sexta-feira, 30 de agosto de 2013

34º CAPITULO “Jamais” – Aprendendo a Amar


_ Para sua informação, ele ainda te ama.

Travis, Joe e eu saímos assim que Joe se despediu de seu pai.

_ Ei, você. – agora era Travis que apontava o dedo a Joe. _ No banco de trás. – mandou.
_ Isso não vai me impedir de te controlar. – Joe deu de ombros, se sentando na parte de trás.
_ Eu vou no banco da frente. – falei.
_ Não. – disse Travis. _ Não quero ninguém do meu lado. – falou, eu fiquei olhando-o sem entender sua repentina mudança de comportamento, e aí ele piscou para mim, ali eu entendi, Travis estava sendo meu aliado, querendo me ajudar a reconquistar Joe. Sorri para ele, nem sei se de alegria ou de agradecimento, e me sentei no banco de trás, ao lado de Joe.

Se fosse a alguns dias atrás, Joe e eu provavelmente estaríamos abraçados, nos tocando, conversando, rindo, porém, estar lado a lado, dentro daquele carro, chegou a ser incomodo.
Travis nos olhava pelo retrovisor toda hora, provavelmente ele não sabia que seria necessário mais que um empurrãozinho para voltarmos, acho que nem mesmo eu sabia que estávamos a este ponto, de não nos sentirmos mais à vontade um ao lado do outro.


_ Então Demi. – disse Travis, após termos passado a maior parte do caminho de volta em silencio. _ Eu estava pensando, e se amanhã você não defendesse nenhum dos dois lados? – perguntou.
_ Eu bem que queria. – suspirei frustrada. _ mas é... Impossível.
_ Impossível? Eu já vi você fazendo coisa muito pior.
_ Eu sei, mas acho que desta vez estou sem saída, essa luta dos meus pais envolve muito mais que minha vida, envolve a Maddie também. – falei com pesar. Saber que a minha decisão poderia decidir o destino da minha irmã é horrível, mas o pior mesmo é saber que os dois lados são ruins.
_ Fique com a Madison. – disse ele, como se fosse simples.
_ Eu? Responsável pela Madison? – perguntei. _ Você tem certeza que está sóbrio? – perguntei. Travis riu.
_ Por mais desmiolada que você seja, você será bem melhor para ela do que seus pais. – disse ele. Bom... Ele até poderia estar certo.
_ Mal posso cuidar de mim mesmo.
_ Maria te ajudaria.
_ Meu pai sem duvidas cancelaria minha mesada, e por mais que Maria nos ame, ela não trabalha de graça. – falei. Eu realmente estava sem saídas.
_ Você poderia trabalhar.
_ Aí você já está querendo demais. – falei. Rimos juntos, até mesmo Joe deu uma risada leve.
_ Pode parecer louco, mas eu realmente acho que esta é a melhor saída. – disse Travis. _ Você deveria pensar nesta opção.
_ Quem sabe. – falei pensativa, se eu pensasse mais um pouco eu poderia encontrar uma solução e talvez eu pudesse pegar a guarda de Maddie, no final metade dos meus problemas estariam resolvidos se eu fizesse isso.
_ Eu te apoiaria. – disse Joe, pela primeira vez, desde que entramos no carro. Olhei para ele e nos fitamos para um longo momento. Ele iria me ajudar? Sorri feliz só de pensar na possibilidade de nos três juntos como uma família.


Quando cheguei a meu apartamento, senti-me cansada, eu não tinha feito muitas coisas, mas levando em consideração os últimos dias, hoje foi bem agitado, muitas coisas tinham acontecido e muitas ainda estavam por vir, eu tinha menos de 24 horas para tomar um decisão importante, eu continuava no meio do muro e agora eu ainda tinha mais uma opção, uma opção que me agrada, mas que seria ariscada de exercer.
_ Vou tomar banho. –anunciou Joe.
_ Joe, espere. – pedi. _ Quando você disse que me apoiaria. – hesitei em continuar, mas respirei fundo e continuei. _ Você estava falando serio? – perguntei.
_ Sim. – respondeu, sem pensar duas vezes.
_ Por quê?
_ Madison estaria melhor com você. – falou.
_ Você realmente acha que eu conseguiria? – perguntei.
_ Em muitos aspectos sim, mas isso implica que você mude algumas atitudes. – respondeu.
_ Quais atitudes?
_ Talvez trabalhar? – perguntou. Virei os olhos. _ É obvio que seu pai não irá te sustentar. – fiz cara feia, sabendo que ele estava certo.
_ É, mas o que você quer que eu faça, eu... Eu não sei fazer nada. – confessei. _ Eu não tenho nenhum plano de carreira.
_ Você conhece tanta gente importante, peça ajuda a alguém. – sugeriu. _ Você não tem muito tempo, Demi, você precisa ter um plano. – falou e saiu para ir tomar seu banho.


Eu andava de um lado a outro, pensando e pensando, varias ideias me passavam, mas nenhuma iria funcionar. A maioria dos meus amigos tem pais empresários, o que me dá uma gama grande de escritórios dos quais eu poderia prestar serviço, mas... Duvido que eles me aceitem sem nenhuma qualificação e claramente não gastariam o tempo e dinheiro deles me pondo em treinamento.
Parecia que quanto mais eu pensava mais longe eu chegava de uma solução.
Eu precisava de um amigo, que tenha como me colocar em algum cargo, não importa qual ele fosse, e que tivesse paciência para me ensinar. Mas quem teria?


Como que eu não tinha pensado nisso antes?
Foi como uma luz que acendeu em minha cabeça, neste momento apenas uma pessoa poderia me ajudar.
Esperei a chamada ser atendida, eu estava ansiosa, nem mesmo parei para pensar no que dizer exatamente, mas eu tinha pouco tempo, a lua já estava alta no céu, em algumas horas o sol nasceria e eu teria que estar com pelo menos algo pronto.
_ Alo? – perguntou a voz dele, sua voz estava rouca, ele parecia cansado.
_ Oh, desculpa-me, eu lhe acordei? – perguntei, ao perceber a mancada que fiz.
_ Quem está falando? – perguntou ele, com a voz um pouco mais alerta.
_ Wilmer, é a Demi, Demi Lovato.
_ Oh, Demi, você me ligando? – perguntou claramente surpreso. _ Aconteceu alguma coisa?
_ Bom, eu queria lhe pedir algo, mas acho que agora não seria um bom momento, né? – perguntei.
_ Não, eu não estava dormindo, fique tranquila, eu não estaria nem se quisesse, só estou um pouco cansado.
_ O que te fez perder o sono assim?
_ Seu pai não te falou, não é? – perguntou.
_ Deveria ter dito algo?
_ Eu pedi demissão há dois meses, foi alguns dias após o seu acidente, desde então estou com minha própria empresa, ela ainda é pequena e eu estou tendo muito trabalho, agora mesmo estou analisando uns papeis aqui. Contas e mais contas. – bufou, ele deveria estar exausto, ótimo, isso significava que minhas chances eram ainda maiores. _ Mas o que quer? Se estiver ao meu alcance.
_ Pelo que você me disse eu acho que está a no seu alcance sim. – falei. _ Eu preciso de emprego. – falei. Wilmer não disse nada no primeiro momento.
_ Sério isso? – perguntou, ele parecia estar segurando a risada.
_ Sério. – afirmei.
_ Tem certeza que não é algum tipo de pegadinha?
_ Tenho. – respondi. _ Wilmer você é o único que pode me ajudar neste momento. – falei.
_ Isso é muito complicado de dizer assim, pelo telefone, Demi, vamos fazer assim, amanhã, vamos conversar frente a frente amanhã, aí você me explica que historia é essa, pode ser? – perguntou. Claramente não era a resposta que eu queria ouvir, mas era melhor que um ‘não’ logo de cara, que seria o que eu provavelmente receberia de qualquer outro.
_ Onde? – perguntei, tentando me mostrar animada.
_ O que você acha da Clifton's Cafeteria? – perguntou.
_ Oh, claro, ótima escolha, pode ser na parte da manhã? – perguntei.
_ As oito? – perguntou.
_ Me parece bom. – respondi.
_ Então combinado, te espero lá. – disse Wilmer. _ Só uma coisa, tem certeza que você não está bêbada? – perguntou. Eu acabei rindo, ele jamais acreditaria em mim, Wilmer me conhece bem pra saber que eu jamais pensaria em trabalhar, sua surpresa não me ofendia, era totalmente justificável.
_ Tenho. Amanhã você saberá meus motivos e verás que estou nas minhas melhores condições mentais. – falei.
_ Certo, assim espero. Até amanhã Demi.
_ Até amanhã. – despedi-me.
Wilmer trabalhou por muito tempo com meu pai, conhece todos os empresários dos mais detestáveis aos suportáveis, liguei para ele na esperança que ele conhecesse um empresário legal o suficiente para me dar alguma chance, eu claramente não estava esperando algo muito grande, o melhor que eu receberia seria um cargo de recepcionista, se eu desse alguma sorte talvez secretaria, apesar de saber que alguns teriam a cara de pau de me por na área da limpeza, tudo bem que é um trabalho honesto, mas, sinceramente? Não é para mim.  Mas agora que Wilmer tem sua própria empresa, eu poderia trabalhar com ele, quem poderia ser um patrão melhor? Wilmer é um tipo de pessoa que pode ser serio quando precisa, mas que na real é muito jovial, talvez até mais do que eu, gosta de festas e é um completo mulherengo, tenho medo de se um dia ele e Travis resolverem disputar quem pode pegar mais mulheres em menos tempo, não tenho duvidas, nenhuma mulher, no raio 500 quilômetros, estaria a salvo.

