quarta-feira, 14 de agosto de 2013

30º CAPITULO “Qual caminho seguir” – Aprendendo a Amar



_ Então sim, vamos. – respondeu e sorriu para mim. Naquele momento eu percebi que eu não poderia ter feito melhor escolha, Joe era o melhor para mim, e juntos enfrentaríamos meu pai. Se não quisermos, ele não pode.


Minha cozinha parecia ter saído de uma verdadeira guerra de comida, não que não tivesse acontecido uma, só será bem difícil de limpa-la depois.

_ Espero que as panquecas tenham ficado boas. – disse Joe.
_ Claro que ficou, nós dois fizemos. – falei convencida.
_ É isso que me preocupa. – falou divertido. Eu ri e lhe dei um tapa na barriga.

Naquele dia eu acordei e insisti a Joe para me ensinar a fazer as mesmas panquecas que ele fez no primeiro dia. No começo tudo parecia que ia dar certo, até o meu primeiro erro, nada muito grave, eu só exagerei na hora de colocar o sal, nada que Joe não conseguisse resolver depois, aumentando muito a quantidade dos outros ingredientes.

Mãos sujas de farinha, um coloca farinha na ponta do nariz de outro, o outro retribui, aí o outro retribui sujando mais, o outro faz o mesmo e assim começa festa. Resultado, eu terei que comprar farinha da próxima vez que for ao supermercado, e leite também, graças a Joe que deixou cair no chão a maior parte da embalagem, talvez eu deva colocar ovos na lista também, já que eu devo ter quebrado uns quatro ovos tentando quebra-los sem deixar que a casaca caísse na mistura, terminou que Joe teve um trabalho a mais tirando a casca dos quatro ovos no meio da massa, quebrar ovos não é comigo. O que me serve de consolo, é que na hora de colocar na frigideira tudo ocorreu perfeitamente bem.

_ Primeiro você. – falei.
_ Porque primeiro eu? – perguntou Joe desconfiado.
_ Se estiver ruim só você vai ter experimentado. – falei humorada.
_ Engraçadinha. – rimos. _ Se estiver ruim você vai comer tudo sozinha e eu farei outras para mim. – disse.
_ Não sei como. – falei olhando em volta. Joe acompanhou meu olhar, se mesmo sem ele ter nada, eu sei que ele concordou.



Ultimamente já esta ficando comum na minha vida.
Não há espaço para paz ou alegria duradoura.
O dia estava passando bem, eu tinha acabado de fazer minha seção de fisioterapia e estava me sentindo bem melhor, não tinha mais dificuldade em andar e nem mesmo lembro-me da última vez que senti dor por ficar de pé por muito tempo. Tenho certeza que em pouco tempo me livrarei deste gesso na minha perna e estarei livre para andar de um lado para o outro sem nenhuma preocupação. Isso me deixa feliz e triste, pois sei que minha recuperação significa que Joe não será mais meu enfermeiro, irá para a Inglaterra e eu o perderei.

Joe e eu havíamos combinado de sair hoje mais à tarde, para poder comemorar um mês de namoro, sim, um mês, é até mesmo difícil de crer que o tempo passou tão rápido.
Eu estava ansiosa com essa data, eu sentia que com Joe as coisas seriam diferentes, que não haveria a mesma decepção que eu tive da ultima vez. Eu só queria estar sempre ao seu lado. Se eu pudesse impedir que ele fosse para Inglaterra... Bom, talvez eu possa...


Quando o porteiro anunciou seu nome no interfone senti meu coração gelar, sabia que não seria boa coisa, ela já deveria estar sabendo que eu estava do lado do meu pai.
Joe abraçou-me forte e me deu um beijo calmo, passando-me confiança. Ela bateu na porta e eu abri, entrou sem sorrisos, nem se quer um cumprimento, a primeira coisa que falou foi para Joe nos deixar sozinhas, ela de nada se parecia com a mulher que chegou com um vestido lindo para mim há pouco tempo atrás.
Ela olhou para o apartamento e que logo viu a bagunça da cozinha fez careta, ela sentou-se na cadeira da sala de estar e cruzou as pernas, nenhuma palavra foi dita.
Ela estava arrumada, usava a típica roupa de uma empresaria que se vê nos filmes gravados em Nova York, terninho, saia e salto alto pretos, e uma blusa simples por baixo do terninho, branca, nada muito comum para ela, Dianna sempre foi um pouco exagerada, algumas vezes até perua, cores fortes, saltos bem altos, batom vermelho que chama a atenção por onde passa.

