domingo, 13 de julho de 2014

7. Não me solte – The Big Apple

 

Hoje completa um ano da morte de Cory, sem duvidas é uma perda que eu nunca superarei, mas me conformo em saber que, se existe um céu, ele estará lá, olhando por nós, pois ele agora não é só o nosso canadense grandão, baterista, atrapalhado, que não sabia dançar, hoje ele é nosso anjo.







Eu sempre tentei ser o mais perto de responsável e educada possível. Meus pais sempre se orgulharam em poder gabar para os outros pais o fato de que eu nunca cheguei bêbada em casa e que nunca os dei muito trabalho do tipo: passar a noite fora de casa, repetência, envolver-me com drogas... Eu nunca fiz isso me sentindo obrigada, na verdade eu sempre me senti bem em ser boa. Eu sou aquela menina que em todo encontro com amigos dos pais escuta aquela frase: “Continue assim, filha que honra pai sempre recebe muitas graças de Deus.”.
Meu maior pecado havia sido começar a namorar Jacob, ele não era realmente uma má pessoa, mas Joe nunca gostou dele, não posso dizer que minha mãe e meu pai eram a favor do nosso namoro, mas eles eram permissíveis na medida do possível.
O que irrita tanto a todos era o fato de ele ser lutador, apesar da maioria dos lutadores profissionais serem até pacíficos fora dos Ringues, Jacob sempre foi nervosinho, fora e dentro de uma luta. Falar com ele nem sempre era uma tarefa fácil.
No fundo entendo a preocupação de todos, eles tinham medo que um dia Jacob se descontrolasse e descontasse sua raiva em mim. Eu não posso te dizer que isso também não me assustava, muitas vezes eu ficava com medo quando discutíamos, mas Jacob nunca me atacou nem nada, ele sempre se controlou bem, ele sempre foi o mais delicado possível dentro natural brutalidade. No final das contas era apenas preocupação exagerada. Jacob era o melhor que tinha acontecido em minha vida, talvez ele fosse minha graça. Irônico, o meu presente de Deus é justamente o meu maior pecado.

Eu relia as ultimas mensagens que havíamos trocado, a hesitação dele em me responder minha última pergunta era uma afirmação para mim, ele não queria aceitar minha proposta, tudo teria que ser da sua maneira.

                “Nós já tínhamos falado sobre isso Selena” – respondeu-me por fim.
                “Eu sei.” “mas eu não quero passar o natal longe da minha família” – contrapus.
                “Você sabe que eu organizei tudo para irmos embora hoje”
                “Você pode ir, olhar tudo, ver se é como prometeram” – falei. “O natal é depois de amanhã, são só dois dias”.
                “Se você tiver desistido, tudo bem” – eu sabia que ele estava mentindo, ele queria isso mais que eu.
                “Claro que não, eu quero sim, eu só quero me despedir direito, não quero estragar o natal da minha família, você sabe como essa data é importante para nós”.
                “10 da noite, dia 26, eu vou estar te esperando na esquina, se você não aparecer, não terá outra oportunidade.” – apesar de eu saber que essa mensagem tinha sido enviada em um momento de raiva, e que provavelmente ele esmurrou a tela do celular para escrever essa mensagem, eu não pude deixar de sorrir, eu tinha conseguido o que eu queria no final das contas.

