domingo, 6 de julho de 2014

6. Encarar a realidade – The Big Apple



Eu, novamente, não consegui dormir, mas desta vez não era só pela tristeza do luto, desta vez também tinha ansiedade.
Eu não sei o que acontece nessas investigações, o mais próximo de filmes que eu vi sobre isso foi o Inspetor Bugiganga, e, por motivos óbvios, eu não acredito que aquele filme condiga com a realidade. Mas, mesmo não tendo ideia do que aconteceria, eu não me arrependo da minha decisão, eu realmente quero estar na investigação, eu quero poder acompanhar tudo, mas eu não podia negar que a aproximação da hora marcada me fazia sentir com falta de ar.

Assim que o despertador tocou acordei, revirei-me na cama e decidi que novamente faltaria a aula, era a última semana, não havia mais provas, apenas alguns trabalhos para serem entregues. Eu não posso dizer que minhas notas estão ótimas, mas dá para recuperá-las no próximo semestre. Virei-me novamente na esperança de cochilar mais um pouco, não havia muito que eu havia conseguido cochilar um pouco, foi um alivio para meu corpo cansado, se eu pudesse ter mais um pouco desta sensação...



_ Senhorita Demetria? – acordei com alguém me chamando e pelo tom da voz, não era a primeira vez que me chamava. _ Senhorita Demetria? – chamou-me novamente. Abri os olhos e vi que era Karla, me surpreendi, não era muito comum vê-la fora da cozinha.
_ Karla?
_ Estão chamando a senhora na sala.
_ Me chamando? Quantas horas são?
_ Duas da tarde.
_ O que? – levantei-me instantaneamente. Era para ser a penas um cochilo!
Meus olhos nem mesmo tinham se acostumado direito com a luz do dia, nem meu corpo estava totalmente desperto, ainda assim eu fiz um esforço para começar a tirar minha camisola enquanto andava até meu armário e pegava a primeira blusa que vi na frente.
_ Senhora? – repetia Karla. _ O que eu devo dizer para o rapaz? – perguntou. Só depois de falar duas vezes que parei para prestar atenção no que ela dizia.
_ Karla, que rapaz? – perguntei.
_ O rapaz que está te chamando. Porque tão literal?
_ Quem é o rapaz?
_ Não sei, ele disse que tinha um encontro marcado com você hoje, mas que não apareceu. – respondeu. É o Joseph.
_ Ah meu Deus! – em um impulso corri para fora do meu quarto e fui em direção para a sala de estar.
Encontrei-o de pé, meio que sem jeito, bem ao lado do sofá. Ele me olhou e ficou parado feito uma estatua. Á primeiro momento eu pensei que eu o tinha assustado com minha aparição desajeitada, mas logo após percebi o que era. Eu ainda estou de camisola.
_ Fiz mal em vir aqui? – perguntou.
_ Não, claro que não, você fez bem, me desculpa, é que eu...
_ Dormiu mais que a cama? – concluiu o que eu não consegui e deu um sorriso fraco.
_ É. - confirmei. Formou-se um silêncio incomodo.

_ Demi? – era Lara que surgiu do nada. _ Quem é ele? – perguntou.
_ Eu sou...
_ Amigo de Nicholas. – interrompi-o antes que ele falasse mais do que deveria.  Lara pareceu desconfiada e continuou olhando para ele, como se esperasse por uma confirmação.
_ Joseph, amigo de Nicholas. – ele confirmou e apresentou-se para um aperto de mão. Lara correspondeu o comprimento de maneira seca e rápida, o que foi bem estranho, já que ela sempre foi receptiva e dócil, mas tudo estava tão confuso e mudado nesses últimos dias...
_ E isso são modos? – falou olhando-me de cima a baixo.
_ Eu já ia me trocar Lara. Mas quero leva-lo ao quarto de Nicholas antes.
_ Eu posso fazer isso por você. – disse pegando-o pelo braço.
_ Pode deixar que eu o levo. – falei, pondo-me na frente deles. Lara soltou-o e olhou-me com um olhar reprovativo.
_ Logan é um bom rapaz Demetria, mas não abuse. – disse.
_ Eu não estou fazendo nada de mal. – falei, mas ela me apenas me ignorou saindo em direção da cozinha.

_ Isso foi bem tenso. – falou Joseph do meu lado. Olhei-o sem saber se ficava nervosa ou se ria. No final acabei apenas pegando-o pelo braço e puxando-o até o quarto de Nicholas.


