Nunca esqueçam homens, nós somos os
heróis da pátria.
Voltar à rotina entediante não era nada animador para Demi, mas o que
ela poderia fazer? Joe não estava mais com ela, não tinha motivos para ficar o
dia inteiro em casa.
_ Como você
conseguiu entrar aqui? – perguntou Demi, sobressaltada. Como era de se esperar
Denise madrugou no apartamento de Demi, porem ela não bateu na campainha nem
nada e isso assustou Demi, pois pensou que tinha dormido com a porta aberta, o
que era um risco.
_ Fiz uma copia
da chave para não precisar lhe incomodar. – respondeu. _ Fiz muito mal? –
perguntou preocupada. Se fosse há alguns dias a trás, mas precisamente três,
Demi, sem duvidas, responderia que ‘sim’, porem hoje Demi precisava de alguém
ao seu lado, alguém que a entendesse, e que sem que ela precisasse falar muito,
percebesse o que ela estava sentindo, e quem melhor que Denise para fazer isso?
Denise assim como Demi sofria com a decisão de Joe, as duas se entendiam muito
bem nesse assunto.
_ Não, você não
fez mal. – respondeu Demi, se sentando no sofá e pegando Oliver no colo.
_ Fiz panquecas.
– anunciou Denise.
_ Jura? Já faz
tanto tempo que não como uma. – falou Demi, animada.
_ Que bom que
gosta, vou trazer para você.
_ Denise não
precisa, eu posso muito bem andar até a cozinha. – falou Demi, se levantando do
sofá.
_ Não enquanto eu
estiver aqui. – Demi respirou fundo, cedendo, o dia seria longo, teria que dar
várias aulas e com o seu astral não muito alto, teria que se esforçar o dobro
para dar aula como se nada estivesse acontecendo. Denise voltou com as
panquecas e um copo com achocolatado.
_ Eu estou me
sentindo uma criança agora. – as duas riram. Denise sentou ao lado de Demi.
Como Denise havia madrugado tampouco tinha tomado café da manhã em sua casa e
aproveitou para fazer o desjejum junto a Demi.
_ Não é muito bom
passar a noite acordada chorando. – comentou Denise, se via que os olhos de
Demi estavam inchados e levemente avermelhados.
_ Está tão na
cara assim? – perguntou.
_ Dá para pensar
que só foi uma noite mal dormida, mas eu sei o que foi o caso, então...
_ Eu odeio quando
ele tem que ir embora. – confessou.
_ Nem mesmo ele
gosta. – falou Denise, olhando para o chão. _ Eu vejo o quão bem ele fica
quando está perto de você. – disse, agora olhando para Demi, que já quase
terminava o café da manhã. _ Ele te ama muito Demi.
_ Mas isso não é
o suficiente. – falou fraco.
(...)
A primeira aula
que Demi foi para a turma da segunda serie e passou longe de ser sua melhor
aula, ela estava um pouco distraída, lembrando-se dos poucos dias que passou
com o marido e se torturando por terem gastado esse pouco tempo que possuam com
brigas. Porem depois de um tempo, como profissional competente, ela colocou seu
emocional para segundo plano e tornou a atenção apenas para o seu trabalho.
Mesmo já estando
acostumada com aquelas crianças, Demi hoje as olhou de maneira diferente, mesmo
concentrada em dar uma boa aula, ela não pode deixar de pensar na criança em
que ela carregava no ventre. Ainda era uma gravidez nova, apenas dois meses,
mas ela já não via a hora de ter a criança em seus braços, de vê-la correndo
pela casa... Mesmo com toda sua incerteza quando se tratava da presença de Joe,
ela ainda sim se mantinha eufórica com o fato de que breve se tornaria mãe.
Demi já havia
almoçado, e nesse momento esperava pela a amiga, Miley, que sempre que o
movimento se acalmava vinha conversar com ela.
DEMI
Miley nunca foi
de ser triste, ela era sempre animada, ou pelo menos sempre se mostra assim,
mas, hoje, quando a vi se aproximando da mesa em que eu estava, para vir
conversar comigo, eu pude perceber um brilho mais forte em seus olhos e uma
força maior em seu sorriso. Ela se se sentou à mesa ao meu lado e o sorriso
ainda estava em sua face.
