sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

35. Para sempre? – The Big Apple



Recebi sua mensagem, às 6 da manhã, e fiquei preocupada no mesmo instante, eu não sabia exatamente o que esperar, mas eu sabia que seria algo que poderia mudar todo o rumo da nossa investigação.

Ele chegou ao apartamento com as mesmas roupas do dia anterior, parecia muito cansado, como se mal tivesse dormido, ou nem mesmo tivesse dormido.

_ Você quer alguma coisa? Você parece tão cansado. – perguntei preocupada. Ele fechou os olhos, exausto.
_ Talvez um... Café não fizesse mal. – disse pausadamente. Eu queria rir, mas acabei ficando foi mais preocupada.
_ Sente-se aí, eu vou te trazer uma bela xicara de café. – falei e fui até a cozinha, peguei uma caneca e enchi até o topo com café.

_ Vai levantar um difundo? – perguntou Nick entrando, do nada, na cozinha, ele sorria de um canto a outro, feliz até demais para o seu nível normal de felicidade. Eu sabia o porquê, mas naquele momento tive que deixar isso de lado, depois falaria com ele.
_ Quase isso. – respondi saindo às pressas para a sala novamente.

Após beber a caneca cheia de café como se estivesse bebendo água, Joe começou a explicar o motivo da mensagem.
_ Depois que eu saí daqui ontem, eu decidir pesquisar um pouco mais, como prometido pesquisei sobre Edgar...
_ E? Deu alguma coisa? – perguntei.
_ Não. No fim das contas ele é só um idiota mesmo. – disse.
_ Então é isso? – perguntei decepcionada.
_ Não, claro que não. Eu fui até a delegacia que foi responsável pela primeira investigação, consegui uma autorização para ler todos os laudos e foi aí que tudo começou a mudar. – parou.
_ Fala. – pedi já impaciente, para quê tanto mistério? Pude perceber que Joe não gostou nada da minha impaciência, no fim das contas ele ainda estava sonolento demais para agir rapidamente.
_ Não houve nenhuma vistoria nas câmeras do prédio, essas câmeras poderiam denunciar a chegada de alguém, se alguém realmente esteve aqui, e, se esteve, a que horas foi embora, nem mesmo o porteiro foi entrevistado, quer dizer, ele foi entrevistado, mas a entrevista dele não foi anexada no laudo, ele poderia ter visto alguém entrando e saindo e poderia muito bem ter dito isso, mas ninguém sabe de nada. – disse. _ e o pior. – continuou. _ a autopsia do seu pai foi feita em duas partes, o que por si só já é bem entranho, o primeiro laudo foi feito por uma doutora chamada Elisabeth Stewart, ela chegou a coletar sangue, para saber se seu pai tinha ingerido algo antes de morrer, álcool, ou talvez até tivesse sido envenenado... Os resultados também não foram adicionados ao laudo, então não se sabe se teve algo, o segundo legista foi um homem chamado Steven Davies, tudo o que ele colocou no laudo foi que a bala foi disparada a cerca de dois centímetros de distancia da cabeça do seu pai e que havia vestígios de resto de pólvora na mão e que a única marca de digital encontrada era a de seu pai, o que categorizava suicídio.
_ Você acha que ele estava mentindo? Que esse legista não é confiável?
_ Não exatamente. Ele pode estar certo, o que me intriga é que a ama foi inspecionada, tem no relatório que o numero da arma estava raspado, o que categoriza como arma de criminoso, arma comprada ilegalmente, mas ainda assim não investigaram mais a fundo, no momento em que Steven colocou o caso como suicídio, eles ignoraram tudo o que dizia o contrário, arquivaram os laudos e não falaram mais nisso, é como se a investigação tivesse parado por algo de força maior. Apesar do que foi escrito por Steven, todo o resto indica que há algo mais que apenas um suicídio. E a entrevista não aparecer no laudo, nem o interesse do delegado em olhar as câmeras, é muito suspeito, o laudo do seu pai pode ter sido burlado, e pior, a investigação sobre a morte dele pode ter sido interrompida sem nenhum motivo aparente. Quem matou seu pai pode ter feito com que a investigação parasse. – afirmou Joe, eu fiquei chocada, então era pior que de pensávamos.
_ E o delegado? Você não perguntou para ele o porquê? Ele deve estar envolvido nisso, não?
_ A estranheza não para por aí, o delegado que cuidou disso tudo pediu afastamento e desapareceu.
_ Desapareceu?
_ Sim, o delegado de agora assumiu o posto há dois dias, perguntei aos policias sobre o antigo delegado, todos falam que ele desapareceu, consegui uma autorização para ir até a casa do antigo delegado e entrevista-lo, e quando cheguei lá os vizinhos me disseram que ele havia mudado, ele com a família inteira, ninguém sabia informar para onde ele havia mudado. Tudo o que me disseram foi que ele fez as mudanças às pressas.
_ Então ele foi comprado. – concluí.
_ Todo o processo de investigação sobre a morte do seu pai pode ter sido comprada, Demi, de investigadores, a legista, a policiais, todo podem ter sido comprados.
_ E agora? Como vamos descobrir quem?
_ Primeiro temos que olhar uma coisa, quem da família estava cuidando da investigação?
_ Eu não sei, na verdade eu nem mesmo sabia que houve uma investigação, tudo o que eu recebi foi o final disso tudo, a causa da morte como suicídio.
_ Você acha que a Lara saberia dizer? – perguntou.
_ Bom, eu acho que o problema maior mesmo é ela dizer algo, desde o começo ela não aceita essa investigação, eu não sei se ela vai querer ajudar.
_ Nesse exato momento nós teremos que insistir, principalmente porque mais que nunca ela é uma suspeita.
_ Você...? – não consegui fazer a pergunta.
_ Na maioria das vezes quem cuida do processo de investigação é alguém da própria família, ela pode muito bem ter sido a responsável pelo processo parar, Demi, Lara pode estar envolvida nisso. Eu sei que você não gosta de pensar nisso, mas ela é uma forte suspeita.

