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< super indico esta fic.
Mais uma vez eu me olhava naquele espelho e me
fazia a mesma pergunta, você vai
conseguir sobreviver pelas próximas 6 horas?
Uma blusa de frio branca de gola alta, um casaco por
cima, preto, calça jeans, bota preta, cabelo solto, era incrível como eu
parecia mais velha, era como se eu tivesse dormido uma garotinha e acordado uma
mulher, para onde foi à garotinha? Eu a queria de volta.
Madame Catherine College¹ não é uma faculdade muito
concorrida, talvez os poucos cursos que oferece atrapalhe o seu crescimento,
mas também, um prédio estilo gótico de quatro andares, bem em E 33rd St com a
5th Ave, espremidos entre os outros edifícios, as possibilidades de crescimento
eram pequenos. Mas o que Madame Catherine tem de pequeno, tem de exclusivo.
Apenas pessoas ricas estudam lá, não existe bolsista nem desconto, lá, ou você
tem, ou você não entra. Simples assim.
Eu nunca me encantei muito por esta universidade em
particular, mas Senhora Lorene – ou se preferir, tataraneta de Madame
Catherine, fundadora da universidade da qual estudo – foi uma das clientes de
meu pai, quando ele ainda era gerente de banco, aparentemente eles construíram
certa amizade, amizade forte o suficiente para que meu pai me jogasse para a
universidade da qual ela é diretora atualmente, a universidade de sua família,
que passa de geração a geração.
O fato de eu ter faltado as duas primeiras aulas da
semana não foi exatamente pela tristeza, é mais por culpa do fato de que eu
odeio quase todo mundo por ali, é uma escola de riquinhos, de riquinhos
insuportavelmente chatos, poucos se salvam, fora que ter aula na semana de
natal é injusto, as férias terminariam bem no dia 24, impossibilitando a todos
de viajarem para curtir o natal, não que eu vá curtir o natal desse ano, meu
natal havia sido cancelado semana passada.
Quando cheguei tudo ocorreu como o esperado, pessoas
me olhavam com cara de pena enquanto eu passava pelos corredores, mas hora e
outra, alguma pessoa que se achava intima o suficiente aparecia para me dar os
pêsames.
Assim que a professora de História da Moda entrou na
grande sala, com exatos 65 alunos ela logo pediu os trabalhos, um texto de no
mínimo duas folhas manuscrito, sobre a moda dos anos 60. Eu havia passado minha
noite tentando fazer um bom trabalho, afinal de contas, esta era uma matéria
que esta me deixando em risco de ser reprovada, Sra. Smith, é aquele tipo de
professora que faz tudo o que pode para te ferrar, e ela já havia me ferrado
bastante durante o ano.
Com o passar dos horários fiquei aliviada ao perceber
que nenhum professor ou aluno quis tocar no assunto “Morte de Eddie Lovato”. Os
olhares não se sessaram, mas com o tempo pararam de incomodar tanto, é apenas questão de ignorar. Eu repetia
para mim toda hora.
_ Demi? – já estava saindo do prédio depois do dia
exaustivo, mas quando reconheci a voz não hesitei em virar-me para trás e
cumprimenta-la.
_ Camilla. –
falei e sorri. Camilla Belle, assim como eu, foi ‘jogada’ pelo seu pai nessa
faculdade, sendo que o curso dela, jornalismo, é não é lá grandes coisas por
aqui, no começo do ano quase tinha sido cancelado por falta de aluno.
_ Não pensei que você voltaria tão cedo. – falou.
_ Trabalhos. – resumi.
_ Ah, claro, os benditos trabalhos que marcam propositalmente
perto das férias.
_ Pois é. – falei sem muito entusiasmo, nem era por
culpa dela, mas o dia tinha sido meio cansativo, e eu estava sentindo falta da proteção
da minha casa, das paredes do meu quarto, da minha cama.
_ Eu estava pensando em ir a sua casa, mas...
_ Você sempre será bem vinda. – falei, percebendo sua
indecisão.
_ Eu sei, mas, talvez esse seja um momento da família.