_ Então que dia
que ele chega? – perguntei direta.
_ Ai seu sem
graça! – disse ela, dando um tapa de leve no meu braço. _ Eu queria fazer um
suspense. – disse, fingindo seriedade, mas logo o sorriso voltou reinar em seu
rosto.
_ E você
realmente acha que com esse sorriso de canto a outro no seu rosto não entregou
tudo. – falei.
_ Você podia
disfarçar que me conhece tão bem. – rimos.
_ Mas então, você
ainda não me respondeu. – lembrei-a.
_ Ah sim! Ele
volta amanhã. – anunciou.
_ Já? Você por
acaso já estava sabendo mais não me contou né loira. – os soldados costumavam a
receber a noticia de quando seriam dispensados com no mínimo duas semanas e
sempre que recebiam tal noticia escreviam uma carta ou encontravam uma outra maneira para anunciar
a chegada.
_ Claro que não,
a carta foi enviada há duas semanas, mas só chegou hoje. – típico do exercito,
se as cartas não chegam com a ordem errada, chegam atrasadas.
_ Awn amiga, eu
estou tão feliz por você. – disse, dando-a um abraço de lado e ela retribuiu. _
E quanto tempo ele vai ficar aqui? – perguntei.
_ Bom morena, eu
não queria me gabar, mas meu lindo vai ficar aqui por uma semana inteirinha. –
disse feliz.
_ Como assim? –
perguntei injuriada, mas ao mesmo tempo feliz por ela. _ O Joe nunca conseguiu
uma licença assim, isso é muito raro acontecer com qualquer soldado. – falei.
_ Pois o meu deu
esta sorte e eu estou explodindo por dentro, ele vai chegar só anoite mais eu
não vejo a hora de vê-lo. – falou ela toda boba.
_ Sei como é
amiga. – eu disse, sei como é a sensação de ter a pessoa que você ama, e que
está por muito tempo distante, junto a você. _ Acho que eu ficarei um tempo sem
ver minha amiga na hora do almoço. – falei fazendo cara de triste.
_ Pode ficar
tranquila, porque ao contrario de algumas, eu abrirei mão de alguns minutos com
o meu marido para poder ficar com minha amiga e meu futuro afilhado. – falou
ela.
_ Eu em nenhum
momento lhe disse que você será a madrinha. – falei brincando.
_ E você
realmente acha que eu irei permitir que esse bebê seja batizado por outra
pessoa que não seja eu? – perguntou Obvia. Eu ri. _ Mas então, você nem me
disse como foi a consulta no medico...
_ Ah sim, ele
disse que está tudo bem, que o bebê está crescendo da maneira certa, que minha
saúde está boa.
_ Isso é ótimo
amiga, aposto que vai nascer um bebê forte.
_ É o que eu mais
quero. – falei. _ Amanhã eu vou novamente ao médio, eu já tinha marcado essa
consulta antes e mesmo já sabendo os resultados eu vou.
_ Melhor prevenir
do que remediar. – disse.
(...)
JOE
Nenhuma base do
exercito em combate é um lugar agradável, ou é no meio de um deserto totalmente
isolado ou no meio da mata, a comida não é a das melhores e se for no meio do
deserto o banho será escasso, esqueça da tecnologia ou um tipo realmente eficaz
de contato com o resto do mundo. Pode parecer estranho o fato de que, mesmo
passando por todos esses perrengues, ainda há pessoas tão comprometidas a
ariscar tudo ao se decidir por ficar. Talvez espirito aventureiro, talvez amor
à pátria ou talvez teimosia (?), o fato é que olho em volta e vejo guerreiros
em busca de se jogar numa luta e ganhar, ninguém aqui está preparado para
perder, mesmo sabendo que um dia isso acontecerá.