(...)


_ Ela saiu. – disse Lauren, dando de ombros.
_ Para onde? – perguntei
_ Não sei. Ela fala para nós não sairmos, mas desde daquele telefonema ela não para em casa. – olhei para Joe e ele me olhou de volta como se dissesse “A situação da sua madrasta está cada vez pior.”.
_ Você sabe se ela saiu há muito tempo? – Lauren parou para pensar.
_ Na verdade eu nem vi ela hoje, só sei que ela saiu porque um dos seguranças não está aqui, então... – suspirei frustrada.
_ Tá, obrigada, se ela voltar tem como você me avisar? Ou falar com ela que eu estou a procurando?
_ Se eu fizer isso você separa do Logan para ficar com esse bonitinho aí do seu lado? – perguntou.
_ Lauren! – ela gargalhou, e Joe gargalhou junto. Mas não é possível, nem caindo pelos cantos de sono ele podia perder a oportunidade de rir? E Lauren? Será que ela não podia ver que o momento pedia seriedade?
_ Ele gostou da ideia. – apontou Lauren e Joe, ainda na onda da minha irmã, fez um joinha com a mão.
_ Desisto de vocês dois. – falei e fui para meu quarto, deixando Joe para trás.



_ Não era para você ficar tão nervosa. – disse Joe, entrando em meu quarto, depois de um tempo.
_ Eu não estou nervosa. – defendi-me. Tudo bem, eu estava um pouco.
_ Posso entrar? – perguntou.
_ Nenhum segurança te impedindo. – falei e ele riu fraco.
_ Ainda bem, não estou em condições físicas de dar uns golpes de caratê neles.
_ Sem duvidas você iria derrubar eles se estivesse nas suas condições normais. – falei irônica.
_ Claro que eu iria, corria até o risco de machuca-los gravemente. – disse ele também irônico, rimos, e ele se aproximou de mim. _ Posso deitar também? – perguntou.
_ Não sei, será que eu confio em você? – ele riu.
_ Hoje eu estou bonzinho. – falou, já tirando seu sapato e deitando-se a meu lado.
_ Você passou a noite inteira olhando isso, você fez bastantes avanços. – falei. Ele se se acomodou mais, tirando o casaco.
_ Uma coisa foi levando a outra, quando vi já tinha amanhecido. – falou.
_ Obrigada por se dedicar tanto.
_ É meu trabalho. – sorriu fraco.
_ Eu não te agradeci por ontem, por ter me defendido.
_ Eu não podia a deixar falando daquela maneira com você. Você não merece isso. – eu sorri fraco, nem mesmo sei se ele viu, já que seus olhos começaram a pesar e eu podia ver que ele logo acabaria dormindo. Vendo-o assim, tão sereno, e tão cansado após se dedicando tanto, me fazia ficar mais e mais caída por ele. Eu sei que eu não podia, que o nosso não só não existia como era impossível, mas meu coração parecia insistir que a nossa história valia a pena. Comecei a acaricia sua cabeça, fazendo-o cafune. _ Isso não vale. – disse com a voz fraca.
_ O que não vale é você fingir que estava dormindo e não estar. – falei, mas não parei de fazê-lo cafune. Ele riu.
_ Sabe? Gostei disso... – sua voz ia sumindo a cada palavra e seu corpo relaxando mais e mais. _ Eu me vejo tendo isso... Por muitas mais... Vezes. – a voz sumiu. Com a respiração mais profunda, vi que ele agora estava realmente dormindo. Não sei se ele estava muito consciente do que havia me dito, mas eu estava, e mal ele sabia que eu também sentia o mesmo, eu também me via assim, ao lado dele, fazendo-o cafune enquanto ele dormia profundamente, eu me via assim, deitando-me ao lado dele, por muito mais vezes, quem sabe até... Para sempre?

Continua

Olá pessoal, como prometido, mais um capítulo. Com esse capítulo vocês já podem tirar três conclusões:
1.       Demi já tá mais que apaixonada por Joe.
2.       Eles estão bem perto de descobrir o assassino.
3.       A fic está chegando ao fim.
Não sei exatamente quantos capítulos faltam, provavelmente não mais que 12, mas não posso garantir muito agora, pode ser menos ou mais, vocês saberão mais pra frente.
Bom, espero que tenham gostado do capítulo.
Bjsss


Anônimo: kkkk sem duvidas Selena tava com fogo ali, mas até que foi bom, pois se dependesse só do Nick estariam enrolando até agora. Obrigada por comentar. Bjsss

Anônimo: Entendo seu ponto de vista, já tinha percebido isso também, tanto que estou tentando dar uma acelerada aos poucos para que a história comece a andar e ficar mais interessante. Obrigada pela critica. Bjsss

3 comentários:

  1. aaaah ta ficando boom.
    to ansiosa por mais..
    quando vai postar ?

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  2. Aaaah vei nada me tira q foi a lara u.u enfim vem k, vc ja tem planos pra uma nova fic? Tipo to viciada naa suas historias, parece pipoca sempre quero mais u.u bjjs

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