Hoje completa um ano da morte de Cory, sem duvidas é uma perda que eu nunca superarei, mas me conformo em saber que, se existe um céu, ele estará lá, olhando por nós, pois ele agora não é só o nosso canadense grandão, baterista, atrapalhado, que não sabia dançar, hoje ele é nosso anjo.
Eu sempre tentei ser o mais perto de responsável e
educada possível. Meus pais sempre se orgulharam em poder gabar para os outros
pais o fato de que eu nunca cheguei bêbada em casa e que nunca os dei muito
trabalho do tipo: passar a noite fora de casa, repetência, envolver-me com
drogas... Eu nunca fiz isso me sentindo obrigada, na verdade eu sempre me senti
bem em ser boa. Eu sou aquela menina que em todo encontro com amigos dos pais
escuta aquela frase: “Continue assim, filha que honra pai sempre recebe muitas
graças de Deus.”.
Meu maior pecado
havia sido começar a namorar Jacob, ele não era realmente uma má pessoa, mas
Joe nunca gostou dele, não posso dizer que minha mãe e meu pai eram a favor do
nosso namoro, mas eles eram permissíveis na medida do possível.
O que irrita tanto a todos era o fato de ele ser
lutador, apesar da maioria dos lutadores profissionais serem até pacíficos fora
dos Ringues, Jacob sempre foi nervosinho, fora e dentro de uma luta. Falar com
ele nem sempre era uma tarefa fácil.
No fundo entendo a preocupação de todos, eles tinham
medo que um dia Jacob se descontrolasse e descontasse sua raiva em mim. Eu não
posso te dizer que isso também não me assustava, muitas vezes eu ficava com
medo quando discutíamos, mas Jacob nunca me atacou nem nada, ele sempre se
controlou bem, ele sempre foi o mais delicado possível dentro natural
brutalidade. No final das contas era apenas preocupação exagerada. Jacob era o
melhor que tinha acontecido em minha vida, talvez ele fosse minha graça.
Irônico, o meu presente de Deus é justamente o meu maior pecado.
Eu relia as ultimas mensagens que havíamos trocado, a
hesitação dele em me responder minha última pergunta era uma afirmação para
mim, ele não queria aceitar minha proposta, tudo teria que ser da sua maneira.
“Nós
já tínhamos falado sobre isso Selena” – respondeu-me por fim.
“Eu
sei.” “mas eu não quero passar o natal longe da minha família” – contrapus.
“Você
sabe que eu organizei tudo para irmos embora hoje”
“Você
pode ir, olhar tudo, ver se é como prometeram” – falei. “O natal é depois de
amanhã, são só dois dias”.
“Se
você tiver desistido, tudo bem” – eu sabia que ele estava mentindo, ele queria
isso mais que eu.
“Claro
que não, eu quero sim, eu só quero me despedir direito, não quero estragar o
natal da minha família, você sabe como essa data é importante para nós”.
“10
da noite, dia 26, eu vou estar te esperando na esquina, se você não aparecer,
não terá outra oportunidade.” – apesar de eu saber que essa mensagem tinha sido
enviada em um momento de raiva, e que provavelmente ele esmurrou a tela do
celular para escrever essa mensagem, eu não pude deixar de sorrir, eu tinha
conseguido o que eu queria no final das contas.
