sábado, 31 de janeiro de 2015

36. Tome Cuidado – The Big Apple




O hesito a responder a pergunta só me fez ficar mais nervosa e desconfiada, e se Joe tivesse razão desde o começo em desconfiar dela?
Lara estava de pé no meio do escritório do apartamento, de braços cruzados e claramente incomodada.
_ Eu não cuidei disso. – respondeu por fim.
_ E quem cuidou então? – perguntou Joe.
_ O advogado da família, Harry. – respondeu, ela parecia triste, não sei se tinha acontecido algo mais ou se as perguntas que a estavam deixando assim.
_ O advogado? Porque ele?
_ Eu ia cuidar disso, mas eu não estava em condições, pedi a ele que ficasse responsável sobre tudo, e ele fez.
_ Você acredita que ele pode estar envolvido nessa fraude? – Joe havia explicado superficialmente tudo a Lara, não falou exatamente o que ocorreu, mas a fez entender que houve irregularidades no laudo do meu pai e que isso pode ter dado um falso resultado.
_ Não. – disse sem pensar duas vezes. _ Confio em Harry de olhos fechados, se realmente houve fraude nesse laudo, foi outra pessoa.
_ Você desconfia de alguém?
_ Não. – respondeu. Joe ficou em silêncio, apenas olhava para ela, eu não consegui ler sua expressão, mas algo me dizia que ele estava ficando irritado com Lara.
_ Vocês recentemente receberam uma chamada anônima, em que ameaçava vocês de morte, depois disso você contratou seguranças, tirou seus filhos da escola, mas aparentemente você não se preocupa muito em sair a todo o momento.
_ Os empregados ainda estão de férias, eu estou tendo que fazer tudo o que eles faziam inclusive as compras, por isso tenho que sair, não dá para mandar os seguranças fazerem isso.
_ Tem certeza? – perguntou.
_ Claro! Você acha que algum segurança seria capaz de comprar absorventes para três mulheres? – perguntou obvia, me fazendo rir e a Joe ficar vermelho. Descruzou os braços.
_ Eu não estava falando disso. – defendeu-se Joe, após voltar a sua coloração normal.
_ Então...?
_ Só você atendeu o telefonema, e não denunciou, mas ainda assim fez um escarcéu.
_ Você desconfia que o telefonema seja uma farsa. – concluiu Lara.
_ Sim. – confirmou Joe.  Lara suspirou, redeu-se a pressão de Joe e começou a falar.
_ Eu não sei se você percebeu, mas eu estou tentando me manter afastada de tudo. Não quis contestar a história de suicídio, mesmo não crendo nisso, não quero denunciar o telefonema...
_ Eu sei. – interrompeu Joe. _ Por isso você hoje é uma das principais suspeitas. – vi os olhos de Lara se arregalar de espanto, talvez ela não tivesse percebido que a sua recusa em ajudar só estava a enterrando cada vez mais em suspeitas.
_ Nem você nem Demi têm filhos e por isso eu entendo a falta de receio de vocês em procurar o assassino de Eddie. – fez uma pequena pausa. _ Você mesmo acabou de dizer que quem matou Eddie pode ter comprado um delegado e um médico legista. Quem quer que seja o assassino, é perigoso e poderoso. E se por acaso essa pessoa saber que corre risco de ser descoberto? Se essa pessoa resolver machucar algum dos meus filhos, e isso incluiu você Demetria. – disse olhando no fundo dos meus olhos. _ Se já matou o Eddie o que o impede de matar meus filhos ou até mesmo a mim? Eu prefiro ficar quieta, fingir que Eddie se matou a correr o risco de perder mais alguém nessa família. – os olhos de Lara se encheram de lágrimas. _ Eu não aguento perder mais alguém!
_ O que faz você pensar que o assassino já tem conhecimento da investigação?
_ Ah não sei, quem sabe o fato de eu ter recebido um telefonema ameaçando a vida de todos aqui? – questionou irônica? _ Vocês dois estão caçando um assassino sem nem mesmo se darem conta do risco que estão se pondo. Vocês estão procurando um assassino, e quando acharem, o que farão? E se a policia resolver que vão investigar por si mesmo ao invés de prender a pessoa de uma vez? E se nesse meio tempo essa pessoa resolver se vingar?
_ Depois do que descobri ontem, eu comecei a trabalhar lado a lado com a polícia, eles estão informados sobre minha investigação e isso ajudará muito quando eu chegar a uma conclusão.
_ E se esse novo delegado ou até mesmo algum policial ser um informante? Parece paranoico, mas depois do que você me falou quem me garante algo?
_ Ninguém te garante nada. – respondeu.
_ Nós só queremos justiça pela morte do meu pai. – resolvi falar.
_ E quanto sangue você está disposta a derramar por essa justiça? – perguntou Lara séria. _ Você realmente acha que está preparada para isso Demi?
_ Eu... – tentei começar, mas fui interrompida por ela.
_ Não, você não está. Eddie criou você e seus irmãos em uma caixa de cristal, ele nunca disse nada para vocês, ele fez de tudo para que o mundo parecesse o mais próximo de conto de fadas. Eu sempre o critiquei por fazer isso, eu queria colocar vocês a par de tudo, fazer vocês viverem no mundo real, mas nunca consegui. Eu sei pelo que seu pai passou, eu sei pelo inferno que aquele banco é, aquele lugar é um ninho de cobras, eu nunca vou entender o porquê ele te jogou naquele lugar. – ela se desesperou. _ Você tem que vender sua parte, sair de lá, nem que isso signifique que nossa vida de luxo tenha que acabar. Você não sabe do que aqueles homens são capazes por um punhado de dinheiro. Você não sabe o que seu pai já teve que enfrentar, não havia um mês em que alguém não apunhalasse seu pai pelas costas ou tentasse derruba-lo, Eddie era teimoso, ele podia se aposentar, largar tudo, mas ele queria ficar lá e olha a onde isso o levou? Ele está morto por causa disso, e você está seguindo os mesmos passos dele. É como se vocês esqueceram que existem mais do que vocês mesmo nessa família. O Lucas não sai mais do quarto, fica o dia inteiro naqueles jogos, parece normal, mas eu sei que ele está se jogando nos jogos para se “esquecer” do que está acontecendo na vida real, como se fosse a forma dele de se perder nesse mundo, uma fuga, a Lauren, você sabe que a Lauren sempre foi mais arredia, nunca se abriu muito, mas agora ela está tão... Tão carente. – teve dificuldades em achar uma palavra. _ Por um lado parece bom, mas ela está tão frágil, implorando por qualquer tipo de afeto, nós temos sorte por ela está nos procurando, mas quem nos garante que ela não pode procurar por outro alguém? Eu estou cansada de toda noite passar pela porta dela e escuta-la chorando. Toda noite desde a morte do seu pai, a única noite em que ela não chorou foi no dia em que dormiu com você. Eu sei que você está sofrendo Demi, e eu não duvido nada que assim como a defesa de Lucas é os jogos o sua é essa investigação.  – ela suspirou derrotada, se recostando na mesa de meu pai. _ Eu não aguento mais. – disse olhando para o chão. _ Eu estou tentando ser forte por vocês, mas eu não aguento mais. Isso é uma tortura para mim Demetria. Eu já estou no meu limite, eu não aguento mais nada, eu juro que eu não aguento. – começou a chorar compulsivamente. Pela primeira vez eu senti a verdade em Lara desde a morte de meu pai, era como se todo o muro que ela construiu, e que nos fazia pensar mal dela, tivesse sido derrubado de uma vez só. Eu comecei a me sentir mal por exigir tanto dela, ela não precisava passar por isso tudo sozinha, eu deveria estar ajudando ela, mas eu preferi me ausentar. Eu queria desistir naquele momento, abraça-la e dizer que não haveria mais investigação e seu inferno estava acabando, porém ao mesmo tempo eu senti que eu não podia fazer isso, estava tão perto, nunca estivemos tão perto, desistir agora era como soltar um peixe que já estava mordendo a isca.
_ Já passamos por tanto em tão pouco tempo, Lara, desistir agora seria burrice. – tentei justificar-me. Ela me olhou com os olhos ainda mareados.
_ Eu não mando em você Demetria, faça o que você quiser. Só não me peça ajuda, nem que eu fale mais do que já falei, eu tentarei proteger vocês a todos os custos, pois assim como eu amo Lauren e Lucas eu a amo também, eu só quero que isso tenha um fim, e que no fim todos estejam bem.
_ Eu juro que ninguém mais vai se machucar Lara.
_ Não Jure Demetria, ninguém aqui sabe até onde isso vai nos levar. Só... – ela olhou-me desesperançada, eu sei que ela queria que eu parece, eu sei que ela achou que eu iria parar, talvez eu realmente fosse teimosa ou egoísta demais. _ Tome cuidado.

Continua

Olá meu povo, capítulo de hoje postado, vai ter mais um daqui a algumas horas.
Eaí vocês acreditam na Lara ou acham que é apenas um teatrinho dela?
Comentem ;)

Nessa: Ainda bem que gostou, espero que goste deste capítulo aqui também, daqui a pouco tem mais. Obrigada por comentar. Bjsss
Caah: Bom, planos eu até tenho, pretendo falar melhor mais pra frente, já que nesse ano ainda não tenho ideia de que rumo vou seguir e tudo aqui vai depender disso, mas se tudo der certo vai ter mais fics sim J. Obrigada por comentar. Bjsss

Kah: Olá, fico muito feliz em saber que você gosta das minhas histórias. Obrigada por comentar. Bjss

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

35. Para sempre? – The Big Apple



Recebi sua mensagem, às 6 da manhã, e fiquei preocupada no mesmo instante, eu não sabia exatamente o que esperar, mas eu sabia que seria algo que poderia mudar todo o rumo da nossa investigação.

