terça-feira, 15 de janeiro de 2013

5º CAPITULO “Os heróis da pátria” – AMOR E GUERRA


Aquela cena já fazia parte da vida daquela família, eles viviam entre encontros e despedidas.
Eddie foi embora junto à filha e enquanto estavam no carro, dirigido por Demi, conversavam.
_ Ele não vai ficar com você? – perguntou Eddie a Demi.
_ Não sei. – respondeu. _ Ele não me deu muitas garantias, só disse que irá pensar.
_ Você quer que ele fique? – perguntou.
_ Sim, muito.
_ E ele sabe que você quer.
_ Sim. – disse Demi, apesar de Eddie não ter feito uma pergunta. _ É por isso que estávamos meio mal na hora do almoço. – concluiu.
_ Você sabia que seria assim. – lembrou-a. _ Eu lhe disse que vida de mulher de soldado não era fácil.
_ Eu sei... Eu sei que você me avisou. Mas agora já é tarde, eu amo o Joe e não me arrependo de tê-lo escolhido.
_ Eu sei que você o ama, ele é um bom homem, mas você sofre Demi.
_ Mas também sou feliz, sempre que ele está comigo eu sou feliz. – Eddie não disse nada, os dois ficaram em silêncio por mais alguns quilômetros. Depois, quando estavam parados em um sinal vermelho, Demi pode ver um sorriso fraco no rosto do pai. _ O que foi? – perguntou. Eddie, que até então olhava para frente, olhou para filha. _ Porque está sorrindo?
_ Eu acho que estou ficando velho. – falou. Demi riu.
_ Não exagere pai.
_ É serio. Lembro-me de sentir-me velho quando você se formou no terceiro ano e depois me senti mais velho ainda quando se formou na faculdade, depois quando você se casou e agora...
_ Para de drama pai, você ainda é jovem, olha seu rosto, quase não tem rugas e seu cabelo e você não nem tem cabelo branco direito. – observou Demi, seu pai já tinha uma idade avançada, mas talvez por genética, nem seu rosto e nem seu cabelo transpareciam a mesma idade que tinha na certidão de nascimento.
_ Ainda sim, tenho dois filhos grandes e agora eu vou tem neto.
_ Você não está feliz com isso? – perguntou Demi, preocupada, o pai não a tinha convencido de que estava feliz na hora do almoço.
_ Eu estou feliz Demi. – assegurou-a. _ Eu não sei muito sobre o que esperar como avô, mas eu sei que vou amar. – disse. _ Porem eu estou preocupado com você. – Demi não disse nada, apenas ficou escutando o pai. _ Mesmo com o Joe vindo por alguns dias você praticamente criará esta criança sozinha, e isso não é fácil. – disse Eddie, ele sabia muito bem do que estava falando.
_ Ele pode mudar de ideia pai. – falou Demi. _ Ele me prometeu que iria pensar. – Eddie de primeira não disse nada, só parou um pouco e ficou observando a filha enquanto ela dirigia, depois respirou fundo e disse.
_ Ele também disse que iria pensar em desistir de se inscrever para o exercito depois do casamento. – lembrou-a.
_ Desta vez é diferente. – falou Demi, em baixo tom, ao retornar essa lembrança sua confiança de que talvez Joe voltasse para casa diminuiu drasticamente.
_ Eu só espero que você não esteja se iludindo de mais, não procure sofrimento desnecessário. – depois desta fala os dois ficaram em silêncio até chegarem à casa de Eddie. _ Você quer que eu mande Logan ficar com você? Eu não vou ter muito tempo na oficina, mas se você quiser, eu também posso dar um jeito. – sugeriu.
_ Não, amanhã eu já volto a trabalhar e Denise não me deixará ficar desamparada. – falou.
_Tudo bem, já que é assim. – falou. _ Tchau minha filha. – despediu-se Eddie, se aproximando de Demi e a dando um beijo na testa.
_ Tchau pai. – respondeu, recebendo o carinho do pai de olhos fechados.