Assim que Nicholas me viu entrando com Joseph sem seu quarto, ele tirou seu casaco e colocou-o em mim. Hey, estamos no século 21, uma mulher de camisola não é mais ultrajante.
_ Demi, o que é que está acontecendo?
_ Nada. – falei. Nicholas olhou para Joseph.
_ Quem é ele? – perguntou.
_ Aparentemente sou seu amigo. – falou Joseph, antes que eu conseguisse abrir a boca.
_ Joseph, o detetive. – falei.
_ Oh. – pareceu surpreso. _ É ele? – perguntou descrente.
_ Sim, ele. – confirmei.
_ Quantos anos você tem? – perguntou.
_ O suficiente. – respondeu Joseph, tedioso.
_ Olha, Nicholas, eu preciso me trocar, tentem não se matar, e não deixe ele falar com a Lara. – falei e larguei-os lá, sem esperar por alguma resposta.


Quando cheguei a meu quarto e abri meu armário tive uma desconfortável surpresa, tudo o que eu via era vestidos, curtos ou com decotes, para mim que sempre achei o meu armário másculo demais para uma menina que tem condições de comprar o que quiser, era surpreendente ver que na verdade ele era completamente normal. Olhei melhor e achei roupas normais para um dia normal, mas nada parecia adequado.
Vestir algo chique demais para ficar em casa? Ou algo desarrumado demais para quem está recebendo uma visita?
 Acabei ficando com a segunda opção, ele já tinha me visto de camisola, descabelada e com remelas nos olhos, nada podia ser pior, podia?
Coloquei uma legging térmica preta, uma blusa banca de manguinha e completei um uma blusa da Gap cinza, pois, mesmo com o aquecedor ligado, eu ainda sentia frio.

Quando voltei ao quarto de Nicholas, os dois estavam em completo silêncio. Nicholas estava sentado na mesa de computador, enquanto Joseph estava encolhido no meio da bagunça, sentado no sofá de dois lugares do quarto.
_ Vamos? – perguntei sorrindo. Joseph se levantou prontamente, parecendo bastante aliviado com minha chegada. Nicholas também se levantou.
_ Posso falar com você Demetria? – perguntou. Demetria. Lá vem bronca. _ A sós. – completou e olhou para Joseph, que timidamente se retirou e ficou esperando na porta.
Aproximei-me de Nicholas e ele me olhou serio antes de começar a falar.
_ Despeça esse cara. – disse.
_ Nicholas, qual é o seu problema?
_ O meu problema é que não há como ele conseguir resolver este caso.
_ Você nem o conhece. – contrapus, mesmo sabendo que eu também não o conhecia.
_ Perdi o interesse no momento em que ele falou “A madrasta da Demetria é muito gostosa para uma mulher mãe de dois filhos.” – imitou-o irritado. Nicholas tem uma qualidade que eu sempre admirei em um homem, um respeito enorme pelas mulheres. Ele jamais assoviaria para uma mulher na rua e a chamaria de ‘gostosa’ ou ‘gatinha’ ou qualquer outra coisa que pudesse constrangê-la, e, jamais, em hipótese alguma, mandaria uma mulher ir lavar roupa ou falaria que mulher só pode ‘dirigir’ fogão. Ele é tipo aquele cara em que machistas chamam de bixa ou boiola, mas também é o tipo de cara que eu acho mais machão. O comentário de Joseph sem duvidas foi uma ofensa para Nicholas, pois Lara não era qualquer uma, ela é da família, isso o atingia em dobro.
_ Eu vou falar com ele sobre isso.
_ Eu posso arranjar outro detetive, bem mais confiável. – falou e deu uma rápida olhada para Joseph que continuava na porta me esperando. _ E bem mais educado.
_ Se ele der mais uma mancada eu dispenso ele. – falei sem muita vontade. Não sei porque, mas no fundo eu queria que Joseph resolvesse o caso. Eu sei que no primeiro encontro que tive com ele pensei o mesmo que Nicholas: Ele não é capaz de resolver um caso como esse. Mas eu estava tão ansiosa por tudo que resolvi que o melhor a se fazer era dar uma chance, afinal de contas, como ele iria provar que era capaz se ninguém desse uma chance?
_ Promete?
_ Prometo. – respondi. Nicholas não pareceu tão satisfeito, mas eu sabia que ele tinha cedido. _ Ele não deve ser tão ruim assim, eu tive recomendações. – falei.
_ Se você falar que foi uma mulher que o recomendou, eu juro que vomito. – apenas olhei para ele, sem dizer nada e ele fingiu que ia vomitar, entendendo meu silêncio como um sim.
_ Para de ser bobo Nicholas. – falei rindo.
_ Vê se toma cuidado. – falou e deu outra breve olhada da Joseph, que continuava do mesmo jeito.
_ Eu sempre me cuido. – respondi.