Nós estávamos
agora em uma base temporária, em que é próximo o local em que em breve iriamos
atacar, no meio de dunas de areia em que mesmo estando com temperaturas altas,
constantemente venta e a areia fina entra em tudo que você tem. Mesmo me
mantendo vestido todo o tempo, minha calça já estava cheia delas, se não
usássemos o óculos de proteção, abrir os olhos nesse momento seria algo
impossível. Ninguém nunca disse que seria fácil ou se quer divertido, nos
treinamentos deixavam claro o que passaríamos, para que os mais fracos, ou
talvez os mais espertos, como dizia minha mãe, saísse enquanto ainda havia
tempo, eu, por ser forte, ou idiota, assim como muitos, fiquei. Porem, por mais
que eles façam o possível para preparar-nos para qualquer evento, eles não me
alertaram para o que estou passando nesse momento, tenho muito a perder e agora
travo uma luta interna entre a razão e a emoção.
_ Joe, eu vim
aqui me despedir. – disse Liam, entrando na barraca em que eu estava.
_ Vai abandonar o
grupo justo agora. – falei.
_ Eu não irei abandonar
vocês, volto antes mesmo do ataque. – justificou-se. _ Eles custaram para
dar-me uma licença, eu não poderia deixar de ir. – dito isso, eu que estava
sentado no colchão, levantei-me e dei-lhe um abraço.
_ Aproveite bem
amigo, quanto você estiver de volta não será nada fácil. – avisei-o.
_ Farei o
possível. – falou ele.
_ Vai muita gente
junto ou só liberaram você? – perguntei.
_ Que eu saiba me
liberou e alguns outros incluindo o Gabriel. – falou.
_ Me deixaram sem
meus melhores amigos aqui na base. – indaguei injuriado.
_ Provavelmente o
grupo de Drew se juntará a nós, então não vais ficar tão sozinho assim. –
confortou-me. Gabriel é um grande amigo, nos conhecemos quando ainda estávamos
em treinamento, ele de todos era o mais novo, tem 20 anos apenas, se alistou
porque todos os homens de sua família foram soldados, para ele é uma obrigação,
que ele cumpre com orgulho, manter uma pessoa do exercito na família. Jovem e
sonhador tem uma namorada e sem duvidas se amam muito, ele é bem inteligente,
mesmo sem ter feito faculdade ele sabe tudo sobre engenharia mecânica, isso nos
ajuda muito, pois como agora, quando estamos no deserto é mais fácil capturar a
luz para tentar ter energia nas barracas e ele com poucos itens ele conseguiu
fazer um painel de energia solar.
_ Menos mal. –
falei. _ Vocês já estão partindo agora não é?
_ Sim.
_ Então vou lá
para despedir-me dos outros.
(...)
Já era noite, os
que não foram convocados para vigiar a base à noite, já se preparavam para
dormir. Depois que Liam, Gabriel e os outros soldados foram para casa, eu tirei
um tempo para dormir um pouco, pois soube que seria um dos encarregados de cuidar
da base na parte da noite. A noite ia ser longa, mesmo não estando perto de um relógio
nesse exato momento sei que ainda demorará a o nascer do sol, olhando para o
céu eu pude ver a lua, é lua cheia e logo me lembrei de Demi.
DEMI
Assim que cheguei
do trabalho não vi Denise, apenas um bilhete “Já fui para casa, deixei sopa na
panela, só precisa dar uma esquentadinha. Se precisar de alguma coisa não tenha
medo de ligar”.
Coloquei uma
roupa um pouco mais leve do que eu estava antes e como sempre fui caminhar com
Oliver, assim que voltei coloquei a sopa para esquentar, enquanto isso liguei a
TV, preocupada, queria saber se tinha alguma noticia sobre a guerra, porem o
jornal acabou e não dera nenhuma noticia. Comi toda a sopa, que estava muito
boa, e antes de dormir fui para a varanda. Quando cheguei logo olhei para o
céu, a lua cheia me chamou atenção, pois ela me lembrava de um importante
momento que passei com Joe.
_ Acho que já temos que
voltar – disse Demi, sem esconder a decepção. _ Daqui a pouco meu pai vai começar a me ligar. – Joe fez cara feia.
Demi e Joe ainda tinham 17 anos, mesmo um já gostando do outro a um
bom tempo, o que tinha entre eles ainda não era muito certo. Para os amigos eles eram
namorados, mesmo que ambos
falassem que não, para os parentes, eles eram apenas bons amigos,
apesar de Denise, como uma boa observadora, já desconfiava de como essa forte amizade iria
acabar.