Ele chegou ao apartamento com as mesmas roupas do dia anterior, parecia muito cansado, como se mal tivesse dormido, ou nem mesmo tivesse dormido.

_ Você quer alguma coisa? Você parece tão cansado. – perguntei preocupada. Ele fechou os olhos, exausto.
_ Talvez um... Café não fizesse mal. – disse pausadamente. Eu queria rir, mas acabei ficando foi mais preocupada.
_ Sente-se aí, eu vou te trazer uma bela xicara de café. – falei e fui até a cozinha, peguei uma caneca e enchi até o topo com café.

_ Vai levantar um difundo? – perguntou Nick entrando, do nada, na cozinha, ele sorria de um canto a outro, feliz até demais para o seu nível normal de felicidade. Eu sabia o porquê, mas naquele momento tive que deixar isso de lado, depois falaria com ele.
_ Quase isso. – respondi saindo às pressas para a sala novamente.

Após beber a caneca cheia de café como se estivesse bebendo água, Joe começou a explicar o motivo da mensagem.
_ Depois que eu saí daqui ontem, eu decidir pesquisar um pouco mais, como prometido pesquisei sobre Edgar...
_ E? Deu alguma coisa? – perguntei.
_ Não. No fim das contas ele é só um idiota mesmo. – disse.
_ Então é isso? – perguntei decepcionada.
_ Não, claro que não. Eu fui até a delegacia que foi responsável pela primeira investigação, consegui uma autorização para ler todos os laudos e foi aí que tudo começou a mudar. – parou.
_ Fala. – pedi já impaciente, para quê tanto mistério? Pude perceber que Joe não gostou nada da minha impaciência, no fim das contas ele ainda estava sonolento demais para agir rapidamente.
_ Não houve nenhuma vistoria nas câmeras do prédio, essas câmeras poderiam denunciar a chegada de alguém, se alguém realmente esteve aqui, e, se esteve, a que horas foi embora, nem mesmo o porteiro foi entrevistado, quer dizer, ele foi entrevistado, mas a entrevista dele não foi anexada no laudo, ele poderia ter visto alguém entrando e saindo e poderia muito bem ter dito isso, mas ninguém sabe de nada. – disse. _ e o pior. – continuou. _ a autopsia do seu pai foi feita em duas partes, o que por si só já é bem entranho, o primeiro laudo foi feito por uma doutora chamada Elisabeth Stewart, ela chegou a coletar sangue, para saber se seu pai tinha ingerido algo antes de morrer, álcool, ou talvez até tivesse sido envenenado... Os resultados também não foram adicionados ao laudo, então não se sabe se teve algo, o segundo legista foi um homem chamado Steven Davies, tudo o que ele colocou no laudo foi que a bala foi disparada a cerca de dois centímetros de distancia da cabeça do seu pai e que havia vestígios de resto de pólvora na mão e que a única marca de digital encontrada era a de seu pai, o que categorizava suicídio.
_ Você acha que ele estava mentindo? Que esse legista não é confiável?
_ Não exatamente. Ele pode estar certo, o que me intriga é que a ama foi inspecionada, tem no relatório que o numero da arma estava raspado, o que categoriza como arma de criminoso, arma comprada ilegalmente, mas ainda assim não investigaram mais a fundo, no momento em que Steven colocou o caso como suicídio, eles ignoraram tudo o que dizia o contrário, arquivaram os laudos e não falaram mais nisso, é como se a investigação tivesse parado por algo de força maior. Apesar do que foi escrito por Steven, todo o resto indica que há algo mais que apenas um suicídio. E a entrevista não aparecer no laudo, nem o interesse do delegado em olhar as câmeras, é muito suspeito, o laudo do seu pai pode ter sido burlado, e pior, a investigação sobre a morte dele pode ter sido interrompida sem nenhum motivo aparente. Quem matou seu pai pode ter feito com que a investigação parasse. – afirmou Joe, eu fiquei chocada, então era pior que de pensávamos.
_ E o delegado? Você não perguntou para ele o porquê? Ele deve estar envolvido nisso, não?
_ A estranheza não para por aí, o delegado que cuidou disso tudo pediu afastamento e desapareceu.
_ Desapareceu?
_ Sim, o delegado de agora assumiu o posto há dois dias, perguntei aos policias sobre o antigo delegado, todos falam que ele desapareceu, consegui uma autorização para ir até a casa do antigo delegado e entrevista-lo, e quando cheguei lá os vizinhos me disseram que ele havia mudado, ele com a família inteira, ninguém sabia informar para onde ele havia mudado. Tudo o que me disseram foi que ele fez as mudanças às pressas.
_ Então ele foi comprado. – concluí.
_ Todo o processo de investigação sobre a morte do seu pai pode ter sido comprada, Demi, de investigadores, a legista, a policiais, todo podem ter sido comprados.
_ E agora? Como vamos descobrir quem?
_ Primeiro temos que olhar uma coisa, quem da família estava cuidando da investigação?
_ Eu não sei, na verdade eu nem mesmo sabia que houve uma investigação, tudo o que eu recebi foi o final disso tudo, a causa da morte como suicídio.
_ Você acha que a Lara saberia dizer? – perguntou.
_ Bom, eu acho que o problema maior mesmo é ela dizer algo, desde o começo ela não aceita essa investigação, eu não sei se ela vai querer ajudar.
_ Nesse exato momento nós teremos que insistir, principalmente porque mais que nunca ela é uma suspeita.
_ Você...? – não consegui fazer a pergunta.
_ Na maioria das vezes quem cuida do processo de investigação é alguém da própria família, ela pode muito bem ter sido a responsável pelo processo parar, Demi, Lara pode estar envolvida nisso. Eu sei que você não gosta de pensar nisso, mas ela é uma forte suspeita.

(...)


_ Ela saiu. – disse Lauren, dando de ombros.
_ Para onde? – perguntei
_ Não sei. Ela fala para nós não sairmos, mas desde daquele telefonema ela não para em casa. – olhei para Joe e ele me olhou de volta como se dissesse “A situação da sua madrasta está cada vez pior.”.
_ Você sabe se ela saiu há muito tempo? – Lauren parou para pensar.
_ Na verdade eu nem vi ela hoje, só sei que ela saiu porque um dos seguranças não está aqui, então... – suspirei frustrada.
_ Tá, obrigada, se ela voltar tem como você me avisar? Ou falar com ela que eu estou a procurando?
_ Se eu fizer isso você separa do Logan para ficar com esse bonitinho aí do seu lado? – perguntou.
_ Lauren! – ela gargalhou, e Joe gargalhou junto. Mas não é possível, nem caindo pelos cantos de sono ele podia perder a oportunidade de rir? E Lauren? Será que ela não podia ver que o momento pedia seriedade?
_ Ele gostou da ideia. – apontou Lauren e Joe, ainda na onda da minha irmã, fez um joinha com a mão.
_ Desisto de vocês dois. – falei e fui para meu quarto, deixando Joe para trás.



_ Não era para você ficar tão nervosa. – disse Joe, entrando em meu quarto, depois de um tempo.
_ Eu não estou nervosa. – defendi-me. Tudo bem, eu estava um pouco.
_ Posso entrar? – perguntou.
_ Nenhum segurança te impedindo. – falei e ele riu fraco.
_ Ainda bem, não estou em condições físicas de dar uns golpes de caratê neles.
_ Sem duvidas você iria derrubar eles se estivesse nas suas condições normais. – falei irônica.
_ Claro que eu iria, corria até o risco de machuca-los gravemente. – disse ele também irônico, rimos, e ele se aproximou de mim. _ Posso deitar também? – perguntou.
_ Não sei, será que eu confio em você? – ele riu.
_ Hoje eu estou bonzinho. – falou, já tirando seu sapato e deitando-se a meu lado.
_ Você passou a noite inteira olhando isso, você fez bastantes avanços. – falei. Ele se se acomodou mais, tirando o casaco.
_ Uma coisa foi levando a outra, quando vi já tinha amanhecido. – falou.
_ Obrigada por se dedicar tanto.
_ É meu trabalho. – sorriu fraco.
_ Eu não te agradeci por ontem, por ter me defendido.
_ Eu não podia a deixar falando daquela maneira com você. Você não merece isso. – eu sorri fraco, nem mesmo sei se ele viu, já que seus olhos começaram a pesar e eu podia ver que ele logo acabaria dormindo. Vendo-o assim, tão sereno, e tão cansado após se dedicando tanto, me fazia ficar mais e mais caída por ele. Eu sei que eu não podia, que o nosso não só não existia como era impossível, mas meu coração parecia insistir que a nossa história valia a pena. Comecei a acaricia sua cabeça, fazendo-o cafune. _ Isso não vale. – disse com a voz fraca.
_ O que não vale é você fingir que estava dormindo e não estar. – falei, mas não parei de fazê-lo cafune. Ele riu.
_ Sabe? Gostei disso... – sua voz ia sumindo a cada palavra e seu corpo relaxando mais e mais. _ Eu me vejo tendo isso... Por muitas mais... Vezes. – a voz sumiu. Com a respiração mais profunda, vi que ele agora estava realmente dormindo. Não sei se ele estava muito consciente do que havia me dito, mas eu estava, e mal ele sabia que eu também sentia o mesmo, eu também me via assim, ao lado dele, fazendo-o cafune enquanto ele dormia profundamente, eu me via assim, deitando-me ao lado dele, por muito mais vezes, quem sabe até... Para sempre?

