“Livre” – pensou
Demi consigo mesmo. Não era tudo o que ela queria, mas já era um bom começo.
Agora deveria ser umas cinco da madrugada, eu
e meus amigos tínhamos ido para o interior do estado da Califórnia para
participar de uma festa e agora estávamos voltando para a cidade. Tenho que
admitir, às duas horas que passamos sentados dentro do carro valeram a pena, a
festa foi ótima, a música era contagiante, o DJ era perfeito - era lindo e
talentoso, sem duvidas eu o chamaria para a próxima festa eu for organizar -,
confesso que nem prestei muita atenção na comida, comi apenas alguns doces que
tinham lá e sei que tinha pizza e salgadinhos, o que eu estava interessada
mesmo era a bebida, e nisso com certeza acertaram em cheio, cerveja, coquetéis,
caipirinha, vodca, tequila, todos os tipos de bebida, tudo com fartura, enchi a
cara, bebi até não conseguir mais levantar-me do chão. Sei que isso não é nada
elegante, minha mãe se me vesse naquele estado entraria em pânico, começaria a
gritar pedindo para eu não gritar, para sentar-me elegantemente, para eu não
ficar me esfregando nos gatinhos que tinham na festa, mas eu estou pouco me
lixando para o que ela diz, ela passava pouco tempo comigo, mas o tempo que
passava era sempre assim, queria que eu me comportasse como uma princesa, eu
sou uma princesa, tenho tudo o que uma princesa tem - se duvidar até mais -,
tenho a beleza e dinheiro de uma princesa, mas estou longe de me comportar como
uma. Ficar me comportando é a ultima coisa que eu quero, tudo aquilo era muito
chato, se ela quisesse um filha perfeitinha definitivamente seria da função da
Madison, minha irmã mais nova, eu não a odeio, digamos que essa é uma palavra
muito forte, mas definitivamente eu não gosto dela, ela nunca fez algo de mal
para mim, ela sempre me tratou até bem de mais, mas sei lá, ela é bem chatinha,
paradinha de mais, não fala nada, não reage, parece uma mosca morta, eu não
gosto de pessoas assim, para mim as pessoas tem que ter personalidade, tem que
ser ativas, falar tudo o que pensa, fazer tudo o que quer, pessoa que não são
assim é apenas um peso morto a mais perambulando pela terra.
Mas
voltando a falar sobre a festa, digamos que novamente Vanessa acertou em cheio.
Vanessa Hudgens é nada mais nada menos do que a filha do maior diretor musical
da América, conseguiu ser mais rica que meus pais juntos, mas ainda sim é super
legal e se tem uma coisa que ela sabe fazer é festa, nunca me decepciono por ir
a uma organizada por ela, provavelmente a mais simplesinha que eu já fui não
custou menos que 900 mil.
Nem
mesmo o fato desagradável de ter encontrado com Selena me deixou mal. Selena é
uma zé ninguém que teve a sorte de ficar rica de um dia pro outro, após a mãe
dela conseguir ganhar um premio na loteria sozinha. Mas era mais que claro que para
todo mundo ela nasceu para ser pobre, o lugar dela nunca foi com os da elite, mesmo
ela insistindo em se infiltra nela. Tudo bem que eu me aproveitei bastante
dela, na época de escola estudávamos juntas e ela sempre foi aquela nerd do
tipo que chora por ter perdido um decimo na nota – eu sei, lamentável, eu
sempre organizava uma festa quando eu tirava nota maior que a media e a menina
reclama por décimos? – Sempre que tinha algum trabalho ou prova em dupla
fazíamos juntas, eu fingi ser amiga dela e o pior é que a lerda realmente
acreditou que gostava dela, ficava andando junto com o meu grupo sempre
comparecia as minhas festas e nas festas que eu ia, mesmo que ela fosse a única
que não bebesse nada e ficasse sentada em um canto enquanto todos os outros
dançavam ou se pegavam no quarto, não duvido nada que ela ainda seja BV. O
problema maior talvez seja que ela ainda ache que eu sou amiga dela, desde que
me formei no terceiro ano nunca mais disse um oi com a garota e ela chegou
falando comigo na festa como se fossemos melhores amigas, ignorei-a na hora.