Sai do meu quarto e fui para a sala, eu vivi quase
toda minha vida por estas paredes, bom, talvez quase toda seja um exagero, mas foram os melhores 6 anos da minha
vida, nunca me dei muito bem em Londres, o lugar é lindo, mas sempre fui meio
zero a esquerda, aos treze anos consegui acumular apenas uma amizade, que nem
era uma amizade de verdade, eu era mais aquela
garota que só é chamada quando não tem ninguém mais. Ainda me lembro de
quando meu pai falou que viria para Nova Iorque, ele juntou toda família na
nossa mesa, ainda me lembro de como todos ficavam apertados naquela casa
geminada, todos estavam alegres, mas quando ele deu a notícia todos se
silenciaram, foram minutos sem nenhuma palavra ser dita, todos estavam tristes,
todos menos eu. Eu não sabia como seria em Nova Iorque, queria conhecer e tal,
mas nunca sonhei em mudar para cá, porém, naquele momento, meu desespero por
uma mudança era tão grande que eu aceitaria qualquer lugar que ele dissesse. Quando
cheguei por aqui, a primeiro momento pensei que minha tormenta apenas tinha
mudado de endereço, que tudo continuaria da mesma maneira, mas as pessoas
começaram a se aproximar de mim, as vezes era para zoar meu sotaque, outras
vezes era para saber como era Londres, no final acabei fazendo amizade e foi aí
que descobri minha paixão por modelagem.
Quando comecei a sonhar em ser modelo, meus pais me
apoiaram imediatamente. Todos pareceram bem animados no começo, mas aí todos os
agentes sempre falavam alguma coisa: “Você tem que ser mais alta” “Você tem que
emagrecer” “Seus dentes precisam estar mais brancos”. Foram dois anos
complicados, fiz vários tratamentos para os dentes, me enfiem em todos os
esportes que meu tempo deixava, e foi também quando fiquei neurótica pela minha
alimentação, diminui a quantidade de tudo o que comia, não comia nada sem olhar
as calorias, até que passei uma semana a base de água e chá, foi aí que meus
pais bateram o pé e proibiram de continuar com meu sonho de modelagem,
lembro-me de ter brigado e insistido em continuar, mas quando em uma as minhas
aulas de vôlei eu desmaiei e fui parar no hospital, tomando soro na veia por
dois dias e tendo psicólogos entrando em meu quarto e cogitando a ideia de me
levar para uma clinica de reeducação alimentar, que percebi que talvez fosse
melhor eu parar. Eu queria emagrecer e queria entrar no padrão que eles tanto
queriam, eu não tinha problemas com comida, eu amo comer, eu sou capaz de comer
uma pizza de 8 pedaços sozinha, eu estava sofrendo para sobreviver com tão
pouco. Então eu parei com as dietas loucas, mas ser modelo nunca saiu da minha
cabeça. Nem meus pais, nem meu irmão, sabem, mas eu já fiz alguns testes depois
daquele acontecimento, eu até fui chamada a um deles, mas não fui por medo, mas
agora, eu novamente tinha sido chamada para outra agencia, essa era uma muito melhor
e a proposta era inacreditável, eu não podia perder mais essa oportunidade.
_ Sonhado acordada? – perguntou minha mãe. Eu sorri
para ela.
_ Não, só estou olhando a casa. – ela olhou-me
desconfiada.
_ Olhando a casa. – confirmou. _ Vou fazer Brownie. –
falou.
_ Oba! Adoro Brownie. Quer ajuda? – perguntei.
_ Se você quiser lavar o que eu sujar. – falou rindo,
fiz careta.
_ Acho melhor eu deixar quieto. - falei.
_ Qualquer coisa eu estarei na cozinha. – disse.
_ Tudo bem. – ela saiu logo e eu comecei a andar, não
sei por quanto tempo ela estava lá, mas deve ter sido estranho me ver olhando
que nem uma idiota para a parede. Mas era incrível, aquelas paredes tinham
tanto para contar, após 6 anos no mesmo lugar eu não me importava mais com seus
detalhes, mas agora parecia que tudo voltava a ser como vê-la pela primeira
vez. Pequena casa e apenas um andar, com uma cozinha, uma sala, três quartos,
um banheiro e uma lavanderia. Isso é tudo, nunca houve uma reforma, do jeito
que entramos ela está. Os mesmo quartos com papeis de paredes em tons pastel,
dos quais eu nunca gostei, mas acabei me acostumando, o mesmo piso de carpete,
que hoje contem manchas aqui e ali, o mesmo jardim da frente pequeno e sem nada
além de grama, a mesma cozinha apertada, a mesma sala com três janelas
desnecessárias, deixando pouca parede para os moveis, a mesma garagem que cabe
apenas dois carros, o que me impediu de comprar o meu, já que Joe é mais velho
e tirou a carteira primeiro, o jardim pequeno que não tinha nenhuma decoração,
sua cerca de arame era tão anti-privativa,
que quase nunca íamos para o jardim. Era tudo tão simples, mas tão meu.