Continua

Olá pessoal, como prometido, mais um capítulo. Com esse capítulo vocês já podem tirar três conclusões:
1.       Demi já tá mais que apaixonada por Joe.
2.       Eles estão bem perto de descobrir o assassino.
3.       A fic está chegando ao fim.
Não sei exatamente quantos capítulos faltam, provavelmente não mais que 12, mas não posso garantir muito agora, pode ser menos ou mais, vocês saberão mais pra frente.
Bom, espero que tenham gostado do capítulo.
Bjsss


Anônimo: kkkk sem duvidas Selena tava com fogo ali, mas até que foi bom, pois se dependesse só do Nick estariam enrolando até agora. Obrigada por comentar. Bjsss

Anônimo: Entendo seu ponto de vista, já tinha percebido isso também, tanto que estou tentando dar uma acelerada aos poucos para que a história comece a andar e ficar mais interessante. Obrigada pela critica. Bjsss

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

34. Me beija logo – The Big Apple



Já havia um tempo em que estávamos conversando, e aos poucos, o que parecia ser uma amizade instantânea, se tornou mais forte, em um dia parecia tudo normal e no outro eu já podia perceber as mudanças, eu queria sempre estar me comunicando com ela, toda hora, tudo me lembrava dela, mesmo as pequenas coisas, eu lá ia eu correndo telefonar ou mandar uma mensagem a ela, dizendo que algo me fez lembrar dela. No começo eu não liguei muito, somos amigos, nos temos assuntos em comum, mas depois eu percebi que algo estava estranho demais, eu tenho outros amigos e amigas, mas nunca tratei uma amiga como trato Selena, é diferente, é como se com ela o nível fosse outro, mas como isso é possível?

_ Pode ser que sim. – disse Demi, dando de ombros. _ Vocês não se conhecem tão bem assim, então não dá para garantir nada, mas sem duvidas, pelo que você falou, ela é bem especial para você.
_ Você não gostou muito da ideia, não é?
_ Sei lá, eu sei que ela não gosta muito de mim e é claro que isso me incomoda um pouco, mas quem tem que gostar é você, ela não vai ser minha namorada.
_ Mas você preferiria que eu desistisse?
_ Só é... Estranho...
_ O que? O fato de você estar com o irmão dela? – Demi levantou-se instantaneamente da cama, assustada.
_ O que você disse?
_ Que vocês estão ficando. – reafirmei.
_ Nick, eu tenho namorado!
_ Eu sei.
_ Então porque você fica dizendo que estou com Joe? – ela tentou parecer despreocupada, até tornou se deitar, mas eu a conheço bem demais para cair nos seus truques.
_ Porque é algo obvio. – disse. _ Não é muito difícil de perceber que você tem, se não tem, estão prestes a ter algo.
_ Nós não estamos tendo nada, Nick. – disse.
_ Mas já tiveram? – perguntei.
_ Já. – assumiu.
_ E...?
_ Não temos mais. – novamente fingia uma falsa despreocupação.
_ Mas você o ama? – ela hesitou.
_ Você estava falando sobre você, porque mudou? – mudou de assunto, claramente incomodada. Então sim, ela ainda o amava.
_ Demi...
_ Nick, sério, os meus rolos já foram resolvidos, agora está na hora de resolver os seus. – eu ri. _ Então você esta gostando da Selena?
_ Eu não sei. – respondi. _ Eu acho que sim. É diferente sabe? Eu quero estar com ela, eu gosto de estar com ela. – Demi sorriu.
_ E ela? – perguntou.
_ Não sei.
_ E você vai falar com ela?
_ Não sei.
_ Porque não? – perguntou. _ Você vai falar que ‘não sabe’, não é? – no fim das contas, assim como eu conheço Demi muito bem, ela me conhece tanto quanto.
_ É. – ri fraco. _ Eu acho que ela ainda gosta do Ex dela, eles terminaram meio... Estanho... Não teve um termino. Ele simplesmente desapareceu e ela foi orgulhosa demais para procurar. Mas eu tenho a impressão que se ele voltar e pedir perdão eles voltam.
_ Não se ela tiver encontrado alguém a dê o valor que ela merece. – olhei-a nos olhos e pude perceber que ela, apesar de não ser grande amiga de Selena, me dava todo o apoio para que eu me declarasse.
_ Ela vai rir da minha cara. – falei.
_ Oh meu Deus! Eu estou escutando isso de Nicholas Lovato?
_ Demi, sério, não fica brincando comigo.
_ Você definitivamente está apaixonado, Nick. A última vez que te vi agindo assim você tinha o que? Uns 14 anos? – eu ri lembrando-me.
_ É, minha paixonite que eu queria chamar para a formatura.
_ E você lembra o que eu te disse para fazer?
_ Falar com ela.
_ E o que aconteceu?
_ Ela aceitou, nós dois fomos coroados rei e rainha do baile.
_ Então...?
_ É bem diferente agora, e daquela vez foi só para um baile, nós quase não falamos depois daquilo, e para ser mais traumático ainda, um mês depois ela começou a namorar sério com outro cara que eu odiava. – Demi gargalhou. _ Demi!
_ Assim como agora não é um baile de formatura, agora também não se trata de uma menina de 14 anos que mal sabe o que é o amor ainda.
_ Você também já teve sua paixonite de 14 anos viu? – lembrei-a.
_ Eu sei e sabe do que? Eu realmente não sabia o que era amor naquela época. – eu ri. _ Você quer que eu pergunte algo ao Joe?
_ Não! – ela riu. _ Ele vai querer me matar!
_ Só uma sugestão.
_ Sugestão negada.
_ Então o que você quer que eu faça?
_ Me ajude?
_ E eu não estou te ajudando?
_ Eu fui mais prestativo quando foi você e o Logan.
_ A única coisa que você me disse foi para esperar por ele.
_ E funcionou, não funcionou? No final ele veio até você. Imagina se você tivesse feito às loucuras que você queria fazer? Você ia assustar ele.
_ E eu estou falando para agir. A Selena pode estar na mesma posição que eu estava: esperando.
_ Mas...
_ Mas nada Nick, você nunca foi um bundão, não comece a agir como um.
_ Você é ótima com conselhos. – falei irônico.
_ Não adianta, eu sei que você gostou desse empurrãozinho final.
_ Talvez... – admiti.
_ E então? Quando você vai falar com ela? – perguntou.
_ Hoje.


(...)


Provavelmente o que mais surpreendeu de tudo, foi a boa vontade dos pais de Selena, eu sabia que ela estava de castigo e por isso não saia de casa se não fosse acompanhada de um deles, e com o fato de já ser quase sete da noite, pensei que seria impossível conseguir algo, porém, delimitando apenas algumas regras, eles me permitiram sair com ela. Claramente isso só foi possível porque Joe não estava em casa.

Talvez não tenha sido a melhor escolha, o frio parecia estar ficando mais forte, mas Selena não demonstrava se importar muito, na verdade parecia se divertir como uma criança. O parque não estava muito cheio, o que era ótimo, pois as filas para entrar nos brinquedos estavam menores.

Depois de dois algodões doces, pipoca, e ela ter me feito tentar acertar as argolas nos pinos para ganhar um urso de pelúcia gigante (o que não deu muito certo, já que não sou bom de mira, então o urso teve ser o pequeno mesmo), decidi que era a hora de dizer.

_ Selena? – ela olhava distraída para um malabarista que surgiu do nada e fazia malabares com pinos em fogo, outras pessoas também parar para apreciar seu show. Ela olhou para mim sorrindo, ela estava se divertindo e eu que a estava proporcionando isso, no final, mesmo que ela dissesse não, só aquele sorriso teria feito tudo valer a pena. _ Eu queria conversar com você.
_ Tudo bem. – não deu tanta importância.
_ Seria melhor se fosse num lugar mais quieto. – falei.
_ Nós podemos ir andando, se você quiser. – disse. Começamos a andar, segurei em sua mão e ela estava gelada.
_ Sua mão está fria, você está com frio? Quer meu casaco? – perguntei, ela riu.
_ Não, não precisa, não é pelo frio, às vezes minha mão fica fria mesmo. – sorriu tímida. _ e então? – perguntou assim que adquirimos certa distancia do movimento de pessoas no parque.
_ Eu posso te pedir uma coisa antes?
_ Pode.
_ Você não vai fugir me prometa que não vai fugir, você vai apenas dizer o que quiser doa a quem doer. – percebi que ela começou a ficar desconfiada.
_ Nick, você está começando é a me deixar com medo.
_ Não, não é pra temer é só que... É... É complicado.
_ Complicado?
_ Eu gosto de você. – soltei de uma vez, sabendo que se eu enrolasse mais ia acabar não falando nada ou a deixando mais confusa ainda.
_ Eu também gosto de você. – disse ela, segurando minha mão mais forte.
_ Não... Quer dizer sim... Mas não tão sim... – bendita hora que fui seguir o conselho de Demetria. _ É como eu disse...
_ Nicholas. – interrompeu-me. _ Eu entendi. – falou e com sua mão gelada agarrou meu queixo obrigando-me a olhar diretamente para ela. _ Eu gosto de você também. – repetiu.
_ Mas é... – será que ela realmente estava me entendendo?
_ Cala a boca – interrompeu-me novamente. _ Me beija logo.

Continua
Oi, HAPPY LOVATIC DAY atrasado, mas vindo de mim isso já é até normal.
Capítulo hoje focou em Nelena, não nego ficou meio fraco, mas é o que deu pra hoje.
Espero que tenham gostado.