Sai do meu quarto e fui para a sala, eu vivi quase toda minha vida por estas paredes, bom, talvez quase toda seja um exagero, mas foram os melhores 6 anos da minha vida, nunca me dei muito bem em Londres, o lugar é lindo, mas sempre fui meio zero a esquerda, aos treze anos consegui acumular apenas uma amizade, que nem era uma amizade de verdade, eu era mais aquela garota que só é chamada quando não tem ninguém mais. Ainda me lembro de quando meu pai falou que viria para Nova Iorque, ele juntou toda família na nossa mesa, ainda me lembro de como todos ficavam apertados naquela casa geminada, todos estavam alegres, mas quando ele deu a notícia todos se silenciaram, foram minutos sem nenhuma palavra ser dita, todos estavam tristes, todos menos eu. Eu não sabia como seria em Nova Iorque, queria conhecer e tal, mas nunca sonhei em mudar para cá, porém, naquele momento, meu desespero por uma mudança era tão grande que eu aceitaria qualquer lugar que ele dissesse. Quando cheguei por aqui, a primeiro momento pensei que minha tormenta apenas tinha mudado de endereço, que tudo continuaria da mesma maneira, mas as pessoas começaram a se aproximar de mim, as vezes era para zoar meu sotaque, outras vezes era para saber como era Londres, no final acabei fazendo amizade e foi aí que descobri minha paixão por modelagem.
Quando comecei a sonhar em ser modelo, meus pais me apoiaram imediatamente. Todos pareceram bem animados no começo, mas aí todos os agentes sempre falavam alguma coisa: “Você tem que ser mais alta” “Você tem que emagrecer” “Seus dentes precisam estar mais brancos”. Foram dois anos complicados, fiz vários tratamentos para os dentes, me enfiem em todos os esportes que meu tempo deixava, e foi também quando fiquei neurótica pela minha alimentação, diminui a quantidade de tudo o que comia, não comia nada sem olhar as calorias, até que passei uma semana a base de água e chá, foi aí que meus pais bateram o pé e proibiram de continuar com meu sonho de modelagem, lembro-me de ter brigado e insistido em continuar, mas quando em uma as minhas aulas de vôlei eu desmaiei e fui parar no hospital, tomando soro na veia por dois dias e tendo psicólogos entrando em meu quarto e cogitando a ideia de me levar para uma clinica de reeducação alimentar, que percebi que talvez fosse melhor eu parar. Eu queria emagrecer e queria entrar no padrão que eles tanto queriam, eu não tinha problemas com comida, eu amo comer, eu sou capaz de comer uma pizza de 8 pedaços sozinha, eu estava sofrendo para sobreviver com tão pouco. Então eu parei com as dietas loucas, mas ser modelo nunca saiu da minha cabeça. Nem meus pais, nem meu irmão, sabem, mas eu já fiz alguns testes depois daquele acontecimento, eu até fui chamada a um deles, mas não fui por medo, mas agora, eu novamente tinha sido chamada para outra agencia, essa era uma muito melhor e a proposta era inacreditável, eu não podia perder mais essa oportunidade.

_ Sonhado acordada? – perguntou minha mãe. Eu sorri para ela.
_ Não, só estou olhando a casa. – ela olhou-me desconfiada.
_ Olhando a casa. – confirmou. _ Vou fazer Brownie. – falou.
_ Oba! Adoro Brownie. Quer ajuda? – perguntei.
_ Se você quiser lavar o que eu sujar. – falou rindo, fiz careta.
_ Acho melhor eu deixar quieto. - falei.
_ Qualquer coisa eu estarei na cozinha. – disse.
_ Tudo bem. – ela saiu logo e eu comecei a andar, não sei por quanto tempo ela estava lá, mas deve ter sido estranho me ver olhando que nem uma idiota para a parede. Mas era incrível, aquelas paredes tinham tanto para contar, após 6 anos no mesmo lugar eu não me importava mais com seus detalhes, mas agora parecia que tudo voltava a ser como vê-la pela primeira vez. Pequena casa e apenas um andar, com uma cozinha, uma sala, três quartos, um banheiro e uma lavanderia. Isso é tudo, nunca houve uma reforma, do jeito que entramos ela está. Os mesmo quartos com papeis de paredes em tons pastel, dos quais eu nunca gostei, mas acabei me acostumando, o mesmo piso de carpete, que hoje contem manchas aqui e ali, o mesmo jardim da frente pequeno e sem nada além de grama, a mesma cozinha apertada, a mesma sala com três janelas desnecessárias, deixando pouca parede para os moveis, a mesma garagem que cabe apenas dois carros, o que me impediu de comprar o meu, já que Joe é mais velho e tirou a carteira primeiro, o jardim pequeno que não tinha nenhuma decoração, sua cerca de arame era tão anti-privativa, que quase nunca íamos para o jardim. Era tudo tão simples, mas tão meu.
Quando percebi, eu novamente estava parada olhando tudo com certa nostalgia precipitada. Eu estava encostada na quina da parede que divide o corredor, que dá para o banheiro, os quartos e a lavanderia, da sala.