Quando percebi, eu novamente estava parada olhando
tudo com certa nostalgia precipitada. Eu estava encostada na quina da parede
que divide o corredor, que dá para o banheiro, os quartos e a lavanderia, da
sala.
Eu já estava até preparada para ir à cozinha, (talvez
ajudar a minha mãe não fosse uma má ideia) quando Joe entra estressado, batendo
a porta e se jogando no sofá derrotado. Eu não sei qual era o novo caso que ele
estava investigando, mas seja lá qual, o estava deixando louco.
_ Tenho autorização para saber sobre a investigação ou
essa é uma daquelas tão secretas que nem mesmo eu posso saber. – falei me
aproximando dele e sentando no sofá a seu lado.
_ É complicado. – falou.
_ Percebo. – Joe havia saído cedo, mal tinha tomado o
café da manhã, e chegara só agora, já era quatro da tarde, ele deveria estar
cansado e pela sua feição, também estava frustrado.
_ Eu estou com o caso da minha vida bem em minhas
mãos, e tenho um empata pistas no meu pé. – falou.
_ E quem é esse empata
pistas.
_ A pessoa que me contratou.
_ Homem ou mulher?
_ Mulher.
_ Fácil, seduz ela, não é isso que você faz com todas?
– sugeri, eu sempre achei isso um nojo, mas eu já tinha me conformado, meu
irmão era um pegador barato, sempre disposto a uma transa sem compromisso.
_ Ela é noiva. – respondeu.
_ E desde quando você tem essa ética?
_ Ela não é qualquer uma. – ok, eu estou realmente escutando isso?
_ Todas que
um dia caíram em sua lábia estão se jogando no chão de inveja. – comentei e ele
deu aquele riso safado que sempre dá.
_ Eu não
tenho culpa se me amam.
_ Ah, então
é isso, você encontrou uma que foi capaz de resistir ao seu charme. – conclui,
talvez seja esse o seu estresse, perceber que algumas mulheres podem ser imunes
ao seu charme.
_ O assunto
é serio Selena. – falou. _ Eu estou em busca de um assassino. – olhou-me. Não
havia nenhum tom de brincadeira em sua voz e nenhum sorrisinho safado em sua
face.
_ Ela já
procurou a polícia por acaso? – quem era ela para colocar meu irmão em busca de
um assassino? E se meu irmão corresse perigo ao aceitar tal trabalho?
_ A polícia
qualifica o caso como suicido, porém ela acredita que tenha sido um assassinato
e quer que eu busque provas, o problema é que todos os suspeitos que eu achei
são íntimos ou tem algum tipo de relação, mesmo que distante, dela, e ela não
aceita nenhum nome. É como se eu estivesse andando rumo a direção certa, mas
estivesse alguém me puxando para trás.
_ Legal.
_ Legal?
_ Diz para
ela que não vai querer o caso. Você é detetive, mas nunca fez nada como caçar um assassino, e se ela está te
atrapalhando assim é apenas um sinal, esse caso não é para você.
_ Você escutou a parte de que esse é o caso da minha vida?
_ Você escutou a parte de que você está atrás de um assassino? Pode ser perigoso, se matou um,
nada impede que te mate também, Joe.
_ Selly, não pira.
_ Eu digo isso várias vezes para você quando se trata
de eu ser modelo.
_ Mas você já viu a merda que deu da última vez.
_ E você já apanhou na rua de um marido que descobriu
que foi você que o investigou para a mulher.
_ Eu não fui a um hospital por causa disso.
_ Foi sim.
_ Eu não fiquei dois dias internada.
_ Você ficou três dias.
