domingo, 1 de dezembro de 2013

5º Capítulo “Fly with me” – Entre o Céu e o Inferno


Venho informar que o capítulo anterior foi escrito com a ideia dada pela leitora Shirley Barros. Obrigada. 




Música Fly with me dos Jonas Brothers, sugestão da leitora Beatriz Carolina

Aos poucos Demetria foi abaixando a guarda, relaxando, e me dando a chance de conhecê-la um pouco melhor, não só a parte ruim, mas também a parte boa.
Quando mais ela falava, mas eu começava a admirá-la, não só pela sua clara beleza, ou por ela ter a capacidade de passar de mulher sexy para uma mulher bonita, mas também pelo fato de ser uma lutadora.
Nossas vidas são completamente diferentes, nós não vemos o mundo com os mesmo olhos.
Eu nasci em uma família estruturada, a única pessoa que me entreguei de corpo e alma nunca tinha me decepcionado, meus familiares eram todos saudáveis, meu trabalho era o que eu queria, meus problemas parem pó perto dos problemas dela, porém, mesmo assim, ela se mostra tão forte quanto eu, se eu passasse por ela na rua, jamais pensaria que ela tem uma história tão penosa.
Eu queria poder saber o que é viver a vida dela, queria saber o que é enfrentar as suas dificuldades, queria poder ver o mundo pelo seu ponto de vista. Parece algo bem retardado de ser querer, principalmente quando se lembra que a história é triste, mas eu queria poder entender seus medos e preocupações, queria poder entender de onde ela tira a força para continuar tão viva e iluminada, mesmo a com a escuridão lhe atormentando, eu queria poder saber o que eu devo fazer para que ela esqueça do passado e que acredite só mais uma vez.
_ Meu horário já deu, preciso ir trabalhar. – anunciou ela. Eu mal tinha visto o tempo passar.
Ela começou a se levantar da mesa.
_ Ei, espere. – pedi. _ Você sai a que horas? – perguntei. Ela sorriu tímida.
_ Pensei que você havia dito que desistiria de mim quanto lhe contasse minha história. – falou.
_ Acho que não foi o suficiente ainda. – falei, levantando-me também. Ela revirou os olhos.
_ Saio às seis.
_ Você me permitiria que eu lhe levasse para um jantar, como amigos. – deixei claro.
_ Não. – respondeu.
_ Não?
_ Eu tenho uma filha para criar.
_ Leve-a também, eu adoro crianças. – na verdade eu nunca tinha me relacionado com crianças, nem mesmo meu irmão mais novo, quando ele nasceu eu estava na pré-adolescência, eu poderia muito bem ter ajudado a cria-lo e a educa-lo, mas preferi deixa-lo para lá, eu tinha mais o que fazer da vida, nunca cuidei dele nem mesmo um dia em toda sua vida. Nem mesmo sei se um dia eu já tinha carregado um bebê no colo.
Demetria riu como se eu tivesse acabado de falar a maior besteira. Depois olhou para mim e tornou a ficar seria.
_ Você não estava brincando, não é? – perguntou.
_ Não, eu não estava. – respondi. Ela suspirou.
_ Olha, você é legal, você realmente me surpreendeu, mas...
_ Amizade. – lembrei-a, ela hesitou.
_ Isso não vai funcionar.
_ O que você tanto teme? – perguntei. _ Eu não sou igual aos outros.
_ Você mesmo disse que já decepcionou alguém que amava. O que te diferencia então? – perguntou.
Touché, no que eu era diferente? Demetria viveu rodeada por homens com vícios, em jogos, drogas, homens que a olhava apenas com segundas intenções, homens que a tratavam como objeto. Eu não queria Demetria só para ir para cama, pelo menos não nesse exato instante, não posso negar, as fantasias que me passam pela cabeça só de relembrar dos momentos naquela casa de stripper não são nada puras, mas eu queria conhece-la ainda mais, queria ajuda-la, queria poder fazê-la realmente feliz. Eu queria estar pra sempre com ela, estar do lado dela me fazia bem. É algo extranho nem mesmo com Rachel eu me sentia assim, eu tinha duvidas, o para sempre com ela não era algo que me deixava animado, mas com Demetria era outra coisa.
_ Nada. – respondi. Demetria pareceu surpresa com minha resposta, provavelmente ela esperava alguma promessa, ou que eu dissesse algo ao meu favor, mas eu fui sincero.
_ Eu menti quando disse que te achei chato desde o primeiro momento. – falou ela, após um tempo de silêncio. _ Você é legal, é bem melhor que eu esperava. – disse com um meio sorriso na cara.
_ Isso significa que você vai sair comigo hoje? – perguntei.
_ Isso significa que há uma possibilidade.
_ Eu estarei aqui as seis para te buscar. – insisti. Demetria riu e abaixou a cabeça. Eu estava indo rápido, mas eu não tinha o tempo a meu favor.
_ Eu tenho certeza que estarás. – disse ela, se afastando.
Eu não podia ver se ela estava feliz ou não, uma barreira tinha sido construída ao seu redor, ela tinha um claro medo de se entregar e eu estou consciente disso, mas uma parte de mim me dizia que de alguma maneira ela estava tentando deixar-me entrar em sua barreira. Eu não era um viciado em jogatina, nem mesmo um drogado, mas eu também machucaria seu coração. Eu não merecia a sua confiança, mas lá estava ela, atrás do balcão; amarrando o seu avental vermelho, com uma imagem um pouco brega ou infantil demais para meu gosto, – de uma xicara de café branca com uma carinha feliz, e com bracinhos, um deles estavam levantados e sua mão fazia um joinha para cima, chegava a ser cômico, de baixo tinha o dizer Cafeteria Lopes. – Ela me olhava, assim que retribuí seu olhar ela sorriu. Eu correspondi.