_ Eu nem sei mais se ainda há uma família.
_ Oh Demi. – abraçou-me. _ Lara e as crianças devem
estar arrasadas.
_ Lara quer mudar-se. – falei e ela soltou-me do
abraço e olhou-me espantada.
_ Para muito longe? – perguntou claramente preocupada.
_ Para a casa de praia. – respondi.
_ Bom, pelo menos eu poderei te visitar de vez em
quando. – sorriu fraco.
_ Eu não sei se eu vou.
_ Você pretende ficar aqui? Deixar eles?
_ Não sei. – suspirei. _ Podemos mudar de assunto?
_ Claro. – ela sorriu. Ela também estava incomodada
com o assunto, não tanto quando eu, mas, incomodada.
_ E como está o Sam? – ela sorriu boba, como que ela
ainda se nega a dizer que está apaixonada por ele?
_ Ele vai vir me buscar hoje, alias. – disse olhando
para o relógio. _ Ele já está atrasado. – falou.
_ Como sempre. – ela riu e eu a acompanhei.
_ Você vai querer carona? – perguntou. _ Quando ele
chegar. – completou.
_ Não, Pablo já está me esperando. – falei, ela olhou
para o outro lado da rua e percebeu o carro da família estacionado.
_ Ah, estou te atrapalhando não é?
_ Ah sim claro que você está. – rimos. _ Você nunca
vai ser uma atrapalhação Camilla.
_ Awn sua linda. – sorriu. _ Mas vou te deixar ir,
pois nada como um carro quentinho nesse frio. – falo.
_ Eu estou sentindo falta mesmo é da minha cama. –
comentei.
_ Eu que o diga. – rimos. _ Depois do natal eu passo
lá viu? – abraçou-me novamente.
_ Sem problemas. Vai ser ótimo ter aquelas noites de
amiga novamente. – correspondi ao abraço.
_ Dessa vez só filme de comedia. – falou.
_ Fechado.
...
Se eu achava que iria voltar para casa, enganei-me,
havia esquecido completamente que hoje seria o dia da leitura do testamento. Pablo
levou-me diretamente para o escritório do advogado da família Harry Alder.
Harry é um homem velho, com os cabelos totalmente branco, alto e bem magro,
quase esquelético, sua figura é meio assustadora, mas a sua elegância, fora do
comum, é hipnotizante, sempre bem vestido, coluna reta, voz na altura certa,
nunca grita, nunca fala baixo demais, sempre autoritário, sério, nunca faz
piadas e tem certa neura com horários, tudo sempre tem que ser pontual, atrase
e se prepare para receber olhares reprovativos.
E sim, é esse exatamente esse olhar que eu estou
recebendo agora.
_ Quero deixar claro que, quando esse testamento foi
escrito pelo senhor Eddie Lovato, ele estava totalmente lucido e consciente física
e psicologicamente. – disse, como se em
algum momento meu pai tivesse ficado doido. _ Esse testamento é totalmente
valido e é sua última palavra, suas vontades devem ser cumpridas assim como é
especificado. – falou e abriu o envelope marrom em que se encontrava o testamento.
Era incrível, isso era tudo. O que estava ali é tudo o
que meu pai construiu. Tudo o que nos resta de meu pai. Passamos nossa vida
toda construindo e acumulando, para que? Para virarmos um pedaço de papel?
