E esse algo
estava a acontecer dentro da escola, uma multidão de curiosos estavam na porta
da escola a olhar para dentro, já estávamos na calçada e não dava para ver
muito, mas logo pude ver os policiais saindo e junto a eles, sendo levamos como
criminosos estavam Travis, Taylor e Drew, todos olhavam chocados com a cena, os
populares, riquinhos e indestrutíveis da escola estavam sendo presos como
qualquer um. Mesmo sem sabe o que aconteceria a seguir eu sentia na alma, meu
pesadelo estava no fim.
Todos estavam atônitos, Travis, o filho do
grande empresário de imóveis, Taylor, o filho maior banqueiro do país e Drew o
filho do técnico do maior time de basquete de Los Angeles, sendo levados,
algemados, pelos policiais.
_ Foi você? –
perguntei a Joe.
_ Ficar denunciando
somente ao direto jamais adiantaria. – falou. Sua fala indiretamente respondeu
minha pergunta, sim, Joe havia denunciado Travis e seus amigos a policia.
_ Você não devia ter
se ariscado tanto. – condenei-o, estava sendo difícil enfrentar Travis, mas
aquela não seria a primeira vez que eu passava por isso e este seria meu ultimo
ano, ele não precisava fazer isso por mim, fora que se a policia o liberasse
logo descobriria que era Joe que o havia denunciado e não iria perdoa-lo.
_ Talvez eu não
devesse, mas eu precisava. – disse me olhando.
(...)
Quando chegamos em
casa uma outra surpresa me esperava, Patrick estava lá sóbrio e fazia a torta
de legumes que Maddie gostava. Enquanto Madison foi trocar de roupa, eu fiquei
na sala junto a ele.
_ O que você esta
tentando fazer? – perguntei seria.
_ Estou fazendo uma
torta. – respondeu.
_ Eu não estou falando
disso. – falei irritada.
_ Eu não sei do que
você esta falando então. – falou olhando-me, eu sabia que isso era mentira, ele
sabia muito bem do que eu estava falando, só queria esquivar desse assunto.
_ Ontem você, pela
primeira vez na minha vida, me chamou de Demi, até agora não me chamou por
aqueles apelidos que tanto me faz mal, você esta sóbrio... Aonde você quer
chegar com isso? – perguntei.
_ A lugar nenhum Demi.
– respondeu. _ Você não se sente satisfeita nunca? Se eu sou um péssimo pai
reclama, se eu tento ser um bom pai reclama também. – falou. Estranhei o fato
de ele saber que era um péssimo pai.
_ Eu só quero saber o
porquê dessa mudança? Qual a vantagem que você esta tirando com esse teatrinho
de bom pai? – senti que ele ficou incomodado com a pergunta.
_ Eu só estou
tentando. Posso? – perguntou. Posso estar enganada, mas eu pude ver em seu
olhar que ele estava sendo sincero, não sei o motivo da mudança, nem se ela
seria duradoura, mas ele estava sendo sincero e naquele momento só aquilo me
importava. Fiquei em silencio. _ Olha Demi, eu não posso te garantir que amanhã
você vai me ver da mesma maneira, mas... – ele não conseguiu terminar, eu
realmente não sabia aonde ele iria chegar, mas torcia para que essa tentativa
de mudança fosse duradoura.
(...)
O dia estava sendo
perfeito, Joe veio para minha casa, ele estava preocupado comigo.
Joe, assim como os
outros, não sabia como me ajudar na questão da alimentação, mas pelo menos ele
não me pressionava a nada, respeitava quando eu dizia que não queria comer, ele
claramente queria que eu comesse junto a ele, mas entendia que começar a me
obrigar não adiantaria em nada.
Ele ficou até um pouco
depois que Dallas chegou, ela, assim como eu, ficou surpresa de ver nosso pai
tão bem.
_ Ele parece estar
tentando mudar realmente. – comentei com ela.
_ Talvez ele esteja
com medo. – falou.
_ De ser expulso? –
perguntei.
_ A policia da nossa
cidade está cada vez mais convencida que nosso pai foi o culpado do ataque ao
shopping. – respondeu.
_ Você acha que pode
ter sido ele? – perguntei, essa ideia me assustava, sei que nos últimos anos
ele se mostrou ser um monstro, mas eu não queria acreditar que ele chegara a
tanto.
_ Não sei, mas ontem,
enquanto nossos pais brigavam, foi nossa mãe tocar nesse assunto e ele
desmoronou. – falou. _ Eu não posso culpa-lo sem provas, mas ele esta envolvido
nessa historia, alguma coisa ele fez. – assegurou.
(...)
