domingo, 2 de junho de 2013

8º CAPITULO “Olá princesinha” – Aprendendo a Amar





_ Você vai perceber que não. Deixe as coisas se acalmarem, você vai ver que tudo ficará melhor...

Grande dia! Hoje, definitivamente, é um grande dia. Após uma semana presa naquele hospital, eu, enfim, poderia sair. Eu já conseguia mexer minha perna esquerda, ela ainda doía um pouco, mas pelo menos eu já a movia e podia assim ficar de pé, apoiada a uma muleta, já que minha perna direita ainda estava na tala ortopédica, e assim ficará por pelo menos três meses.
_ Demetria minha filha. – chamou-me meu pai, todo feliz, ao entrar em meu quarto, da maneira mais escandalosa possível. Eu estava sentada em minha maca, eu já estava pronta para ir embora, nada extravagante, um short jeans e uma blusa regata branca, deixei meus cabelos soltos, pois eu ainda tinha algumas escoriações pelo corpo, e muitas delas estavam em minha face, por sorte não é nada que não saia com o tempo, porém são horrendas, a meu ver. Olhei-o de cima a baixo, sem entender o motivo da felicidade, eu sei muito bem que ele não esta feliz em me ver e até onde eu tenha percebido, não há nenhuma câmera ali para gravar esse momento, mostrando ao mundo. Portanto sua maneira de agir, realmente foi assustadora.
_ Você esta bêbado? – perguntei. Ele tinha os braços abertos, como se estivesse esperando meu abraço.
_ Que isso filha? Eu estou totalmente bem. – falou, abaixando os braços, ao perceber que eu não iria abraça-lo. _ Então... Preparada para a coletiva de imprensa? – perguntou todo animado. Claro que tinha alguma coisa.
_ Sabia que tinha algo de errado com sua chegada feliz. – falei, pegando as muletas, que estavam apoiadas na cama, pronta para poder partir.
_ Ei, calma aí Demetria. – disse ele, me impedindo de levantar. _ Vamos conversar um pouco.
_ Eu sei muito bem o que você quer, que eu tente limpar o nome da família. Tudo bem. – respondi.
_ Também... Mas há mais coisas. – falou. Tornei a deixar as muletas de lado e esperei que ele falasse. _ Bom, para o seu melhor conforto, como sei que você não vai querer voltar para casa, eu contratei um enfermeiro para cuidar de você, te dar toda a assistência necessária, enquanto você estiver com essa tala e também para continuar com a sua fisioterapia. – disse ele.
_ Mas não era Maria que iria ficar responsável a mim? – perguntei, eu estava esperando por isso, já que eu havia pedido a ela para que pedisse ao meu pai permissão para cuidar de mim.
_ Não, Maria tem que cuidar da nossa casa, tem Madison, não vai ficar ocupando o tempo dela com você. – falou, como sempre muito sutil. _ Mas fique tranquila, você irá gostar do enfermeiro. – finalizou.
_ Ok. Só isso? – perguntei.
_ Demetria, você realmente sabe o que você tem que falar para os jornalistas, não é? – perguntou.
_ Claro que sei. – respondi obvia. Saber eu sempre soube, resta saber se eu vou fazer.
_ Saiba que você passou dos limites desta última vez, caso você fizer alguma coisa errada, não terá perdão. – falou ele. Eu já tinha escutado esta frase tantas vezes...
_ Tudo bem pai. – respondei, tranquilamente. Ele que me aguarde...

(...)