Aé. Mas tarde tem outro capítulo, e nele responderei os comentários. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

33. Acho que estou amando – The Big Apple



Meu coração estava a mil, eu sabia que esse encontro não seria nada amigável, e as chances de tudo ficar pior do que já estão eram enormes.

Meu dia tinha começado angustiante, a primeira noticia que recebi, enquanto eu ainda tomava meu café da manhã, era que Joe havia conseguido marcar uma entrevista com ela, eu não queria ir, falei para ele que não queria, mas ele disse que havia prometido minha presença e que ela só havia aceitado falar nessas condições. Mas afinal das contas, o que ela queria comigo? Não é ela que me odiava? Que odiava a meu pai? Odiava ao ponto de se tornar uma das suspeitas da morte dele?
Passei pelo escritório do banco quase que voando. Escutei Logan explicando as clausulas que ele achava que mereciam maior atenção, e que seria bom negocia-las melhor, esperei pelo advogado do banco, repassei as recomendações da mesma maneira que Logan havia me passado, e assim, em pouco menos de uma hora e meia de “trabalho” saí de lá e voltei para casa.
Desta vez um dos seguranças nos acompanhava, era o mesmo que tinha invadido meu quarto no primeiro dia. Apesar da tensão pelo encontro, o jeito em que Joe e o segurança – que a proposito se chama Samuel –, se olhavam era ridiculamente engraçado. Samuel com o seu jeito sério, calado e carrancudo, o encarava pelo retrovisor toda vez que tinha que parar no sinal, já Joe, tentava parecer tão ameaçador quando o segurança, mas no final das contas só parecia bravo demais, e sei lá era engraçado de vez em quando.

_ Tem como você ficar no carro? – perguntou Joe, assim que chegamos à porta da casa de minha avó, ao Samuel.
_ Não. –respondeu com sua voz grossa. _ Mas ficarei distante de onde vocês vão conversar. – completou depois. Joe suspirou frustrado.
_ A primeira coisa que vou fazer quando terminarmos aqui é ir conversar com Lara, vamos descobrir quem telefonou e acabar com isso logo. – sussurrou Joe em meu ouvido. Eu ri, se tinha alguém que estava odiando os seguranças, sem duvidas era ele, isso tudo porque não é ele que tomou um susto ao sair do banho enrolada na toalha e deu de cara com um cara como o Samuel, fazendo uma vistoria surpresa, pois escutou um barulho estanho vindo do meu quarto, quando na verdade era que eu tinha deixado a janela aberta e deu uma ventania que derrubou meu abajur no chão.
Vocês fazem ideia do quão constrangedor isso é? E eu não sei o que é pior, o fato em si ou ele totalmente tranquilo sobre isso. Não era para ele estar constrangido também? Só eu que tinha que passar por isso? Caramba!


A casa da minha avó era atípica para aquela região de Nova Iorque. Tudo bem que aquela era uma área mais residencial em que o maior prédio era um de três andares e que grande parte das casas tinham jardim e quintal. Bem diferente de onde eu moro, em que tudo é prédio e concreto.
Quando você via por fora, provavelmente até acharia que estava abandonada, não que ela estivesse feia, mas pela quantidade de plantas, mal se via a casa, arvores e diferentes flores cresciam no jardim da frente, e eu sabia por vaga lembrança da última vez que estive nessa casa – se não me engano quando tinha apenas quatro anos – que o fundo da casa era maior ainda, quase que parecia um sitio no meio da cidade.

Batemos a campainha e quem atendeu foi uma jovem ruiva cheia de sardas, que se apresentou como empregada da casa, ela não tinha muito cara de quem era empregada, parecia jovem demais para isso, tinha cara de quem ficaria o dia inteiro em casa no computador.
Ela nos guiou até uma sala grande em que Linda, sentada em uma poltrona rustica de madeira, com almofadas de estampa de flores. Ela escutava uma música na qual eu não reconheci, mas sabia que era bem antiga, e balançava a cabeça junto ao ritmo da musica, bem suavemente.

_ Linda. – chamou a garota ruiva, despertando minha avó de seu transe. Ela olhou para a garota e com o gesto de mão a dispensou.
_ Vou ficar atrás da porta. – disse Samuel. _ Qualquer coisa é só gritar. – falou sem prestar atenção em mim ou em Joe, mas revistando com um olhar a sala.
_ Tudo bem. – falei, fazendo-o perceber que só esperávamos por ele, para poder começar a conversa. Samuel saiu e fechou a porta. Alguns segundos de silêncio até que Joe começou.
_ Senhora Devonne...
_ Shiiiiiiii. – interrompeu. Ela se levantou e por um instante fiquei me perguntando se aquilo era possível. Ela tinha 82 anos, como que ela podia ter aquele corpo? Sério, ela tinha um corpo melhor que o meu, e sério, ela nem tinha tanta ruga assim, claro que tinha umas e outras, mas sério, para uma mulher com tal idade ela estava bem até demais. À passos rápidos ela foi até o vitrola e o desligou e  depois veio até a mim e tocou delicadamente em meu rosto, fiquei sem reação. _ Tão parecida. – disse meio que pra si mesmo. _ Chega ser amedrontador. – arregalou os olhos. E na mesma rapidez que ela foi até a mim, ela andou até um estante, pegou um porta-retratos e me trouxe. Colocou o porta-retratos ao lado de meu rosto e se dirigindo a Joe perguntou:
_ Olhe! Não é a mesma coisa? – Joe olhou e meio indeciso se deveria falar ou não disse meio inseguro:
_ Sim, são iguais.
_ 19 anos, não é garota?
_ É. – confirmei.
_ Mesma idade dela quando tirou esta fotografia. – disse e virou a fotografia para mim. Eu já tinha visto fotos de minha mãe, grande parte delas quando ela já estava quase na idade de me ganhar, nenhuma dela tão jovem. Sem duvidas ela era bem parecida comigo, talvez penas a cor dos cabelos mudara um pouco, já que o meu, originalmente, é castanho – apesar de fazer alguns anos que só o uso loiro – e o de minha mãe ser um castanho bem claro, quase que loiro. Eu podia ver que as sardas que por anos eu quis tirar, mas no final acabei aceitando, tinham vindo dela, que tinha um rosto mais sardento que o meu. Porém do resto, o formato do rosto, o olhar, a boca, o nariz, tudo dela, tudo exatamente igual ao dela. Era realmente amedrontador. Linda pegou a fotografia de minha mão, meio que sem pedir e a abraçou. Agora, enquanto ela caminhava de volta a sua poltrona, seus passos já não eram mais rápidos, eram lentos e penosos. _ Sentem-se – disse com uma voz baixa. Joe e eu sentamos em um sofá que era do mesmo estilo de sua poltrona, um do lado do outro, perto até demais, mas eu não reclamei, no fundo eu queria que ele estivesse perto mesmo, eu precisaria do seu apoio naquele momento. _ Pode falar. – olhou para Joe.
_ Como a senhora sabe, estamos aqui pois estamos fazendo uma investigação sobre a morte de Eddie...
_ Querem saber o porquê ele se suicidou? – perguntou o interrompendo novamente. _ Tristeza. Sabiam que pessoas que se suicidam são tristes? – ela nem mesmo tentava disfarças a ironia em sua voz. _ Talvez até mesmo tristeza por culpa, culpa por ser um assassino.
_ Meu pai não é um assassino. – tentei manter minha voz calma, mas não posso negar que aquela mulher, em poucos segundos, tinha me tirado do sério.
_ Vai tomar a culpa por ele? Afinal de contas foi para você nascer que ela morreu, não foi? Você é tão culpada quanto ele. – agora sim ela me atingira no mais profundo, isso é algo na qual me culpo desde pequena, era difícil lidar com o fato que sua mãe deu a vida por você, meu pai sempre tentou me dizer que não, até mesmo fiz alguns anos de psicólogo para tentar entender que o que acontecera fora uma fatalidade, mas era difícil, pois era obvio que se eu nunca tivesse existido, minha mãe provavelmente ainda estaria viva. Senti Joe se aproximar mais ainda de mim, para manter o papel de profissional, ele não poderia demostrar sentimento ali, mas eu sabia que ele queria, pois ele sabia que nesse momento eu já estava a ponto de chorar.
_ Seria bom se a senhora se calasse e me deixasse falar, afinal de contas sua situação não está nada boa. – falou Joe de maneira grossa, Linda arregalou o olho para ele.
_ Como assim minha situação não está nada boa? Tenho culpa se é essa a única verdade?
_ Você tem culpa sim de não aceitar que o que aconteceu foi uma fatalidade, tem culpa de por não respeitar a ultima decisão da sua filha, tem culpa por rejeitar o que há de mais precioso que sua filha deixou. – disse Joe em minha defesa.
_ O que há de mais precioso que minha filha deixou foram seus livros que ela nunca publicou por causa dessa daí. – olhou-me com nojo. _ E por causa daquele suicida.
_ Pois para sua filha o bem mais precioso foi Demetria, pois ela não hesitou em nenhum momento em desistir da carreira pela filha, pois para a sua filha, ter uma filha era o mais importante. E se você realmente a amasse seria uma avó que preste. – podia perceber que ele estava ficando alterado, eu sabia que não era função dele me defender, mas eu estava me sentindo tão mal, que eu nem mesmo conseguia reagir por mim mesma, nenhuma palavra saía da minha boca, nenhuma lágrima saía dos meus olhos, tinha um vazio tão grande em meu peito que eu me sentia aos poucos sendo engolida por ele, eu só queria desaparecer, dormir e nunca mais acordar.
_ Não tenho culpa se minha filha gostava de fazer escolhas erradas.
_ E ela não tem culpa por ter tido uma mãe como você. – podia ver Joe ficando vermelho de raiva e não digo menos por Linda, eu podia ver que ela estava a ponto de explodir. Eles ficaram em silêncio para respirarem e se acalmarem.
_ Fui a melhor mãe que pude. – sua voz agora estava mais serena. _ e mesmo assim ela não pensou em mim.
_ E por causa disso você não pensa nela por 19 anos.
_ Não há um dia em que eu não pense nela. – defendeu-se.
_ Não a conhecia, mas duvido que seja dessa maneira que ela gostaria de ser lembrada. – Joe também falava com mais calma.
_ Não os deixei vir aqui para me ofenderem.
_ Nem eu trouxe minha cliente aqui para que ela fosse humilhada. Você não disse que era para esse proposito que você exigia a presença dela.
_ Queria vê-la. Queria comprovar o que sempre dizem: que ela é a cópia de minha filha, eu queria ver frente a frente, apenas isso.
_ E agora que a viu, pode cooperar? Pode me deixar fazer o meu trabalho?
_ Já disse o que acho.
_ Cale a boca. – falou Joe já irritado novamente. _ Não lhe fiz nenhuma pergunta ainda, então não avance.
_ Você deveria ser mais educado.
_ Digo o mesmo a senhora. – eu já não aguentava aquela brigalhada, será que isso não teria fim? _ Suspeita-se que a morte de Eddie não tenha sido suicídio, mas sim um assassinato...
_ Pois que descubram o assassino, preciso saber a quem agradecer. – interrompeu-o novamente.
_ Pois então a senhora deve agradecer a si mesma, suponho.
_ Como? – pareceu assustada.
_ A senhora é uma das principais suspeita. Sempre o odiou e nunca negou, evidentemente comemora sua morte, e já o ameaçara por várias vezes, sendo que o ameaçaste em rede nacional.
_ Estais é louco, eu não mataria ninguém. – defendeu-se.
_ Pois há um ano não tinha esse mesmo discurso, o que mudou? O medo de ser presa?  
_ Não direi nada sem consultar meu advogado. – falou.
_ Sabes que estais bem encrencada, não sabe?
_ Não sei de nada rapazinho.
_ Pois deveria saber, pois você está.
_ Como eu já disse, eu não falarei mais nada sem a presença do meu advogado, então sugiro que vocês se retirem. – falou, levantando-se e a passos rápidos indo até a porta parar abri-la, indicando sua urgência para que nós saíssemos de lá.
Não insistimos, Joe pegou minha mão, e assim fomos embora.
Não perguntei o que ele achava, na verdade não falei nada. Apenas chorei em seu ombro durante todo o percurso de volta a casa.


