Divulgação: sussurrantejemi.blogspot.com
_ Olá
princesinha.
Aquilo só poderia ser uma brincadeira de mau
gosto. Impossível!
_
Como que você invadiu meu apartamento? – gritei. Eu queria bater nele, mas
minha movimentação era bem debilitada.
_
Eu não invadi seu apartamento, eu fui chamado para vir aqui. – respondeu ele,
com um sorriso no rosto, ele estava se divertindo
as minhas custas.
_
Eu não te chamei. – gritei. Eu não conseguia me acalmar. Aquele menino sempre me
dava nos nervos.
_
Mas seu pai sim. – respondeu.
_
Jardineiro, saia daqui! – exigi, tentei dar uns passos à frente, apoiada em
minhas muletas.
_
Se não se importa, eu prefiro ser chamado de Joe... Não, para você é Joseph, eu
não te dou tanta intimidade assim... – disse ele, se aproximando de mim. _
Prazer, eu sou seu enfermeiro. – disse. Seu sorriso sínico na cara denunciava a
sua diversão em me ver daquele estado.
_
Como assim? – perguntei. _ Você é um zê ninguém, como que você pode ser
enfermeiro de alguém? Eu quero um enfermeiro de verdade, treinado e estudado. –
exigi.
_
Pois eu, ao contrario de você, fiz algo da minha vida e sou muito bem formado,
para sua informação. – falou grosseiramente. _ Eu tenho um diploma ok? – eu ri.
_ E você o que você tem mesmo?
_
Um pai rico. – respondi.
_
Que grande serventia em? Olha o que o papai rico fez. – disse ele. Que vontade
de avançar no pescoço dele e enforca-lo até a morte.
_
Meu pai está louco. – falei. _ Como ele foi capaz de contratar logo você? Ele
sabe muito bem que nos odiamos. – eu falei. Meu pai não era de ficar muito em
casa, mas uma das poucas vezes que ele estava lá, ele pôde presenciar uma
discussão entre mim e Joe, foi uma discussão feia, com direito a todos os
xingamentos pensáveis. Meu pai sabia que nos manter juntos não era algo muito
inteligente de se fazer.
_
Bom... Digamos que seu depoimento com os jornalistas hoje fora bem satisfatório
e por isso ele resolveu lhe dar este presente. – ironizou. Agora tudo ficou
claro, esta seria a vingança do meu pai, e era por isso ele estava
relativamente calmo no carro. Calei-me e olhei-o fixamente, ele ainda se
divertia pelo acontecido. Ele sabe que estou em suas mãos, necessitarei dele
para quase tudo. Isso o deixava feliz. Saber que agora quem estava no comando
era ele.
_
Pois fique sabendo, seu ‘plantadorzinho’ de couve, de meia tigela, é melhor
você me tratar muito bem, uma coisinha feita de maneira errada e eu mando meu
pai te dispensar.
_
Eu duvido muito que você consiga alguma coisa com seu pai tão cedo. – falou
Joseph.
_ Se eu fosse você não duvidava, você sabe que
meu pai faz tudo o que eu quero. – falei.
_
Pois eu duvido que essa história saia da mídia tão cedo e eu duvido mais ainda
que seu pai vá fazer algo para você antes da poeira abaixar. – contrapôs.
Digamos que ele estava certo, meu pai só voltará a fazer algo por mim quanto
ninguém mais comentar sobre o que eu disse, e realmente aquela história não
iria sair da mídia tão cedo. Joe riu ao perceber que eu não teria resposta para
ele. _ Então... Acho melhor você não ser mal comigo, porque eu meio que acho
que você precisará da minha ajuda para quase tudo. – falou divertido.
_
Saiba que se por acaso eu morrer, mesmo que meu pai me odeie, ele terá que
fazer você pagar. – deixei claro.
_
Fica tranquila, não vou sujar meu nome por tão pouco. – deu de ombros.
_
Saiba que eu ainda te odeio. – falei, entre dentes.
_
Eu nunca disse que te amava. – falou ele. _ Agora vamos parar com esse papinho
chato. Vou te ajudar a ir para o sofá. – disse ele, se aproximando de mim,
pronto para me apoiar.
