Eu, novamente, não consegui dormir, mas desta vez
não era só pela tristeza do luto, desta vez também tinha ansiedade.
Eu não sei o que acontece nessas investigações, o mais
próximo de filmes que eu vi sobre isso foi o Inspetor Bugiganga, e, por motivos
óbvios, eu não acredito que aquele filme condiga com a realidade. Mas, mesmo não
tendo ideia do que aconteceria, eu não me arrependo da minha decisão, eu
realmente quero estar na investigação, eu quero poder acompanhar tudo, mas eu
não podia negar que a aproximação da hora marcada me fazia sentir com falta de
ar.
Assim que o despertador tocou acordei, revirei-me na
cama e decidi que novamente faltaria a aula, era a última semana, não havia
mais provas, apenas alguns trabalhos para serem entregues. Eu não posso dizer
que minhas notas estão ótimas, mas dá para recuperá-las no próximo semestre.
Virei-me novamente na esperança de cochilar mais um pouco, não havia muito que
eu havia conseguido cochilar um pouco, foi um alivio para meu corpo cansado, se
eu pudesse ter mais um pouco desta sensação...
_ Senhorita Demetria? – acordei com alguém me chamando
e pelo tom da voz, não era a primeira vez que me chamava. _ Senhorita Demetria?
– chamou-me novamente. Abri os olhos e vi que era Karla, me surpreendi, não era
muito comum vê-la fora da cozinha.
_ Karla?
_ Estão chamando a senhora na sala.
_ Me chamando? Quantas horas são?
_ Duas da tarde.
_ O que? – levantei-me instantaneamente. Era para ser a penas um cochilo!
Meus olhos nem mesmo tinham se acostumado direito com
a luz do dia, nem meu corpo estava totalmente desperto, ainda assim eu fiz um
esforço para começar a tirar minha camisola enquanto andava até meu armário e
pegava a primeira blusa que vi na frente.
_ Senhora? – repetia Karla. _ O que eu devo dizer para
o rapaz? – perguntou. Só depois de falar duas vezes que parei para prestar
atenção no que ela dizia.
_ Karla, que rapaz? – perguntei.
_ O rapaz que está te chamando. Porque tão literal?
_ Quem é o rapaz?
_ Não sei, ele disse que tinha um encontro marcado com
você hoje, mas que não apareceu. – respondeu. É o Joseph.
_ Ah meu Deus! – em um impulso corri para fora do meu
quarto e fui em direção para a sala de estar.
Encontrei-o de pé, meio que sem jeito, bem ao lado do
sofá. Ele me olhou e ficou parado feito uma estatua. Á primeiro momento eu
pensei que eu o tinha assustado com minha aparição desajeitada, mas logo após
percebi o que era. Eu ainda estou de
camisola.
_ Fiz mal em vir aqui? – perguntou.
_ Não, claro que não, você fez bem, me desculpa, é que
eu...
_ Dormiu mais que a cama? – concluiu o que eu não
consegui e deu um sorriso fraco.
_ É. - confirmei. Formou-se um silêncio incomodo.
_ Demi? – era Lara que surgiu do nada. _ Quem é ele? –
perguntou.
_ Eu sou...
_ Amigo de Nicholas. – interrompi-o antes que ele
falasse mais do que deveria. Lara
pareceu desconfiada e continuou olhando para ele, como se esperasse por uma
confirmação.
_ Joseph, amigo de Nicholas. – ele confirmou e
apresentou-se para um aperto de mão. Lara correspondeu o comprimento de maneira
seca e rápida, o que foi bem estranho, já que ela sempre foi receptiva e dócil,
mas tudo estava tão confuso e mudado nesses últimos dias...
_ E isso são modos? – falou olhando-me de cima a
baixo.
_ Eu já ia me trocar Lara. Mas quero leva-lo ao quarto
de Nicholas antes.
_ Eu posso fazer isso por você. – disse pegando-o pelo
braço.