_ Os médicos não queriam me internar em uma
reabilitação.
_ Pois deveriam ter te mandado para o hospício. –
cruzei meus braços, furiosa, porque ele sempre tinha que ganhar a discussão?
_ Nossa que ácida. – disse, me zoando, fazendo voz de
menininha. Eu acabei rindo da sua imitação, se tinha uma coisa que não
combinava com Joe era ser gay, sei lá, já estou tão acostumada com ele sendo um
garanhão...
_ Você já foi menos ridículo.
_ Ui que louca. – falou, mexendo os braços, feito uma
Drag Queen. Eu acabei gargalhando.
_ Sério Joe, isso não combina com você. – falei já sem
ar.
_ Que Joe, sua louca. – deu-me um tapinha, cruzou sua
perna e fez um biquinho. _ Meu nome é Joana.
_ Ok, agora isso ficou bem estranho. – falei, mas ri
do mesmo jeito.
_ Ficou mesmo. – falou ele já se recompondo de maneira
rápida.
_ Mas foi bem legal Joana.
_ Eu já voltei a ser o Joe. O Joseph. – deixou claro.
_ Você sempre será minha Joana.
_ Acho que não foi uma boa ideia. – falou claramente
se arrependendo.
_ Claro que foi Joana. – continuei zoando.
_ Eu vou voltar a te chamar de Selineura. – falou,
relembrando do apelido que ele me deu quando eu comecei a fazer minhas dietas
malucas, naquela época eles ainda não tinham ideia do que ia acontecer, então
foi tudo uma piada que acabou mal.
_ Por mim tudo bem Joana.
_ Tudo bem Selineura.
_ Tudo bem Joana. – ficamos em silêncio por um tempo,
meio que rindo de nós mesmo, nem parecemos os mesmo que nos odiávamos a uns
anos atrás. _ Manda sua lista de
suspeitos para ela, deixe que ela mesma leia, se ela não concordar pelo menos
você não vai sair tão estressado.
_ Boa ideia Selineura.
_ Eu sei Joana.
...
Ah! O Brownie da minha mãe, acredite se quiser, a
primeira vez que eu comi um Brownie na minha vida, foi em Nova Iorque, me
apaixonei tanto que lembro-me de ter obrigado a minha mãe a aprender a fazer
também, e sinceramente? Minha mãe tinha aprendido a fazer com perfeição.
_ Você já comprou o presente da mamãe? – sussurrou Joe
ao meu lado, atrapalhando-me na minha viagem
dos sabores ao delicia-me com o meu terceiro pedaço de Brownie.
_ Não. – falei de primeira, mas logo depois vi a
gravidade. _ Eu não comprei. – arregalei os olhos.
_ Você podia comprar o meu também né? Eu te dou o
dinheiro. – falou.
_ Somos péssimos filhos.
_ Nem me diga.
_ Eu nem sei o que comprar pra ela. – falei. _ Já dei
tanta bolsa e roupa que nem mais cabe no armário dela.
_ Que tal mudar para sapatos? – perguntou sem muita
confiança.
_ Dois sapatos? – perguntei, mamãe não era muito fã de
sapato, então um já seria de bom grado.
_ Uma panela?
_ Você está querendo apanhar? – perguntei. _ Eu estou
pronta para bater.
_ O que você sugere?
_ Sei lá, talvez um colar simples? Ou...
_ Ou?
_ Ok, eu dou um vestido e você um sapato?
_ Nada de colar?
_ Papai fica com as joias.
_ acha que ele vai acertar?
_ Não. – ele
sempre erra. _mas você pode dar umas dicas.
_ E porque não você?
_ Porque eu já vou ter que sair no frio, com as ruas
lotadas, para poder comprar os presentes.
_ Mas eu vou ter que pagar pelos presentes.
_ Só o seu. – falei orgulhosa.
_ E com qual dinheiro você vai pagar o seu? Você não
trabalha.
_ Eu tenho minhas economias.
_ E como você conseguiu essas economias? – perguntou desconfiado.