_ Aqui é o escritório. – falei abrindo a porta, Joseph entrou, mas não deu muitos passos, apenas o suficiente para que eu pudesse fechar a porta atrás dele. _ Onde ele morreu. – completei, ao vê-lo observando a mancha de sangue no tapete.
_ Porque não tiraram o tapete? – perguntou.
_ Tiraram para lavar. – falei e fui até seu lado. _ Mas Lara pediu para que voltassem com ele, queria que tudo continuasse em seu devido lugar. – falei. Era difícil para eu entrar ali. Os policiais não haviam deixado que eu subisse ao apartamento enquanto o corpo dele estava aqui, mas infelizmente fui bombardeada com fotos dele morto na internet e TV, por mais que eu tentasse fugir, sempre tinha alguém que me fazia lembrar esta tragédia em minha vida.
_ Pretendem fazer deste o santuário dele? – perguntou.
_ Não. – respondi. _ Eu nem sei o que vai acontecer com esse apartamento. – Joseph me olhou sem entender o que eu quis dizer. _ Lara pretende mudar para a casa da praia amanhã. – respondi sua pergunta não perguntada.
_ Você vai também? – perguntou preocupado.
_ Não. – respondi com um aperto no coração. _ Pelo menos não sem ter uma resposta sobre a morte do meu pai. – completei.
_ Então é melhor começarmos. – disse.
_ É.