Coloquei o telefone no gancho e fui correndo para o quarto de Joe, para lhe contar a novidade, assim poderíamos comemorar meu pequeno avanço juntos e quem sabe isso traria uma reconciliação, se isso pudesse acontecer, meu dia teria valido a pena.
A porta estava fechada, mas não pensei duas vezes antes de entrar. Talvez tivesse sido melhor se eu tivesse batido na porta, não que eu não tenha gostado do que vi, mas tenho a pequena impressão que Joe não ficou lá muito satisfeito.
_ Demi! – gritou. _ Se vire. – ordenou, enquanto enrolava a toalha em sua cintura.
_ Não vejo mau nenhum ficar te olhando. – falei maliciosa.
_ Demi. – disse mal humorado.
_ Tá, tá, vou virar. – falei, virando-me.
_ Você poderia ter batido na porta, sabe? Isso ainda se usa, mesmo nos tempos modernos. – disse.
_ Eu estou virada, pensei que você pararia de reclamar. – falei.
_ Não, se não você nunca irá aprender. – resmungou.
_ Até parece, se eu quiser entrar sem bater na porta, eu entro. – falei.
_ Aé? – perguntou.
_ É.
_ Pois então farei o mesmo com você. – falou.
_ Você nem se atreva. – falei, virando-me, pra minha sorte, eu não, ele já tinha se vestido.
_ Quer pagar pra ver? – perguntou, chegando perto, bem perto, nos fitamos em silêncio, apenas se escutava o som da nossa respiração. Meus olhos iam de seus olhos à seus lábios, e pude perceber que os de Joe também, eu queria beija-lo, queria senti-lo novamente em mim, eu ainda o amo muito, mas tenho medo que ele tente me rejeitar, eu não suportaria isso. Lembrei-me do que Travis disse “ele ainda te ama”, esta frase ficava ecoando em minha cabeça, como ele podia ter tanta certeza disso?
Joe e eu chegamos mais e mais perto um do outro, uma fina camada de ar nos separava, fechei meus olhos, vagarosamente.
_ Não me deixe. – sussurrei. Joe me abraçou pela minha cintura, pude sentir sua respiração mais próxima ainda.
_ Jamais.

                CONTINUA...



Demorei, mas postei :D espero que tenham gostado. O próximo capítulo vai demorar um pouco, provavelmente postarei lá pra terça-feira ou quarta-feira, não terei muito tempo para escrever nos próximos dias, mas já sei o que acontecerá nele e tenho a impressão que vocês irão gostar J
Muito obrigada por terem me dado uma resposta tão rápido, confesso que estava começando achar que o problema era com a fic, fico feliz em saber que não era.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss



Kika & Paty: Que bom que você gostou J Muito obrigada por estar sempre a comentar, seu carinho é muito importante para mim. Sim, a chance é bem grande mesmo, e não vai demorar muito para descobrir se você está certa ou não. Realmente, a Demi nos dá muito orgulho. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Juh Lovato: Awnn muito obrigada mesmo, eu fiquei com um pouco de medo, mas agora estou mais tranquila, te compreendo, também estou com dificuldades para comentar por falta de tempo, fiquei muito atrasada nas fic que leio, graças ao tempo que fiquei sem pc e agora estou tentando recuperar, não sei se você percebeu que já faz bastante tempo que não comento no seu blog também, desculpe-me. Estou me dando o prazo de até próxima semana estar com todas as fic em dia, então logo voltarei a comentar ok? J Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Diley Don't live a live: Oi, tudo bem, sem problemas, agora estou mais tranquila, lhe agradeço muito se puder comentar, mas se não tiver tempo, tudo bem, o importante é que não me abandones, viu? J Mas agora tudo bem, afinal de contas com escola não brinca hahaha. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
ThaahLovatic: Tudo bem, não há problemas, lembro-me do tempo em que ficava só pelo celular e não foi uma experiência lá muito bom, não sou muito boa pra escrever pelo celular hahaha, mas está tudo bem agora, o importante é que você não me abandonou. Muito obrigada por comentar. Bjssss

Anônimo: OW, tudo bem, fico muito feliz que tenha gostado, muito obrigada por comentar. Bjsss 

sábado, 24 de agosto de 2013

33º CAPITULO “ele ainda te ama” – Aprendendo a Amar


_ Não. – respondi. _ Para consertar as coisas. – falei, Joe continuou a fitar-me. _ Para consertar nós dois.

Quando Travis chegou, Joe já estava mais conformado com tudo, não que estivesse aceitando meu plano totalmente, mas parecia estar tentando dar uma chance para nós.


_ Então, o que esta acontecendo exatamente? – perguntou Travis.
_ Até onde eu sei elas estão fazendo bullying com ela na escola já faz um tempo. – respondi.
_ Você sabe quem são? – perguntou.
_ Só sei que são meninas.
_ Quantas?
_ Não faço a mínima ideia. – respondi me sentindo um lixo de irmã.
_ Você acha que a Madison falaria se pedíssemos?
_ Sim, talvez.
_ Ela estuda no mesmo lugar que nós estudávamos, certo? – perguntou ele. Eu já sabia que àquela altura ele já sabia o que iria fazer.
_ Certo.
_ Pois bem, descubra quem são e quantas são, e deixe o resto do trabalho comigo.
_ Por favor, nada que vá prejudicar a Maddie. – pediu Joe.
_ Fica calmo, eu ‘tó’ aqui para ajudar, colega, sem problemas para a pequena Lovato. – garantiu Travis.
_ Se não trazer mesmo nenhum problema à Maddie, eu ajudo. – falou Joe, nos fitamos por um momento, eu sorri para ele e ele retribuiu com um sorriso pequeno, mas que me deu esperanças de que significava muito mais que ‘’eu ajudarei, vamos ser uma equipe’’, mas que também dizia ‘’Eu ainda te amo, por isso vou fazer parte da equipe’’.


Como Madison previu, Eddie ligou-me aos berros. “Porque você fez isso” “Não é porque você não tem mais futuro que você pode destruir o da sua irmã” “Desde quando você quer passar um tempo com ela?” “Você é uma irresponsável!” “Eu vou proibir sua entrada naquele colégio” essas, entre várias outras foram as palavras ‘gentis’ de meu pai no telefone. Eu o prometi que a levaria de volta a casa mais tarde, mas ele não pareceu se importar muito com essa promessa, estava mais ocupado me xingando e gritando com toda a força, eu poderia escuta-lo até mesmo com o ouvido longe do telefone.
Só para irrita-lo mais ainda continuei com Maddie em meu apartamento até bem tarde, sei que meu pai teria o prazer de me esperar só para xingar-me mais um pouco, pois então que espere, espere muito!

