Recebi sua mensagem, às 6 da manhã, e fiquei
preocupada no mesmo instante, eu não sabia exatamente o que esperar, mas eu
sabia que seria algo que poderia mudar todo o rumo da nossa investigação.
Ele chegou ao
apartamento com as mesmas roupas do dia anterior, parecia muito cansado, como
se mal tivesse dormido, ou nem mesmo
tivesse dormido.
_ Você quer
alguma coisa? Você parece tão cansado. – perguntei preocupada. Ele fechou os
olhos, exausto.
_ Talvez um...
Café não fizesse mal. – disse pausadamente. Eu queria rir, mas acabei ficando
foi mais preocupada.
_ Sente-se aí,
eu vou te trazer uma bela xicara de café. – falei e fui até a cozinha, peguei
uma caneca e enchi até o topo com café.
_ Vai levantar
um difundo? – perguntou Nick entrando, do nada, na cozinha, ele sorria de um
canto a outro, feliz até demais para o seu nível normal de felicidade. Eu sabia
o porquê, mas naquele momento tive que deixar isso de lado, depois falaria com
ele.
_ Quase isso. –
respondi saindo às pressas para a sala novamente.
Após beber a
caneca cheia de café como se estivesse bebendo água, Joe começou a explicar o
motivo da mensagem.
_ Depois que
eu saí daqui ontem, eu decidir pesquisar um pouco mais, como prometido
pesquisei sobre Edgar...
_ E? Deu
alguma coisa? – perguntei.
_ Não. No fim
das contas ele é só um idiota mesmo. – disse.
_ Então é
isso? – perguntei decepcionada.
_ Não, claro
que não. Eu fui até a delegacia que foi responsável pela primeira investigação,
consegui uma autorização para ler todos os laudos e foi aí que tudo começou a
mudar. – parou.
_ Fala. – pedi
já impaciente, para quê tanto mistério? Pude perceber que Joe não gostou nada
da minha impaciência, no fim das contas ele ainda estava sonolento demais para
agir rapidamente.
_ Não houve
nenhuma vistoria nas câmeras do prédio, essas câmeras poderiam denunciar a
chegada de alguém, se alguém realmente esteve aqui, e, se esteve, a que horas
foi embora, nem mesmo o porteiro foi entrevistado, quer dizer, ele foi
entrevistado, mas a entrevista dele não foi anexada no laudo, ele poderia ter
visto alguém entrando e saindo e poderia muito bem ter dito isso, mas ninguém
sabe de nada. – disse. _ e o pior. – continuou. _ a autopsia do seu pai foi
feita em duas partes, o que por si só já é bem entranho, o primeiro laudo foi
feito por uma doutora chamada Elisabeth Stewart, ela chegou a coletar sangue,
para saber se seu pai tinha ingerido algo antes de morrer, álcool, ou talvez
até tivesse sido envenenado... Os resultados também não foram adicionados ao
laudo, então não se sabe se teve algo, o segundo legista foi um homem chamado
Steven Davies, tudo o que ele colocou no laudo foi que a bala foi disparada a
cerca de dois centímetros de distancia da cabeça do seu pai e que havia vestígios
de resto de pólvora na mão e que a única marca de digital encontrada era a de
seu pai, o que categorizava suicídio.
_ Você acha
que ele estava mentindo? Que esse legista não é confiável?
_ Não
exatamente. Ele pode estar certo, o que me intriga é que a ama foi inspecionada,
tem no relatório que o numero da arma estava raspado, o que categoriza como
arma de criminoso, arma comprada ilegalmente, mas ainda assim não investigaram
mais a fundo, no momento em que Steven colocou o caso como suicídio, eles
ignoraram tudo o que dizia o contrário, arquivaram os laudos e não falaram mais
nisso, é como se a investigação tivesse parado por algo de força maior. Apesar
do que foi escrito por Steven, todo o resto indica que há algo mais que apenas
um suicídio. E a entrevista não aparecer no laudo, nem o interesse do delegado
em olhar as câmeras, é muito suspeito, o laudo do seu pai pode ter sido
burlado, e pior, a investigação sobre a morte dele pode ter sido interrompida
sem nenhum motivo aparente. Quem matou seu pai pode ter feito com que a
investigação parasse. – afirmou Joe, eu fiquei chocada, então era pior que de pensávamos.
_ E o
delegado? Você não perguntou para ele o porquê? Ele deve estar envolvido nisso,
não?
_ A estranheza
não para por aí, o delegado que cuidou disso tudo pediu afastamento e
desapareceu.
_ Desapareceu?
_ Sim, o
delegado de agora assumiu o posto há dois dias, perguntei aos policias sobre o
antigo delegado, todos falam que ele desapareceu, consegui uma autorização para
ir até a casa do antigo delegado e entrevista-lo, e quando cheguei lá os
vizinhos me disseram que ele havia mudado, ele com a família inteira, ninguém
sabia informar para onde ele havia mudado. Tudo o que me disseram foi que ele
fez as mudanças às pressas.
_ Então ele
foi comprado. – concluí.
_ Todo o
processo de investigação sobre a morte do seu pai pode ter sido comprada, Demi,
de investigadores, a legista, a policiais, todo podem ter sido comprados.
_ E agora?
Como vamos descobrir quem?
_ Primeiro
temos que olhar uma coisa, quem da família estava cuidando da investigação?
_ Eu não sei,
na verdade eu nem mesmo sabia que houve uma investigação, tudo o que eu recebi
foi o final disso tudo, a causa da morte como suicídio.
_ Você acha
que a Lara saberia dizer? – perguntou.
_ Bom, eu acho
que o problema maior mesmo é ela dizer algo, desde o começo ela não aceita essa
investigação, eu não sei se ela vai querer ajudar.
