_ Sempre admirei Eddie, mas não vou
falar que éramos melhores amigos, convivíamos bem. – falou. _ Apenas isso.
–finalizou. _ Posso saber o porquê da pergunta?
_ Quero saber quem são os verdadeiros
amigos do meu pai aqui dentro, pode me ajudar na hora de decidir a quem
confiar. – respondi e pelo que pude ver, ele entendeu muito bem a indireta.
_ Então espero que você faça boas
escolhas, você irá precisar.
(...)
_ O que você
acha? – perguntei já no escritório do meu pai... Digo... Meu escritório.
_ Eu não digo
que ele seja culpado, mas algo nele diz que a morte do seu pai não foi uma
tragédia, é como se ele simplesmente nem ligasse.
_ Você acha
que devemos deixa-lo na lista?
_ Eu vou
investigar um pouco mais sobre ele. Fazer uma pesquisa básica, mas vamos
continuar com as entrevistas, pode ser que as pesquisas não me levem muito
longe. – respondeu. _ E sobre Ivan Blackenwood, assim que ele voltar das
férias, nós falaremos com ele, eu não tinha pensado nele, mas é um ótimo
suspeito.
_ E quem nós
vamos investigar agora? – perguntei.
_ Está
gostando é? – perguntou ele, vendo minha animação.
_ É
interessante. – tentei disfarçar meu interesse. Ele riu.
_
Interessante... É uma boa interpretação do que é a vida de um detetive, interessante... O próximo é Juan Gaus.
E sim, eu insisto em investigar sobre ele.
_ Você acha
que ele vai nos acrescentar em algo nessa investigação?
_ Se tem algo
que eu aprendi é que não podemos subestimar ninguém, ele pode parecer ter um
motivo bobo, mas vai saber, para ele pode não ter sido tão bob assim. É bom não
ignorar essas pessoas.
_ tudo bem.
_ Se você não
quiser, eu posso ir sozinho.
_ Não, vai ser
legal eu ir. Eu posso não posso? – perguntei.
_ Pode. – ele
sorriu. _ Só que eu queria ir hoje, tem como você sair daqui? Agora?
_ Agora? Eu
mal cheguei. – falei. Sabia bem que eu ainda teria que olhar alguns contratos e
assinar alguns papeis, Logan iria me explicar melhor do que se tratava quando
chegasse as minhas mãos.
_ Sei. – disse
pensativo. _ Que tal hoje à noite?
_ Hoje à
noite? Vamos fazer uma investigação, hoje à noite? – perguntei desconfiada, já
não tínhamos feito besteiras demais?
_ Se eu
conseguir marcar com ele, sim. – confirmou como se não fosse nada demais. _ Que
foi? Esta com medo de andar comigo de noite? Eu juro que não vou te morder. –
falou. _ Não desta vez.
_ Joe! – ele
gargalhou.
_ O que? Eu
estou mentindo? – perguntou em meio as suas gargalhadas. _ Foi um erro, mas não
precisa ser colocado como assunto proibido, ou precisa? Foi bom, não foi?
_ Não estou
aqui para aumentar seu ego masculino, Joseph.
_ Dado a sua
resposta posso concluir que você iria dizer que foi muito bom, que foi ótimo,
melhor até que com o careta do seu namorado. – falou.
_ Não o chame
de careta, e ele é meu noivo, não namorado! Você por acaso está bêbado? –
perguntei.
_ Não! –
respondeu. _ Por acaso eu estou com cara de quem bebeu? – pareceu ofendido. _
Eu só quis descontrair um pouco. – deu de ombros. _ Mas pelo jeito você não
quer nem pensar nesse assunto.
_ Foi você que
me rejeitou Joe. – falei.
_ Eu não te
rejeitei, eu só disse que não podemos ter algo sério.
_ Você deveria
saber que eu não quero ficar mais de brincadeira.
_ Eu sei. –
disse._ por isso respeitei sua decisão de ficar com o Logan. – concluiu e suas
palavras atingiram meu coração em cheio. Ele realmente não ligava e não queria
nada sério.