Eu já estava até preparada para ir à cozinha, (talvez ajudar a minha mãe não fosse uma má ideia) quando Joe entra estressado, batendo a porta e se jogando no sofá derrotado. Eu não sei qual era o novo caso que ele estava investigando, mas seja lá qual, o estava deixando louco.

_ Tenho autorização para saber sobre a investigação ou essa é uma daquelas tão secretas que nem mesmo eu posso saber. – falei me aproximando dele e sentando no sofá a seu lado.
_ É complicado. – falou.
_ Percebo. – Joe havia saído cedo, mal tinha tomado o café da manhã, e chegara só agora, já era quatro da tarde, ele deveria estar cansado e pela sua feição, também estava frustrado.
_ Eu estou com o caso da minha vida bem em minhas mãos, e tenho um empata pistas no meu pé. – falou.
_ E quem é esse empata pistas.
_ A pessoa que me contratou.
_ Homem ou mulher?
_ Mulher.
_ Fácil, seduz ela, não é isso que você faz com todas? – sugeri, eu sempre achei isso um nojo, mas eu já tinha me conformado, meu irmão era um pegador barato, sempre disposto a uma transa sem compromisso.
_ Ela é noiva. – respondeu.
_ E desde quando você tem essa ética?
_ Ela não é qualquer uma. – ok, eu estou realmente escutando isso?
_ Todas que um dia caíram em sua lábia estão se jogando no chão de inveja. – comentei e ele deu aquele riso safado que sempre dá.
_ Eu não tenho culpa se me amam.
_ Ah, então é isso, você encontrou uma que foi capaz de resistir ao seu charme. – conclui, talvez seja esse o seu estresse, perceber que algumas mulheres podem ser imunes ao seu charme.
_ O assunto é serio Selena. – falou. _ Eu estou em busca de um assassino. – olhou-me. Não havia nenhum tom de brincadeira em sua voz e nenhum sorrisinho safado em sua face.
_ Ela já procurou a polícia por acaso? – quem era ela para colocar meu irmão em busca de um assassino? E se meu irmão corresse perigo ao aceitar tal trabalho?
_ A polícia qualifica o caso como suicido, porém ela acredita que tenha sido um assassinato e quer que eu busque provas, o problema é que todos os suspeitos que eu achei são íntimos ou tem algum tipo de relação, mesmo que distante, dela, e ela não aceita nenhum nome. É como se eu estivesse andando rumo a direção certa, mas estivesse alguém me puxando para trás.
_ Legal.
_ Legal?
_ Diz para ela que não vai querer o caso. Você é detetive, mas nunca fez nada como caçar um assassino, e se ela está te atrapalhando assim é apenas um sinal, esse caso não é para você.
_ Você escutou a parte de que esse é o caso da minha vida?
_ Você escutou a parte de que você está atrás de um assassino? Pode ser perigoso, se matou um, nada impede que te mate também, Joe.
_ Selly, não pira.
_ Eu digo isso várias vezes para você quando se trata de eu ser modelo.
_ Mas você já viu a merda que deu da última vez.
_ E você já apanhou na rua de um marido que descobriu que foi você que o investigou para a mulher.
_ Eu não fui a um hospital por causa disso.
_ Foi sim.
_ Eu não fiquei dois dias internada.
_ Você ficou três dias.
_ Os médicos não queriam me internar em uma reabilitação.
_ Pois deveriam ter te mandado para o hospício. – cruzei meus braços, furiosa, porque ele sempre tinha que ganhar a discussão?
_ Nossa que ácida. – disse, me zoando, fazendo voz de menininha. Eu acabei rindo da sua imitação, se tinha uma coisa que não combinava com Joe era ser gay, sei lá, já estou tão acostumada com ele sendo um garanhão...
_ Você já foi menos ridículo.
_ Ui que louca. – falou, mexendo os braços, feito uma Drag Queen. Eu acabei gargalhando.
_ Sério Joe, isso não combina com você. – falei já sem ar.
_ Que Joe, sua louca. – deu-me um tapinha, cruzou sua perna e fez um biquinho. _ Meu nome é Joana.
_ Ok, agora isso ficou bem estranho. – falei, mas ri do mesmo jeito.
_ Ficou mesmo. – falou ele já se recompondo de maneira rápida.
_ Mas foi bem legal Joana.
_ Eu já voltei a ser o Joe. O Joseph. – deixou claro.
_ Você sempre será minha Joana.
_ Acho que não foi uma boa ideia. – falou claramente se arrependendo.
_ Claro que foi Joana. – continuei zoando.
_ Eu vou voltar a te chamar de Selineura. – falou, relembrando do apelido que ele me deu quando eu comecei a fazer minhas dietas malucas, naquela época eles ainda não tinham ideia do que ia acontecer, então foi tudo uma piada que acabou mal.
_ Por mim tudo bem Joana.
_ Tudo bem Selineura.
_ Tudo bem Joana. – ficamos em silêncio por um tempo, meio que rindo de nós mesmo, nem parecemos os mesmo que nos odiávamos a uns anos atrás.  _ Manda sua lista de suspeitos para ela, deixe que ela mesma leia, se ela não concordar pelo menos você não vai sair tão estressado.
_ Boa ideia Selineura.
_ Eu sei Joana.