Travis também ficou conosco, ele e Joe soltaram algumas faíscas, porém eles estavam se dando bem melhor do que de costume, Joe fez um lanche cheio de guloseimas que Maddie gosta e pela primeira vez ela conversou comigo, sem me deixar falar sozinha, não que ela tenha falado tudo e que agora eu a conheça, mas comparado a antes, ela até falou demais.
Sem saber do plano de Travis, ela contou sobre as tais garotas, eram quatro, todas elas integrantes das lideres de torcida, sendo uma delas a capitã, pelo que Madison contou, ela estuda com elas há quatro anos e a dois elas começaram a implicar com minha irmã e pelo motivo mais bobo de todos. No começo, por dois anos inteiros, elas fingiam serem amigas de Maddie só para que ela fizesse seus trabalhos, porém, quando percebeu, Madison parou de ajuda-las e aí elas começaram a humilha-la frente a todos, nem mesmo quando Madison tentou voltar a fazer as coisas para elas, elas pararam.
 Isso me lembrou de Selena, no colegial minha amizade come ela foi inteiramente falsa, apenas pelas notas boas nos trabalhos e provas, que ela me proporcionava, que eu andava com ela, mas ainda sim ela nunca parou, nunca se rebelou contra mim, sempre se manteve fiel ao meu lado.
Será que ela nunca percebeu que era tudo falsidade?
Depois da ajuda que ela me deu, no dia da festa de Ashley, passei a considera-la uma amiga, uma verdadeira amiga, mas isso não apagaria os anos de falsidade que eu tive com ela.


Já era sete da noite quando resolvemos que era melhor levarmos Madison para casa de volta.

_ Meu carro esta aí em baixo. – disse Travis. _ Eu levo vocês.
_ Não, não e não. – interveio Joe.
_ Qual é, amigo? Sou de confiança.
_ Que o diga a Demi e a Hanna. – falou Joe.
_ Ah não, esta historia de novo. – reclamou Travis. _ Foi um acidente e eu estava embriagado, hoje, agora, eu estou totalmente sóbrio, totalmente confiável.
_ Não.
_ Joe pare de ser chato. – reclamei. _ Travis só esta ajudando.
_ Você ainda confia nele? – perguntou Joe preocupado.
_ Sim, o que ele disse é verdade, ele estava bêbado, mas agora não esta mais. Ele é de confiança.
_ Eu não confio vocês duas dentro de um carro com ele.
_ Então vem junto. – sugeriu Travis, Joe arregalou os olhos.
_ Não.
_ Então fique aí e reze por nos duas, porque nos duas vamos e ponto final. – bati o pé.

Travis, Maddie e eu começamos a sair do apartamento e Joe veio atrás correndo.

_ Ok, eu vou com vocês. – falou a contra gosto. _ No banco do passageiro e eu vou controlar você. – falou Joe, apontando o dedo na cara de Travis.
_ Tudo bem, você que manda. – falou Travis, como se Joe estivesse brincado. Mal ele sabia que Joe não era de brincar com essas coisas.

Para mim e para Madison, que estávamos no banco de trás, a situação era engraçado, mas – jugando pelo rosto de Travis, vermelho, e pelo desaparecimento do seu sorriso travesso, que sempre o acompanhava – no banco da frente, o clima não era muito descontraído. “Você está indo muito rápido” “Você não viu aquela placa de pare?” “O sinal tá amarelo, isso significa diminuir a velocidade, não aumenta-la” “Você já deve ter recebido umas quatro multas só nessa avenida” “Você tem certeza que te deixaram tirar carteira?” – Joe podia ser bem chato quando queria. O autocontrole de Travis estava me surpreendendo, já o vi tirar uma pessoa de seu carro e deixa-la no meio do nada por muito menos. Eu sou prova viva disso, Travis já me deixou no meio da estrada de Nevada à Califórnia porque resolvi discutir com ele sobre quem era melhor, Dallas Cowboys ou Kansas City Chiefs, eu tive que andar se salto por 40 minutos até consegui achar uma placa que me localizava, para poder esperar pelo meu motorista chegar, fiquei um mês inteiro sem falar com ele, só parei quando percebi que isso não o fazia mal, assim que nos vimos novamente ele agiu como se nada tivesse acontecido.


Travis parou na frente da casa e saiu do carro bufando, batendo a porta com a força de um toro, mais uma palavra de Joe e não tenho duvidas de Travis partiria para agressão, mesmo sabendo disso, eu continuei achando a cena engraçada.


_ Eu vou ver meu pai. – anunciou Joe, assim que entramos na casa. _ Olá, Maria.- cumprimentou-a dando lhe um abraço. Madison também saiu na frente de deu um abraço forte em Maria.
_ Oi minha linda. Ficamos preocupados com você por aqui.

_ Ah, mas aí esta a sequestradora de crianças inocentes. – gritou meu pai.

_Madison, vamos para seu quarto. – escutei Maria dizendo baixo.

_ Olá Senhor Lovato. – cumprimentou Travis, meu pai pareceu surpreso, talvez por estar muito nervoso não tenha percebido a presença de Travis ali.
_ Olá. – disse sem muita paciência. _ Você. – disse apontando para mim. _ Pro meu escritório. Agora! – berrou e saiu na frente. Olhei para Travis, um pouco assustada.

_ Estou rezando por você. – disse ele, como se isso me fosse ajudar.
_ Pois peça a Deus que eu seja a prova de balas. – falei. Travis riu.
_ É melhor você ir. – me apreçou ele. Bufei.


_ Olha, eu estou a 20 anos te suportando e sabe de uma coisa, já chega! Crie responsabilidades! – berrou meu pai, assim que cheguei a seu escritório.
_ E você, em? Você sabia que ela esta sofrendo humilhações na escola dela, porque o senhor não fez nada? – perguntei, também aos berros. Eddie calou-se e me olhou assustado.
_ Escola é pra estudar, não para ficar fazendo amizades. – disse ele, agora com a voz calma.
_ Você é louco? Escola não é lugar para se sofrer humilhações e é lugar sim de conhecer outras pessoas fazer amizades, escola é muito mais do que um lugar de aprendizagem. – falei alterada.
_ Pois Madison está fazendo drama, você não percebe? É dramática igual à mãe, você também é assim, talvez seja o mal das mulheres desta família. – disse ele voltando a ficar nervoso. _ Com o tempo ela acostuma e para de reclamar.
_ Você pode fazer isso parar, você tem esse poder, porque você esta sendo tão idiota? – perguntei. O que custava fazer algo pela filha, pelo menos uma vez.
_ Porque é apenas uma bobagem. – gritou.
_ Pois eu vou fazer isso parar. – falei.
_ Se você prejudicar o nome da família mais uma vez eu te tiro todos os direitos como minha herdeira. – ameaçou. Olhei-o chocada, me deserdar? Ele teria coragem de fazer isso comigo?
_ Pois que se foda esta família, eu não deixarei minha irmã sofrendo. Ela não merece isso, assim como eu, ela não tem culpa de ter nascido com um pai como você. – falei, minha voz não conseguir demonstrar nem 10% do nojo que eu estava sentindo de Eddie. _ Falando nisso, amanhã eu defenderei a mamãe. – falei.
_ Não se esqueça do seu namoradinho. – falou ele.
_ Ele não é mais meu namorado. – gritei sem nem mesmo perceber. Eddie começou a rir.
_ Eu sabia que esta historia não iria durar. – falou, indo se sentar em sua cadeira, que mais parece um trono. Eu não sabia o que dizer. _ Você nasceu em um berço de ouro, já Joe nasceu no chão. – disse ele, suas palavras me deixavam mais nervosa ainda. _ Apesar de ser pobre, Joe é um garoto inteligente, centrado, responsável, já você... – olhou-me de cima a baixo e riu torto. _ Não seguiu nos estudos, estoura o limite dos cartões de credito em questão de dias, deixa um carro luxuoso na mão de um bêbado, aleija a própria amiga... Você não acerta nada, é um desgosto atrás do outro. Eu não entendo onde eu errei com você. – lamentou-se. Eu já tinha passado por aquilo uma vez, no hospital, com minha mãe, ainda sim eu não estava preparada para passar por isso novamente.
_ O seu erro é que você nunca foi um pai. – falei, Eddie virou os olhos.
_ Blah blah blah. – gesticulou. _ Te criei do mesmo jeito que criei a Madison e vocês duas são bem diferentes.
_ Por enquanto. – falei, lembrando-me que demorou um pouco para começar a ser ‘rebelde’ do jeito que sou.
_ Não, Demi, não vou te dizer que sua irmã só me trás orgulho, porque seria uma completa mentira, mas ela é melhor que você.
_ Porque abaixa a cabeça para o que você fala, porque aceita tudo sem ter nada de retorno. Eu também fui assim, eu vivia de esperança, vivia na esperança que você e que a mamãe um dia iria passar um dia comigo, um dia normal, um dia como pai e não como dois estranhos que me olhavam quase que como se estivessem sentindo nojo. – eu disse e pela primeira vez eu estava me abrindo com ele. _ Eu não sou mais essa garotinha, nem mesmo sou a filha mimada que você acha que conhece. – falei.
_ Não, você acha que mudou, talvez você esteja melhor. Defendo Madison, isso já é algo surpreendente se considerarmos que você sempre a tratou como um nada. Mas eu te conheço, você é assim desde pequena, piorou com o tempo, mas essa sempre foi você e sempre será, mimada, egoísta e materialista. – falou. _ É isso que lhe mantem presa a mim, você jamais derramaria um pingo de suor para conseguir um brinco que seja, e é também isso que lhe manterá longe de Joe, que fará que essa relação nunca dê certo. Você não se casaria com alguém que não tenha berço, que não seja tão fútil quanto você, não combina. Não funciona. – falou. _ Nem ele te suportaria por muito tempo, é contra as raízes dele.
_ Você está muito enganado. – tentei defender-me.
_ Enganado? Eu? Zac é rico, nasceu em berço de ouro e namoro de vocês durou mais de dois anos, Joe é um zé ninguém e durou o quê, dois meses? Menos talvez.
_ Não compare Zac com Joe...
_ Não, não dá para comparar mesmo, é outra criação, outra vida, outra maneira de olhar o mundo...
_ Joe jamais faria comigo o que Zac me fez!
_ O que Zac te fez, em? Porque tanto ódio? Eu sei que você o amava. – hesitei, eu nunca tinha dito a nada a ninguém, nem mesmo a Maria, os únicos que sabiam eram meus amigos.
_ Ele espalhou para todos na escola fotos minhas, que não deveriam ter sido expostas.
_ Que fotos? – perguntou.
_ Fotos. – falei, tentando não entrar em detalhes. Eddie se calou, não sei se ele havia entendido, mas se sim, foi algo bem incomodo.
_ Você realmente vai para lado da sua mãe? – perguntou.
_ Depois de hoje você ainda tem duvidas?
_ Ela por acaso fez algo diferente?
_ Eu não queria ir para o lado de nenhum dos dois.
_ Eu não sou um bom pai, e sua mãe não é uma boa mãe, eu sei, muito tarde para mudar ou para me arrepender.
_ Nunca é tarde. – falei.
_ Que seja. – deu de ombros. _ Pense bem o que você vai fazer, as consequências serão duradouras.
_ Isso foi uma ameaça?
_ Não, foi uma afirmativa.