_ Pode deixar que eu o levo. – falei, pondo-me na
frente deles. Lara soltou-o e olhou-me com um olhar reprovativo.
_ Logan é um bom rapaz Demetria, mas não abuse. –
disse.
_ Eu não estou fazendo nada de mal. – falei, mas ela
me apenas me ignorou saindo em direção da cozinha.
_ Isso foi bem tenso. – falou Joseph do meu lado.
Olhei-o sem saber se ficava nervosa ou se ria. No final acabei apenas pegando-o
pelo braço e puxando-o até o quarto de Nicholas.
Assim que Nicholas me viu entrando com Joseph sem seu
quarto, ele tirou seu casaco e colocou-o em mim. Hey, estamos no século 21, uma mulher de camisola não é mais
ultrajante.
_ Demi, o que é que está acontecendo?
_ Nada. – falei. Nicholas olhou para Joseph.
_ Quem é ele? – perguntou.
_ Aparentemente sou seu amigo. – falou Joseph, antes
que eu conseguisse abrir a boca.
_ Joseph, o detetive. – falei.
_ Oh. – pareceu surpreso. _ É ele? – perguntou
descrente.
_ Sim, ele. – confirmei.
_ Quantos anos você tem? – perguntou.
_ O suficiente. – respondeu Joseph, tedioso.
_ Olha, Nicholas, eu preciso me trocar, tentem não se
matar, e não deixe ele falar com a Lara. – falei e larguei-os lá, sem esperar
por alguma resposta.
Quando cheguei a meu quarto e abri meu armário tive
uma desconfortável surpresa, tudo o que eu via era vestidos, curtos ou com
decotes, para mim que sempre achei o meu armário másculo demais para uma menina que tem condições de comprar o que
quiser, era surpreendente ver que na verdade ele era completamente normal.
Olhei melhor e achei roupas normais para um dia normal, mas nada parecia
adequado.
Vestir algo chique demais para ficar em casa? Ou algo
desarrumado demais para quem está recebendo uma visita?
Acabei ficando
com a segunda opção, ele já tinha me visto de camisola, descabelada e com
remelas nos olhos, nada podia ser pior, podia?
Coloquei uma legging térmica preta, uma blusa banca de
manguinha e completei um uma blusa da Gap cinza, pois, mesmo com o aquecedor
ligado, eu ainda sentia frio.
Quando voltei ao quarto de Nicholas, os dois estavam
em completo silêncio. Nicholas estava sentado na mesa de computador, enquanto
Joseph estava encolhido no meio da bagunça, sentado no sofá de dois lugares do
quarto.
_ Vamos? – perguntei sorrindo. Joseph se levantou
prontamente, parecendo bastante aliviado com minha chegada. Nicholas também se
levantou.
_ Posso falar com você Demetria? – perguntou. Demetria. Lá vem bronca. _ A sós. –
completou e olhou para Joseph, que timidamente se retirou e ficou esperando na
porta.
Aproximei-me de Nicholas e ele me olhou serio antes de
começar a falar.
_ Despeça esse cara. – disse.
_ Nicholas, qual é o seu problema?
_ O meu problema é que não há como ele conseguir
resolver este caso.
_ Você nem o conhece. – contrapus, mesmo sabendo que
eu também não o conhecia.
_ Perdi o interesse no momento em que ele falou “A madrasta da Demetria é muito gostosa para
uma mulher mãe de dois filhos.” – imitou-o irritado. Nicholas tem uma qualidade
que eu sempre admirei em um homem, um respeito enorme pelas mulheres. Ele
jamais assoviaria para uma mulher na rua e a chamaria de ‘gostosa’ ou ‘gatinha’
ou qualquer outra coisa que pudesse constrangê-la, e, jamais, em hipótese
alguma, mandaria uma mulher ir lavar roupa ou falaria que mulher só pode
‘dirigir’ fogão. Ele é tipo aquele cara em que machistas chamam de bixa ou
boiola, mas também é o tipo de cara que eu acho mais machão. O comentário de
Joseph sem duvidas foi uma ofensa para Nicholas, pois Lara não era qualquer
uma, ela é da família, isso o atingia em dobro.