Eu consegui tirando fotos na seção ‘moda’
de uma revista para garotas adolescentes, do qual você é preconceituoso demais
para se quer pensar em tocar, quando passar por uma banca de rua.
_ Todo aniversario eu ganho dinheiro de alguém, venho
juntando desde o primeiro. – menti, sempre gastei tudo dois dias depois de
ganhei. _ Agora dá para eu comer meu Brownie em paz? – perguntei.
_ À-vontade. – disse.
Já era noite, todos estavam sentados assistindo mais
um episódio de The Voice, cada um torcendo pelo seu, todos empanturrados de brownie
até o último fio de cabelo, ninguém falava nada, apenas havia o som da TV
ligada.
_ Ah não! Não acredito que ele vai sair. – disse minha
mãe desolada.
_ Mãe, alguém tem que sair. – disse Joe obvio.
_ Mas já tem tão poucos, podiam deixar ele.
_ O programa já acaba na próxima semana, e se
dependesse de você todos os candidatos ainda estariam no programa.
Sinto meu celular vidrar.
“Já
deu o papel para seu pai assinar?” – era Jacob.
_ Você só esta assim porque você estava torcendo para
ele. – disse Joe, se direcionando a meu pai, não sei que parte da conversa eu
tinha perdido enquanto lia a mensagem.
_ Não era só eu que estava torcendo para ele, sua mãe
também.
_ Mamãe torce para todo mundo...
“Ainda não.”
“O
cara que vai falsificar a assinatura vai vir amanhã cedo. Você tem que parar de
enrolar” – respondeu sem pestanejar.
“Eu
sei, eu vou fazer isso.”
“Desculpa
te pressionar, mas ele vai vir aqui só pra isso, se não tiver nada para fazer
vou perder a moral com ele.”
“Eu
sei.” “Mas tem certeza que vai dar certo?”.
“Claro
que vai, o documento que eu te mandei parece profissional e o cara sabe copiar
uma assinatura que é uma beleza.”
“Se
formos pegos eu não quero nem pensar no que vai acontecer.”
“Eu
nunca fui pego Sel, e não vai ser agora que serei.”
“Eu
vou mandar ele assinar assim que eu estiver sozinha com ele.”
“Tem
certeza que você vai conseguir isso ainda hoje, não vai?”
_ Selena? – olhei para meu pai, que me chamava, todos
olhavam para mim. _ Hey. – ele riu. _ Com quem você está conversando tão distraída.
– com meu ex-namorado, que não é
ex-namorado, planejando a minha fuga?
_ Com a Ana.
_ Ah, a Ana,
acho tão lindo a amizade de vocês duas, manda um beijo para ela. – falou minha
mãe feliz.
_ Claro.
“Vou sim.” – respondi a ele.
“Você está fazendo certo
Selly, quando você estiver nas passarelas do mundo inteiro, você vai ver o quão
orgulhosos eles estarão, nem vão lembrar-se disso.” – confortou-me.
_ Ela mandou outro para você. – minha mãe sorriu.
_ Combina com ela de vir aqui, já faz tempo que vocês
não se encontram. – disse.
_ Nós vamos combinar sim. – falei.
“Eu sei.” – respondi. Mas na
verdade eu não sabia.
...
_ Pai, posso falar com o senhor? – perguntei timidamente,
Joe e mamãe já estavam sem seus quartos, se preparando para dormir, meu pai já
até estava de pijama, aqueles listrados, que quase todo velho tem.
_ Claro. – sorriu gentilmente. Meu pai nem sempre foi
assim, um distribuidor de sorrisos, só depois que quase perdeu sua vida que ele
ficou assim, feliz, valorizando cada momento que tinha, nunca pensei que um
acontecimento tão triste pudesse fazer uma diferença tão grande em uma pessoa.
_ O que quer? – perguntou.
_ Tem como o senhor assinar esse papel para mim? –
perguntei, entregando-o o papel e a caneta, ele começou a ler a folha, e eu
engoli o seco.