Foi com essa que eu saí do escritório, mas confusa que nunca. Dei-me de cara com Travis, perto da porta.
_ Escutado atrás da porta? – perguntei.
_ Como se fosse possível não escutar. – deu de ombros. _ Se eu fosse você voltava com Joe, só para provar ao seu pai que ele está errado a seu respeito.
_ Eu não vou brincar com os sentimentos do Joe.
_ Você ainda o ama, não seria brincar com os sentimentos dele, seria apenas matar dois coelhos com uma cajadada só. – disse ele. Parei para pensar um pouco e o que Travis dizia fazia sentindo.
_ Eu não sei se Joe iria querer voltar comigo. – falei triste.
_ Para sua informação, ele ainda te ama.

                CONTINUA...


Capitulo postado, então, o que acharam? Percebi que o numero de comentários diminuiu, apenas a minha querida leitora Kika & Paty está comentando nos últimos capítulos, e eu estou sem saber se vocês pararam de comentar por que a fic esta ficando ruim ou se ainda é reflexo do tempo que eu fiquei sem postar. Se vocês puderem dar uma resposta eu agradeceria muito.
Bjsss




Kika & Paty: Quem bom que você gostou. Posso dizer que sua aposta foi boa... 21 aninhos e nem parece, o que eu achei mais lindo foi que ela ao invés de fazer festa foi comemorar na África, as fotos que saíram.... Eu tó jogada de emoção e orgulho haha. Muito obrigada por comentar. Bjsss. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

32º CAPITULO “Para consertar nós dois” Parabéns Demi Lovato \o/ – Aprendendo a Amar




_ Bem. – respondi. Ficamos em silêncio por um tempo. _ Joe. – ele me olhou. _ Nos precisamos conversar.


Sentei-me no sofá, um pouco distante. Joe colocou o telefone no centro de mesa e desligou a TV, olhou-me, esperando eu começar a falar. Respirei fundo, ciente que nossa conversa poderia significar nossa conciliação ou nosso termino.

_ Quais são suas reais intenções comigo? – perguntei, minha voz saiu fraca, com medo de que sua resposta me fizesse arrepender de ter perguntado.
_ Eu te amo. – respondeu. _ Eu não sei por que você ainda duvida disso.
_ Porque você quer tanto ir para a Inglaterra? – perguntei, tentando fingir que suas palavras não me tinham causado nenhum efeito.
_ Estudar.
_ Tem mais algum motivo? – perguntei. Joe hesitou.
_ Sim. – respondeu por fim.
_ Qual? – perguntei. Joe não respondeu nada. _ Ou devo perguntar quem?.
_ É. Talvez seja ‘quem’ – disse dando de ombros.
_ Ela ou ele?
_ Ela.
_ Oque ela é sua? – perguntei.
_ Alguém importante.
_ Porque você só não me falar.
_ Porque eu não posso.
_ Eu sou sua namorada, eu deveria saber tudo sobre você. – indaguei um pouco exaltada.
_ Eu divido que você não tenha nenhum segredo comigo. – acusou-me
_ Eu estou tentando ser o mais sincera possível com você. – defendi-me.
_ E eu também. – gritou. _ Mas eu exijo um pouco de privacidade, há momentos em que todo casal precisa ter seus próprios problemas, suas próprias particularidades. Eu não sou obrigado a falar tudo.
_ Qual é o problema de eu saber dessa garota, em? – gritei de volta. _ Você diz que me ama, mas fica de segredo com outra mulher, você por acaso é doente?
_ Você não deveria tirar conclusões tão rapidamente assim. – disse ele sério.
_ E o que você quer que eu pense? – perguntei injuriada. _ Você não me fala nada! Você não explica nada!
_ Eu não vou falar nada enquanto não tiver nada certo, ok? Eu não quero iludir nem machucar ninguém. – falou ele.
_ E você não esta me iludindo? Não esta me machucando? – perguntei, meus olhos ardiam, eu queria chorar descontroladamente, mas tentava com toda a minha força parecer forte e inabalável.
_ Essa nunca foi minha intensão, Demi. – disse ele, com a voz baixa. _ Machucar-te nunca foi minha intensão.
_ Pois é isso que você esta fazendo comigo. – falei. Calamo-nos por alguns minutos, o clima era de tristeza para ambos. O mais incrível era que um dia antes estávamos pensando em comemorar o nosso primeiro mês junto, mas como presente, brigamos. Ótimo jeito de festejar... _ Só me diga que eu posso confiar em você. – pedi, minha voz já estava tremula, era obvio que eu ia chorar. _ Só me explique algo, Joe, nada será pior que isso. – implorei. Joe olhou-me com um olhar triste.
_ Não agora. – falou. _ Desculpe-me. – pediu.
Era isso. Seja lá o que ele esconde de mim, é mais importante do que nossa relação.
Sai da sala já chorando, tranquei-me no quarto e chorei mais ainda, me sentia uma idiota por acreditar que eu seria feliz com ele, eu deveria ir pra Las Vegas, apostar um pouco, do jeito que tenho azar no amor, devo ser imbatível no jogo.

Pensei em ligar para Miley, em busca de consolo, mas sei que ela iria vir aqui e arranjar confusão com Joe, pensei em Maria, mas sei que ela tentaria intermediar uma conciliação, conciliação tal que eu não queria.
Por fim continuei chorando sozinha, até que meus olhos ficassem pesados de mais e eu dormisse. Pela primeira vez em um mês, dormi sozinha, sem Joe ao meu lado.



Se há uma coisa que qualquer mulher é mestre em fazer, é passar a noite chorando, mas acordar como se estivesse em um mundo de alegria. E foi isso que fiz, acordei péssima, mas caprichei na higiene pessoal, passe uma maquiagem, leve, mas que escondesse as olheiras e disfarçasse os olhos vermelhos, coloquei uma roupa mais arrumada, mesmo sabendo que ficaria em casa, não deixaria Joe pensar que estou para baixo, terminamos, mas eu continuo sendo Demi Lovato, rica, bonita e poderosa, é assim que tem que ser, e não será um homem qualquer como Joe que irá destruir isso.
Ah, a quem eu quero enganar? Joe conseguiu me tirar do meu eixo, eu não sou mais assim, o ser mais que alguém já não me é compensador, o que me deixaria feliz é ter alguém, mas não qualquer um, ter Joe.