(...)

Eu não deveria estar fazendo isso, o tempo todo eu tentei me distrair, esquecer, eu poderia perder a hora, podia fingir que nada tinha acontecido, ia ser o melhor para ela, ia ser o melhor para mim, ia ser o melhor para Rachel. Eu já tinha ido longe demais, continuar por esse caminho era contra tudo aquilo que eu tinha sido criado para.
Não pense.
Não pense.
Lembre-se: Escute o diabinho.
Não pense.
Haja.


Cinco de cinquenta e três, lá estava eu, mais uma rua eu atravessava, duas lojas me separavam da lanchonete que Demetria trabalha, eu estava perto, mas ainda havia tempo para dar a volta e esquece-la.
Joseph, não pense.
Não pense.

Meus passos começaram a ser mais lentos, como se minha mente estivesse automaticamente tentando me fazer voltar a trás.

O lado de fora da cafeteria estava cheio de gente, na sua maioria adultos, casais, as cadeiras de madeira, o muro natural, as luzes da cidade que começavam a sobressair, a partir do momento que o sol ficava mais baixo no horizonte, fazia um clima um pouco chique e talvez até mesmo romântico, não era algo como os filmes, mas tinha um charme.
Entrei no bar tentando parecer normal, meu coração batia a mil por hora, eu estava louco para poder vê-la novamente e mais a adrenalina de saber que o que eu estava fazendo era errado não ajudava muito nesse momento.

A cafeteria não tinha mudado em nada, o que é obvio, a não ser o fato de agora ter muito mais pessoas, e de que o cheiro de café havia amenizado, dando espaço ao para o cheiro de assados. Um grupo de jovens reunidos em uma mesa fazia barulho um pouco exagerado...
Quando encontrei Demi, ela estava tirando os pratos e copos de uma mesa que havia acabado de desocupar, ela estava tão distraída que nem me percebeu, nem mesmo quando eu estava do seu lado, ela passou por mim como se eu fosse qualquer um.
Cheguei a pensar que ela tinha desistido de me dar uma oportunidade, mas assim que ela saiu da parte da cozinha, já sem nenhum prato ou copo na mão, parou de trás do balcão ela me olhou. Eu sorri medroso, se ela tornasse a me ignorar...
Espere... Foi o sinal que ela fez com a mão.
Meu sorriso aumentou instantaneamente.


_ Então, onde você quer que eu te leve? – perguntei, agora estávamos saindo da cafeteria, Demetria estava do meu lado, parecia um pouco cansada, mas ainda sim parecia feliz, não estava tão arredia a mim. Ela estava me deixando entrar.
_ Eu pensei que você iria me fazer uma surpresa. – disse e sorriu.
_ Bom, você conhece Las Vegas melhor que eu, eu realmente não faço ideia de onde te levar. – ri tímido. Demetria parou e olhou para mim.
_ Eu menti para você – falou. _ Na verdade, não foi uma mentira, eu só escondi um fato. – corrigiu-se. _ Eu conheço Utah. – falou. Eu respirei aliviado, sua pausa me sugeriu que ela escondia algo bem mais grave. _ Minha mãe nasceu lá, eu já fui lá quando eu era bem pequena, eu devia ter uns... Seis anos. – tornarmos a andar. _ Aparentemente a família da minha mãe queria fazer um casamente arranjado, ela não aceitou e fugiu, quando descobriram que minha mãe tinha se casado e tido uma filha eles meio que a deserdaram, e as coisas não ficaram muito melhor quando descobriram que meu pai era um viciado em jogatina e que eu me perdi na vida. – falou.
_ Você ainda tem tempo de se reencontrar. – falei.
_ Eu gosto disso em você. – falou, olhei para ela sem entender. _ Você já eu um homem, mas ainda tem um pouco da criança interior, o que acredita no amor, que acha que mudar de vida é algo fácil, que confia nas pessoas, não as juga na primeira impressão. – falou. _ Nós crescemos de maneira bem diferente e isso fica obvio quando eu observo você. – concluiu.
_ Eu posso te ensinar a ser assim como eu. – falei. _ Eu posso ser seu Peter Pan e você minha Wendy. – ela gargalhou.
_ Perdoe-me se estou a destruir sua infância, mas Peter Pan e Wendy não existem, são apenas parte de uma história para crianças. – falou.
_ Nós podemos então fazer esta história se tornar real. – falei.
_ Você só tem mais dois dias aqui, não faça promessas.
_ Eu não estou fazendo promessas. - paramos no sinal.
_ Dois dias é muito pouco tempo.
_ Então vamos para o tempo.
_ Isso é impossível.
_ O impossível é questão de opinião.
_ Isso não tem lógica.
_ Você tem medo. – falei. Ela não disse nada, ela sabia que eu estava certo. _ Nós já passamos muito tempo um longe do outro, mas agora nós estamos exatamente no lugar em que precisamos. Um do lado do outro. – ela sorriu.
_ Joseph...
_ Não. – falei interrompendo-a. _ Não me negue um sim. – aproximei-me mais dela, o sinal ficou verde para os pedestres, mas nós não nos mechemos um centímetro, nós estávamos apenas olhando um para outro, fixados. _ Apenas voe comigo.
CONTINUA