_ Eu vou falar com ele sobre isso.
_ Eu posso arranjar outro detetive, bem mais
confiável. – falou e deu uma rápida olhada para Joseph que continuava na porta
me esperando. _ E bem mais educado.
_ Se ele der mais uma mancada eu dispenso ele. – falei
sem muita vontade. Não sei porque, mas no fundo eu queria que Joseph resolvesse
o caso. Eu sei que no primeiro encontro que tive com ele pensei o mesmo que
Nicholas: Ele não é capaz de resolver um caso como esse. Mas eu estava tão
ansiosa por tudo que resolvi que o melhor a se fazer era dar uma chance, afinal
de contas, como ele iria provar que era capaz se ninguém desse uma chance?
_ Promete?
_ Prometo. – respondi. Nicholas não pareceu tão
satisfeito, mas eu sabia que ele tinha cedido. _ Ele não deve ser tão ruim
assim, eu tive recomendações. – falei.
_ Se você falar que foi uma mulher que o recomendou,
eu juro que vomito. – apenas olhei para ele, sem dizer nada e ele fingiu que ia
vomitar, entendendo meu silêncio como um sim.
_ Para de ser bobo Nicholas. – falei rindo.
_ Vê se toma cuidado. – falou e deu outra breve olhada
da Joseph, que continuava do mesmo jeito.
_ Eu sempre me cuido. – respondi.
_ Aqui é o escritório. – falei abrindo a porta, Joseph
entrou, mas não deu muitos passos, apenas o suficiente para que eu pudesse
fechar a porta atrás dele. _ Onde ele morreu. – completei, ao vê-lo observando
a mancha de sangue no tapete.
_ Porque não tiraram o tapete? – perguntou.
_ Tiraram para lavar. – falei e fui até seu lado. _
Mas Lara pediu para que voltassem com ele, queria que tudo continuasse em seu
devido lugar. – falei. Era difícil para eu entrar ali. Os policiais não haviam
deixado que eu subisse ao apartamento enquanto o corpo dele estava aqui, mas
infelizmente fui bombardeada com fotos dele morto na internet e TV, por mais
que eu tentasse fugir, sempre tinha alguém que me fazia lembrar esta tragédia
em minha vida.
_ Pretendem fazer deste o santuário dele? – perguntou.
_ Não. – respondi. _ Eu nem sei o que vai acontecer
com esse apartamento. – Joseph me olhou sem entender o que eu quis dizer. _
Lara pretende mudar para a casa da praia amanhã. – respondi sua pergunta não
perguntada.
_ Você vai também? – perguntou preocupado.
_ Não. – respondi com um aperto no coração. _ Pelo
menos não sem ter uma resposta sobre a morte do meu pai. – completei.
_ Então é melhor começarmos. – disse.
_ É.
Eu e Joseph nos sentamos no sofá de couro falso
marrom, que fica no canto do escritório, logo ao lado da estante de bebidas. –
é, aparentemente é crucial para grandes empresários ter um copo de Uísque
sempre a mão. – ele pegou um bloquinho de notas e uma caneta. No bloquinho
havia várias coisas escritas, segurei-me para não ler.
_ Vamos
começar pelo principal. – falou. _ Pela lista de suspeitos.
_ Ok.
_ Eu fiz algumas pesquisas...
_ Você realmente está interessado no caso não é? Fez
pesquisas, veio até aqui porque eu faltei ao encontro. – falei interrompendo-o
e me arrependendo logo após.
_ Eu precisava fazer uma pesquisa para ver que não era
um caso perdido e... – hesitou. _ Eu sabia que você queria muito isso, sua
falta não seria por um motivo bobo, por isso te procurei aqui.