Eu e Joseph nos sentamos no sofá de couro falso marrom, que fica no canto do escritório, logo ao lado da estante de bebidas. – é, aparentemente é crucial para grandes empresários ter um copo de Uísque sempre a mão. – ele pegou um bloquinho de notas e uma caneta. No bloquinho havia várias coisas escritas, segurei-me para não ler.
  _ Vamos começar pelo principal. – falou. _ Pela lista de suspeitos.
_ Ok.
_ Eu fiz algumas pesquisas...
_ Você realmente está interessado no caso não é? Fez pesquisas, veio até aqui porque eu faltei ao encontro. – falei interrompendo-o e me arrependendo logo após.
_ Eu precisava fazer uma pesquisa para ver que não era um caso perdido e... – hesitou. _ Eu sabia que você queria muito isso, sua falta não seria por um motivo bobo, por isso te procurei aqui.
_ E no final das contas foi porque eu dormi demais.
_ Você não parece ter dormido muito ultimamente, você ter dormido a mais hoje não é um erro tão grave. – falou.
_ Como você sabe que eu não tenho dormido muito ultimamente?
_ Me desculpe, mais isso não é muito difícil de perceber. – ótimo, todo mundo pode ver minhas olheiras.
_ Como você descobriu onde moro?
_ Essa foi a parte mais fácil. – falou. _ Fora que seu endereço nunca foi muito secreto. – completou. _ Mas alguma pergunta?
_ Não, me desculpe.
_ Sempre problemas. – disse e olhou para o bloquinho em sua mão. _ Edgar Loveslen. – disse.
_ O senhor Loveslen? Não.
_ Ele é o segundo dono do Banco, ele poderia muito bem querer ser o dono de todo o banco, e a morte do seu pai pode tornar isso uma tarefa bem fácil e lucrativa.
_ Claro que não, ele podia muito bem negociar com meu pai.
_ A morte do seu pai fez com que os investidores ficassem receosos, o banco vale muito menos agora do que antes, ninguém sabe quem será o novo líder e até que um nome seja declarado o banco pode entrar em falência, Loveslen tem nome no mercado, e ele é um gênio, ele pode comprar o banco por um terço do que ele vale hoje e pode fazer com que o banco cresça tanto quanto cresceu com seu pai. Seria uma jogada de mestre e muito lucrativa.
_ Eu me recuso acreditar que ele tenha feito um plano tão... – eu não conseguia nem terminar a frase.
_ Ele estava na festa? – perguntou Joseph.
_ Eu... – hesitei. _ Não me lembro de tê-lo visto. Mas isso não significa nada. – Joseph me olhou como se eu estivesse errada. _ Ele estava no velório.
_ Isto também não significa nada. – falou.
_ Ele não matou meu pai.
_ Você realmente quer tirá-lo da lista?
_ Sim. – respondi sem pestanejar.
_ Tudo bem. – ele riscou seu nome do bloquinho. _ Juan Gaus.
_ Ele foi o antigo motorista doo meu pai, ele não iria matar ele, foram anos de serviço.
_ Juan sofreu um acidente no carro do seu pai. – tentou justificar-se.
_E meu pai pagou pela recuperação dele.
_ Foi um braço quebrado.
_ Meu pai pagou o gesso que usaram nele.
_ Ele processou o seu pai e seu pai ganhou, ele quase foi deportado de volta para o México.
_ Ele queria processar meu pai sendo que ele que tinha culpa, ele bateu o carro por estar em alta velocidade e ele estava usando o carro fora da hora de serviço.
_ Ele alegou que as alegações de seu pai eram falsas.
_ Mas a pericia comprovou que ele estava em alta velocidade.
_ Ele acredita que a pericia foi comprada e que era falsa.
_ Não tem como um pericia ser fraudada. – contrapus já nervosa.
_ Você está alegando o mesmo que ele agora. – falou com uma voz calma que só me irritou mais ainda.
_ É diferente. – gritei. _ O velocímetro do carro travou na hora da batida, está lá, a velocidade do carro, era muito acima do que a rodovia permitia.
_ Não é diferente Demetria. – a tranquilidade em sua voz era a chama da minha raiva. _ A pólvora está na mão de seu pai, toda bala deixa um pequeno rastro de pólvora na mão do atirador quando é disparada. – parou de falar e olhou para mim, eu sentia meu sangue correr por todo o meu corpo, meu coração acelerado de raiva.
_ Talvez ele seja um suspeito a se levar em conta. – falei, o mais calma que consegui. Joseph ignorou meu nervosismo e apenas fez um ‘V’ ao lado do nome de Juan.
_ Linda Devonne. – ok, esse cara é doido.
_ Você sabe que ela é minha avó, não sabe? – perguntei, respirando fundo.
_ Sei. – disse apenas.
_ Sogra do meu pai.
_ Ex-sogra. – corrigiu-me. Continuei a tentar me controlar em silêncio. _ Ela odeia seu pai... Odiava.
_ Ela não seria capaz de mata-lo.
_ Ela o culpa da morte da sua mãe. E em uma entrevista jurou vingança.
_ Foi no calor do momento.
_ Ela jurou vingança em uma entrevista feita há um ano, a sua mãe morreu há 19 anos... Não foi no calor do momento.
_ Ela já tem quase 90 anos, deve estar acabada, como ela mataria um homem?
_ Você não vê muito ela, não é? – perguntou. Ah sei lá, a última vez que eu vi ela eu tinha o que? Dois anos de idade... Claro que eu não a vejo muito.
_ Isso faz alguma diferença?
_ Eu não sei o que ela toma, mas até onde eu sei, mesmo estando com 82 – deu grande ênfase a sua idade. E daí se não sei a idade dela? Eu não disse 90, eu disse quase 90. _ Ela está com uma saúde invejável. E parece que além da aposentadoria, ela ganha uma mesada do seu pai, ela teria condições de contratar alguém mais jovem.
_ Você acha que ela contratou um matador de aluguel?
_ É uma hipótese.
_ Eu não sei, ela é... Minha avó. – falei com um aperto no coração.
_ Me desculpe, mas vocês duas não parecem ter muito do que se chama ‘relação de avó de neta’.
_ Talvez ela também me odeie e me culpe. – minha voz saiu monótona e sem energia.
_ Eu não sei o que aconteceu, mas não é sua culpa. – falou, olhei-o e ele sorriu para mim.
_ Próximo da lista. – falei ignorando-o. Ele hesitou.
_ Lara Lovato. – olhei-o já cansada de seus suspeitos fajutos.
_ Me diz que foi uma piada.
_ Desculpe-me Demetria, mas eu me vejo na obrigação de suspeitar de todos. Lara era a esposa de Eddie, eu sei, mas no caso de sua morte ela receberia do seguro o equivalente a 14 milhões de dólares parcelados em três anos, isto é quase 4,7 milhões por ano. É um número tentador.
_ Ela poderia ter muito mais se ele tivesse vivo. E ela não é assim. – voltei a elevar minha voz, apesar de ainda não estar gritando. _ Ela nunca pediu nada de meu pai, o casamento deles foi com separação total de bem e ela ainda trabalha como enfermeira...
_ Em que hospital? – interrompeu-me.
_ No mesmo que sempre trabalhou.
_ Em que hospital? – repetiu.
_ Eu não sei.
_ Em que horário ela trabalha?
_ Isso depende, na maioria das vezes é no turno da noite, mas ela já trabalhou no turno da tarde e da manhã também.
_ Tem certeza que era por trabalho?
_ Eu não admito que você fale assim dela. – apontei o dedo em sua face. Linda face, diga-se de passagem.
_ Você realmente tem uma boa relação com ela?
_ Claro que tenho, ela me criou como filha, desde que eu era pequena.
_ Você a chama de mãe?
_ Isso não vem ao caso.
_ Porque hoje vocês estavam tão hostis?
_ Desde a morte do meu pai nossa relação de desgastou um pouco...
_ Ela não quer que você investigue a morte do seu pai. – concluiu. _ Por isso não disse que eu era um detetive, mesmo que a ajuda dela fosse imprescindível.
_ Ela se sente culpada.
_ Ah não me diga. – disse sarcasticamente.
_ Próximo da lista. – gritei. Ele olhou-me nervosos.
_ Você não está ajudando Demetria.
_ Próximo da lista.
_ Logan James Bache.
_ Ah não, chega por hoje. – levantei-me do sofá. _ Ele é meu noivo. – gritei.
_ Nome muito cotado como sucessor do seu pai.
_ Ele estava do meu lado na festa.
_ Tem uma boa aquisição econômica, poderia muito bem contratar alguém.
_ Cale a sua boca. – gritei. Ele ainda estava sentado no sofá com o bloquinho na mão, como se tudo estivesse normal. _ Saia da minha casa. – exigi. Ele, com movimentos lentos demais para minha pouca paciência, guardou o bloquinho em sua maleta e se levantou.
_ Para quê você me contratou afinal? Para brincar com a minha cara?
_ Para quê você veio? Para ofender a todos que me acercam? – Ele se aproximou de mim, senti o cheiro de seu perfume que era levemente doce, mas que combinava com ele, não o deixava com jeito de ‘sensível demais’ e nem o fazia parecer ‘bruto demais’ era como se o perfume equilibrasse os dois extremos.
_ Você sempre se surpreende com o fato de eu ser muito jovem, mas se esquecem de que o que faz um bom detetive não é a idade, mas sim a capacidade de deixar de lado o sentimento e encarar a razão e a logica, você não vai conseguir nada se continuar a defender aqueles que você ama, muitos inimigos sorriem para você e te promete fidelidade eterna, e esses são bem piores do que aqueles que dão a cara à tapa e se mostram inimigos de verdade.
_ Você não pode sair acusando qualquer um sem provas.
_ Você por acaso abriu sua mente para ver as provas? – perguntou. Calei-me furiosa. Provas? Tudo que ele trouxe foram especulações ridículas. _ Eu volto. – falou após perceber que eu não iria respondê-lo. _ Quando você estiver realmente pronta para encarar a realidade. 