Menos mal, a coletiva de imprensa seria feita no saguão do próprio hospital. Na bancada, eu meu pai e Dr. Cullen, qual deve ter recebido uma grande quantia em dinheiro para poder concordar com toda aquela mentira.
Meu pai era só sorriso e abraço, parecia um pai orgulhoso, que acabara de ver a filha ganhando uma medalha em alguma competição importante. Pura fachada.
As perguntas chegavam aos turbilhões, a maioria era dirigida a meu pai e ao Dr. Cullen. Eu esperei calma, ciente que logo chegaria a minha vez de falar. E sem duvidas eu iria falar. Tudo o que eu tenho vontade.
_ Senhorita Demetria! – chamou-me um dos repórteres, eu poderia reclamar pelo fato de ter me chamado pelo meu nome verdadeiro, mas naquele momento eu não faria isso, por um simples motivo...
_ Sim. – respondi.
_ O que a motivou a falar para seu pai continuar trabalhando ao invés de vir ficar ao seu lado no hospital? Você é filha dele e tem o direito de exigir sua presença, não é? – perguntou.
_ Bom... Essa é uma boa pergunta, porque, na verdade, eu nunca disse isso para meu pai. – falei, sem hesitar. Um murmurinho intenso começou no saguão. Dr. Cullen, que até agora seguia a mentira do meu pai, olhou-me assustado, e meu pai, bom... Meu pai estava prestes a me matar.
_ Senhor Lovato, o que você tem a dizer sobre a declaração de sua filha? – perguntou um dos repórteres, o murmurinho que havia se iniciado, após a minha fala, finalizou-se no mesmo momento, todos queriam escutar a resposta de meu pai.
_ Ela vem tomando alguns remédios muito fortes, isso pode afetar a memoria. – esclareceu. Todos olharam para mim, com se esperassem minha confirmação.
_ O meu caso não precisa de remédios para tratamento. – falei.
_ Ela não sabia que estava tomando esses remédios, eles são manipulados em sua alimentação. – meu pai contrapôs, imediatamente. _ Não é Dr. Cullen? – perguntou meu pai.
_ Claro. – limitou-se a responder. Ele parecia bem surpreso com minha atitude.
_ Senhor Lovato, sua filha esta com algum problema mental? – perguntou outro repórter.
_ São remédios para dores apenas, nada de mais, minha filha continua sã. – respondeu ríspido, meu pai estava vermelho de raiva. Provavelmente hoje é o dia da minha morte.
_ Senhorita Lovato, você se sente consciente neste exato momento? Você não acha um pouco abusivo estar passando por tais perguntas estando em um estado de dope? – perguntou outro jornalista.
_ Eu me sinto muito bem, eu estou em total controle do meu ser, não sei porque meu pai disse isso dos remédios, porque eu tenho certeza que não há nada disso. Enquanto a segunda pergunta... Eu já estou acostumada, sempre foi assim... – respondi. Eu ria internamente. Eu não olhei para o meu pai enquanto respondia, mas eu sei que ele deve estar em convulsão, só isso já me bastava.
_ Senhorita Demetria! – chamou-me uma jornalista. Sei que ela é do jornal na qual vi meu pai dizendo todas aquelas baboseiras. Ótimo – pensei. _ Você viu o que seu pai disse no nosso jornal? O que você tem a dizer sobre sua declaração? Ela é falsa ou verdadeira? – perguntou. Maravilhoso!
_ Por sorte eu cheguei a ver esse dia, pude ver a declaração do meu pai do inicio ao fim, e posso te garantir que ela foi falsa do inicio ao fim. – respondi.

(...)

Estávamos agora dentro do carro de meu pai, eu estava sentada ao seu lado, no banco de trás. Ele encerrou a coletiva após minha resposta e até o momento ele não falou nada comigo, nem um grito, nem uma agressão, apenas falava no telefone, parecia ser algo urgente, não pude escutar muito, apenas sei que ele parecia estar querendo a demissão de alguém ou trocar algum funcionário, não dei muita boa, pois o que estava realmente me matando era o fato dele não estar me xingando. Isso assusta um pouco, meu pai nunca foi controlado, não é agora que ele seria. Ele estava aprontando alguma coisa, e não era coisa boa.
Não estávamos mundo longe do meu apartamento, apenas duas quadras de distancia.
_ Eu posso saber que merda foi aquela? – berrou. Musica para meus ouvidos. Ele tinha tentado se controlar, mas eu sabia que uma hora ele iria explodir. O pobre motorista que foi pego de surpresa, com o susto deu um pulo do banco do motorista, para nossa sorte estávamos parado no sinal vermelho, pois, se ao contrario, provavelmente eu estaria preste a voltar para o hospital.
_ O que? – fingi de desentendida. Minha voz de sínica, apenas o fez piorar.
_ Não se finja de burra garota, eu sei muito bem que você não é, sua peste! – continuou a berrar.
_ Bom, eu resolvi falar a verdade. – dei de ombros.
_ Sua imprestável. – gritou e meu deu forte tapa na cara.
Eu estava esperando pelos gritos e pelos xingamentos, mas eu não estava esperando pelo tapa.
Não a primeira vez que ele me agredia, um tapa nem era tão ruim assim. Mas acho que pelo fato de eu estar alguns anos fora de casa, esqueci-me que ele pode ser bem violento quando quer.
_ Você vai se arrepender de me ter feito tudo aquilo sua inútil. É melhor você não precisar de mim para nada tão cedo. – gritou. Eu não respondi nada. Seu tapa doía em minha face, provavelmente estava vermelho. Meu pai é um monstro de tão grande, poderia ser apenas um tapa, mas para mim foi forte, muito forte. Eddie voltou a se calar, sua raiva tinha sido extravasada, pelo menos uma boa parte dela.