Sai do meu quarto e fui para a sala, já era nove da manhã, Joe sempre acordou cedo, porém não o encontrei lá, voltei para o corredor e percebi que a porta de seu quarto estava fechada, hesitei em bater.

Tomei um susto quando tocou o interfone. Fui correndo atender.
_ Senhorita Demetria, sua irmã esta aqui e ela já vai subir, algum problema? – perguntou.
_ Não, nenhum. – respondi.
Desliguei o interfone e peguei a chave da porta. Estranhei o fato de Madison esta lá, cogitei a ideia do porteiro tivesse feito confusão, mas com quem ele iria confundir? Ele conhecia meus amigos muito bem e ele é ótimo em decorar nomes e rostos de pessoas, chega ser uma coisa até sobre-humana.

Abri a porta antes mesmo que ela tocasse a campainha, assim que o elevador abriu, eu a pude ver, porém seu olhar não era de alegria, ela estava chorando. Assim que me viu correu para me abraçar.
_ Madison o que aconteceu? – perguntei preocupada. Ela não me respondeu, não parava de chorar. _ Vem, entre. – pedi, vindo com ela para dentro do meu apartamento.
_ Me deixa ficar aqui até dar a hora de eu sair da escola? – perguntou entre o choro.
_ Claro. – respondi, abraçando-o mais forte ainda. _ Mas o que esta acontecendo? – perguntei novamente.
_ Cadê o Joe? – perguntou. _ Joe?! – gritou ela, procurando-o.
_ Eu não sei, acho que ele esta no quarto dele. – falei.
_ Eu posso ir lá? – perguntou.
_ É... Pode. – respondi sem vontade. Madison se soltou do meu abraço e foi correndo para o quarto de visitas. Bateu na porta desesperadamente e foi atendida. Eu a tinha acompanhado apenas até a metade do caminho, não queria me intrometer, mas pude ver o que estava acontecendo.

Joe abriu a porta assustado, estava com o cabelo desgrenhado e tentava adaptar seus olhos a luz, usava apenas uma calça de moletom cinza e o começo de sua cueca estava à mostra, já seu peitoral estava todo descoberto. Não pude deixar de pensar besteiras, tudo bem que eu estava chateada com Joe e agora eu estava preocupada com Madison, mas eu já pude tocar naquele peitoral e já tive a sensação de ter Joe em mim, é claro que minha mente foi diretamente àqueles momentos e puro prazer e paixão, momentos que provavelmente eu não terei novamente, pelo menos não com Joe.

Não sei se ele chegou me notar por ali, mas ele logo se inclinou um pouco para ficar na altura de Madison.
_ Maddie o que esta acontecendo? – perguntou ele.
_ As meninas da minha escola. – falou ela entre os soluços causados pelo choro, ela parecia estar se acalmando, apesar de ainda chorar. Para mim aquela frase não fez sentido alguém, mas para Joe pareceu ser o suficiente, pois ele a abraçou e a levou para dentro de seu quarto.

Mas o que Madison queria dizer afinal?

Mesmo sem ser convidada entre no quarto de Joe. Apesar do sol já estar forte do lado de fora, dentro do quarto ainda parecia noite, as cortinas, que tem blackout, impedem que a luz do sol entre no quarto, estava fechada e as luzes estavam apagadas.
Madison estava no colo de Joe, e já estava parando de chorar.
Joe me percebeu na porta e não pareceu se importar.
_ O que esta acontecendo? – perguntei, já cansada de esperar por uma resposta.
_ Entre. – pediu Joe. _ Vem cá. – hesitei alguns segundos, mas fui, não havia nada de mal. Sentei-me em seu lado na cama e Madison se ajeitou para que me pudesse abraçar também, o que fez com que minha proximidade com Joe fosse maior ainda.
_ Demi. – chamou-me Madison assim que parou de nos abraçar, tentei ajeitar-me na cama, para me afastar um pouco de Joe, mas ainda sim eu conseguia sentir seu perfume, perfume da qual eu já tinha me acostumado de ter por perto, a dormir e a sonhar com, perfume que me lembra de bons momentos e do qual, agora, eu luto para me esquecer. _ Se o papai ligar fale para ele que me pegou na escola, você pode inventar um desculpa para mim? – perguntou com o olhar ainda molhado.
_ Sim, mas... Pelo menos me diga o que aconteceu. – pedi. Madison hesitou um pouco.
_ As meninas da escola, elas estragaram todo o meu trabalho e começaram a rir de mim, elas voltaram a fazer piadinhas. – disse ela, tímida, sem olhar para mim. Eu senti uma mistura de tristeza, pelo acontecimento, e ódio, nem mesmo conheço estas meninas, mas já as odeio com toda minha força.
_ Esta tudo bem, Maddie, ela vão parar com o tempo, ela irão perceber que você é uma garota muito especial. – disse Joe, tentando controla-la. Madison deitou em seu peito.
_ Eu não sei por que elas fazem isso. – falou voltando a chorar.



Joe e eu ficamos no quarto com Maddie até que ela caísse no sono, assim que isso aconteceu ,ele e eu saímos de lá.

_ Desde quando isso está acontecendo? – perguntei a Joe.
_ Há alguns anos.
_ E porque ela nunca me contou? – perguntei.
_ Talvez você estivesse preocupada de mais com você mesmo. – falou grosso. Foi como uma espada em meu coração. Tudo bem que isso pode ser verdade, eu nunca liguei para Madison, e hoje nem mesmo sei dizer o porquê, não somos nada parecidas, mas ela é um amor de pessoa, eu poderia ter tentado me aproximar antes, porém mesmo assim, aquelas palavras, vindo da boca do homem que eu ainda amo, foram as piores possíveis. Ele já tornara a me odiar? Aquele realmente foi nosso fim? Não haverá mais volta? Engoli o choro e fui para o meu quarto, tão distraída, nem percebi que Joe me seguiu. _ Desculpa-me. Eu me exaltei. – falou ele. Olhei-o nos olhos e meu coração se amoleceu todo.
_ Tudo bem, você tinha razão. – falei. _ Maria sabe disso? – perguntei. Maria sempre foi como uma mãe, me recuso acreditar que ela nunca tenha feito nada, ela jamais deixaria Madison sofrer assim.
_ Não. – respondeu.
_ Minha mãe? – perguntei.
_ Sim.
_ Meu pai?
_ Sim. – respondeu.
_ Mas porque eles nunca fizeram nada então? – perguntei injuriada, eles tinham dinheiro, poderiam fazer algo, processar os pais destas crianças, falar com o diretor e exigir uma mudança no comportamento das tais garotas, mudar Madison de escola, qualquer coisa que a livrasse daquele tormento.
_ Não sei Demi. Eles são seus pais. – disse simplesmente. Eles são meus pais. Não dava para esperar muito, não é mesmo?
Parei um pouco e pensei, Madison estava sozinha nessa, assim como eu estive quando o merda do Zac fez o que fez comigo, para conseguir me livrar de tal tormento eu precisei de ajuda e agora Maddie também precisaria.

Corri para sala e peguei o telefone, disquei rapidamente o número e esperei.

_ Minha querida demizinha, o que lhe fez lembrar-se de mim? – perguntou Travis, do outro lado.
_ Preciso da sua ajuda. – falei.
_ Que tipo de ajuda.
_ Algo que faça umas meninas do colégio de Maddie aprenderem o que é bom pra tosse. – falei.
_ Estarei em sua casa em 15 minutos. – disse Travis.
_ Obrigada.
_ Não há de quer. Até mais. – despediu-se.