(...)


Eu sempre soube que minha avó não gostava nem de mim nem de meu pai, mas o fato de eu não ter tido muito contato com ela me fez crer que talvez não fosse algo tão grave assim, mas hoje eu tinha visto que não, ela não só não gostava da gente, ela nos odiava com todas as suas forças. Era demais para mim, eu estava sem meus dois pais e acabara de descobrir que eu nunca teria uma avó.
Joe ficou comigo por um bom tempo, mas saíra a pouco, não sem dizer que iria pedir para que Nick viesse ficar comigo, falei que não era necessário, mas ele não escutou, digo isso porque Nick acabara de entrar no meu quarto e me vendo naquele estado ficara sem reação por um tempo.


Aos poucos Nick me fizera voltar a conversar, ele me distraia um pouco com assuntos alternados, eu não estava feliz, ainda sentia um vazio enorme, mas aos poucos eu sentia como se o buraco diminuísse.
_ Eu sei que é um péssimo momento, mas eu queria falar sobre certo assunto com você.
_ Qual? – tentei mostrar interesse, mas minha voz monótona entregou que na verdade eu não estava tão interessada assim.
_ Promete não rir... Quer dizer, não me zoar.
_ Hoje é seu dia de sorte, não estou em condições de fazer nada disso. – falei.
_ Bom, é estranho vindo de mim, você me conhece bem e tudo. – ele estava bem sem jeito. _ Mas é, tipo, eu acho que estou amando.

Continua

Olá, capítulos postados, um na data certa e outra na errada, me desculpem, mas é porque me atrasei na revisão das duas.
Bom, o que acharam? Já desconfiam mais de alguém com as dicas do Juan? Não? Acham que pode ter sido a Linda? Não? E o Nick apaixonado, vocês já sabem por quem? Comentem J


Caah: Nossa até lembrete? Pelo jeito você está gostando mesmo em? Bom, ano passado esqueci pagar lá o boleto e por isso não fiz, me arrependo até hoje disso, já que se eu tivesse feito talvez tivesse me dedicado mais nesse ano, mas já que não deu fazer o quê né? Que curso você quer fazer? Sobre sua suspeita, pode ser ou não ser, se seguirmos o raciocínio do Juan é uma boa aposta, já que a Lara é alguém próximo, mas vai saber... Obrigada por comentar. Bjsss
Nessa: Nossa que legal, e está gostando do curso? Bom, espero que tenha gostado deste capítulo, mesmo ele sendo meio drepe , muito obrigada por comentar. Bjsss

Milena: Parece que os seguranças estão fazendo sucesso por aqui em? Kkkkk vamos ver o que eu arranjo pro Logan depois, pode ser que ele termine bem, mas pode ser que não também, só depois vamos descobrir. Espero que tenha gostado do capítulo. Obrigada por comentar. BjssS

sábado, 24 de janeiro de 2015

32. inimigo está a seu lado (parte final) – The Big Apple


Eu não sabia onde que Joe estava com a cabeça ao crer que Juan poderia nos trazer alguma novidade. Na verdade eu não sabia onde eu estava com a cabeça ao crer no Joe crendo que Juan poderia nos trazer alguma novidade.
Não, eu não estou sendo chata, tenho minhas razões para crer que havia me metido em uma grande roubada.

O lugar era abafado e cheirava a cerveja barata, ainda assim estava cheio, pior, as únicas mulheres que havia ali, além de mim, eram três garçonetes, que pareciam tão irritadas, que senti medo até de chegar perto... Bom, na verdade tinha outras mulheres por ali, todas totalmente tontas de bêbada, um delas caída, quando eu digo caída, eu falo largada no chão, totalmente desajeitada; outra estava encima de uma mesa ameaçando fazer strip-tease. Concluindo, a única mulher que não estava nem bêbada nem estressada ali, era eu. Pensando bem, a única mulher que não estava bêbada ali, era eu.

Joe havia me tirado de casa as oito de quarenta da noite para me trazer a um bairro desconhecido, mas que não me parecia nem um pouco seguro, e não sem antes me fazer ter uma discussão com Lara no telefone, exigindo que ela proibisse que os seguranças fossem comigo e que não me seguissem. Se eu soubesse que era pra cá que ele estava me trazendo, eu teria feito era o contrario, eu teria exigido a presença daqueles malas. Os olhares que estava recebendo de alguns homens eram aterrorizantes, nunca me senti tão assustada, era como se a qualquer momento eles fossem me atacar.

Encontramos Juan no balcão do bar e ele estava praticamente irreconhecível. Ele parecia bem mais velho, tinha barba por fazer, os dentes estavam amarelados, duas entradas de careca em sua cabeça, ele, que sempre, no trabalho, vestia um terno feito sobre medida, agora estava com uma blusa de manga comprida xadrez toda remendada e um calça jeans com a aparência de ser muito velha, fora que por ser de lavagem clara evidenciava algumas manchas não muito bonitas.
_ Pequena Lovato. – sorriu. Quando ele trabalhava como motorista da família, ele costumava chamar a mim e a meus irmãos de Pequena/Pequeno Lovato. _ Você então é Joseph, o qual me ligou? – Joe confirmou com uma aceno de cabeça.
_ Tem como a gente sair daqui? – perguntei sendo direta, eu não suportaria ficar ali por muito mais tempo. Juan pareceu parar para pensar um pouco, logo pegou um copo que estava a sua frente no balcão, cheio do que para mim era cerveja, e bebeu tudo em apenas um gole. ELE ESTÁ BEBENDO! COMO QUE VOU LEVAR ELE A SÉRIO?
_ Vamos lá fora. –falou. _ É mais fresco. – fresco? Ele tem consciência que está 12 graus lá fora?
Tá, melhor o frio que ficar aqui sobre o olhar desses homens nojentos.