_ Agradeço a
sua consideração. – falei, tentando me mostrar tão fria quanto ele. _
Agradeceria ainda mais se esse assunto fosse esquecido, certos erros são
melhores escondidos e esquecidos. – completei. Ele hesitou um pouco antes de
começar a falar.
_ Você tem que
entender algo Demi, nós dois não podemos nos dar algo que seria fundamental em
uma relação. – esperou pela minha reação. _ Confiança.
31. Inimigo a seu lado
(parte 1) – The Big Apple
Quanto mais Logan me explicava, pior parecia
ficar, era muita coisa para entender em muito pouco tempo, eu não fazia a
mínima ideia se assinar tais contratos realmente trariam avanços para o banco.
Eu tinha, naquele momento, muito poder em minhas mãos, eu podia fazer um
contrato bom o suficiente para fazer com que o banco voltasse a crescer, mas
também podia assinar aqueles papeis e acabar com tudo, e dar o gosto de vitória
a pessoas como Edgar.
_ Se você
estivesse na minha posição, qual você assinaria? – perguntei a Logan, ele
pareceu decepcionado com minha pergunta. Mas também, pudera, ele passara mais
de uma hora explicando cada proposta, tentando ser o mais simples possível, tirando
termos que eu não conhecia e as traduzindo
para um vocabulário que eu entendesse, fazendo comparações até meio idiotas,
mas que me ajudaram em algumas situações. Ele estava tentando fazer com que eu
me envolvesse mais, entendesse mais, tomasse as decisões por conta própria.
_ Bom, é como
eu disse. – começou desanimado. _ esse é um contrato bom por agora, só que ele
é em longo prazo, se no futuro não foi mais rentável estaremos presos a ele por
causa do acordo, mas sem duvidas por uns sete, nove meses, no mínimo, vai ser
bem lucrativo, no mais teríamos que contar com a sorte. Já esse outro é ao contrario.
– disse pegando a outra pilha de papeis. _ assina-lo agora seria um risco, não
é uma jogada tão boa, mas é promissora, aos poucos essa empresa vem conseguindo
seu espaço e crescendo bastante, filiarmos a marca pode nos trazer lucros no
futuro, mas muito provavelmente não agora.
_ É. – falei,
pra mim não ajudara nada, ou eu fazia uma escolha que falisse com o banco agora
e talvez o levantasse depois ou eu dava um bom lucro para o banco agora e o
falia depois.
_ Você
realmente não vai decidir não é?
_ Eu realmente
preciso decidir?
_ Sim, pois
necessitamos de contratos como estes para nos reerguer, todo contrato é um
risco, mas são necessários.
_ E se eu
fizer algo errado Logan?
_ Você acha
que seu pai nunca errou? – perguntou de volta. _ Ele já assinou contratos que
só deram prejuízos, não trouxeram nenhum avanço se quer. Errar não é o fim do
mundo Demi. – Logan podia não estar percebendo, mas o conselho dele não só me
servia para essa situação.
Suspirei.
_ Você não vai
fazer isso por mim, não é? – perguntei.
_ É isso mesmo
que você quer?
_ Por agora
sim. – ele acabou desistindo, pegou a primeira pilha de papeis e colocou na
minha frente.
_ Nossa
situação não está muito boa por agora, essa empresa está em alta e pode nos dar
muito lucro. Precisamos disso, se por acaso depois começar a dar prejuízos, se
estivermos melhor não vai ter muito problema, fora que se melhorarmos podemos
receber propostas melhores, com isso um lucro segura uma perda... É disso que
nós precisamos. – eu podia ver que ele estava insatisfeito, eu poderia ter tido
o mesmo raciocínio que ele teve, mas simplesmente preferi não ter. _ Seria bom
você ler as clausulas.
_ Você não
disse que o advogado do banco ia fazer isso?
_ Demi. –
reclamou exausto.
_ Tá, tá bom.
Quanto tempo eu tenho pra ler isso?
_ Se possível
até amanhã. De manhã.
_ Logan! São quase
cinquenta folhas.
_ Você tem
quase um dia.
_ Quase, não é
um dia.