...



Ah! O Brownie da minha mãe, acredite se quiser, a primeira vez que eu comi um Brownie na minha vida, foi em Nova Iorque, me apaixonei tanto que lembro-me de ter obrigado a minha mãe a aprender a fazer também, e sinceramente? Minha mãe tinha aprendido a fazer com perfeição.

_ Você já comprou o presente da mamãe? – sussurrou Joe ao meu lado, atrapalhando-me na minha viagem dos sabores ao delicia-me com o meu terceiro pedaço de Brownie.
_ Não. – falei de primeira, mas logo depois vi a gravidade. _ Eu não comprei. – arregalei os olhos.
_ Você podia comprar o meu também né? Eu te dou o dinheiro. – falou.
_ Somos péssimos filhos.
_ Nem me diga.
_ Eu nem sei o que comprar pra ela. – falei. _ Já dei tanta bolsa e roupa que nem mais cabe no armário dela.
_ Que tal mudar para sapatos? – perguntou sem muita confiança.
_ Dois sapatos? – perguntei, mamãe não era muito fã de sapato, então um já seria de bom grado.
_ Uma panela?
_ Você está querendo apanhar? – perguntei. _ Eu estou pronta para bater.
_ O que você sugere?
_ Sei lá, talvez um colar simples? Ou...
_ Ou?
_ Ok, eu dou um vestido e você um sapato?
_ Nada de colar?
_ Papai fica com as joias.
_ acha que ele vai acertar?
_ Não. – ele sempre erra. _mas você pode dar umas dicas.
_ E porque não você?
_ Porque eu já vou ter que sair no frio, com as ruas lotadas, para poder comprar os presentes.
_ Mas eu vou ter que pagar pelos presentes.
_ Só o seu. – falei orgulhosa.
_ E com qual dinheiro você vai pagar o seu? Você não trabalha.
_ Eu tenho minhas economias.
_ E como você conseguiu essas economias? – perguntou desconfiado. Eu consegui tirando fotos na seção ‘moda’ de uma revista para garotas adolescentes, do qual você é preconceituoso demais para se quer pensar em tocar, quando passar por uma banca de rua.
_ Todo aniversario eu ganho dinheiro de alguém, venho juntando desde o primeiro. – menti, sempre gastei tudo dois dias depois de ganhei. _ Agora dá para eu comer meu Brownie em paz? – perguntei.
_ À-vontade. – disse.