_ Demi, eu não acho isso uma boa ideia. – falou Joe, que pode escutar a nossa conversa no telefone.
_ Ele me ajudou com Zac e ele pode me ajudar com Maddie. – falei.
_ Eu só não acho que seja certo.
_ Quando vezes mais você quer que ela chegue aqui chorando, em? O que vai adiantar então? – perguntei.
_ Isso não é mais recomendável a se fazer.
_ Me deixa fazer do meu jeito. – pedi. _ Eu enfim parei de olhar para meu próprio umbigo e estou olhando para ela e é assim que eu consigo ajudar, depois com o tempo eu tomo umas aulas de ética com você. – Joe riu. _ Mas por agora é isso que eu posso fazer. – falei. _ Você me permite? – perguntei.
_ Só não mate ninguém.
_ Joe! Também não é assim. – falei injuriada, e ele riu. _ Nossas brincadeiras não bem inocentes.
_ Ah claro, camisas rasgadas, pó de mico... – eu ri ao lembrar-me daquilo.
_ Disse o rei das baratas. – rimos juntos.
_ Me diz se você não gostou? – perguntou humorado.
_ Meu estômago ainda embrulha só de lembrar. – falei. Eu e Joe paramos e nos fitamos intensamente por um instante. Todas aquelas lembranças pareciam tão distantes, mas eram tão recentes, dois meses se passaram apenas, a mais o menos dois meses eu me surpreendi com ele aqui em meu apartamento e hoje eu faria de tudo para voltar no tempo e ter aproveitado melhor, apenas me resta um mês ao seu lado e ainda sim não do jeito que eu gostaria que fosse.
_ Parece que foi há tanto tempo. – comentou Joe, como se tivesse lido minha mente.
_ Tanta coisa mudou.
_ Tantas coisas aconteceram.
_ Eu queria poder voltar no tempo. – falei baixo, mas Joe escutou.
_ Por quê? Para não entrar aquele carro?
_ Não. – respondi. _ Para consertar as coisas. – falei, Joe continuou a fitar-me. _ Para consertar nós dois.

                CONTINUA...




Feliz dia 20 de agosto, dia do 21º aniversario da Demi \o/
Hoje o capítulo foi dedicado a esta data, tão especial aos lovatic.
Bom, espero que tenham gostado.
Apesar de ainda ter 3 dias restantes para o termino da enquete, acredito que será o jeito 1 a ganhar, por isso já digo que a fic terá apenas uma temporada, com aproximadamente 45 capítulos, isso quer dizer que esta chegando ao fim, mas que ainda temos um bom caminho pela frente. Eu já tenho ideias para a próxima fic, assim que esta fic entrar em sua última semana eu dou mais informações.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.

P.S.: A todos os autores das fics que eu costumava comentar, eu até a próxima semana acredito ter conseguido recuperar o tempo perdido e voltarei a comentar novamente, não as abandonei não, viu?
Bjsss





Kika & Paty: Bom... pode ser o que você falou, ou não, vamos esperar para ver o que acontece ;D Tudo bem, desculpas aceitas. Muito obrigada pelo carinho. Bjssss 

domingo, 18 de agosto de 2013

31ª CAPITULO “Nos precisamos conversar” – Aprendendo a Amar



Nenhum dos lados havia me convencido e cada um tinha sua proposta irrecusável e em apenas dois dias eu teria que sair do muro e decidir por qual caminho seguir.


Assim que Dianna foi embora, eu me dirigi ao quarto de Joe, ele estava sentado na ponta de sua cama e lia um livro, não parecia muito concentrado no que estava lendo, tanto que não hesitou em larga-lo de lado assim que abri a porta.
_ O que aconteceu, meu amor? – perguntou, vindo me abraçar forte, afundei-me em seus braços, e não respondi nada de imediato. Joe não insistiu. Isso era algo de se admirar nele, Joe não força as coisas, ele espera o tempo de todos, muito ao contrario de mim, eu sou bem curiosa, não sou do tipo de pessoa que espera, mas sim o tipo de pessoa que irrita até descobrir. Ficamos abraçados, em silêncio, por um tempo, até que eu decidi falar.
_ Minha mãe veio pedir para que eu fosse para seu lado. – falei. Joe afastou-se um pouco, para poder analisar meu rosto.
_ E você? – perguntou.
_ Não sei. – confessei.
_ Talvez seja melhor para todos que minha mãe ganhe, mas... – eu não consegui continuar. O que me fazia relutar tanto em apoiar minha mãe?
_ Se você está apoiando seu pai só por mim, não precisa. – falou, Joe, compreensivo.
_ Não é só isso, ok. Fora que minha mãe disse que pode ajudar. – falei, tentando parecer animada.
_ A é? – perguntou Joe, tentando parecer interessado, nada que fosse capaz de me enganar.
_ Ela pode conseguir uma bolsa para você em Yale. – falei, esperando pela comemoração.
_ Wow, isso é... Ótimo! – falou ele dando um breve sorriso grande, a animação dele quase me comoveu... De tão falsa.
_ Não é isso que você quer. – falei desanimada.
_ Não é assim também... – tentou justificar-se, mas nem mesmo conseguiu terminar a frase.
_ Qual é o seu problema em estudar medicina aqui? – perguntei.
_ Não é nada, Demi, é só que... – Joe parecia nervoso, não conseguia terminar nenhuma frase que começava. Como se escondesse algo.
_ Tem alguém lá? – perguntei, me afastando de Joe e cruzando os meus braços sobre o peito.
_ Um... É... Demi... Eu te amo, e não seria capaz de... É...
_ Quem? – perguntei, sem esconder minha raiva.
_ Não é assim, Demi. – disse ele, ainda mais nervoso.
_ Então me explique, Joe. – pedi impaciente, ciente de que a qualquer momento, qualquer palavra em falso eu poderia explodir com Joe. Ele hesitou, parecia procurar a melhor forma de me dizer o que realmente o levava a querer tanto ir estudar na Inglaterra. Comecei a bater o pé de tanto nervosismo e isso parece apenas ter piorado as coisas para Joe, que também começou a ficar agitado.
_ É o meu sonho. – disse por fim. Meu queixo caiu, depois de todo este tempo pensando em o que me dizer é isso que ele me responde? “É o meu sonho”. Sério?
_ Seu sonho? – gritei.
_ É. – respondeu, pouco convincente.
_ Pois então pegue o seu sonho e vá para o inferno junto a ele. – gritei e saiu de seu quarto bufando de raiva, bati a porta do meu quarto tão forte que cheguei sentir o chão dar uma pequena tremida.
Eu não sabia se voltava ao quarto de Joe e continuava a brigar, não sabia se ia para o lado de minha mãe só para me vingar ou se apenas me jogava na cama para chorar.