Depois de deixar o pai em casa, Demi logo chegou a seu apartamento, entrou e foi recebida com carinho pelo cachorrinho, sentou-se no sofá e olho em volta, sua rotina estava de volta, Joe não estava mais lá, ela estava sozinha novamente. Uma lagrima solitária saiu de seu olho.

JOE
Eu ainda estava no avião e já haviam se passado quase duas horas de seu decolo. O voo em que eu estou está bem vazio, tanto que eu estava sem ninguém sentado ao meu lado, eu fiquei sentado na cadeira da janela e a deixei aberta e estava a olhando, eu não via muito mais que nuvens ou as luzes da cidade. Eu não ligo pelo fato de não ter ninguém ao meu lado, mas eu tinha um vazio no meu peito, talvez uma presença ao meu lado a fizesse parecer menor... Não, na verdade não faria diferença, na realidade de nada mudaria o que sinto, a minha cabeça e o meu coração ainda estava com aqueles que eu deixei em terra, minha mãe, meu pai, minha mulher, meu filho, é deles que, mesmo há pouco tempo longe, sinto falta, é sempre assim.
Eu nesse momento estava indo a uma base do exercito inglês, antes de eu tirar licença estavam planejado fazer uma parceria com o exercito inglês para que houvesse um grande ataque a uma base, que a pouco foi descoberta, do Talibã. Eu nunca lutei com o exercito inglês, tampouco sei sobre eles, e confesso que não estava muito animado com isso, não sei se realmente há a necessidade de aliarmos a qualquer outra força, o exercito americano é grande e forte o suficiente para dar conta do recado, porem eu sou, ainda e por pouco tempo, um soldado, não sou um comandante, mas um dia ei de me tornar um, não posso comandar as escolhas superiores, tenho apenas que torna-las realidade.
_ Ora se não é o soldado Joseph. – disse um homem se sentando ao meu lado, logo o reconheci se trata de John, não somos os mais amigos um do outro, mas nos damos bem, temos muito em comum, assim como eu ele é soldado e isso sempre foi o seu desejo desde que era garoto, porem, apesar da similaridade na historia, nós estamos em patamares diferentes, John já tem seus 32 anos, 12 deles no exercito, já era um veterano, poucos conquistam tão marca. Ele já tem sua família e não demoraria muito para ter sua patente aumentada, muitos ainda se perguntavam o porquê disso já não ter acontecido, John é um homem forte, de pele morena clara, sempre andava com o cabelo curto e barba feita, o que não é tão comum quando se fica meses na base, em tempo de batalha mais intensa costumamos voltar para casa quase que como mendigos, sujos, com barba grande e um pouco machucados.
_ Eu mesmo. – confirmei. _ Como vai soldado John? – perguntei, educadamente, o olhando.
_ Pelo que pude observar de longe, melhor que você, eu acredito. – respondeu, esqueci-me de comentar, ele não era de enrolar na hora de falar, direto, sincero e observador, são os adjetivos ideais para descrevê-lo. _ O que passa com você Joseph?
_ Já estou a sentir saudades da minha família. Apenas isso. – respondi.
_ Não me trates como idiota soldado Joseph, sei que não é só isso que se passa pela sua cabeça. – falou. _ Já viajei vezes suficientes junto a você para saber como se comporta quando estas apenas com saudades de sua família.  – ele infelizmente estava mais que certo, além da falta que sinto da minha família, minha cabeça ainda me torturava pela discussão que tive com Demi, eu não sabia o que fazer me parece injusto ter que encolher, como que eu vou deixar a guerra? Mas como eu vou deixar minha família?
_ Digamos que estou naquela situação em que se tem que escolher entre a guerra ou a família. – falei.
_ Motivo especial? – perguntou.
_ Minha mulher está gravida. – respondi. Ele deu um sorriso.
_ Meus parabéns. – disse.
_ Obrigado.
_ Eu sei bem como é isso, passei isso por duas vezes. – falou ele.
_ E acredita que tenha feito à decisão certa? – perguntei, talvez se a resposta dele fosse positiva eu teria a confirmação de que deveria continuar minha vida de soldado, caso não...