_ E por acaso
você tem algo para fazer hoje?
_ Talvez.
_ Pra onde? –
perguntou desconfiado.
_ Acredite ou
não, o banco não é o meu único problema.
_ Sabe o que é
o real problema, Demi? É que para você o banco é um problema. Enquanto você enxergar o banco dessa maneira você
não vai conseguir decidir nada por si só. – falou um pouco alterado. _ Eu sei
que é difícil, eu sei que você não gosta, mas se for para continuar assim, talvez
fosse melhor você contrariar a vontade do seu pai e vender sua parte. Edgar sem
duvidas adoraria comprar, até mesmo Ivan, não que ele mereça, mas...
Compradores não vão faltar. – As palavras dele atingiram-me em cheio, mas o que ele queria afinal? Pode
parecer que não, mas eu estava dando o meu máximo ali.
_ Eu não pedi
para estar aqui Logan, eu não pedi para meu pai morrer, eu não pedi para que
ele me colocasse nesse cargo. Você fala assim, mas isso é mais que questão de
boa vontade. Eu não tenho o conhecimento básico Logan. Você está tentando me
passar tudo, eu sei, mas eu não vou aprender em dois dias, você precisou ficar
anos na faculdade, eu vi você indo à minha casa toda semana, às vezes mais de
uma vez na semana, tirando duvidas com meu pai. – naquele momento meus olhos já
ardiam, minha voz estava tremula, não demoraria muito para que eu começasse a
chorar. _ Eu não entendo de números, tudo parece demais para mim, eu nem sabia
que essas coisas envolviam tanto dinheiro! – nem sei se ele ainda entendia o
que eu falava, mas ainda assim continuei. _ Eu não vou negar, eu queria que
você resolvesse tudo e eu só assinasse no final, eu não quero me envolver nesse
mundo. Eu não sou desse mundo! Eu só
quero o meu pai! – minha visão já estava embaçada pelas lágrimas que
jorravam sem controle, mas pude sentir seu abraço, era o que ele podia fazer, e
nada mais, ele não podia trazer meu pai de volta. Ninguém pode. E essa é uma
realidade que eu teria que conviver com.
(...)
Depois do meu
desabafo, acabei vindo para casa, Logan me trouxe e disse que iria ler tudo e
me traria amanhã para assinar. Eu não queria parecer folgada, nem mesmo
exploradora, ele tinha mais coisas para fazer no banco, e eu estava empurrando
para ele o meu trabalho também, mas eu não tinha cabeça para ficar lendo
clausulas, fora que eu não saberia apontar o que estava certo ou errado, a não
ser que fosse algo ridicularmente obvio.
Cheguei à
minha casa e Lara nem meus irmãos estavam, Nick me disse que elas estavam
resolvendo o problema da escola deles, aparentemente Lara queria coloca-los
para estudar em casa. Achei um absurdo, mas dado ao telefonema que recebermos
talvez fosse melhor assim por agora.
_ Ela contratou
alguns seguranças, dois deles foram que eles. – disse Nick, com a boca meio
cheia, mastigando um pão com geleia e creme de amendoim.
_ Eu não
ligava de esperar você mastigar para me dar essa noticia. – falei, ele riu.
_ Eu achei
importante te dizer logo, antes que você esbarre com um dos seguranças tentando
entrar no seu quarto antes que você, só pra checar que não há risco. – agora já
tinha engolido.
_ Você tá
brincando né? – perguntei. Isso aí já é
piração.
_ Não, fizeram
isso comigo. E não duvide que farão isso com você. E não se preocupe, eles
surgem do nada. Tipo ninjas. – falou fazendo movimentos (meio lentos demais e
delimitados, pelo prato em sua mão e o resto do seu sanduiche na outra) de
luta.
_ Ah ótimo,
não faltava mais nada. – reclamei, deixando-o pra trás e indo até meu quarto.
Queria um banho, precisava de me jogar na cama. Apagar por um bom tempo.