Agora me pergunto o que Joe e eu realmente temos. O que eu sinto por ele é sincero, mas e o que ele sente por mim? É sincero também?
O meu celular tocou, era Miley.
_ Oi Miley. – cumprimentei-a com um falso entusiasmo. Como se eu fosse capaz de enganar Miley.
_ Ei Demi, o que esta acontecendo, em? – perguntou.
_ Nada serio. – dei de ombros.
_ Umm sei. – disse desconfiada. _ Eu vou ter que te obrigar a me dizer o que está acontecendo? – perguntou.
_ Miley...
_ Fala logo!
_ Eu tive uma discussão com Joe. – falei finalmente.
_ Por quê? O que ele fez com minha amiga? – perguntou exasperada. _ Se ele te machucou espero que ele esteja pronto para encarar minha fúria. – ri um pouco só de imaginar Miley tentando atacar Joe.
_ Depois eu te falo. É uma longa história.
_ Pois hoje será uma ótima oportunidade. – disse Miley. _ Hanna está saindo definitivamente do hospital hoje e todos nós vamos lá busca-la. – falou, eu fiquei calada, já esperando a bomba. _ E isso inclui você.
_ Não. – respondi.
_ Porque não? – perguntou confusa.
_ Todo este tempo em que ela esteve no hospital eu não a fui visitar, eu estou me sentindo uma péssima amiga. – confessei.
Hanna sempre foi uma ótima amiga, sempre esteve ao meu lado e no momento em que ela mais precisava de mim, eu não estive, como é que hoje eu vou olhar para cara dela? Ela deve estar muito decepcionada e não deve estar querendo me ver nem pintada de ouro.
_ E você acha que ela se importa com isso? – perguntou Miley.
_ Sim. – respondi. _ Eu me importaria.
_ A Hanna não é você. Aposto que ela vai ficar super feliz em te ver. – disse.
_ Sua intenção melhorar meu astral? Isso só faz me sentir uma amiga pior.
_ Demi, para de ser chata, garota! Te busco daqui a quinze minutos. – falou.
_ Miley. – reclamei.
_ É melhor que você esteja pronta. – falou desligando o telefone na minha cara. Miley, como sempre, esbanjando sua educação.
Sabendo que entrar em uma discussão com Miley é uma luta perdida, me levantei devagar da minha cama, e desanimadamente abri meu armaria, na busca de qualquer coisa que me servisse, sem animação para me arrumar e muito menos para sair, peguei uma calça jeans de lavagem escura e uma blusa xadrez de manga longa, penteei meu cabelo e o amarrei um rabo te cavalo, não passei muita maquiagem, apenas um batom e um pouco de base só para não parecer tão desleixada.
Após estar pronta olhei-me no espelho, e tudo que consegui ver foi a tristeza em meus olhos, eu tinha medo de estar cometendo um erro, eu tinha medo de que Joe não estivesse sendo sincero, eu tinha medo de eu o estar jugando mal. Mas de tudo, o que eu tinha mais medo era de perde-lo.
Escutei o telefone da portaria tocar, com certeza deveria ser o porteiro avisando a chegada de Miley, corri para atender e pude perceber que Joe vinha logo atrás de mim.
_ Sim.
_ Senhorita Demi, a sua amiga Miley está aqui, posso deixa-la subir? – perguntou. “Claro que pode” – escurei Miley dizer no fundo.
_ Não, diga ela para esperar aí, eu vou encontra-la aí em baixo. – respondi, sabendo que ele iria ficar puta por não poder tirar satisfações com Joe, saber o que realmente aconteceu.
Coloquei o telefone da portaria no interfone e voltei para meu quarto, para pegar minha bolsa, dentro havia pouca coisa, o que não é muito comum, mas ainda sim estava totalmente bagunçada, celular, óculos de sol, batom, dinheiro, alguns cartões de crédito, etc. Voltei para sala e passei por Joe como se nem mesmo o tivesse visto, peguei as chaves em cima da mesa.
_ Vai aonde? – perguntou ele, por fim, até aquele momento, ele tinha apenas me acompanhado com o olhar.
_ Vou ao hospital com Miley. – respondi.
_ Tá sentindo algo? – perguntou _eu posso de ajudar.
_ Não, é só Hanna, eu vou vê-la hoje, ela irá sair do hospital. – disse. Ele sorriu.
_ Isso é muito bom. – falou. _ Se precisar de algo me ligue, por favor. – pediu.
_ Já sei, seu telefone esta na minha agenda do celular. – repeti as suas palavras de sempre.
_ Isso mesmo. – confirmou.
_ Vê se desta vez o usa. – falou.
_ Tudo bem. – respondi sem realmente entender o que ele queria dizer com isso, talvez fosse o fato das poucas vezes que saí de casa sem ele, sempre me meti em problemas que me causaram riscos de algum modo, era como se ele já estivesse esperando por isso. _ Tchau. – despedi-me.
_ Tchau.

Assim que o elevador chegou ao térreo vi Miley de braços cruzados olhando-me feio.
_ Desde quando eu não sou bem vinda ao seu apartamento? – perguntou.
_ Miley nos temos que ir.
_ Não antes de você me responder, sua tampinha. – falou.
_ Você ia implicar com Joe. – respondi.
_ Se fosse necessário. – falou, dando de ombros.
_ E eu realmente não quero que isso aconteça agora. – falei.
_ Porque não? – perguntou. _ Se você esta triste por culpa dele, ele merece pagar e eu posso o fazer pagar direitinho, ninguém se mete com amiga minha. – falou, eu ri.
_ Eu tenho certeza disso, Miley. – falei. _ Agora vamos, eu te conto tudo pelo caminho.  – Miley não me pareceu muito animada, mas sei que o meu “eu te conto tudo pelo caminho” surgiu efeito, pois ela saiu na frente para entrar em seu carro. Eu senti-me no banco do carona e só comecei a conversar quando ela arrancou o carro.

_ Mas você não acha que talvez ele esteja falando a verdade? – perguntou Miley.
_ Valeu pelo apoio. – falei irônica.
_ Eu não estou falando neste sentido, eu só estou tentando trazer uma hipótese. – falou ela.
_ Eu pensei sim, mas não há razão para ele ter ficado tão nervosos sobre o assunto.
_ Talvez ele tenha se sentido pressionado.
_ Ainda sim, se ele me amasse eu não vejo razão de não ficar e estudar aqui.
_ Bom, aí eu já não sei, realmente é justificativa um pouco fraca, mas...
_ Mas nada, Miley, já que é para ir pra longe eu prefiro me afastar. Eu não vou ficar sofrendo ou chorando por um garoto mais uma vez, eu prometi que jamais faria isto novamente. – falei segura, mesmo estando com um aperto no coração.
_ Você tá tentando enganar a mim ou é só um ensaio para mostrar aos outros que você não esta sentindo nada.
_ Miley!
_ Serio, Demi, você ama ele e é claro que você esta sofrendo.
_ Ele não precisa saber disso, ok?! – falei um pouco exaltada. Miley riu.
_ Converse com ele, Demi. – disse ela. _ termine as coisas de melhor maneira. - Calei-me. Não iria discutir com mais ninguém por hoje.



_ Demi! – cumprimentou-me Hanna feliz, sentada em uma cadeira de rodas.
_ Olá Hanna. – cumprimentei-a abaixando-me para lhe dar um abraço forte, meu coração estava despedaçado. O que eu fiz com minha amiga? Como que ela ainda tinha coragem de ficar feliz por me ver?
_ Você está tão bem, Demi. – disse ela.
_ É. – falei, sorrindo de canto. Meus olhos ardiam, eu queria chorar.
_ A hora de chorar já acabou na semana do acidente, agora não há mais necessidade. – falou ela, humorada.
_ Mas eu não tinha te visto ainda. – falei com a voz embargada. Eu não tinha coragem de olhar em seus olhos.
_ Eu sei. – falou ela compreensiva.
_ E você ainda fica feliz em me ver.
_ Você é minha amiga.
_ Uma péssima amiga.
_ Demi. Olha pra mim. – tentei obedece-la, mas eu mal conseguia manter meu olhar no seu por mais de que dois segundos. _ Eu te conheço, eu sabia que você não viria. – falou ela. _ Eu senti sua falta e no fundo eu queria que você viesse, mas eu te conheço há anos e sei como você é, você não viria. – falou dando de ombros.
_ Isso é horrível.
_ Eu duvido que você não pensou em mim em nenhum momento. – falou ela, tocando em minha mão. Eu sorri fraco.
_ Eu senti sua falta, até mesmo dos seus momentos de chata. – ela riu.
_ Eu também senti sua falta. – falou ela. Só aí eu tive coragem para olha-la e vi um sorriso sincero em sua face.
_ Me desculpa. – pedi.
_ Só se você me promoter não deixar mais o Travis dirigir novamente. – falou rindo. Ri junto.
_ Tudo bem, eu prometo. – falei e lhe dei outro abraço.


Acabei passando maior parte do dia na casa de Hanna, agora ela voltaria a morar com seus pais que lhe ajudariam a se readaptar a vida fora do hospital, eles não pareciam chateados comigo, apesar da mãe de Hanna ter falado por varias vezes sobre as situações de risco que os jovens de hoje em dia se põem só para um pouco mais de adrenalina, no fundo eu sabia que ela estava me mandando indiretas. Como se eu já não tivesse aprendendo por conta própria.
Miley também ficou comigo e até seu irmão, Trace, apareceu por lá, e o mais incrível, ele estava totalmente sóbrio. Acredite, pra Trace não há hora nem lugar para se beber, se ele não estiver dormindo é hora de encher a cara de álcool.


Quando cheguei a meu apartamento o sol já tinha se posto. Encontrei Joe conversando no telefone, na sala, com a TV ligada no jornal. Assim que ele me viu chegando ele desligou a ligação.

_ Como que foi lá? – perguntou.
_ Bem. – respondi. Ficamos em silêncio por um tempo. _ Joe. – ele me olhou. _ Nos precisamos conversar.

                CONTINUA...



Capítulo postado, espero que tenham gostado. E aí o que vocês acham que vai acontecer nessa conversa, eles vão melhorar ou vão piorar? O que será que o Joe esta escondendo? Façam suas apostas.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss




Kika & Paty: Que isso, não há necessidade de pedir desculpas, o importante é que você continua acompanhando a fic, muito obrigada por comentar. Bjsss

ThaahLovatic: Sabia que você me deu uma ótima ideia? Não tinha pensado nisso, mas posso dizer que algumas das suas ideias foram bem legal, fique tranquila que se eu usar eu ponho crédito, ok? :D Muito obrigada por comentar. Bjsss.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

30º CAPITULO “Qual caminho seguir” – Aprendendo a Amar



_ Então sim, vamos. – respondeu e sorriu para mim. Naquele momento eu percebi que eu não poderia ter feito melhor escolha, Joe era o melhor para mim, e juntos enfrentaríamos meu pai. Se não quisermos, ele não pode.