Até onde eu sei ela está fazendo faculdade de engenharia, espero que passe e vá
para bem longe de mim...
Bom,
não me apresentei da maneira correta, meu nome é Demi, sim, esse na verdade é
meu apelido, mas nem queira saber qual é o meu real nome, odeio que me chamem
pelo nome original. É odeio mesmo. A palavra é forte e o ódio que eu sinto por
quem me chama por meu nome original também é. Eu tenho 20 anos e moro em um
apartamento de solteira luxuoso em Beverly Hills. Eu não estudo e nem pretendo
estudar futuramente, tive a sorte de nascer em uma família que é rica, e meus
pais fizeram questão de acumular uma grande fortuna no banco, eu sei bem que
terei uma vida cheia de luxo sem nem mesmo precisar pensar em trabalhar, por
isso não irei gastar meu precioso tempo afundando a cara nos livros.
Meus
pais ficaram bem irritados quando os disse isso, meu pai principalmente, ele
tentou fazer de tudo para me convencer, brigou, ameaçou, mas no fim tudo voltou
a ser como sempre é, ele continua fazendo o que eu quero.
Eu
amo musica, adoro mudar o visual, amo pintar o cabelo ou fazer uma tatuagem a
mais, se eu pudesse fazia tatuagens pelo corpo todo, mas sempre que faço uma
meus pais ficam uma fera e isso não é muito bom, pois por mais que eu saiba que
nada vai mudar, nos primeiros dias eles ficam bem bravos e se recusam a dar-me
alguma coisa, isso não dura mais que uma semana, mas eu prefiro evitar.
Adoro festas, amo ficar bêbada, pode parecer
estranho alguém dizer isso, mas é legal, a bebida é boa e relaxa, me tira de
mim, me leva para outra dimensão, eu não sei nem mesmo explicar, mas o que
importa aqui, eu gosto de beber, amo festa, sempre que há uma eu vou, não
importa qual seja o dia, não importa onde, nem mesmo a hora, se é festa eu
quero ir. E se tem festa, eu tenho que estar junto aos meus amigos, Trace e
Miley, os dois são irmão, eles se parecem muito, apesar de Trace ser totalmente
coberto pelas suas tatuagens, ao contrario de Miley que tem apenas algumas, e o
cabelo de Trace que é pintado de tinta preta, e Miley é loira, apesar destas
diferenças, se olharem bem se pode ver muitas similaridade entre os dois,
inclusive a personalidade, os dois sabem o que querem e não se deixam abalar
pela opinião dos outros; Hanna é minha amiga desde sempre, ela é outra que é
tem uma boa personalidade, de todos, ela é a mais correta, a que menos bebe, a
que menos faz palhaçada, mas ainda sim eu a amo e nos damos bem; Alex é uma
grande amiga, ela de todos é a única que trabalha, ela é dançarina, se você
olha a garota rebolando você entende o porque de sua agenda estar sempre
disputada, nada que a impeça de curtir quase todas as festas; Travis é um cara
muito legal, animado, e assim como eu, não recusa uma festa e bebida, o seu
único problema é o fato de ser muito mulherengo, sei que isso é normal, é de
sua masculinidade, mas as vezes é chato, todo dia ele está com uma garota
diferente. Não, eu não estou apaixonada por ele, portanto, este meu incomodo
com o jeito galinha de ser do Travis não é ciúmes, tá bom que eu já dei uns
pegas nele, mas nunca foi nada serio, eu nunca levei um relacionamento a serio.
Não
venha dizer que eu sou safada, não é isso, eu não brinco com ninguém, nem saio
trocando de namorado toda semana, eu só não namoro, por um motivo simples, eu
não creio no amor.
Eu
realmente acho que amor é apenas uma palavra criada por algum desocupado que
hoje virou desculpa para vários atos idiotas e por dominar as pessoas. Prova da
minha teoria é que eu cresci escutando que não existe nada mais poderoso e
sincero que amor de pai e mãe. Essa é a maior bobagem de todos os tempos! Meus
pais nunca me amaram e se por acaso o que eles passaram para mim foi amor, eu
tenho mais do que razões para reprimir este sentimento na minha vida.
_
Travis, tem como você ir mais rápido? -
perguntou Alex. _ Eu tenho que estar em Hollywood às 9 horas para uma proposta
de contrato, e eu ainda tenho que me arrumar e me aquecer.