Do lado de fora tinha uma mesa de madeira, sentamos nos bancos, Joe do meu lado e Juan a minha frente.
_ Desculpa estar desse jeito, estava fazendo uns serviços, não tive oportunidade de ir a minha casa me trocar. – falou. Não atrevi-me a perguntar que serviços ele estava fazendo para se vestir dessa maneira, era obvio que ele não era mais motorista, e, no fundo, achei melhor não mencionar isso. _ Mas é bom. – ele sem duvidas tinha bebido bastante, porém falava lucidamente, na verdade ele parecia estar bem lucido. Vai saber como... _ Já faz um tempo que queria falar com você, Pequena Lovato, mas tive medo que você não quisesse me receber. Mas como foi você que me procurou... Melhor não perder muito tempo. – sorriu fraco, ele parecia estar ficando um pouco apreensivo.
_ Você disse que tinha algumas coisas para falar... – incentivou Joe, ao ver que ele parou. _ Sobre Eddie...
_ É, tenho. – pausou. _ Bom, eu trabalhei um bom tempo com ele. E quando aconteceu o acidente eu fiquei muito irritado, mas eu nunca o odiei, ele foi um muito bom patrão comigo, me ajudou muito todas as vezes que precisei. – pude perceber que ele perdera um pouco do sotaque hispânico, sotaque no qual eu amava quando menor, sempre ficava tentando imita-lo, mas claro que não saia nada com nada. _ Mas Eddie, o que tem de bom, tem de azarento. – tentou rir, mas quando viu que nem eu nem Joe o acompanhamos, parou. _ Já o vi, por varias vezes, preocupado por alguém o ter apunhalado pelas costas. E quando eu digo isso, não falo só por funcionários ou outros banqueiros, sócios. Na verdade, esses que deveriam ser os “temidos” foram os que menos traíram seu pai. Amigos, ou pelo menos os que se diziam ser amigo sempre foram os piores.
_ O que você quer dizer com isso? Você acha que quem matou Eddie pode ter sido alguém que ele achava ser um amigo? – perguntou Joe.
_ Claro. – disse. _ Naquele velório dele lá. – disse olhando diretamente para mim. _ A maior parte dos que estavam ali já o traíram de alguma forma. Eddie era rodeado de falsos, quanto mais de perto você olhar, maior sua chance de encontrar o assassino dele. – disse firme.
_ E você tem nomes? Os que você acha que seriam capazes de algo assim? – Juan riu como se Joe lhe tivesse feito uma pergunta idiota.
_ Todos aqueles que um dia frequentaram a casa dele e desapareceram por não declarada razão.
_ Mas você acha que essas pessoas seriam capazes de matar meu pai? Eles já o tinham traído, não precisavam mais fazer algo assim. – indaguei.
_ Ah Pequena Lovato. – disse como se estivesse com pena de mim. _ Você não faz ideia de quanta maldade às pessoas são capazes de fazer. Muitos deles temiam seu pai, pois sabiam que se ele abrisse a boca poderiam ser presos ou até perder tudo o que tem.
_Mas meu pai nunca faria isso, tanto que ele não o fez.
_ Se existe uma coisa aterrorizante, é a paranoia. Quando você faz uma coisa muito ruim, você não fica com medo de descobrirem? – perguntou. Claro que sim, no momento eu estou sobre essa pressão, para falar a verdade, quase todo mundo já sabia ou pelo menos desconfiava sobre meu envolvimento com Joe, menos Logan, e a cada dia eu pisava em ovos, temendo que alguém abrisse a boca ou que eu deixasse escapar algo sem querer.
_ Sim, mas eu não mataria alguém por isso. – respondi.
_ Talvez seus erros não sejam tão grandes. – contrapôs.
_ Quando você diz erros o que você quiser? – perguntou Joe.
_ Roubos, grandes roubos. Pessoas usavam da bondade do seu pai para engana-lo, seu pai muitas vezes teve o nome relacionado em coisas sujas, pois pessoas os colocavam. Seu pai quase já foi preso. – disse me fitando. _ ele nunca falou isso, mas ele já esteve prestes a ir para cadeia por causa de um amigo que o envolveu em um esquema de lavagem de dinheiro... Olhe com o advogado do seu pai, ele vai saber informar melhor que eu.
_ O Harry. – falei. _ ele não informou nada no dia da leitura do testamento.
_ Ele não iria mencionar se não tivesse um motivo muito bom. – disse Joe. _ Você acha que consegue falar com ele?
_ Sim, eu ligarei para ele amanhã. – confirmei.
Fiquei tentando assimilar as coisas aos poucos, e todos nós ficamos em silêncio por um tempo, era como se todos estivessem pensando sobre isso.
_ Se eu fosse você investigava a todos, até mesmo os que ficaram por perto. – por um lado, Juan fazia todo o sentido, mas no fundo parecia paranoico demais. Como que tudo isso poderia estar acontecendo com meu pai, bem ao meu lado, e eu simplesmente nem mesmo desconfiar? _ Não poupe ninguém.
_ O que você acha dos familiares? Estávamos suspeitando de Linda. – perguntou Joe.
_ Senhora Devonne? – perguntou surpreso. _ Bom, ela definitivamente é uma suspeita. Pensava em outras pessoas, mas Linda é uma pessoa em potencial.
_ Eu acho isso um exagero. – resolvi opinar. _ minha avó não faria isso. Eu sei que ela odiava meu pai, mas ela não faria isso.
_ Se eu fosse você não a defendia tanto assim não. Ela te odeia também. – disse e me atingiu em cheio. Joe olhou-me esperando pela minha reação, mas eu não fiz nada, não havia nada a se fazer, era a verdade. _ Me desculpe. – falou. _ Eu falei sem pensar.
_ Tudo bem. – sorri, mesmo sabendo que minha voz entregava a minha tristeza.
_ Se te serve de consolo, eu a acho uma boa suspeita, mas não creio que tenha sido ela. Pelo menos não para mim.
_ Então quem você acha que foi? – perguntou Joe.
_ Desculpe-me, mas não vou dizer, não quero acusar ninguém, não tenho nenhuma prova contra essa pessoa.
_ Você sabe que isso faz com que você pareça estar blefando, não sabe? – atiçou Joe.
_ Eu sei. – disse sem hesitar. _ Não estou aqui tentando convencer ninguém, só quero alerta-los. Principalmente a você, Pequena Lovato, pois o inimigo está a seu lado.

Continua
Ei pessoal, esperem mais um pouco que logo posto o próximo capítulo.

Resposta aos comentários no final do capítulo 33

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

30. Confiança e 31. Inimigo a seu lado (parte 1) – The Big Apple

30. Confiança – The Big Apple

Quando parei Edgar conversar, ele não disfarçou a insatisfação. Mas deixou, tanto que eu, quanto Joe, adentrássemos a sua sala.
_ Espero que sua visita não seja por causa da minha duvida sobre suas propostas. – disse após servir a si mesmo um pouco de uísque. Ele chegou a nos oferecer, mas nós recusamos.
_ Não é sobre isso. – falei. _ Eu não sou uma ditadora, não vou fazer represálias com quem não concordar comigo. – ele sentou-se em sua poltrona.
_ Fico feliz em escutar isso. Não adiantaria muito você ser uma ditadora por aqui. – disse um pouco hostil.
_ Eu entendo suas suspeitas sobre minha capacidade, senhor Edgar, eu não tenho a formação nem a experiência necessária para chegar nesta posição que ocupo agora.  Mas você vai ter que aceitar. Porque é assim que vai ser. – falei, tentando ser elegante, mas saiu um pouco rude. No fundo nem liguei, dar umas alfinetadas nele era até justificável. Homem chato.
_ E por acaso eu não estou te aceitando? – perguntou como eu o tivesse ofendido. _ Tens que entender que aceitar é uma coisa, fazer de sua vida aqui no banco mais fácil é outra. Tratar-lhe-ei da mesma maneira que trato qualquer um. Tenho que desconfiar quando necessário, eu já investi muito dinheiro aqui e não é porque já estou a colher meus lucros, que ligo menos para o futuro deste banco. – Joe cruzou a perna direita, e ali eu soube que deveria começar, ele dissera que esse seria um dos sinais que ele me daria para fazer algumas perguntas. Algumas perguntas ele tinha me passado, caso eu precisasse e achasse conveniente inventar outras na hora, ele havia me dado aval.
_ É sobre isso que me preocupa um pouco. – falei. _ Você é o segundo maior dono do banco, abaixo de mim você é o líder. Com a morte do meu pai, as coisas poderiam ou melhorar ou piorar para o senhor. Algo me diz que a vontade de meu pai para que eu assumisse o lugar que ele deixara é considerado uma piora para você. – ele hesitou.
_ Confesso que a decisão dele me causou espanto e apreensão. Mas não quero taxar sua chegada como uma piora, pelo menos não por agora.
_ Mas você preferiria ter se tornado o dono majoritário do banco, não?
_ Seria o mais justo, mas a vida não é justa, então... – deixou por aberto.
_ E se eu... Fazer algo errado, ver que não consigo. Você compraria minha parte?
_ Claro. – disse sem hesitar. _ E para você ver que não sou tão mal assim, compraria pelo preço de mercado quando o banco estava em alta, agora estamos desvalorizados, o preço esta baixo, mas eu não seria tão mal com você e com sua família. – hesitei a continuar, senti como se ele já estivesse fazendo a proposta, como se já tivesse pensado naquilo há muito tempo, e agora só estivesse esperando o inevitável.
_ Você parece bem seguro de uma desistência de Demetria. – disse Joe a meu lado. Edgar olhou-o como se o tivesse percebido apenas agora.
_ E você é?
_ Ele Joseph Jonas. – falei, recuperando-me. _ Dado minha deficiência por não saber tudo sobre como gerenciar um banco, estou montando uma equipe de confiança para ajudar-me. Logan, todos sabem que será meu porta-voz e maior aliado, mas também tenho Joseph, ele será outro a me ajudar com tudo aqui dentro. – Edgar examinou com um olhar Joe de cima a baixo.
_ Fico feliz que esteja tão preocupada em fazer um bom serviço e que se acerque de pessoas confiáveis. Espero poder entrar nesse grupo, em breve.
_ Talvez. – falei, mas em minha mente tudo o que eu queria era dizer umas boas verdades a ele. Ficamos em silêncio por um tempo. _ senhor Edgar, eu não posso deixar de perceber que você e meu pai, apesar de trabalharem juntos, nunca foram muito chegados, você raramente aparecia em nossas festas... Como era a relação de você e meu pai? – ele pareceu estranhar minha pergunta, mas respondeu.
_ Sempre admirei Eddie, mas não vou falar que éramos melhores amigos, convivíamos bem. – falou. _ Apenas isso. –finalizou. _ Posso saber o porquê da pergunta?
_ Quero saber quem são os verdadeiros amigos do meu pai aqui dentro, pode me ajudar na hora de decidir a quem confiar. – respondi e pelo que pude ver, ele entendeu muito bem a indireta.
_ Então espero que você faça boas escolhas, você irá precisar.