Por favor, não me matem, vocês não sabem o quanto eu estou mal por só estar postando agora, eu realmente não estou conseguindo conciliar meu horário, minha vida está meio desastrosa com essa confusão e isso está claramente influenciando negativamente o blog, eu não irei desativa-lo nem exclui-lo, mas é mais que obvio que agora as coisas serão assim, demorarei a postar, não porque eu goste, eu amo postar e ver as suas reações, seus comentários, ver o blog crescendo, amo poder ler a fic de vocês e comentar, mas realmente está difícil para mim, peço mil perdões.
Bjsss

Kika: Eu vi!! Perfeito!! Tipo quando eu vi pela primeira vez eu nem acreditei, é o clipe mais diferente dela, aí eu fiquei maltratando o replay hahahaha. Eu consegui e minha mãe também comprou o sound pra mim, eu tó tão feliz, ela disse até que ia comprar o meet, mas só que esgotou antes que pudéssemos comprar, mas ainda sim, eu tó muito feliz, mas posso esperar pelo dia. Eu realmente espero que ela faça um tour por aí, ela vai muito pouco a europa, eu tenho certeza que ela iria gostar de fazer shows por aí. Bjsss
Shirley Barros: Pois é, estou usando sua ideia mesmo, agradeço muito pela sugestão, sempre que você quiser dar ideias será muito bem vinda. :D Awn você me deixa muito feliz por isso, não sabe como fico feliz por fazer um capítulo onde você goste. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Estela: Concordo plenamente, muito obrigada pelo selinho. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Duda Marques: Awn sua linda, você que é fofa, eu também amo suas fics. Awn você também conseguiu ingresso? Que legal! Eu vou no de BH. Muito obrigado por comentar. Bjsss
Lali: Tudo bem linda, eu também estou devendo comentários na sua fic na verdade estou devendo comentários em todas as fics que leio :\ , mas muito obrigada mesmo pelo carinho. Muito obrigada por comentar. BJsss 

4 comentários:

  1. Helloo
    Capitulo perfeitamente divo...
    Super concordo cada vez que ligo o pc abro logo o listen repeat com Neon Lights, tá até nos meus favoritos para não demorar muito :)
    Ainda bem que conseguiste o bilhete, é uma pena não teres conseguido para o meet, mas mesmo assim se ficares na frente pode ser que consigas uma foto, não é?
    É ela vem muitooo poucas vezes cá, gostava mesmo que ela viesse, estou a rezar para que venha.
    Ah, tu ouviste as novas músicas dos Jonas??? São muito perfeitas, eles foram burros em não lançar o cd.... Só não saiu Meet You In Paris, e eu gostava que tivesse saído....
    Posta logo hein
    Beijos <3

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  2. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah ooooo beijo agora ne ? ne ? ne? ne ? ne? Scrrrrrr to morrendo! Cara :') joe é um fofo e safado tbm . To apaixonada . Querooo o proximo capitulo logo u.u claro amor , quando eu tiver ideia boa eu te falo (engraçado que so tenho ideia boa pras fics do outro , as minhas que é bom nada :c ) . Ah e eu te entendo nesse negocio de vc nao estar tendo mt tempo pra postar :/ isso é tao chato. Mas a espera esta sendo recompenssada ;) bjao e abraços cap pft

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  3. arrumei um tempinho pra vir aqui,ah ta perfeito ;)
    bjo:Mayla

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  4. Tem selo para você no meu blog ;D
    http://semilovers2.blogspot.com.br/2013/12/selo.html

    Ps: tava sem tempo antes, mas agora vou começar a ler essa fic do início *-* Bjos.

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