_ E no final das contas foi porque eu dormi demais.
_ Você não parece ter dormido muito ultimamente, você
ter dormido a mais hoje não é um erro tão grave. – falou.
_ Como você sabe que eu não tenho dormido muito
ultimamente?
_ Me desculpe, mais isso não é muito difícil de
perceber. – ótimo, todo mundo pode ver
minhas olheiras.
_ Como você descobriu onde moro?
_ Essa foi a parte mais fácil. – falou. _ Fora que seu
endereço nunca foi muito secreto. – completou. _ Mas alguma pergunta?
_ Não, me desculpe.
_ Sempre problemas. – disse e olhou para o bloquinho
em sua mão. _ Edgar Loveslen. – disse.
_ O senhor Loveslen? Não.
_ Ele é o segundo dono do Banco, ele poderia muito bem
querer ser o dono de todo o banco, e a morte do seu pai pode tornar isso uma
tarefa bem fácil e lucrativa.
_ Claro que não, ele podia muito bem negociar com meu
pai.
_ A morte do seu pai fez com que os investidores
ficassem receosos, o banco vale muito menos agora do que antes, ninguém sabe
quem será o novo líder e até que um nome seja declarado o banco pode entrar em
falência, Loveslen tem nome no mercado, e ele é um gênio, ele pode comprar o
banco por um terço do que ele vale hoje e pode fazer com que o banco cresça
tanto quanto cresceu com seu pai. Seria uma jogada de mestre e muito lucrativa.
_ Eu me recuso acreditar que ele tenha feito um plano
tão... – eu não conseguia nem terminar a frase.
_ Ele estava na festa? – perguntou Joseph.
_ Eu... – hesitei. _ Não me lembro de tê-lo visto. Mas
isso não significa nada. – Joseph me olhou como se eu estivesse errada. _ Ele
estava no velório.
_ Isto também não significa nada. – falou.
_ Ele não matou meu pai.
_ Você realmente quer tirá-lo da lista?
_ Sim. – respondi sem pestanejar.
_ Tudo bem. – ele riscou seu nome do bloquinho. _ Juan
Gaus.
_ Ele foi o antigo motorista doo meu pai, ele não iria
matar ele, foram anos de serviço.
_ Juan sofreu um acidente no carro do seu pai. –
tentou justificar-se.
_E meu pai pagou pela recuperação dele.
_ Foi um braço quebrado.
_ Meu pai pagou o gesso que usaram nele.
_ Ele processou o seu pai e seu pai ganhou, ele quase
foi deportado de volta para o México.
_ Ele queria processar meu pai sendo que ele que tinha
culpa, ele bateu o carro por estar em alta velocidade e ele estava usando o
carro fora da hora de serviço.
_ Ele alegou que as alegações de seu pai eram falsas.
_ Mas a pericia comprovou que ele estava em alta
velocidade.
_ Ele acredita que a pericia foi comprada e que era
falsa.
_ Não tem como um pericia ser fraudada. – contrapus já
nervosa.
_ Você está alegando o mesmo que ele agora. – falou
com uma voz calma que só me irritou mais ainda.
_ É diferente. – gritei. _ O velocímetro do carro
travou na hora da batida, está lá, a velocidade do carro, era muito acima do
que a rodovia permitia.
_ Não é diferente Demetria. – a tranquilidade em sua
voz era a chama da minha raiva. _ A pólvora está na mão de seu pai, toda bala
deixa um pequeno rastro de pólvora na mão do atirador quando é disparada. –
parou de falar e olhou para mim, eu sentia meu sangue correr por todo o meu
corpo, meu coração acelerado de raiva.
_ Talvez ele seja um suspeito a se levar em conta. –
falei, o mais calma que consegui. Joseph ignorou meu nervosismo e apenas fez um
‘V’ ao lado do nome de Juan.