_
Eu quero ir para o meu quarto. – falei sem nenhum humor. _ Eu consigo ir
sozinha, só leve minhas coisas. – falei e saí. Bom... Na verdade comecei a
tentar sair, velocidade não estava sendo meu forte agora, porém eu não
precisaria da ajuda dele, passei uma semana indo de cadeira de rodas para todos
os lugares, eu já não aguentava mais.
Quando
cheguei ao quarto, Joe já estava lá, já havia tirado as coisas da mala e as
guardava, deixou apenas os eletrônicos em cima da escrivaninha que lá tem.
_
Uau, até que o aprendiz de jardineiro é prestativo. – observei. Joe me olhou
irritado. Não me importei com seu olhar, fui direto para minha cama, a qual eu
sentia falta, todo aquele espaço e conforto, que eu não tive por uma semana
inteira. Assim que me joguei na cama senti todos os meus ossos doendo, assim
como sentir quando acordei no primeiro dia de hospital. Gemi. Fechei os olhos
tentando relaxar, para que a dor passasse.
_
Precisa de ajuda? – perguntou Joe.
_
Não. – respondi, abrindo os olhos, ele estava bem próximo a minha cama, pronto
para me ajudar, caso minha resposta tivesse sido ‘sim’.
_
Ok. – afastou-se um pouco. Ajeitei-me melhor na cama, com dificuldade. _ Eu vou
deixar você descansar por hoje, amanha nos faremos um pouco de fisioterapia. –
avisou-me
_
Não. – resmunguei.
_
Recomendações médicas. – explicou-me ele
_
Eu não ligo caso você não faça, eu juro que eu não direi a ninguém. – falei,
meio que ainda resmungando.
_
Eu estou sendo pago para fazer meu trabalho, e eu vou fazê-lo. – falou Joe,
serio. Saindo do quarto logo em seguida. Grosso. Eu estava tentando facilitar o
lado dele, eu aposto que meu pai o esta pagando uma boa grana, e sei que ele
receberá cuidando ou não de mim, contando que eu esteja viva.
Passei
o resto da tarde no computador, conversando com algumas amigas. Recebi algumas
ligações, inclusive de Travis, que se disse totalmente arrependido e prometeu
vir na tarde seguinte.
Nunca
fui muito de parar em casa, sempre estava saindo para algum lugar, eu gosto
muito de morar sozinha, mas, às vezes, a solidão e traiçoeira, ela pode lhe
trazer lembranças dos quais é melhor não lembrar. Como hoje estou
impossibilitada de me divertir, fiquei indo de um canto para o outro do meu
apartamento, e o melhor, obrigando a Joe a levar minhas coisas junto comigo.
Esta parte foi bem hilária, toda hora que eu gritava seu nome, ele vinha todo
preocupado, achando que eu tinha alguma coisa grave e no final era só para mais
uma vez me ajudar em algo. A cara de bravo que ele fazia é impagável.
Agora
eu estou na minha sala de estar, continuo no computador, estou conversando com
Vanessa, que inclusive foi uma das que me mandou mensagem, enquanto eu estava
no hospital.
_
Bom... – começou Joe, que estava sentando no mesmo sofá que eu, ele em uma
extremidade, eu em outra. Digamos que não começamos o dia bem, porém estávamos
nos suportando, tudo bem que toda hora um dava um jeito de provocar o outro,
mas até agora ambos estamos inteiros e vivos. Acho que isso já é um bom avanço.
_ Hora do banho. – anunciou. Fiquei olhando para ele, esperando o que ele
queria dizer. Eu sei muito bem o que é a hora do banho, antes que venho me
chamar de burra. O problema é que o tom de sua voz me deixou com a impressão de
que havia algo maligno me esperando por trás desta ‘hora do banho’. Joe
levantou-se e veio para o meu lado. Sem nem mesmo me pedir permissão, tirou meu
notebook do meu colo e foi me estendendo a mão. Continuei a olha-lo. _ Vamos? –
perguntou.
Levantei-me
com a sua ajuda e permiti que o mesmo me ancorasse até o meu quarto, lá ele
pegou minha toalha e a roupa que eu o indiquei, para que eu pudesse me trocar.
Como já era noite, iria já colocar meu pijama. Joe começou a rir do nada.