_ Me responda apenas sim ou não. – ela começou dizendo, sua voz era raivosa, o que me assustou. _ Alguma vez eu já levantei a mão para te agredir? – perguntou.
_ Não. – respondi.
_ E seu pai?
_ Sim. – falei, e sentei-me no sofá, o mais afastado possível de minha mãe.
_ Você realmente acha que Madison ficará melhor ao lado de seu pai? – perguntou alterando o tom de sua voz. Hesitei. _ Responda! – gritou.
_ Eu não sei.
_ Você não sabe? – perguntou alterada, ela começou a ficar vermelha de raiva. _ Mas ainda sim você não hesitou em ir defender o seu pai, não é?!
_ Eu não tive escolha. – tentei defender-me. Do jeito que Dianna falava eu comecei a me sentir culpada, parecia que eu estava condenando a minha irmã a eternidade no inferno. Tudo bem que meu pai não era santo, está longe de ser um pai, mas Dianna tampouco está perto de ser uma mãe.
_ E desde quando você não tem escolhas? Você sempre fez o que quis. – acusou-me.
_ Eu não vou prejudicar o Joe. – revelei. Dianna me olhou com o olhar de reprovação.
_ Eu conheço pessoas importantes dentro de Yale, eu posso mandar uma carta de recomendação a eles, duvido que Joe não consiga uma bolsa lá. Ele estudaria medicina e não necessitaria de sair do país. – falou ela. _ Você ainda tem essa chance, Demi. – hesitei em dar uma resposta. Porque eu nunca tinha pensado nisso? Seria ótimo, não é? Joe ficaria do meu lado. _ O lugar da Madison não é do lado de seu pai, e se você gosta tanto desde Joe, que ele fique ao seu lado também. – disse tentando se mostrar bem ao dizer, porém eu percebi que o nome do Joe saiu de sua boca com dificuldade, deixando claro que, apesar de estar aceitando, repudia o nosso namoro. _ A maioria das provas que tenho contra seu pai, não está a meu dispor, os empregados daquela casa sabem muito bem o que ele faz e o que é capaz de fazer, porém nenhum deles irá para o meu lado sabendo que perderão o emprego e Eddie pode ser bem maligno quando quer. – falou, do que ela queria dizer ao usar a palavra ‘maligno’? Havia algo sobre o meu pai da qual eu desconheço? _ Você seria a minha maior aliada. – falou ela. Olhei em seus olhos e pela primeira vez ela parecia sincera.
_ Me responda apenas uma coisa. – pedi.
_ Sim... – me incentivou a começar a perguntar.
_ Você quer que eu fique do seu lado pela Madison ou pelo dinheiro que ela trará para você? – perguntei.
_ É muito mais que isso Demetria...
_ Só me responda. – pedi. Eu queria uma resposta sincera, eu tinha a esperança que pela primeira vez ela demonstrasse amor pelas filhas, nem que fosse fingindo.
_ Apesar de tudo, eu sou mãe de vocês duas. – falou ela. _ O lugar da Madison não é naquela casa. – tornou a dizer.
_ Eu só queria uma resposta. – falei decepcionada. Nem mesmo mentir ela foi capaz, nada que pudesse me comover a mudar para seu lado. Olhei para Dianna e ela estava com o olhar triste.
_ Esta é sua resposta final? – perguntou ela, se levantando.
_ Talvez sim. – falei, sem olha-la diretamente.
_ Então até sexta-feira, Demetria. – despediu-se.
_ Até sexta-feira. – falei.


Nenhum dos lados havia me convencido e cada um tinha sua proposta irrecusável e em apenas dois dias eu teria que sair do muro e decidir por qual caminho seguir.

                CONTINUA...



Depois de tanto tempo parada, voltei \o/ Os capítulos agora começarão a ficar mais tensos e decisivos, talvez até um pouco maiores, espero que vocês gostem, e sobre o último post eu já tenho ideia do que eu vou fazer eu apenas esperarei o fim da enquete para dar-lhes o veredito final. Muito obrigada por tudo galera.
Não se esqueçam de comentar/avaliar

Desculpem-me, não responderei os comentários hoje, mas li todos e agradeço. Aos próximos prometo responder J

bjssss

2 comentários:

  1. Ah meu Deus
    Fiquei ansiosa agora =(
    Desculpa não ter comentado assim que postaste mas só voltei hoje das minhas férias e só deu para comentar agora =)
    Posta logo antes que morra de ansiedade xD
    Beijos

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  2. Eita, Eu só acho que a Demi que deveria lutar pela guarda da Irmã dela. Pois é a única que sabe sobre os pais, e a irmã a ama. Joe pode ser testemunha e os empregados também. Joe pode conseguir uma bolsa lá fora. Alás, ele ainda quer deixar a Demi?! Ansiosa, posta rapidinho! Beijos, amei.

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