_ Linda Devonne. – ok,
esse cara é doido.
_ Você sabe que ela é minha avó, não sabe? –
perguntei, respirando fundo.
_ Sei. – disse apenas.
_ Sogra do meu pai.
_ Ex-sogra. – corrigiu-me. Continuei a tentar me
controlar em silêncio. _ Ela odeia seu pai... Odiava.
_ Ela não seria capaz de mata-lo.
_ Ela o culpa da morte da sua mãe. E em uma entrevista
jurou vingança.
_ Foi no calor do momento.
_ Ela jurou vingança em uma entrevista feita há um
ano, a sua mãe morreu há 19 anos... Não foi no calor do momento.
_ Ela já tem quase 90 anos, deve estar acabada, como
ela mataria um homem?
_ Você não vê muito ela, não é? – perguntou. Ah sei lá, a última vez que eu vi ela eu
tinha o que? Dois anos de idade... Claro que eu não a vejo muito.
_ Isso faz alguma diferença?
_ Eu não sei o que ela toma, mas até onde eu sei,
mesmo estando com 82 – deu grande
ênfase a sua idade. E daí se não sei a
idade dela? Eu não disse 90, eu disse quase
90. _ Ela está com uma saúde invejável. E parece que além da aposentadoria,
ela ganha uma mesada do seu pai, ela teria condições de contratar alguém mais
jovem.
_ Você acha que ela contratou um matador de aluguel?
_ É uma hipótese.
_ Eu não sei, ela é... Minha avó. – falei com um
aperto no coração.
_ Me desculpe, mas vocês duas não parecem ter muito do
que se chama ‘relação de avó de neta’.
_ Talvez ela também me odeie e me culpe. – minha voz
saiu monótona e sem energia.
_ Eu não sei o que aconteceu, mas não é sua culpa. –
falou, olhei-o e ele sorriu para mim.
_ Próximo da lista. – falei ignorando-o. Ele hesitou.
_ Lara Lovato. – olhei-o já cansada de seus suspeitos
fajutos.
_ Me diz que foi uma piada.
_ Desculpe-me Demetria, mas eu me vejo na obrigação de
suspeitar de todos. Lara era a esposa de Eddie, eu sei, mas no caso de sua
morte ela receberia do seguro o equivalente a 14 milhões de dólares parcelados
em três anos, isto é quase 4,7 milhões por ano. É um número tentador.
_ Ela poderia ter muito mais se ele tivesse vivo. E
ela não é assim. – voltei a elevar minha voz, apesar de ainda não estar
gritando. _ Ela nunca pediu nada de meu pai, o casamento deles foi com
separação total de bem e ela ainda trabalha como enfermeira...
_ Em que hospital? – interrompeu-me.
_ No mesmo que sempre trabalhou.
_ Em que hospital? – repetiu.
_ Eu não sei.
_ Em que horário ela trabalha?
_ Isso depende, na maioria das vezes é no turno da
noite, mas ela já trabalhou no turno da tarde e da manhã também.
_ Tem certeza que era por trabalho?
_ Eu não admito que você fale assim dela. – apontei o
dedo em sua face. Linda face, diga-se de
passagem.
_ Você realmente tem uma boa relação com ela?
_ Claro que tenho, ela me criou como filha, desde que
eu era pequena.
_ Você a chama de mãe?
_ Isso não vem ao caso.
_ Porque hoje vocês estavam tão hostis?
_ Desde a morte do meu pai nossa relação de desgastou
um pouco...
_ Ela não quer que você investigue a morte do seu pai.
– concluiu. _ Por isso não disse que eu era um detetive, mesmo que a ajuda dela
fosse imprescindível.
_ Ela se sente culpada.
_ Ah não me diga. – disse sarcasticamente.
_ Próximo da lista. – gritei. Ele olhou-me nervosos.
_ Você não está ajudando Demetria.
_ Próximo da lista.
_ Logan James Bache.