Já era noite, todos estavam sentados assistindo mais um episódio de The Voice, cada um torcendo pelo seu, todos empanturrados de brownie até o último fio de cabelo, ninguém falava nada, apenas havia o som da TV ligada.
_ Ah não! Não acredito que ele vai sair. – disse minha mãe desolada.
_ Mãe, alguém tem que sair. – disse Joe obvio.
_ Mas já tem tão poucos, podiam deixar ele.
_ O programa já acaba na próxima semana, e se dependesse de você todos os candidatos ainda estariam no programa.
Sinto meu celular vidrar.
                “Já deu o papel para seu pai assinar?” – era Jacob.
_ Você só esta assim porque você estava torcendo para ele. – disse Joe, se direcionando a meu pai, não sei que parte da conversa eu tinha perdido enquanto lia a mensagem.
_ Não era só eu que estava torcendo para ele, sua mãe também.
_ Mamãe torce para todo mundo...
               
“Ainda não.”
                “O cara que vai falsificar a assinatura vai vir amanhã cedo. Você tem que parar de enrolar” – respondeu sem pestanejar.
                “Eu sei, eu vou fazer isso.”
                “Desculpa te pressionar, mas ele vai vir aqui só pra isso, se não tiver nada para fazer vou perder a moral com ele.”
                “Eu sei.” “Mas tem certeza que vai dar certo?”.
                “Claro que vai, o documento que eu te mandei parece profissional e o cara sabe copiar uma assinatura que é uma beleza.”
                “Se formos pegos eu não quero nem pensar no que vai acontecer.”
                “Eu nunca fui pego Sel, e não vai ser agora que serei.”
                “Eu vou mandar ele assinar assim que eu estiver sozinha com ele.”
                “Tem certeza que você vai conseguir isso ainda hoje, não vai?”
_ Selena? – olhei para meu pai, que me chamava, todos olhavam para mim. _ Hey. – ele riu. _ Com quem você está conversando tão distraída. – com meu ex-namorado, que não é ex-namorado, planejando a minha fuga?
_ Com a Ana.
_ Ah, a Ana, acho tão lindo a amizade de vocês duas, manda um beijo para ela. – falou minha mãe feliz.
_ Claro.
                “Vou sim.” – respondi a ele.
                “Você está fazendo certo Selly, quando você estiver nas passarelas do mundo inteiro, você vai ver o quão orgulhosos eles estarão, nem vão lembrar-se disso.” – confortou-me.
_ Ela mandou outro para você. – minha mãe sorriu.
_ Combina com ela de vir aqui, já faz tempo que vocês não se encontram. – disse.
_ Nós vamos combinar sim. – falei.
                “Eu sei.” – respondi. Mas na verdade eu não sabia.


...