_ Para meu único
sobrinho, Nicholas Jerry Lovato, deixo minhas ações em mineração, da quais
acredito que são lucrativas o suficiente para dar-lhe uma melhor condição de
vida... – olhei para Nick e vi o quão ofensivas eram aquelas palavras ‘melhor condição de vida’ o irmão do meu
pai não era rico, e não deixara muito para Nicholas, e com a profissão de
fotografo, ele nunca pode se render ao luxo, mas ele sempre foi orgulhoso do
que conquistou e lembro-me muito bem dele reclamar com Eddie sempre que meu pai
falava que ele deveria se formar em algo que lhe pudesse render um emprego no
banco, pois meu pai faria de tudo para coloca-lo no maior cargo possível, pois
segundo ele ‘Nicholas tem uma péssima condição
de vida’, sendo que Nicholas tem mais condições financeiras do que meu pai
tinha no começo de vida. _ E que ainda poderão render-lhe bons lucros por muito
tempo. Deixo também minha coleção de quadros, sei de sua paixão pela arte da
pintura e fotografia, tenho grandes nomes em minha coleção, acredito que será
de bom agrado ao seu gosto tão refinado, mas até que o meu, para tal arte. –
pelo menos essa parte ele tinha acertado em cheio. _ Deixo também em sua
responsabilidade cuidar de minha mulher e de meus filhos na minha ausência, sei
que Lara é uma mulher forte e independente, mas ainda sim, prego pelo seu bem
estar, e deixo em sua mão que ela sempre esteja bem. – finalizou. Todos ficaram
em silêncio, Lara estava com os olhos mareados e Nicholas meio que sem reação,
quadro? Ótimo. Ações? Fazer o quê? Ser o homem da família? Assustador. _ A Lauren Lovato, deixo
uma poupança com cerca de 4 milhões de dólares, na qual, espero que seja gasto
sabiamente, com estudo ou com urgências financeiras, das quais não creio que acontecerão,
mas que não custa prevenir. Deixo a mesma quantidade a Lucas Lovato. Deixo também, em nome dos meus três
herdeiros, a escritura do apartamento em Nova Iorque e a casa da praia, em East
Hampton. – finalizou-se a segunda parte. _ A Lara Lovato, deixo uma poupança de
20 milhões de dólares, e também lhe deixo minhas ações no mercado financeiro,
sei que é arriscado, graças as crises econômicas que estão afetando ao mundo,
mas acredito em sua recuperação sem que haja muitos danos. Deixo-lhe também as
joias da família, muitas são de valores altíssimos no mercado, em caso de
necessidade, leilões seriam muito lucrativos. Deixo-lhe também como comandante
da família, responsável pelos empregados e da casa em si, lembrando que há uma
conta especial para gastos como este, que atualmente acumula cerca de 200 mil
dólares. – finalizou-se. _ Quero lembrar-te. – disse Harry, agora não lia o
testamento. _ que este testamento foi feito há dois anos, os valores claramente
estão reajustados e, graças a sua destreza nos negócios, estão maiores dos que
os valores ditos nesse testamento. – e sem esperar por uma resposta – não que
iria ter alguma – voltou a ler o testamento. _ A Demetria Lovato, deixo-lhe uma
poupança de 3 milhões de dólares, creio que seja o suficiente para que termine
seus estudos. Deixo-lhe também o meu cargo de proprietário majoritário do Banco
WNNlive...
_ O QUE? –
interrompi, olhei-o boquiaberta e ele simplesmente deu uma olhada do tipo ‘cala a boca e me deixa terminar de ler’.
Todos me olhavam assustados também, como assim eu ser proprietária de um banco?
Eu não sei nada de banco, mal sei tirar dinheiro no caixa sem pedir ajuda.
_ Sei que esta missão é bem complicada... – ignorou-me
e retomou sua leitura. _ Pois vejo que Demetria não tem nenhum interesse em
nada do banco, mas tenho para mim que ela tem o que acho necessário para ser
uma boa banqueira, cabeça tão dura quanto a minha, uma intuição que quase nunca
falha e bons amigos, amigos que, para minha sorte, tem algum conhecimento sobre
como se funciona um banco, – amigos? Porque
ele não colocou o nome do Logan logo? _ e que lhe ajudarão a seguir em
frente, continuando o legado do banco e fazendo-o crescer mais ainda. –
terminou. _ Quero lembrar-te, senhorita Demetria. – olhou-me irritadiço. _ que
seu pai estava totalmente lucido e consciente de suas decisões, se quiser
vender sua parte, é uma opção bem rentável, apesar de que seu pai há deixado
claro que prefere que tome posição no banco e que o continue seu legado.
...