_ Ah não, chega por hoje. – levantei-me do sofá. _ Ele
é meu noivo. – gritei.
_ Nome muito cotado como sucessor do seu pai.
_ Ele estava do meu lado na festa.
_ Tem uma boa aquisição econômica, poderia muito bem
contratar alguém.
_ Cale a sua boca. – gritei. Ele ainda estava sentado
no sofá com o bloquinho na mão, como se tudo estivesse normal. _ Saia da minha
casa. – exigi. Ele, com movimentos lentos demais para minha pouca paciência,
guardou o bloquinho em sua maleta e se levantou.
_ Para quê você me contratou afinal? Para brincar com
a minha cara?
_ Para quê você veio? Para ofender a todos que me
acercam? – Ele se aproximou de mim, senti o cheiro de seu perfume que era
levemente doce, mas que combinava com ele, não o deixava com jeito de ‘sensível
demais’ e nem o fazia parecer ‘bruto demais’ era como se o perfume equilibrasse
os dois extremos.
_ Você sempre se surpreende com o fato de eu ser muito
jovem, mas se esquecem de que o que faz um bom detetive não é a idade, mas sim
a capacidade de deixar de lado o sentimento e encarar a razão e a logica, você
não vai conseguir nada se continuar a defender aqueles que você ama, muitos
inimigos sorriem para você e te promete fidelidade eterna, e esses são bem
piores do que aqueles que dão a cara à tapa e se mostram inimigos de verdade.
_ Você não pode sair acusando qualquer um sem provas.
_ Você por acaso abriu sua mente para ver as provas? –
perguntou. Calei-me furiosa. Provas? Tudo
que ele trouxe foram especulações ridículas. _ Eu volto. – falou após
perceber que eu não iria respondê-lo. _ Quando você estiver realmente pronta
para encarar a realidade.
Continua
Como todos estão? Demorei
a postar, mas em compensação o capítulo ficou um pouco maior, espero que vocês
tenham gostado.
Não se esqueçam de
comentar/avaliar.
Bjssss
Kika: muito
obrigada, qualquer dia vou postar uma foto dela J
ainda assim agradeço, pois principalmente agora que o número de comentários está
menor, é sempre uma alegria receber um, e é sempre bom agradecer a aqueles que
te fazem alegre. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Carine:
Gostou da Selena, já digo que no próximo capítulo ela vai aparecer novamente.
Espero que tenha gostado. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Fabiola:
kkkkkkkk espero que tenha gostado desde capítulo tanto quanto você gostou do
anterior. Coitada mesmo, mas ele tem seus motivos, mas a Selena não vai
desistir do sonho tão fácil. Bom, não
posso falar que não nem que sim porque isso tirar a graça, mas você pode fazer
sua aposta, agora tem até mais nomes para se suspeitar, e olha que é só o
começo ainda kkkkk. Muito obrigada por comentar. Bjssss.
ameiiiiiiiii o capitulo <3 Selena é meu anjo<3 ammei o capitulo ele abriu minha mente a possibilidades de novos suspeitos u,u enfim posta mais rapido q puder bjs
ResponderExcluirAmei demais.
ResponderExcluirJá estou a imaginar quem poderá ter sido o assassino....
Tens mesmo de postar uma foto da tua tatuagem *.*, apesar de ter visto o "protótipo" quero ver a verdadeira.
Posta logo o capitulo 7
Beijoss
Demi querida ele é um detetive tem que suspeitar de todo mundo né? Bom espero que você coloque a mão na consciência e vá atrás desse detetive (lindo, maravilhoso, gostoso, tudo de bom)!!
ResponderExcluirContinua ficou perfeito <3
Fabíola Barboza :*
Oi Nanda!
ResponderExcluirDesculpa o atraso a comentar. Não tenho tido tempo para nada. Só tiro alguns minutos para postar no blog e tem sido essa a minha vida.
Vou tentar me atualizar!
Bjs :)