Dito e feito,
eu estava a dois passos da porta do meu quarto, quando me surge um homem
gigantesco (provavelmente gigantesco até mesmo para padrões normais, dado que
sou baixa e quase todo mundo é grande demais para mim), vestido de terno,
passando em minha frente, e abrindo a porta e entrando primeiro.
_ Ei, não
precisa ficar revistando nada aqui não, eu sei que não tem nada! – ignorando-me
completamente, ele se abaixa para ver o se tem algo, ou alguém, debaixo da cama. Vendo que não ia adiantar reclamar,
esperei que ele fizesse sua vistoria e me deixasse sozinha.
Após olhar até
mesmo dentro do meu closet, ele saiu.
Eu fui direto
para o banheiro, tomei um banho de banheira, quando saí coloquei a roupa mais
confortável que consegui achar e joguei-me na minha cama.
(...)
_ Demi! Demi!
Ei, Demi! – eu podia escutar uma voz me chamando, parecia ser Nick. Por um
momento pensei que fosse um sonho, mas depois percebi que os cutucões que eu
estava sentindo no meu ombro estavam doendo, e por mais que um sonho pudesse
ser real, não acho que conseguisse chegar a tanto.
Acordei até
meio zonza, meio que sem saber onde eu estava.
_ Que? Que?! Que?! – eu abanava minha mão, tentando
bater na mão de Nick que ainda me chacoalhava na cama, mas acabei só acertando
o ar.
_ O Joe está
aí fora, e é melhor você acordar logo, antes que os seguranças tentem atingir
ele com uma arma de choque.
_ Ah, fala pra
eles o deixarem entrar. – falei quase voltando a fechar os olhos, eu tinha
dormido tão rápido e tão profundamente que meu corpo simplesmente se recusava a
acordar e eu não ia fazer muito esforço para contradizê-lo. Provavelmente o
fato de na hora eu não ter entendido a gravidade da situação fosse por isso.
_ O Joe está
aqui por você, os seguranças não vão o deixar entrar se não for por sua
permissão, não adianta eu falar nada. – meus olhos quase se fecharam de novo. _
Demi! – senti meu corpo se mexendo e
só acordei quando senti o baque do meu corpo no chão.
_ Porra
Nicholas.
_ Acordou
agora?
_ Tem outro
jeito? – estressei-me. Cadê a paz nessa
casa?
_ Dá para você
ajudar aquele seu detetive lá? – perguntou também alterado.
_ Me ajuda
levantar pelo menos, seu mal educado. – falei, já levantando minhas mãos para
que ele me puxasse para cima.
Sai do quarto
bufando.
Mas que merda
o Joe estava fazendo aqui? Não tínhamos marcado nada! E que merda esses
seguranças tem na cabeça? Agora eles que decidem quem entra e quem não entra? Que inferno!
Quando cheguei
à sala, a cena foi “linda”, a porta estava semiaberta, tinha dois seguranças
interceptando a passagem de Joe, que mal conseguira sair do elevador. Um dos
seguranças era o mesmo que entrou no meu quarto, o outro eu não tinha visto
ainda, ele era menor que o outro em altura, porém parecia mais másculo.
Cheguei perto
deles e praticamente esguelhei:
_ O deixem entrar caramba! – os dois
olharam para mim de cima a baixo e se afastaram. Joe ajeitou seu terno e
olhando feio para os seguranças entrou no apartamento sem nem mesmo dar um
“oi”. Quanta educação. Já é a segunda vez que ele me tira o direito de dormir.
_ Mas que
história de ‘seguranças’ é essa agora? – perguntou assim que entrei na sala.
Ele gritava, provavelmente, ainda muito irritado.
_ Oi, eu vou
bem, obrigada. – já bastava eu e Nick de nervosos aqui, não precisávamos de
mais um.
_ Tá, que
ótimo. – deu de ombros. _ Dá pra responder?
_ É por causa
de uma ligação anônima aí, parece que nos ameaçaram, e aí a Lara pirou e
contratou esses brutamontes aí.
_ AH que
ótimo! Vocês foram ameaçados! Você pretendia me contar? – pareceu indignado.