Continua

Como todos estão? Demorei a postar, mas em compensação o capítulo ficou um pouco maior, espero que vocês tenham gostado.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss


Kika: muito obrigada, qualquer dia vou postar uma foto dela J ainda assim agradeço, pois principalmente agora que o número de comentários está menor, é sempre uma alegria receber um, e é sempre bom agradecer a aqueles que te fazem alegre. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Carine: Gostou da Selena, já digo que no próximo capítulo ela vai aparecer novamente. Espero que tenha gostado. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Fabiola: kkkkkkkk espero que tenha gostado desde capítulo tanto quanto você gostou do anterior. Coitada mesmo, mas ele tem seus motivos, mas a Selena não vai desistir do sonho tão fácil.  Bom, não posso falar que não nem que sim porque isso tirar a graça, mas você pode fazer sua aposta, agora tem até mais nomes para se suspeitar, e olha que é só o começo ainda kkkkk. Muito obrigada por comentar. Bjssss.

4 comentários:

  1. ameiiiiiiiii o capitulo <3 Selena é meu anjo<3 ammei o capitulo ele abriu minha mente a possibilidades de novos suspeitos u,u enfim posta mais rapido q puder bjs

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  2. Amei demais.
    Já estou a imaginar quem poderá ter sido o assassino....
    Tens mesmo de postar uma foto da tua tatuagem *.*, apesar de ter visto o "protótipo" quero ver a verdadeira.
    Posta logo o capitulo 7
    Beijoss

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  3. Demi querida ele é um detetive tem que suspeitar de todo mundo né? Bom espero que você coloque a mão na consciência e vá atrás desse detetive (lindo, maravilhoso, gostoso, tudo de bom)!!
    Continua ficou perfeito <3
    Fabíola Barboza :*

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  4. Oi Nanda!
    Desculpa o atraso a comentar. Não tenho tido tempo para nada. Só tiro alguns minutos para postar no blog e tem sido essa a minha vida.
    Vou tentar me atualizar!

    Bjs :)

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