_ Você vai fazer moda? – perguntou. _ Nunca pensei que
era isso que você queria.
_ Não é. – respondi e me arrependi logo depois, ele me
olhou um pouco constrangido. _ Já que eu não posso modelar, pelo menos posso
fazer roupas para as modelos. – falei, tentando sair do constrangimento.
_ Ah querida. – compadeceu-se. _ Você vai ver que é o
melhor para você. – falou, encostou a folha na parede e a assinou-a. Antes de
entregar-me a folha, novamente ele sorriu. _ Esse curso vai te fazer bem filha,
quem sabe você gosta tanto que próximo ano resolve que vai fazer faculdade de
moda?
_ E você iria gostar disso?
_ Claro que sim, eu deixaria você renovar meu armário
inteiro. – disse e me abraçou.
_ Obrigada pai. – segurei meu choro ainda em seu
abraço. Como eu sentiria falta deste abraço.
_ Obrigada por ser minha pequena. – disse ele. E aí eu
não segurei. Comecei a chorar. _ Selena, você esta bem? – perguntou ele
percebendo meu choro.
_ Eu estou bem. – falei. _ Por favor. – solucei. _ Não
me solte.
Continua
Capítulo de hoje
postado, amanhã minhas aulas voltam, então não sei quando voltarei a postar, já
que essa primeira semana vai ser semana de prova e eu confesso que nem toquei
nos meus cadernos nessas férias... Estão assistindo o jogo de hoje? Para quem
estão torcendo?
Comentam/avaliem
Bjssss
Carine: Mais
um capítulo na visão dela, e aí? Gostou? No próximo capítulo terá mais
suspeitos, quem sabe você desconfie de mais alguém... Muito obrigada por
comentar. Bjsss
Kika: Vou
postar sim, você já tem apostas? Próximo capítulo aparecerão novos suspeitos...
Muito obrigada por comentar. Bjsss
Fabíola:
kkkkkkkk pois é, Demi cabeça dura, mas deve estar sendo difícil para ela, pois
a maioria dos suspeitos são pessoas que ela estima.... Mas quem sabe ela dá uma
chance? Posso dizer que Joe não vai deixar ela desistir tão fácil assim não. Muito
obrigada por comentar. Bjsss
Diana: Te
entendo completamente, eu também estou assim, pode perceber que estou comentando
muito menos no seu blog, quase nunca apareço, mas eu vou sempre tentar aparecer
lá. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Amei o capitulo *.*
ResponderExcluirAinda tenho as minhas dúvidas em relação aos suspeitos, acho que vou esperar para ver...
Boa sorte para o começo das aulas :)
Posta assim que puderes
Bjs
Eu prefiro os capítulo narrado pela Demi ou pelo Joe!! Mais adorei esse capítulo! Selena nunca toda jeito =/
ResponderExcluirPosta mais!!
Fabíola Barboza :*
Desculpa Nanda.Também esqueci de comentar nos blogs.
ResponderExcluirNem no meu blog eu já tenho paciência para postar sem ter comentários...
Mas quero tentar me actualizar.
Em breve faço um comentário com mais conteúdo.Vi que vai ter Nelena também (e eu gosto até de Nelena!) por isso, vou tentar me atualizar assim que puder.
Beijos.
Oi Nanda! Eu também peço desculpa pelo meu desaparecimento. Estou descontente com o Blogger. Não tenho tido comentários e tenho deixado de comentar nos blogs que sigo. Só comento no blog da Diana porque vejo sempre na página do Facebook dela o link dos capítulos e passo uns minutos a ler e a comentar.Excluindo isso já não faço nada no blogger.
ResponderExcluirSe puder divulgar o meu blog eu agradecia. Pode não ajudar mas pelo menos uma ou outra pessoa pode contribuir para o número de visualizações.
Sério que já faz 1 ano sem o Cory?!O tempo passa tão rápido :(
Em breve tento me actualizar no seu blog e faço um comentário melhor.
Beijos :)