Desde então se passou
uma semana, meu pai se mantinha melhor, ainda não o dava muita confiança, mas
era obvio que ele tinha mudado, Joe passava todas as tardes comigo, Travis,
Drew e Taylor haviam sido presos por trafico de drogas, não era de se duvidar
que os pais deles ficassem doidos com essa historia, contrataram os melhores
advogados para defendê-los, mas estava difícil, pois os policiais acharam
dinheiro e drogas nos pertences deles, não tiveram como fugir, com tudo isso eu
estava melhorando, parei de vomitar, não que eu ainda não tivesse vontade, mas
Joe ao meu lado me dava força para não faze-lo, eu comecei a comer mais, umas
ou duas refeições pequenas por dia, pode parecer pouco ou insuficiente para
alguns, mas para mim já era um sinal de que eu estava melhor, porem, por mais
que eu queria, eu sei que não passarei muito mais que isso, eu ainda me acho
gorda, ainda acho que o fato de estar comendo me faz mal, mas também sei que é
necessário, e assim despreocupo Joe, minha mãe e Dallas.
_ Meninas, eu preciso
falar com vocês. – falou nossa mãe, se direcionando a mim e a Dallas, já era
tarde da noite e Maddie já dormia, Patrick já se ajeitava no sofá, estávamos
conversando na mesa. Nossa mãe parecia
seria, seja lá qual fosse o assunto não seria boa coisa. Ela se sentou perto de
nós, respirou fundo e começou a falar. _ Eu preciso que vocês se preparem, e
que preparem a Maddie... – não entendemos o que ela estava querendo dizer,
esperávamos pela continuação, mas parecia que ela tinha dificuldades em falar o
que estava acontecendo.
_ Preparar para que? –
incentivou Dallas.
_ O pai de vocês... A
policia do nosso estado tem certeza que foi ele o culpado do ataque ao
shopping, Dona Lucia me ligou e disse que ele esta sendo dado como foragido pelos
noticiários de lá, logo essa noticia chegará aqui, eu não terei como fugir, eu
posso escondê-lo aqui por enquanto, mas quando Paul descobrir jamais irá
permitir que eu continue com isso. – pela primeira vez percebi que minha mãe
ainda sentia algo por nosso pai. Dallas e eu ficamos em choque, nosso pai era
um assassino? _ Maddie ficará arrasada. – comentou com um olhar triste.
_ Você já falou com
ele? – perguntou Dallas. Minha mãe fez que “não” com a cabeça. _ Ele já deve
estar adivinhando, eu percebi que ele mudou, talvez esteja querendo se redimir
do mal que fez.
_ Você vai
denuncia-lo? – perguntei.
_ Eu não sei,
denunciar seria o certo a se fazer, ele matou, ele tem que pagar... Mas ele é
pai de vocês... Ele é o homem que eu... Amei – falou com dificuldade a ultima
palavra. Apertou-me o coração vê-la naquele estado.
_ Não demorará muito
para que isso caia no conhecimento de todos. – falou Dallas. _ Talvez amanhã
mesmo todas já fiquem sabendo. – estávamos as três abaladas, o que fazer?
Denunciar ou não? Como nos preparar? Como dizer a Maddie? O que dizer a Maddie?
(...)
Domingo à tarde,
Dallas e Maddie brincavam na piscina, eu estava com um short e uma blusa
regata, sentada na beirada da piscina, apenas com os pés dentro dela, o dia
estava quente.
Mesmo estando na parte
de fora da casa, se pôde escutar o barulho da campainha, quem que que fosse estava
apressado para ser atendido, apertava a campainha sem parar.
_ Já vai. – pôde-se
escutar o grito de minha mãe. Pouco tempo depois se pode escutar o barulho de
algo sendo quebrado. Dallas saiu da piscina prontamente, Maddie já ia atrás
dela.
_ Fique ai com Maddie.
– ordenou-me. Tentei segurar Maddie, mas a pequena correu, fui atrás dela,
quando chegamos na sala vi Paul tentando atacar meu pai, Kevin, Nick e Joe o
seguravam, Denise tentava o acalmar, minha mãe e Patrick estavam sem entender
nada, assim como eu, Dallas e Maddie.
_ Você sabe Dianna? Você
sabe o que este homem fez? – perguntava Paul, nervoso.
_ Acalme-se Paul,
acalme-se – repetia Denise, sem parar, na tentativa de acalma-lo, mas que era
em vão.
_ Demi leve a Maddie
para cima. – ordenou Dallas.
_ Vamos Maddie. –
peguei-a, mas ela se negou a ir.
_ Maddie vai! –
ordenou minha mãe.