_
Serio? – perguntou ainda aos risos, ele estava com meu pijama na mão e eu encostada
à parede, perto da porta da minha suíte, com uma das minhas muletas. _
Joaninhas? – entendi, meu pijamas era de joaninhas.
O
que ele estava esperando afinal? Ok, talvez fosse um pouco infantil, mas é bem
fofo. Joaninhas são fofas!
_
Eu não estou achando graça nenhuma. – falei, indignada. _ O que você queria?
_
Sei lá. – disse, ainda rindo um pouco. _ Talvez algo menos... – tentava se
controlar. _ infantil?
_
Joaninhas são fofas, ok? – falei, esticando meu braço, para tentar pegar meu
pijama de sua mão, mas o filho de uma boa mãe afastou-se.
_
Quem diria, a rebelde sem causa usando pijaminhas fofos. – disse, fazendo a voz
mais irritante possível.
_
Você não disse que eu sou uma patricinha? Pois bem, acho que um pijama de
joaninhas é deveria ser permitido. – falei. Senti que meu rosto estava ficando
vermelho. Mas que merda! Eu não deveria ter vergonha disso!
_
Ok. Essa foi inesperada. Você sempre se auto intitula tão adulta e linda, achei
que era assim todo o tempo.
_
Você queria que eu fosse dormir de lingerie? – perguntei, sem nem mesmo pensar.
Joe não respondeu, mas nem mesmo precisava, a cara de safado dele já dizia
tudo. _ Você nem tente chegar perto de mim nessa noite. – ameacei-o,
apontando-lhe o dedo. Eu esperava causar um pouco de medo, talvez eu merecesse
um pouco de autoridade, já que eu sou meio que sua chefa, porém ele não
escondeu o riso de deboche. Maldito!
Cansada
de esperar ele parar de me irritar fui para dentro de minha suíte, sem nem
mesmo pegar meu pijama, não me importo em dormir com a mesma roupa que estava,
provavelmente sono para mim não será problema essa noite, já que na última
semana tive tão pouco tempo para dormir.
Eu
realmente não estava esperando essa, mas Joe entrou na suíte me seguindo.
Pensei que ele apenas iria deixar meu pijama lá e iria embora, afinal, eu iria
tomar banho. Porém, ele, com total tranquilidade, fechou a porta, com nos dois
lá dentro. Eu devo ter ficado encarando-o, esperando que ele saísse, por pelo
menos dois minutos.
_
Você já pode sair. – falei.
_
Você tem que tomar banho. – falou obvio.
_
Eu sei disso. Não sou mais criancinha, você não precisa ficar me vigiando para
saber se eu estou tomando banho certo ou não. – avisei-o.
_
Eu sei, eu estou aqui para ajuda-la. – falou. Só aí minha ficha caiu.
_
Você não acha que vai me dar banho, não é? – perguntei.
_
Vai ser bem difícil para você tomar banho sem ajuda. – falou ele. _ Se você
cair...
_
Você é um tarado! – gritei.
_
Eu sou seu enfermeiro e...
_
Isso não lhe dá o direito de me ver tomar banho! – continuei a gritar. Serio
que ele achava que eu iria permitir aquilo?
_
Eu sou completamente profissional...
_
Aé? Eu estou pouco me fodendo se você é profissional ou não. – gritei. _ Sai.
Daqui.
_
Demetria não dificulte as coisas para mim. – pediu, o mais calmo possível.
_
Você me chamou de Demetria? – perguntei e, pela sua expressão, pude ver que
dessa ver eu lhe causei medo. _ Você está afim de morrer?
_
Demi. – falou com calma, fazendo sinal de paz com as mãos.
_
Eu não te dei tanta intimidade, seu plantador de bananeira.
_
Então você quer que eu te chame como? – perguntou, alterando seu tom de voz.
_
Eu não quero que você me chame. Eu quero que você saia daqui! Agora! – gritei.
_
Tudo bem! Ok majestade! – gritou. _ Se você precisar de ajuda...
_
Eu não vou precisar. – garanti-o. Ele fez cara feia e saiu. Palhaço.