_ Pai, posso falar com o senhor? – perguntei timidamente, Joe e mamãe já estavam sem seus quartos, se preparando para dormir, meu pai já até estava de pijama, aqueles listrados, que quase todo velho tem.
_ Claro. – sorriu gentilmente. Meu pai nem sempre foi assim, um distribuidor de sorrisos, só depois que quase perdeu sua vida que ele ficou assim, feliz, valorizando cada momento que tinha, nunca pensei que um acontecimento tão triste pudesse fazer uma diferença tão grande em uma pessoa. _ O que quer? – perguntou.
_ Tem como o senhor assinar esse papel para mim? – perguntei, entregando-o o papel e a caneta, ele começou a ler a folha, e eu engoli o seco.
_ Você vai fazer moda? – perguntou. _ Nunca pensei que era isso que você queria.
_ Não é. – respondi e me arrependi logo depois, ele me olhou um pouco constrangido. _ Já que eu não posso modelar, pelo menos posso fazer roupas para as modelos. – falei, tentando sair do constrangimento.
_ Ah querida. – compadeceu-se. _ Você vai ver que é o melhor para você. – falou, encostou a folha na parede e a assinou-a. Antes de entregar-me a folha, novamente ele sorriu. _ Esse curso vai te fazer bem filha, quem sabe você gosta tanto que próximo ano resolve que vai fazer faculdade de moda?
_ E você iria gostar disso?
_ Claro que sim, eu deixaria você renovar meu armário inteiro. – disse e me abraçou.
_ Obrigada pai. – segurei meu choro ainda em seu abraço. Como eu sentiria falta deste abraço.
_ Obrigada por ser minha pequena. – disse ele. E aí eu não segurei. Comecei a chorar. _ Selena, você esta bem? – perguntou ele percebendo meu choro.
_ Eu estou bem. – falei. _ Por favor. – solucei. _ Não me solte.

Continua


Capítulo de hoje postado, amanhã minhas aulas voltam, então não sei quando voltarei a postar, já que essa primeira semana vai ser semana de prova e eu confesso que nem toquei nos meus cadernos nessas férias... Estão assistindo o jogo de hoje? Para quem estão torcendo?
Comentam/avaliem
Bjssss


Carine: Mais um capítulo na visão dela, e aí? Gostou? No próximo capítulo terá mais suspeitos, quem sabe você desconfie de mais alguém... Muito obrigada por comentar. Bjsss
Kika: Vou postar sim, você já tem apostas? Próximo capítulo aparecerão novos suspeitos... Muito obrigada por comentar. Bjsss
Fabíola: kkkkkkkk pois é, Demi cabeça dura, mas deve estar sendo difícil para ela, pois a maioria dos suspeitos são pessoas que ela estima.... Mas quem sabe ela dá uma chance? Posso dizer que Joe não vai deixar ela desistir tão fácil assim não. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Diana: Te entendo completamente, eu também estou assim, pode perceber que estou comentando muito menos no seu blog, quase nunca apareço, mas eu vou sempre tentar aparecer lá. Muito obrigada por comentar. Bjsss

4 comentários:

  1. Amei o capitulo *.*
    Ainda tenho as minhas dúvidas em relação aos suspeitos, acho que vou esperar para ver...
    Boa sorte para o começo das aulas :)
    Posta assim que puderes
    Bjs

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  2. Eu prefiro os capítulo narrado pela Demi ou pelo Joe!! Mais adorei esse capítulo! Selena nunca toda jeito =/
    Posta mais!!
    Fabíola Barboza :*

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  3. Desculpa Nanda.Também esqueci de comentar nos blogs.
    Nem no meu blog eu já tenho paciência para postar sem ter comentários...
    Mas quero tentar me actualizar.
    Em breve faço um comentário com mais conteúdo.Vi que vai ter Nelena também (e eu gosto até de Nelena!) por isso, vou tentar me atualizar assim que puder.

    Beijos.

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  4. Oi Nanda! Eu também peço desculpa pelo meu desaparecimento. Estou descontente com o Blogger. Não tenho tido comentários e tenho deixado de comentar nos blogs que sigo. Só comento no blog da Diana porque vejo sempre na página do Facebook dela o link dos capítulos e passo uns minutos a ler e a comentar.Excluindo isso já não faço nada no blogger.
    Se puder divulgar o meu blog eu agradecia. Pode não ajudar mas pelo menos uma ou outra pessoa pode contribuir para o número de visualizações.
    Sério que já faz 1 ano sem o Cory?!O tempo passa tão rápido :(
    Em breve tento me actualizar no seu blog e faço um comentário melhor.
    Beijos :)

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