(...)

_ O que você acha? – perguntei já no escritório do meu pai... Digo... Meu escritório.
_ Eu não digo que ele seja culpado, mas algo nele diz que a morte do seu pai não foi uma tragédia, é como se ele simplesmente nem ligasse.
_ Você acha que devemos deixa-lo na lista?
_ Eu vou investigar um pouco mais sobre ele. Fazer uma pesquisa básica, mas vamos continuar com as entrevistas, pode ser que as pesquisas não me levem muito longe. – respondeu. _ E sobre Ivan Blackenwood, assim que ele voltar das férias, nós falaremos com ele, eu não tinha pensado nele, mas é um ótimo suspeito.  
_ E quem nós vamos investigar agora? – perguntei.
_ Está gostando é? – perguntou ele, vendo minha animação.
_ É interessante. – tentei disfarçar meu interesse. Ele riu.
_ Interessante... É uma boa interpretação do que é a vida de um detetive, interessante... O próximo é Juan Gaus. E sim, eu insisto em investigar sobre ele.
_ Você acha que ele vai nos acrescentar em algo nessa investigação?
_ Se tem algo que eu aprendi é que não podemos subestimar ninguém, ele pode parecer ter um motivo bobo, mas vai saber, para ele pode não ter sido tão bob assim. É bom não ignorar essas pessoas.
_ tudo bem.
_ Se você não quiser, eu posso ir sozinho.
_ Não, vai ser legal eu ir. Eu posso não posso? – perguntei.
_ Pode. – ele sorriu. _ Só que eu queria ir hoje, tem como você sair daqui? Agora?
_ Agora? Eu mal cheguei. – falei. Sabia bem que eu ainda teria que olhar alguns contratos e assinar alguns papeis, Logan iria me explicar melhor do que se tratava quando chegasse as minhas mãos.
_ Sei. – disse pensativo. _ Que tal hoje à noite?
_ Hoje à noite? Vamos fazer uma investigação, hoje à noite? – perguntei desconfiada, já não tínhamos feito besteiras demais?
_ Se eu conseguir marcar com ele, sim. – confirmou como se não fosse nada demais. _ Que foi? Esta com medo de andar comigo de noite? Eu juro que não vou te morder. – falou. _ Não desta vez.
_ Joe! – ele gargalhou.
_ O que? Eu estou mentindo? – perguntou em meio as suas gargalhadas. _ Foi um erro, mas não precisa ser colocado como assunto proibido, ou precisa? Foi bom, não foi?
_ Não estou aqui para aumentar seu ego masculino, Joseph.
_ Dado a sua resposta posso concluir que você iria dizer que foi muito bom, que foi ótimo, melhor até que com o careta do seu namorado. – falou.
_ Não o chame de careta, e ele é meu noivo, não namorado! Você por acaso está bêbado? – perguntei.
_ Não! – respondeu. _ Por acaso eu estou com cara de quem bebeu? – pareceu ofendido. _ Eu só quis descontrair um pouco. – deu de ombros. _ Mas pelo jeito você não quer nem pensar nesse assunto.
_ Foi você que me rejeitou Joe. – falei.
_ Eu não te rejeitei, eu só disse que não podemos ter algo sério.
_ Você deveria saber que eu não quero ficar mais de brincadeira.
_ Eu sei. – disse._ por isso respeitei sua decisão de ficar com o Logan. – concluiu e suas palavras atingiram meu coração em cheio. Ele realmente não ligava e não queria nada sério.
_ Agradeço a sua consideração. – falei, tentando me mostrar tão fria quanto ele. _ Agradeceria ainda mais se esse assunto fosse esquecido, certos erros são melhores escondidos e esquecidos. – completei. Ele hesitou um pouco antes de começar a falar.
_ Você tem que entender algo Demi, nós dois não podemos nos dar algo que seria fundamental em uma relação. – esperou pela minha reação. _ Confiança.



31. Inimigo a seu lado (parte 1) – The Big Apple

Quanto mais Logan me explicava, pior parecia ficar, era muita coisa para entender em muito pouco tempo, eu não fazia a mínima ideia se assinar tais contratos realmente trariam avanços para o banco. Eu tinha, naquele momento, muito poder em minhas mãos, eu podia fazer um contrato bom o suficiente para fazer com que o banco voltasse a crescer, mas também podia assinar aqueles papeis e acabar com tudo, e dar o gosto de vitória a pessoas como Edgar.
_ Se você estivesse na minha posição, qual você assinaria? – perguntei a Logan, ele pareceu decepcionado com minha pergunta. Mas também, pudera, ele passara mais de uma hora explicando cada proposta, tentando ser o mais simples possível, tirando termos que eu não conhecia e as traduzindo para um vocabulário que eu entendesse, fazendo comparações até meio idiotas, mas que me ajudaram em algumas situações. Ele estava tentando fazer com que eu me envolvesse mais, entendesse mais, tomasse as decisões por conta própria.
_ Bom, é como eu disse. – começou desanimado. _ esse é um contrato bom por agora, só que ele é em longo prazo, se no futuro não foi mais rentável estaremos presos a ele por causa do acordo, mas sem duvidas por uns sete, nove meses, no mínimo, vai ser bem lucrativo, no mais teríamos que contar com a sorte. Já esse outro é ao contrario. – disse pegando a outra pilha de papeis. _ assina-lo agora seria um risco, não é uma jogada tão boa, mas é promissora, aos poucos essa empresa vem conseguindo seu espaço e crescendo bastante, filiarmos a marca pode nos trazer lucros no futuro, mas muito provavelmente não agora.
_ É. – falei, pra mim não ajudara nada, ou eu fazia uma escolha que falisse com o banco agora e talvez o levantasse depois ou eu dava um bom lucro para o banco agora e o falia depois.
_ Você realmente não vai decidir não é?
_ Eu realmente preciso decidir?
_ Sim, pois necessitamos de contratos como estes para nos reerguer, todo contrato é um risco, mas são necessários.
_ E se eu fizer algo errado Logan?
_ Você acha que seu pai nunca errou? – perguntou de volta. _ Ele já assinou contratos que só deram prejuízos, não trouxeram nenhum avanço se quer. Errar não é o fim do mundo Demi. – Logan podia não estar percebendo, mas o conselho dele não só me servia para essa situação.
Suspirei.
_ Você não vai fazer isso por mim, não é? – perguntei.
_ É isso mesmo que você quer?
_ Por agora sim. – ele acabou desistindo, pegou a primeira pilha de papeis e colocou na minha frente.
_ Nossa situação não está muito boa por agora, essa empresa está em alta e pode nos dar muito lucro. Precisamos disso, se por acaso depois começar a dar prejuízos, se estivermos melhor não vai ter muito problema, fora que se melhorarmos podemos receber propostas melhores, com isso um lucro segura uma perda... É disso que nós precisamos. – eu podia ver que ele estava insatisfeito, eu poderia ter tido o mesmo raciocínio que ele teve, mas simplesmente preferi não ter. _ Seria bom você ler as clausulas.
_ Você não disse que o advogado do banco ia fazer isso?
_ Demi. – reclamou exausto.
_ Tá, tá bom. Quanto tempo eu tenho pra ler isso?
_ Se possível até amanhã. De manhã.
_ Logan! São quase cinquenta folhas.
_ Você tem quase um dia.
_ Quase, não é um dia.
_ E por acaso você tem algo para fazer hoje?
_ Talvez.
_ Pra onde? – perguntou desconfiado.
_ Acredite ou não, o banco não é o meu único problema.
_ Sabe o que é o real problema, Demi? É que para você o banco é um problema. Enquanto você enxergar o banco dessa maneira você não vai conseguir decidir nada por si só. – falou um pouco alterado. _ Eu sei que é difícil, eu sei que você não gosta, mas se for para continuar assim, talvez fosse melhor você contrariar a vontade do seu pai e vender sua parte. Edgar sem duvidas adoraria comprar, até mesmo Ivan, não que ele mereça, mas... Compradores não vão faltar. – As palavras dele atingiram-me em cheio, mas o que ele queria afinal? Pode parecer que não, mas eu estava dando o meu máximo ali.
_ Eu não pedi para estar aqui Logan, eu não pedi para meu pai morrer, eu não pedi para que ele me colocasse nesse cargo. Você fala assim, mas isso é mais que questão de boa vontade. Eu não tenho o conhecimento básico Logan. Você está tentando me passar tudo, eu sei, mas eu não vou aprender em dois dias, você precisou ficar anos na faculdade, eu vi você indo à minha casa toda semana, às vezes mais de uma vez na semana, tirando duvidas com meu pai. – naquele momento meus olhos já ardiam, minha voz estava tremula, não demoraria muito para que eu começasse a chorar. _ Eu não entendo de números, tudo parece demais para mim, eu nem sabia que essas coisas envolviam tanto dinheiro! – nem sei se ele ainda entendia o que eu falava, mas ainda assim continuei. _ Eu não vou negar, eu queria que você resolvesse tudo e eu só assinasse no final, eu não quero me envolver nesse mundo. Eu não sou desse mundo! Eu só quero o meu pai! – minha visão já estava embaçada pelas lágrimas que jorravam sem controle, mas pude sentir seu abraço, era o que ele podia fazer, e nada mais, ele não podia trazer meu pai de volta. Ninguém pode. E essa é uma realidade que eu teria que conviver com.