Eu
não sei exatamente o porquê, mas pareceu-me bem mais fácil colocar meu short de
manhã, do que tira-los, agora. Talvez... Mas só, talvez... Seja pelo fato de
que de manhã eu tive ajuda das enfermeiras do hospital. Minha perna, apesar de
firme e movimentável, ainda doía quando firmada ao chão. Eu não podia ficar de
um pé só para poder tirar meu short, não podia simplesmente abaixa-lo, já que a
tala me atrapalharia. Eu não conseguia firmar o meu pé com a tala ao chão. E
por algum motivo, eu não estou conseguido tirar a tala! Ela é removível, eles
me falaram que é e até me ensinaram como tirar. Eu só não prestei atenção... Eu
não achei que realmente seria útil prestar atenção naquelas informações.
Pensei
errado.
Se
eu achei que já estava ruim é porque eu não tinha uma bola de cristal, para ler
o futuro.
Ao
tentar me equilibrar na tala, na esperança de que, ao conseguir tirar a perna
sem tala, eu teria maior facilidade em tirar a que estava com tala, eu acabei
me desequilibrando e caindo de bunda no chão. Pode parecer engraçado, mas é
patético. Como eu vou me levantar deste chão agora? A porra da muleta está meio
longe de mim.
_
Joe. – gritei. No fim eu teria que ceder e pedir-lhe ajuda. _ Joe. – tornei a
gritar.
_
Oi! – pude escutar seu grito, provavelmente ele estava bem atrás da porta, pois
sua voz estava bem perto.
_
Eu vou precisar da sua ajuda. – falei alto.
_
O quê? Eu não escutei!
_
Eu vou precisar da sua ajuda. – gritei.
_
Mais alto, acho que eu estou quase entendendo. – gritou. Eu sabia que era
mentira, ele estava me escutando muito bem, mas ele é infantil de mais para
deixar escapar a oportunidade de me humilhar. Bufei.
_
Eu vou precisar da sua ajuda. – repeti, o mais alto que eu pude.
_
Ah, que pena, pensei que você tinha tido que não precisaria da minha ajuda. –
falou ele divertido.
_
Joe, por favor. – pedi.
_
Não. – respondeu simplesmente.
_
Joe! – gritei.
_
Daqui a pouco eu volto. – falou.
_
Joe! – chamei, ele realmente iria me deixar naquele estado? _ Joe! – tornei a
gritar. Nenhuma resposta.
Quem
esse jardineirozinho esta pensando que é?! Como ele se atreve a me deixar
assim?!
Pois
bem, se é assim que ele quer.
Agora
é guerra.
CONTINUA...
Capítulo postado, espero que tenham gostado J
Não se esqueçam de comentar/avaliar
Bjss
Scarleet
Santos: HAHA realmente, agora sim a fic vai esquentar. Muito obrigada por
comentar. Divulgado J.
Bjss
Yumi
H. e Rafa S.: De nada linda, postado, eu espero que tenha gostado. Bjss.
Taynara
Miranda: Fico muito feliz em saber disso :D. Muito obrigada por comentar.
Bjsss
Comentario
capítulo 07:
Juh
Lovato: Realmente dá muita raiva, mas ainda tem muito mais, então se segura
aí linda. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
AAAAH AMEI,AMEI,AMEI TA MUIIITO PERFEITOOOO JEMI *O*
ResponderExcluirAgora a coisa ta ficando boa, cara eu ri pakas kkk ta lindjo muito lidjo kkkk
beijinhos e poste logo u.u é uma ordem -sqn u.u
Tá perfeito o capítulo *---*
ResponderExcluirPOSTA LOGO!!!!
Quero saber o que a Demi vai fazer pra revidar hahaha
Bjos
Acompanho o seu Blog a pouco tempo e já estou amando!
ResponderExcluirToda vez que eu leio e acabo rindo sozinha, só de imaginar a cena kkkk...
Amei esse cap!! posta looogo!!
Eu tbm escrevo uma fic Jemi, se vc poder dar uma passadinha e se gostar divulgar eu agradeço =)
http://ahistoria4ever.blogspot.jp/
xoxo
Estou curiosa e com medo do que a Demi vai fazer. "Agora é guerra".
ResponderExcluirO que vai acontecer?
Posta logo! É uma ordem!
Beijos.