O motorista entrou no estacionamento de meu prédio. Saiu do carro, abriu a posta para meu pai e para mim, e também me ajudou a sair e me equilibrar na muleta.
Subimos pelo elevador, ao ritmo de um silêncio mortal, ninguém dizia nada, ninguém fazia nada, todos sabiam que um respirar muito forte poderia ser a faísca para explodir a bomba.

Último andar, cobertura. As portas do elevador se abriram e eu pude entrar em meu apartamento.
Lar doce lar.
Meu apartamento não é qualquer apartamento. Digamos que fui bem exigente na hora de escolher o que eu queria. A sala é gigantesca, com sofás bem confortáveis, e alguns pufs, um raque chique e moderno, em que se localiza uma TV 42’’ e um som bem potente, pronto para agitar minhas festas. No canto direito há um bar, com algumas bebidas. A típica cozinha americana, toda mobiliada, com o melhor e de mais moderno que se pode ter. Bom... A cozinha é meio abandonada, digamos que eu não sei fazer nada, apenas pipoca de micro-ondas. Três quartos, com suíte, com banheira, além das suítes ainda tem um banheiro, bem luxuoso. Camas Box de casal, em todos os quartos. Uma varanda com um vista fantástica para a melhor parte de Beverly Hills. Meu apartamento é bem iluminado e bem aconchegante, combina o clássico com o que há de mais moderno. Simplesmente perfeito.
 
O motorista deixou a minha mala, com as poucas coisas que eu tinha no hospital no chão, e foi para fora.
_ Espero que goste do enfermeiro. – desejou meu pai, saindo logo em seguida, virei-me em direção da porta, para poder o ver partir. Algo no tom de voz de meu pai me deixara preocupada, parecia ter um tom sínico e divertido. Nada bom. O que ele queria dizer-me com aquilo?
Assim que a porta se fechou eu tornei a olhar para dentro, meus movimentos estavam limitados, e seja lá quem fosse esse enfermeiro, é melhor que chegue logo, pois caso ao contrario, provavelmente minha mala ficará lá, no mesmo ponto que o motorista deixou, durante os três meses.
Comecei a “andar” até o sofá, a procura de descanso, mas antes mesmo de chegar ao meu destino, parei de imediato, pude repara alguém, jogado em meu sofá, não dava para ver muito, apenas parte de sua cabeça estava visível, no ponto em que eu estava no momento. Quem era aquela pessoa?
_ Seja lá quem você for, saiba que eu estou armada. – gritei, com medo de ser um ladrão. Eu sei que não estou armada, bom... Eu tenho uma muleta, e posso usa-la caso necessário. A pessoa que estava jogada em meu sofá deu uma gargalhada. Ok, isso já estava me dando medo. _ Eu não estou brincando. – gritei novamente, o medo já tinha tomado conta de mim, minha voz não convenceria nem mesmo a um cachorro filhote. A pessoa se levantou, estava vestido todo de branco, seria ele meu enfermeiro?
Não! Não! Não.
_ Jardineiro?
_ Olá princesinha. 

                CONTINUA...


Postado, espero que tenham gostado. Agora a historia vai começar a ficar mais interessante, assim espero.
Não sei que dia que eu poderei postar novamente, mas me deem um prazo até quinta J
Ah, outra coisa, decidi que será um fic mesmo, nada de mini-fic, não sei quantos capítulos terá, mas posso dizer que ainda vai demorar.
Não se esqueçam de comentar/avaliar
Bjssss.




Yumi H. e Rafa S.: Postado. Muito obrigada por comentar. Divulgado ;) Bjss
Sammara: Fico muito feliz em saber que você esta gostando. Muito obrigada por comentar. Bjss.

Silvia: Que bom que gostou, bom... Não sei se ajudei muito com esse fim, não mande a bomba ainda não haha. Muito obrigada por comentar. Bjss. 

3 comentários:

  1. Agora vai ficar mesmo interessante haha, Joe como enfermeiro? essa eu quero ver kk
    Poderia divulgar meu blog? sussurrantejemi.blogspot.com
    Posta logo! beijos

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  2. Obrigada por divulgar *-*
    Joe é o enfermeiro dela...!!!! hahaha
    Posta logo!!
    Bjos

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  3. Cara que perfeito já viciei pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeee posta mais!!

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