_ Levando em conta os benefícios e as desvantagens, não. – respondeu sincero. _ Eu amo a guerra, tanto quando você rapaz, escolhi-a porque sei que não sou capaz de fazer outra coisa, passei minha vida treinando para ser soldado, não me dei chances para ser outra coisa, a única coisa que sei fazer na vida é servir o exercito. – falou. _ Mas ao escolhê-la ao invés de minha família eu pus muito a perder, eu não sei quase nada sobre meus dois filhos, não sei do que eles gostam, do que eles não gostam, não sei quem são seus amigos... Eu apenas sei o básico, o seus nomes, suas idades e suas aparências, isso por que me mandam fotos nas cartas, porque se não fizessem isso eu seria capaz de não reconhecê-los caso passassem perto de mim. – ele falou isso com um tesar visível não só em sua voz como também em sua face, eu temia por essa resposta, me parece horrível à ideia de perder momentos importantes da vida de um filho, mas assim como ele eu também dediquei minha vida ao exercito, era isso que eu sabia fazer, eu não tinha um plano B, uma escapatória, outra coisa para que eu pudesse me dedicar, não tinha outro tipo de sustento de vida.  _ Eu não lhe ajudei muito, não é? – perguntou ele.
_ Não.
_ Ainda bem. – falou ele, como assim ainda bem? Eu queria a ajuda dele, por isso o perguntei. _ Esta é uma decisão que deve ser tomada com cuidado, e só você deve toma-la. – explicou-se. _ As duas não têm volta, eu jamais influenciaria numa coisa tão decisiva assim.
                               (...)
Cheguei à base inglesa já se passava das 9 da manhã, não consegui pregar o olho no avião e não seria agora que eu iria conseguir.
_ Soldados. – começou a dizer o capitão Rick. _Vocês já devem ter escutado sobre a recém-descoberta de uma base dos Talibãs.
_ Sim senhor! – disseram todos os soldados em coro.
_ Pois bem, nós necessitamos de fazer um grande ataque a esta base, pois se acredita que seja lá a base do atual líder desse grupo. Se isso for verdade existirá muita segurança em seu envolto e uma tentativa de invasão, como a que iremos fazer, com certeza, causará uma grande batalha. Por isso unimos aqui dois exércitos, o americano e o inglês. Iremos trabalhar juntos como se fossemos apenas um grupo, iremos treinar e cooperar, nós temos que ter sucesso absoluto nesse ataque, pois caso falharmos as consequências poderão ser catastróficas. – avisou. _ Estão preparados para essa batalha soldados?
_Estamos senhor!
_ Eu não senti firmeza.
_ Estamos senhor! – gritaram os soldados em coro.
_ Lembrem-se soldados, estamos aqui para honrar o nosso país, estamos aqui para defendê-lo, é em nós que milhares de pessoas têm esperanças é em nós que vários garotos e garotas se inspiram. Nunca esqueçam homens, nós somos os heróis da pátria.
                CONTINUA...
Um herói de guerra
Sim, isso é o que eu vou ser.
E quando eu chegar a casa
Eles estarão orgulhosos de mim
Vou carregar esta bandeira
Para o túmulo se precisar
Porque é uma bandeira que eu amo
E uma bandeira que eu confio
                                              Hero of War – Rise Against

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Mais um capítulo postado, eu tentarei postar o próximo amanhã mesmo.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssssss.

Juh Lovato: É bem triste mesmo o que aconteceu, mas essa, infelizmente, foi a decisão de Joe. Fico feliz que minha super fã esteja gostando desta fic também. Bjsss.
NINA: Que bom que gostou do capítulo J É bem triste mesmo, mas era o que tinha que acontecer. Postado. Bjsssss.

Um comentário:

  1. O joseph está em uma situação complicada... mas alinele teve a certeza do vai acontecer ... ele vai peder toda a sua familia .

    Mas é clarooo que estou AMANDO a sua fic ... perfeitooooooooo , bjssss

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