Joe sentia algo forte por Demi, e queria levar isso para um lado
mais serio. Os dois estavam nas férias de verão, que acabaria em duas semanas. Joe em um súbito momento de
coragem ligou para Demi
e a chamou para sair. Eddie
não gostou nada, porem não pode negar ao ver o quanto Demi queria ir.
Demi e Joe haviam passado toda a tarde juntos, haviam ido ao
cinema, a sorveteria e ainda viram o pôr do sol na praia. Agora já era oito da noite e eles já teriam
que voltar para casa, já que uma das regras estabelecidas por Eddie, foi de que eles deveriam voltar
antes da nove. Era noite de lua cheia, e os dois até agora estavam sentados na areia.
_ Demi, eu preciso falar uma coisa antes.
_ Pode falar. – incentivou-o vendo que ele parou de falar.
_ Eu... Eu tenho andado pensando em muitas coisas ultimamente. –
começou dizendo. _ E... Eu... Pensei bastante em você e... Eu... Percebi o quanto você é
importante para mim. – Demi escutava tudo com atenção, seu coração já estava acelerado, ela também
andava pensando muito em Joe, mas não sabia se ele sentia o mesmo, por isso jamais o disse nada. _ Eu
gosto muito de você. – Joe falava cuidadoso, não queria assusta-la e tinha medo que ela quisesse fugir.
_ Mas do que apenas como uma amiga. – Joe até aquele momento falava olhando para Demi, mas assim
que terminou esta última frase abaixou a cabeça, tímido.
_ Eu estou apaixonada por você. – falou Demi, tomando a frente da
conversa, fazendo com que Joe tornasse a fita-la.
_ Isso quer dizer que você aceitaria se eu te pedisse para ser
minha namorada? – perguntou animado.
_ Sim. – respondeu sem hesitar. Joe se pôs de joelhos aos pés de
Demi e começou a dizer.
_ Demi você aceitaria namorar comigo? – perguntou pegando em sua
mão.
_ Sim Joe, eu aceito ser sua namorada. – disse ela, com um grande
sorriso no rosto. Com isso eles deram o primeiro beijo, o primeiro beijo como
namorados.
Depois do primeiro beijo Joe pegou uma pulseira que estava em seu
bolso.
_Não lhe darei um anel, por que isso é só para os noivos. – disse rindo
de canto. _ Essa pulseira é bem importante para mim, pois ela me foi dada pela minha avó é uma das
poucas coisas que ela me deixou antes de sua morte. – falou Joe. _ Eu queria
lhe dar ela. – falou pondo a pulseira delicadamente no pulso de Demi. _ Aqui tem este pingente de uma lua cheia feita
de cristal. – indicou Joe, mostrando-a a pulseira. _ Minha avó costumava dizer
que não há nada mais belo que a lua cheia e me pediu para que eu só passasse esta pulseira para a pessoa mais bela que eu
encontrar. – falou. Demi não disfarçou o sorriso, que iluminava seu rosto. _ Acho que você é a pessoa
ideal para ter esta pulseira. – concluiu.
Demi ainda tem a
pulseira e após lembrar-se deste momento, começou a passar sua mão nela, e ao
se lembrar do momento e do significado dela sentiu seu coração encher de
felicidade, por ter encontrado um homem tão perfeito em sua vida, e saudades,
por não estar junto a Joe nesse momento.
Os dois olhavam a lua
nesse mesmo momento, eles estavam conectados mesmo distantes, mesmo estando quilômetros
separados, nesse momento, eles eram um só.
CONTINUA...
Porque
Não quero
viver com medo de te perder
Eu quero
morrer se não posso te ver
Na minha vida
não há mais saída
Não posso
dormir se não posso ter você
Não posso
seguir morrendo lentamente
♪ Teen Angels –
Miedo a Perderte
--
Oi gente, desculpa por não ter postado antes, o capítulo já estava
pronto no prazo certo, mas eu estava sem internet.
Bom, espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss
Juh Lovato: É,
realmente é um situação complicada, mas em breve ele vai resolve-la J Bjsss
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmeiiiiiiiiiiiii ... que fofo o joe deu a pulseira pra demi =)))))))))) amei esse cap. assim como os outros ^^
ResponderExcluir´possssssta logoooooo , sua fã aguarda com ansiosidade =)