_ Nesse exato
momento nós teremos que insistir, principalmente porque mais que nunca ela é
uma suspeita.
_ Você...? –
não consegui fazer a pergunta.
_ Na maioria
das vezes quem cuida do processo de investigação é alguém da própria família,
ela pode muito bem ter sido a responsável pelo processo parar, Demi, Lara pode
estar envolvida nisso. Eu sei que você não gosta de pensar nisso, mas ela é uma
forte suspeita.
(...)
_ Ela saiu. –
disse Lauren, dando de ombros.
_ Para onde? –
perguntei
_ Não sei. Ela
fala para nós não sairmos, mas desde daquele telefonema ela não para em casa. –
olhei para Joe e ele me olhou de volta como se dissesse “A situação da sua
madrasta está cada vez pior.”.
_ Você sabe se
ela saiu há muito tempo? – Lauren parou para pensar.
_ Na verdade
eu nem vi ela hoje, só sei que ela saiu porque um dos seguranças não está aqui,
então... – suspirei frustrada.
_ Tá,
obrigada, se ela voltar tem como você me avisar? Ou falar com ela que eu estou
a procurando?
_ Se eu fizer
isso você separa do Logan para ficar com esse bonitinho aí do seu lado? –
perguntou.
_ Lauren! –
ela gargalhou, e Joe gargalhou junto. Mas não é possível, nem caindo pelos
cantos de sono ele podia perder a oportunidade de rir? E Lauren? Será que ela
não podia ver que o momento pedia seriedade?
_ Ele gostou
da ideia. – apontou Lauren e Joe, ainda na onda da minha irmã, fez um joinha
com a mão.
_ Desisto de
vocês dois. – falei e fui para meu quarto, deixando Joe para trás.
_ Não era para
você ficar tão nervosa. – disse Joe, entrando em meu quarto, depois de um
tempo.
_ Eu não estou
nervosa. – defendi-me. Tudo bem, eu estava um pouco.
_ Posso
entrar? – perguntou.
_ Nenhum
segurança te impedindo. – falei e ele riu fraco.
_ Ainda bem,
não estou em condições físicas de dar uns golpes de caratê neles.
_ Sem duvidas
você iria derrubar eles se estivesse nas suas condições normais. – falei irônica.
_ Claro que eu
iria, corria até o risco de machuca-los gravemente. – disse ele também irônico,
rimos, e ele se aproximou de mim. _ Posso deitar também? – perguntou.
_ Não sei,
será que eu confio em você? – ele riu.
_ Hoje eu
estou bonzinho. – falou, já tirando seu sapato e deitando-se a meu lado.
_ Você passou
a noite inteira olhando isso, você fez bastantes avanços. – falei. Ele se se
acomodou mais, tirando o casaco.
_ Uma coisa
foi levando a outra, quando vi já tinha amanhecido. – falou.
_ Obrigada por
se dedicar tanto.
_ É meu
trabalho. – sorriu fraco.
_ Eu não te
agradeci por ontem, por ter me defendido.
_ Eu não podia
a deixar falando daquela maneira com você. Você não merece isso. – eu sorri
fraco, nem mesmo sei se ele viu, já que seus olhos começaram a pesar e eu podia
ver que ele logo acabaria dormindo. Vendo-o assim, tão sereno, e tão cansado
após se dedicando tanto, me fazia ficar mais e mais caída por ele. Eu sei que
eu não podia, que o nosso não só não existia como era impossível, mas meu
coração parecia insistir que a nossa história valia a pena. Comecei a acaricia
sua cabeça, fazendo-o cafune. _ Isso não vale. – disse com a voz fraca.
_ O que não
vale é você fingir que estava dormindo e não estar. – falei, mas não parei de
fazê-lo cafune. Ele riu.
_ Sabe? Gostei
disso... – sua voz ia sumindo a cada palavra e seu corpo relaxando mais e mais.
_ Eu me vejo tendo isso... Por muitas mais... Vezes. – a voz sumiu. Com a
respiração mais profunda, vi que ele agora estava realmente dormindo. Não sei
se ele estava muito consciente do que havia me dito, mas eu estava, e mal ele
sabia que eu também sentia o mesmo, eu também me via assim, ao lado dele,
fazendo-o cafune enquanto ele dormia profundamente, eu me via assim,
deitando-me ao lado dele, por muito mais vezes, quem sabe até... Para sempre?
Continua
Olá pessoal, como prometido, mais um capítulo.
Com esse capítulo vocês já podem tirar três conclusões:
1. Demi já tá mais que apaixonada por Joe.
2. Eles estão bem perto de descobrir o
assassino.
3. A fic está chegando ao fim.
Não sei
exatamente quantos capítulos faltam, provavelmente não mais que 12, mas não
posso garantir muito agora, pode ser menos ou mais, vocês saberão mais pra
frente.
Bom, espero que tenham gostado do capítulo.
Bjsss
Anônimo: kkkk sem duvidas Selena tava com fogo ali, mas
até que foi bom, pois se dependesse só do Nick estariam enrolando até agora.
Obrigada por comentar. Bjsss
Anônimo: Entendo seu ponto de vista, já tinha percebido
isso também, tanto que estou tentando dar uma acelerada aos poucos para que a
história comece a andar e ficar mais interessante. Obrigada pela critica. Bjsss
aaaah ta ficando boom.
ResponderExcluirto ansiosa por mais..
quando vai postar ?
Aaaah vei nada me tira q foi a lara u.u enfim vem k, vc ja tem planos pra uma nova fic? Tipo to viciada naa suas historias, parece pipoca sempre quero mais u.u bjjs
ResponderExcluirPosta mais, eu amo suas historias !!!
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