_ O que esta
acontecendo? Porque eu não posso ficar? – perguntava a pequena.
_ Nos precisamos
conversar Maddie. E você não pode participar dessa conversa. – falou Patrick,
calmo, ela se aproximou dele, o que deixou Paul mais irritado.
_ Porque não?
_ É conversa de
adulto. – respondeu.
_ Isso é injusto. –
ela pressentia que algo ia acontecer. Falado isso ela correu para a parte de
cima da casa, fui atrás dela, mas ao chegar à frente do seu quarto percebi que
ela havia trancado a porta.
_ Maddie, abra a
porta, por favor. – pedi.
_ Não! Vá participar
da sua conversa de adulto. – falou, pela voz percebia-se que ela chorava. Dallas
também havia subido logo após a mim.
_ Dallas abre a porta.
– pedi, lembrando-me do “talento” que ela tinha de abrir portas.
_ É melhor não,
deixe-a. – falou.
_ Ah ela você deixa
né?
_ Demi, não começa! É
melhor descermos e tentar acalmar os ânimos de Paul. – a contra gosto acabei
concordando.
_ Paul eu não sei do
que você esta falando. – falou minha mãe.
_ Ah não sabe? Pois tu
Dianna, dormes com um assassino! – gritou Paul. Todos se silenciaram, Paul não
ameaçava atacar meu pai mais, porem Joe, Nick e Kevin ainda estavam perto dele,
receosos, preparados para interferir. Patrick abaixou a cabeça, ele estava
escorado no sofá.
_ Aonde você viu isso?
– perguntou minha mãe.
_ No jornal, mostrou
uma foto dele e falou no nome dele, em alto e bom som. – respondeu _ Mas fique
tranquila, ligarei para a policia agora. – falou.
_ Calma Paul, vamos
conversar primeiro. – falou Dianna.
_ Que foi? Vai
defendê-lo? Dianna pense em suas filhas. – alertou ele.
_ É pensando nelas que
peço para que acalmar-se – falou ela, que agora começava a falar aumentar o
volume da voz. _ Como que eu vou dizer a Maddie isso? Como Paul? – fez-se um
silencio Paul também não sabia como resolver esse problema. _ Ela o ama. –
falou agora olhando para Patrick, que nesse momento já estava com olhos cheios
de lagrima. Eles se entreolharam por alguns segundos. _ Você fez tudo de
errado, enquanto você pode errar você errou, mas você é o pai delas, você por
anos foi meu marido, o homem que eu entreguei minha vida. – falou.
_ Desculpa. –
sussurrou Patrick, mas mesmo assim todos puderam escutar.
_ Desculpas? É isso?
Você tá pedindo desculpa? Você matou pessoas! – gritou Paul.
_ Eu sei! Eu sei! Eu
errei! Eu errei com a Dianna, eu errei com a Demetria, eu errei com a Dallas,
eu errei com Madison, eu errei com o mundo! – disse desesperado. _Eu sei!
_ Dizer que errou
pedir desculpas não pagará as lagrimas dos que tiveram que enterrar seus
parentes, que ao contrario de você, eram pessoas de bem. – falou Paul, que até
agora o tinha tratado bem, mas que desde que chegou aqui, hoje, o olhava com
cara de desprezo.
_ Eu pagarei pelo que
fiz, não estou negando, nem dizendo que apenas falar me libertará de minhas
culpas... – falou Patrick.
_ É, não vai mesmo, você
vai ter que ir a policia e eu não saio daqui sem você. – falou Paul, decidido a
prender meu pai.
_ Eu vou. – prometeu Patrick.
_ Mas não hoje. Eu preciso de um tempo. Eu só te peço um tempo. Um tempo para a
despedida.
CONTINUA...
Capitulo postado, espero
que gostem. Já aviso que o próximo capito, provavelmente, só será postado no
domingo, não poderei entrar no computador antes desse dia, o bom é que até lá
já terei decidido se terá outra fic ou não.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsssssss
Juh Lovato: De nada linda. Na verdade eu comecei a ler
desde “A garota americana”, mas eu estou adorando tanto que leio vários capítulos
por dia, então acho que eu não devo demorar tanto para começar acompanhar. Pelo
menos por enquanto o Travis não vai poder fazer nada (kkk). Postado espero que
tenha gostado. Obrigada por comentar. Bjsss
ownnnnnt ... vc ta lendo do inicio =))) tudo bem !!! espero que goste !
ResponderExcluire o capítulo está perfeitooooooooo ! muito mesmo !! OMG , se ferrou PATRICK ! kkkkkk
posssta logoo , bjssss linda
Adorei o capitulo!
ResponderExcluirPosta logo.
Bjs :)