(...)

Depois do meu desabafo, acabei vindo para casa, Logan me trouxe e disse que iria ler tudo e me traria amanhã para assinar. Eu não queria parecer folgada, nem mesmo exploradora, ele tinha mais coisas para fazer no banco, e eu estava empurrando para ele o meu trabalho também, mas eu não tinha cabeça para ficar lendo clausulas, fora que eu não saberia apontar o que estava certo ou errado, a não ser que fosse algo ridicularmente obvio.
Cheguei à minha casa e Lara nem meus irmãos estavam, Nick me disse que elas estavam resolvendo o problema da escola deles, aparentemente Lara queria coloca-los para estudar em casa. Achei um absurdo, mas dado ao telefonema que recebermos talvez fosse melhor assim por agora.
_ Ela contratou alguns seguranças, dois deles foram que eles. – disse Nick, com a boca meio cheia, mastigando um pão com geleia e creme de amendoim.
_ Eu não ligava de esperar você mastigar para me dar essa noticia. – falei, ele riu.
_ Eu achei importante te dizer logo, antes que você esbarre com um dos seguranças tentando entrar no seu quarto antes que você, só pra checar que não há risco. – agora já tinha engolido.
_ Você tá brincando né? – perguntei. Isso aí já é piração.
_ Não, fizeram isso comigo. E não duvide que farão isso com você. E não se preocupe, eles surgem do nada. Tipo ninjas. – falou fazendo movimentos (meio lentos demais e delimitados, pelo prato em sua mão e o resto do seu sanduiche na outra) de luta.
_ Ah ótimo, não faltava mais nada. – reclamei, deixando-o pra trás e indo até meu quarto. Queria um banho, precisava de me jogar na cama. Apagar por um bom tempo.



Dito e feito, eu estava a dois passos da porta do meu quarto, quando me surge um homem gigantesco (provavelmente gigantesco até mesmo para padrões normais, dado que sou baixa e quase todo mundo é grande demais para mim), vestido de terno, passando em minha frente, e abrindo a porta e entrando primeiro.
_ Ei, não precisa ficar revistando nada aqui não, eu sei que não tem nada! – ignorando-me completamente, ele se abaixa para ver o se tem algo, ou alguém, debaixo da cama. Vendo que não ia adiantar reclamar, esperei que ele fizesse sua vistoria e me deixasse sozinha.
Após olhar até mesmo dentro do meu closet, ele saiu.
Eu fui direto para o banheiro, tomei um banho de banheira, quando saí coloquei a roupa mais confortável que consegui achar e joguei-me na minha cama.

(...)

_ Demi! Demi! Ei, Demi! – eu podia escutar uma voz me chamando, parecia ser Nick. Por um momento pensei que fosse um sonho, mas depois percebi que os cutucões que eu estava sentindo no meu ombro estavam doendo, e por mais que um sonho pudesse ser real, não acho que conseguisse chegar a tanto.
Acordei até meio zonza, meio que sem saber onde eu estava.
_ Que? Que?! Que?! – eu abanava minha mão, tentando bater na mão de Nick que ainda me chacoalhava na cama, mas acabei só acertando o ar.
_ O Joe está aí fora, e é melhor você acordar logo, antes que os seguranças tentem atingir ele com uma arma de choque.
_ Ah, fala pra eles o deixarem entrar. – falei quase voltando a fechar os olhos, eu tinha dormido tão rápido e tão profundamente que meu corpo simplesmente se recusava a acordar e eu não ia fazer muito esforço para contradizê-lo. Provavelmente o fato de na hora eu não ter entendido a gravidade da situação fosse por isso.
_ O Joe está aqui por você, os seguranças não vão o deixar entrar se não for por sua permissão, não adianta eu falar nada. – meus olhos quase se fecharam de novo. _ Demi! – senti meu corpo se mexendo e só acordei quando senti o baque do meu corpo no chão.
_ Porra Nicholas.
_ Acordou agora?
_ Tem outro jeito? – estressei-me. Cadê a paz nessa casa?
_ Dá para você ajudar aquele seu detetive lá? – perguntou também alterado.
_ Me ajuda levantar pelo menos, seu mal educado. – falei, já levantando minhas mãos para que ele me puxasse para cima.

Sai do quarto bufando.
Mas que merda o Joe estava fazendo aqui? Não tínhamos marcado nada! E que merda esses seguranças tem na cabeça? Agora eles que decidem quem entra e quem não entra? Que inferno!
Quando cheguei à sala, a cena foi “linda”, a porta estava semiaberta, tinha dois seguranças interceptando a passagem de Joe, que mal conseguira sair do elevador. Um dos seguranças era o mesmo que entrou no meu quarto, o outro eu não tinha visto ainda, ele era menor que o outro em altura, porém parecia mais másculo.
Cheguei perto deles e praticamente esguelhei:
_ O deixem entrar caramba! – os dois olharam para mim de cima a baixo e se afastaram. Joe ajeitou seu terno e olhando feio para os seguranças entrou no apartamento sem nem mesmo dar um “oi”. Quanta educação. Já é a segunda vez que ele me tira o direito de dormir.


_ Mas que história de ‘seguranças’ é essa agora? – perguntou assim que entrei na sala. Ele gritava, provavelmente, ainda muito irritado.
_ Oi, eu vou bem, obrigada. – já bastava eu e Nick de nervosos aqui, não precisávamos de mais um.
_ Tá, que ótimo. – deu de ombros. _ Dá pra responder?
_ É por causa de uma ligação anônima aí, parece que nos ameaçaram, e aí a Lara pirou e contratou esses brutamontes aí.
_ AH que ótimo! Vocês foram ameaçados! Você pretendia me contar? – pareceu indignado.
_ Ah sei lá, deve ter sido um trote. – eu já tinha coisa demais na minha cabeça, não dava pra lembrar tudo.
_ Sendo um trote ou não, eu deveria ter sido informado.
_ Ah você não é um detetive? Descubra então! – gritei. Estávamos discutindo e nem mesmo sei o porquê.
_ Que foi? Tá de TPM é?
_ Ah você entra aqui sem dizer um ‘oi’, começa a gritar que nem um louco, e da um monte de patada, mas se eu revido na mesma moeda eu estou na TMP, cale a boca!
_ Eu fui barrado na sua porta, e me ameaçaram com uma arma de choque. – justificou-se, ainda gritando.
_ Eu estava dormindo! – gritei mais alto ainda. _ Me jogaram no chão! – sinceramente? Acho minha justificativa tão válida quanto a dele.
_ Uau. – no nervosismo nem mesmo percebi que Nick estava lá e que presenciara toda a briga. _ Emocionante.
_ Eu não estaria assim se você não fosse tão bruto. – falei e ele riu.
_ Foi necessário. –defendeu-se. Não estávamos gritando.
_ Necessário nada! – bufei. _ Afinal de contas, o que você esta fazendo aqui? – perguntei para Joe.
_ Se você atendesse seu celular você saberia.
_ Talvez eu só quisesse um pouco de paz. – reclamei.
_ Pois não vai ser agora que tu vai ter isso. Temos uma hora para chegar à onde entrevistaremos o Juan.
_ Sério que você acordou para isso? Você poderia ter ido sozinho, ele não vai nos levar a nada.
_ Se eu fosse você não ficava tão segura assim.
_ Ah não, porque?
_ Conversei com ele um pouco por telefone e ele pareceu saber demais. Ele pode nos trazer muitas informações novas.
_ Ele pode estar blefando. – dei de ombros.
_ Se tem uma coisa que você deve aprender sobre empregados. Eles sempre sabem demais. – olhei-o em duvida.
_ Nisso ele tem razão, Demi. – meteu-se Nick.
_ Tá. Espere-me um pouco.

Continua
Oi povo do meu coração, não me matem, sei que estou postando tudo nas datas erradas, mas eu juro que todos os capítulos prometidos para esse mês, sairão ainda nesse mês, atrasados ou não, eu os postarei.
Acho, só acho, que no próximo capítulo vocês conseguirão ter uma ideia melhor de quem pode ter sido o assassino, ou quem sabe ficarem mais confusos.
Como estou postando nos dias errados, mudarei o esquema aqui. Os capítulos 32 e 33 sairão no dia 24, os outros continuarão na mesma data, pelo menos por agora.
Espero que tenham gostado dos capítulos, muita briga, muito choro, mas é isso aí mesmo kkkk
Bjssss

Caah: Também não estava ligando muito não, isso até eu deparar com minha nota deplorável e perceber que se eu quiser estudar esse ano, vou ter que pagar faculdade, coisa que eu não tenho a mínima condição financeira de fazer. Mas, fazer o que? Estudar mais nesse ano e tentar pro ano que vem novamente. Kkkk Acho que todo mundo tá ficando com peninha do Logan, no fundo ele é uma boa pessoa. Só temos que ver para qual lado o coração pende mais. Obrigada por comentar. Bjsss
Nessa: Sortuda em? Eu só no próximo ano mesmo, já que com minha nota, o mais perto que chego é da porta mesmo. Mas é isso aí, você faz o que? ~curiosa aqui ~. Espero que tenha gostado do capítulo. Obrigada por comentar. Bjsss
Anônimo: Olá, demorei, mas postei, espero que goste. Obrigada por comentar. Bjsss
Milena: kkkkk que maldade no coração, olha como o Logan é fofo kkkkk (brincadeira). Bom, vai dar uma peninha por agora, mas vai que no final ele também fique bem? Pode ser uma opção ;) Obrigada por comentar. Bjsss

Anônimo: Capitulo postado. Obrigada por comentar. Bjsss