_ Ah sei lá,
deve ter sido um trote. – eu já tinha coisa demais na minha cabeça, não dava
pra lembrar tudo.
_ Sendo um
trote ou não, eu deveria ter sido informado.
_ Ah você não
é um detetive? Descubra então! – gritei. Estávamos discutindo e nem mesmo sei o
porquê.
_ Que foi? Tá
de TPM é?
_ Ah você
entra aqui sem dizer um ‘oi’, começa a gritar que nem um louco, e da um monte
de patada, mas se eu revido na mesma moeda eu estou na TMP, cale a boca!
_ Eu fui
barrado na sua porta, e me ameaçaram com uma arma de choque. – justificou-se, ainda
gritando.
_ Eu estava
dormindo! – gritei mais alto ainda. _ Me jogaram no chão! – sinceramente? Acho
minha justificativa tão válida quanto a dele.
_ Uau. – no
nervosismo nem mesmo percebi que Nick estava lá e que presenciara toda a briga.
_ Emocionante.
_ Eu não
estaria assim se você não fosse tão bruto. – falei e ele riu.
_ Foi
necessário. –defendeu-se. Não estávamos gritando.
_ Necessário
nada! – bufei. _ Afinal de contas, o que você esta fazendo aqui? – perguntei
para Joe.
_ Se você
atendesse seu celular você saberia.
_ Talvez eu só
quisesse um pouco de paz. – reclamei.
_ Pois não vai
ser agora que tu vai ter isso. Temos uma hora para chegar à onde
entrevistaremos o Juan.
_ Sério que
você acordou para isso? Você poderia ter ido sozinho, ele não vai nos levar a
nada.
_ Se eu fosse
você não ficava tão segura assim.
_ Ah não,
porque?
_ Conversei
com ele um pouco por telefone e ele pareceu saber demais. Ele pode nos trazer
muitas informações novas.
_ Ele pode
estar blefando. – dei de ombros.
_ Se tem uma
coisa que você deve aprender sobre empregados. Eles sempre sabem demais. –
olhei-o em duvida.
_ Nisso ele
tem razão, Demi. – meteu-se Nick.
_ Tá.
Espere-me um pouco.
Continua
Oi povo do meu coração, não me matem, sei que
estou postando tudo nas datas erradas, mas eu juro que todos os capítulos
prometidos para esse mês, sairão ainda nesse mês, atrasados ou não, eu os
postarei.
Acho, só acho, que no próximo capítulo vocês
conseguirão ter uma ideia melhor de quem pode ter sido o assassino, ou quem
sabe ficarem mais confusos.
Como estou postando nos dias errados, mudarei o
esquema aqui. Os capítulos 32 e 33 sairão no dia 24, os outros continuarão na
mesma data, pelo menos por agora.
Espero que tenham gostado dos capítulos, muita
briga, muito choro, mas é isso aí mesmo kkkk
Bjssss
Caah: Também não estava ligando muito não, isso até
eu deparar com minha nota deplorável e perceber que se eu quiser estudar esse
ano, vou ter que pagar faculdade, coisa que eu não tenho a mínima condição
financeira de fazer. Mas, fazer o que? Estudar mais nesse ano e tentar pro ano
que vem novamente. Kkkk Acho que todo mundo tá ficando com peninha do Logan, no
fundo ele é uma boa pessoa. Só temos que ver para qual lado o coração pende
mais. Obrigada por comentar. Bjsss
Nessa: Sortuda em? Eu só no próximo ano mesmo, já que
com minha nota, o mais perto que chego é da porta mesmo. Mas é isso aí, você
faz o que? ~curiosa aqui ~. Espero que tenha gostado do capítulo. Obrigada por
comentar. Bjsss
Anônimo: Olá, demorei, mas postei, espero que goste.
Obrigada por comentar. Bjsss
Milena: kkkkk que maldade no coração, olha como o Logan
é fofo kkkkk (brincadeira). Bom, vai dar uma peninha por agora, mas vai que no
final ele também fique bem? Pode ser uma opção ;) Obrigada por comentar. Bjsss
Anônimo: Capitulo postado. Obrigada por comentar. Bjsss