Minha cozinha parecia ter saído de uma verdadeira guerra de comida, não que não tivesse acontecido uma, só será bem difícil de limpa-la depois.

_ Espero que as panquecas tenham ficado boas. – disse Joe.
_ Claro que ficou, nós dois fizemos. – falei convencida.
_ É isso que me preocupa. – falou divertido. Eu ri e lhe dei um tapa na barriga.

Naquele dia eu acordei e insisti a Joe para me ensinar a fazer as mesmas panquecas que ele fez no primeiro dia. No começo tudo parecia que ia dar certo, até o meu primeiro erro, nada muito grave, eu só exagerei na hora de colocar o sal, nada que Joe não conseguisse resolver depois, aumentando muito a quantidade dos outros ingredientes.

Mãos sujas de farinha, um coloca farinha na ponta do nariz de outro, o outro retribui, aí o outro retribui sujando mais, o outro faz o mesmo e assim começa festa. Resultado, eu terei que comprar farinha da próxima vez que for ao supermercado, e leite também, graças a Joe que deixou cair no chão a maior parte da embalagem, talvez eu deva colocar ovos na lista também, já que eu devo ter quebrado uns quatro ovos tentando quebra-los sem deixar que a casaca caísse na mistura, terminou que Joe teve um trabalho a mais tirando a casca dos quatro ovos no meio da massa, quebrar ovos não é comigo. O que me serve de consolo, é que na hora de colocar na frigideira tudo ocorreu perfeitamente bem.

_ Primeiro você. – falei.
_ Porque primeiro eu? – perguntou Joe desconfiado.
_ Se estiver ruim só você vai ter experimentado. – falei humorada.
_ Engraçadinha. – rimos. _ Se estiver ruim você vai comer tudo sozinha e eu farei outras para mim. – disse.
_ Não sei como. – falei olhando em volta. Joe acompanhou meu olhar, se mesmo sem ele ter nada, eu sei que ele concordou.



Ultimamente já esta ficando comum na minha vida.
Não há espaço para paz ou alegria duradoura.
O dia estava passando bem, eu tinha acabado de fazer minha seção de fisioterapia e estava me sentindo bem melhor, não tinha mais dificuldade em andar e nem mesmo lembro-me da última vez que senti dor por ficar de pé por muito tempo. Tenho certeza que em pouco tempo me livrarei deste gesso na minha perna e estarei livre para andar de um lado para o outro sem nenhuma preocupação. Isso me deixa feliz e triste, pois sei que minha recuperação significa que Joe não será mais meu enfermeiro, irá para a Inglaterra e eu o perderei.

Joe e eu havíamos combinado de sair hoje mais à tarde, para poder comemorar um mês de namoro, sim, um mês, é até mesmo difícil de crer que o tempo passou tão rápido.
Eu estava ansiosa com essa data, eu sentia que com Joe as coisas seriam diferentes, que não haveria a mesma decepção que eu tive da ultima vez. Eu só queria estar sempre ao seu lado. Se eu pudesse impedir que ele fosse para Inglaterra... Bom, talvez eu possa...


Quando o porteiro anunciou seu nome no interfone senti meu coração gelar, sabia que não seria boa coisa, ela já deveria estar sabendo que eu estava do lado do meu pai.
Joe abraçou-me forte e me deu um beijo calmo, passando-me confiança. Ela bateu na porta e eu abri, entrou sem sorrisos, nem se quer um cumprimento, a primeira coisa que falou foi para Joe nos deixar sozinhas, ela de nada se parecia com a mulher que chegou com um vestido lindo para mim há pouco tempo atrás.
Ela olhou para o apartamento e que logo viu a bagunça da cozinha fez careta, ela sentou-se na cadeira da sala de estar e cruzou as pernas, nenhuma palavra foi dita.
Ela estava arrumada, usava a típica roupa de uma empresaria que se vê nos filmes gravados em Nova York, terninho, saia e salto alto pretos, e uma blusa simples por baixo do terninho, branca, nada muito comum para ela, Dianna sempre foi um pouco exagerada, algumas vezes até perua, cores fortes, saltos bem altos, batom vermelho que chama a atenção por onde passa.

_ Me responda apenas sim ou não. – ela começou dizendo, sua voz era raivosa, o que me assustou. _ Alguma vez eu já levantei a mão para te agredir? – perguntou.
_ Não. – respondi.
_ E seu pai?
_ Sim. – falei, e sentei-me no sofá, o mais afastado possível de minha mãe.
_ Você realmente acha que Madison ficará melhor ao lado de seu pai? – perguntou alterando o tom de sua voz. Hesitei. _ Responda! – gritou.
_ Eu não sei.
_ Você não sabe? – perguntou alterada, ela começou a ficar vermelha de raiva. _ Mas ainda sim você não hesitou em ir defender o seu pai, não é?!
_ Eu não tive escolha. – tentei defender-me. Do jeito que Dianna falava eu comecei a me sentir culpada, parecia que eu estava condenando a minha irmã a eternidade no inferno. Tudo bem que meu pai não era santo, está longe de ser um pai, mas Dianna tampouco está perto de ser uma mãe.
_ E desde quando você não tem escolhas? Você sempre fez o que quis. – acusou-me.
_ Eu não vou prejudicar o Joe. – revelei. Dianna me olhou com o olhar de reprovação.
_ Eu conheço pessoas importantes dentro de Yale, eu posso mandar uma carta de recomendação a eles, duvido que Joe não consiga uma bolsa lá. Ele estudaria medicina e não necessitaria de sair do país. – falou ela. _ Você ainda tem essa chance, Demi. – hesitei em dar uma resposta. Porque eu nunca tinha pensado nisso? Seria ótimo, não é? Joe ficaria do meu lado. _ O lugar da Madison não é do lado de seu pai, e se você gosta tanto desde Joe, que ele fique ao seu lado também. – disse tentando se mostrar bem ao dizer, porém eu percebi que o nome do Joe saiu de sua boca com dificuldade, deixando claro que, apesar de estar aceitando, repudia o nosso namoro. _ A maioria das provas que tenho contra seu pai, não está a meu dispor, os empregados daquela casa sabem muito bem o que ele faz e o que é capaz de fazer, porém nenhum deles irá para o meu lado sabendo que perderão o emprego e Eddie pode ser bem maligno quando quer. – falou, do que ela queria dizer ao usar a palavra ‘maligno’? Havia algo sobre o meu pai da qual eu desconheço? _ Você seria a minha maior aliada. – falou ela. Olhei em seus olhos e pela primeira vez ela parecia sincera.
_ Me responda apenas uma coisa. – pedi.
_ Sim... – me incentivou a começar a perguntar.
_ Você quer que eu fique do seu lado pela Madison ou pelo dinheiro que ela trará para você? – perguntei.
_ É muito mais que isso Demetria...
_ Só me responda. – pedi. Eu queria uma resposta sincera, eu tinha a esperança que pela primeira vez ela demonstrasse amor pelas filhas, nem que fosse fingindo.
_ Apesar de tudo, eu sou mãe de vocês duas. – falou ela. _ O lugar da Madison não é naquela casa. – tornou a dizer.
_ Eu só queria uma resposta. – falei decepcionada. Nem mesmo mentir ela foi capaz, nada que pudesse me comover a mudar para seu lado. Olhei para Dianna e ela estava com o olhar triste.
_ Esta é sua resposta final? – perguntou ela, se levantando.
_ Talvez sim. – falei, sem olha-la diretamente.
_ Então até sexta-feira, Demetria. – despediu-se.
_ Até sexta-feira. – falei.


Nenhum dos lados havia me convencido e cada um tinha sua proposta irrecusável e em apenas dois dias eu teria que sair do muro e decidir por qual caminho seguir.

                CONTINUA...



Depois de tanto tempo parada, voltei \o/ Os capítulos agora começarão a ficar mais tensos e decisivos, talvez até um pouco maiores, espero que vocês gostem, e sobre o último post eu já tenho ideia do que eu vou fazer eu apenas esperarei o fim da enquete para dar-lhes o veredito final. Muito obrigada por tudo galera.
Não se esqueçam de comentar/avaliar

Desculpem-me, não responderei os comentários hoje, mas li todos e agradeço. Aos próximos prometo responder J

bjssss