Saímos do escritório de Harry em silêncio, entramos no
carro em silêncio, ficamos o caminho todo em silêncio. O silêncio só foi
cortado quando chegamos, e vi as malas todas já dispostas na sala.
_ Lara? – deixei que Nicholas e meus irmão entrassem e
fosse para outro lugar, deixando-me sozinha com Lara.
_ Eu espero que você já tenha feito as suas também
Demetria. – disse, sem eu nem continuar a falar, ela já sabia o que eu iria
dizer.
_ Você sabe que eu não vou.
_ Por causa da faculdade. Eu espero.
_ Não.
_ Você então vai continuar essa investigação?
_ Vou. – Lara parecia se segurar. _ Porque você não
quer saber da verdade? Porque você se recusa a acreditar que meu pai não se
matou.
_ Eu acredito em você ok? Eu não acho que seu pai se
matou, eu só. – hesitou. _ Eu só quero que isso acabe. – sua voz saiu fraca. _
Descobrir quem matou seu pai não vai trazê-lo de volta!
_ Mas vai honrar o seu nome! – gritei.
_ Você quer honra-lo ou vinga-lo? – perguntou. Eu não
soube responder, o que eu queria no final das contas, vingança? Honra? Qual é a
grande diferença no final?
_ Eu quero justiça. – chutei.
_ Tem certeza que é só isso Demetria? – perguntou, mas
antes que eu tentasse responder, continuou. _ Você não percebe Demetria? Que
todos nós estamos nos perdendo? Perdemos seu pai, eu estou perdendo meus filhos.
– suas lágrimas caiam, mas sua voz continuava firme. _ Eles vivem trancados no
quarto, mal comem, falam que está tudo bem, mas eu vejo os olhos vermelhos e
inchados de chorar e você, você colocou algo na cabeça, e esta se perdendo por
causa disso. – falou. _ Eu não se já te perdi completamente, mas eu não vou
perder meus filhos. Eu vou para casa de praia, e se você não quiser ir, não vá,
fique e encontre o que você tanto quer, seja justiça, honra ou vingança, faça o
que bem entender. – falou. _ Eu não te apoio agora, mas quando você quiser
voltar a ser aquela menina que eu criei desde pequena, saiba que eu estarei te
esperando, de braços abertos.
Continua
Eu sei que esse
capítulo não ficou tão bom, mas levando em consideração que estou escrevendo ao
invés de estudar, ele até não está tão ruim. Se tudo sair como o planejado, no
próximo capítulo terá um momento fofo de Jemi. Comentem.
Bjssss
Kika: Fico
feliz que tenha gostado, no próximo capítulo todos os suspeitos, pelo menos os
encontrado por Joe, vão ser revelado, e provavelmente você terá mais ideia de
quem suspeitar. Muito obrigada. Bjsss
Fabíola:
Fique tranquila, pois serão poucos os capítulos narrados por Selena ou pelo
Nick (sim, ainda terá capítulos narrados por ele), a maior parte mesmo será na
visão da Demi e de Joe. Espero que você tenha gostado. Muito obrigada. Bjsss
Estela: Sem
problemas Estela, comente quando quiser e se puder, como já disse, também estou
com dificuldades em comentar nos blogs que costumava ler, pensei que ia
conseguir fazer tudo nas férias, mas ainda ficou faltando alguns, prometo que
sempre que tiver um tempo tentarei ler lá e comentar. Muito obrigada. Bjsss
Silvia: Não
precisa de se desculpar, te entendo completamente, apesar de eu ainda receber comentários,
tenho percebido um número cada vez menos também, não sei se é a fic ou se são
os seguidores mesmo... Divulguei aqui, espero que dê algum resultado, pois tu
merece. Muito obrigada. Bjsss.
U.U Amei demais :)
ResponderExcluirWow, quero ver só, para ver se acertei em algum suspeito ou não.
Não tens de que :)
Bjs
Hum.. Estou em dívida em relação a Lara!! Tipo uma hora eu suspeito outra não! Aí aí .. Bom estou ansiosa!!
ResponderExcluirContinua
Fabíola Barboza :*