_
Se a Demetria não se importar em receber algumas multas no carro dela. –
respondeu ele. O carro era meu, mas quem estava dirigindo era o Travis, porque
entre todos eles era o que estava menos bêbado. Trace estava desmaiado no banco
de trás, Miley estava em seu momento ressaca, dando patada em todo mundo, Hanna
não tinha bebido mais que dois coquetéis durante toda a festa, mas ela nunca
gostou de dirigir, mesmo tendo tirado a carteira de motorista, ela só dirigira
uma vez, por uma causa de extrema necessidade; Alex estava mais lucida que eu,
mas digamos que isso não quer dizer muito, principalmente depois desta festa,
eu acho que foi a festa que eu mais bebi em toda minha vida.
_
É meu pai que vai pagar mesmo. – dei de ombros. Travis é um ótimo motorista,
por várias vezes participou de rachas e saiu ganhador, então se há uma pessoa
que eu me sinto segura quando estou dentro de um carro com, é Travis. Escutei o
motor pedindo macha e pela fresta da janela aberta ao meu lado, pude perceber
que o vento entrava mais rápido, nos estávamos a 110 km/h, eu me sentia voando,
meu carro, Cherokee vermelho, mimo do meu pai no meu aniversario de 19
anos, tem uma potência e conforto invejável.
_
Tudo bem que você esta com pressa, mas precisa ir tão rápido? – perguntou
Hanna.
_
Que foi, esta com medo? – perguntou Travis, divertido.
_
Eu estou falando serio Travis. Não estamos em uma rodovia, há outros carros e
daqui a pouco as ruas vão encher de carros e pessoas indo para escola ou
trabalhar. Não sei se vocês se lembram, mas hoje é segunda-feira, a rua não
será só nossa. – Hanna, muito boa pessoa, mas tão medrosa e sempre tentando dar
uma de certinha, isso é bem chato, o que custa deixar-se quebrar umas regras
vez ou outra? Nada, apenas história para contar.
_
Cala boca Hanna. – eu disse.
_
Vaca anã. – respondeu-me ela.
_
Vai ciscar galinha. – respondi. Todos começaram a rir. A amizade é tudo, não é?
_
Mas serio, eu acho que você deveria abaixar a velocidade só um pouco. –
continuou a reclamar. O idiota do Travis virou-se para trás para poder olha-la.
No
carro estávamos Travis, no banco de motorista; eu, no banco dos passageiros ao
lado do motorista e Trace, Miley, Alex e Hanna, no banco de trás, Hanna estava
bem atrás de mim, na janela, portanto Travis não teve que se contorcer tanto para
poder ver a Hanna.
_
Travis o que você esta fazendo? Serio, olha para frente seu louco! – gritou
ela.
_
Ah! Para de gritar! – reclamou Miley.
_
Vem cá medrosa, vou te dar um beijo na testa para você confiar em mim. - falou
Travis. Isso não era para fazer sentido mesmo não, lembre-se ele estava bêbado,
suas idiotices poderiam ser justificadas por isso.
_
Eu não estou brincando! – gritou mais alto.
_
Se você gritar de novo eu meto a mão na sua cara. – reclamou Miley novamente.
Alex, Travis e eu gargalhamos.
Deixando
a cena deles de lado, tornei meu olhar para frente.
Tarde
de mais para que meu grito de pavor fizesse algum efeito...
CONTINUA...
Postado. Espero que tenham gostado.
Provavelmente só voltarei a postar no sábado ou domingo, tenho alguns trabalhos
de escola para fazer :\
Não se esqueçam de comentar/Avaliar.
Bjsss.
Juh
Lovato: Isso não é nada, eles já aprontaram muito mais... Que bom que
gostou. Bjss.
Natalia_Lovato:
Que bom que gostou. De nada, você mereceu. Bjss.
Yumi
H. e Rafa S.: Fico muito feliz em saber disso :D Postado, bjsss.
Ai meu Deus, eles bateram o carro!!!
ResponderExcluirPosta logo
ahhhh .. isso td q a demi é . é por causa dos pais ... acho q essa riquesa deles ñ vai durar por muito tempo e ela vai ter q ralar.
ResponderExcluirpooosta logoo