sábado, 12 de janeiro de 2013

4º CAPITULO “Encontros e despedidas” – AMOR EM GUERRA


...ele ama Demi e disso não há duvida, ele já ama seu filho, essa era sua segunda certeza, mas ele ama o que faz, ama a pátria e sente orgulho em servi-la, e agora ele tinha que decidir o amor ou a guerra.
Na manha seguinte o clima ainda não estava muito bom entre os dois, pela primeira vez em anos tinham discutido, Demi dormiu no quarto de hospedes e Joe dormiu sozinho na cama do casal. Eles agora tomavam o café da manhã em silencio.
_ Demi. – Joe chamou-a a atenção. Demi olhou para Joe. _ Podemos fazer um acordo? –perguntou ele, Demi riu fraco.
_ Será que você não pode ser um pouco mais normal? Um acordo?
_ Dá para escutar?
_ Pode falar.
_ Eu tirarei uma licença maior da corporação, nos últimos meses da sua gravidez e ficarei em casa também nos primeiros meses lhe ajudando a cuidar do nosso filho...
_ E depois vai voltar para a guerra. – interrompeu-o Demi. _ Nossa grande solução Joe, isso vai mudar drasticamente as coisas. – falou irônica, Demi estava injuriada, não queria acreditar que Joe escolhera a guerra ao invés da sua própria família, esse era o amor que ele a tinha jurado?
_ Demi...
_ Joe deixa, faz o que você quiser, eu não vou discutir mais, tenho que ir à casa do meu pai hoje e não quero ficar mal por esse assunto novamente. – falou Demi, ela percebeu que o marido realmente não queria largar o exercito, voltar a esse assunto só a magoaria mais. Em sua face ela mostrava estar bem, mas por dentro seu coração estava destroçado.
_ Eu só queria que você me entendesse um pouco. – insistiu Joe.
_ Eu estou te entendendo da mesma forma que você está a me entender. – falou Demi seca.
_ Isso era nos deixar feliz. – comentou Joe.
_ Eu sei. – respondeu Demi quase que como um murmúrio.
                                               (...)
_ Então você já vai voltar para sua base hoje? – perguntou Eddie, Demi e Joe haviam acabado de chegar à casa de Eddie e enquanto o almoço não estava pronto, conversavam na sala de estar.
_ É, parto as 11 da noite. – disse Joe, triste. Apesar de estarem tentando disfarçar o clima ruim, Joe e Demi não estavam tendo muito sucesso, eles estavam mal por terem brigado e também porque não os restava muito tempo juntos. Um silêncio, incomodo, predominou a sala. Demi queria contar sobre sua gravidez apenas após o almoço.
_ Vou olhar se já está pronto. – anunciou Eddie, se levantando do sofá e indo para cozinha.
_ E aí maninha, é hoje que o papai vai descobrir sobre o netinho? – perguntou Logan.
_ Shhhhh, ele pode estar escutando. – sussurrou Demi.
_ Ele vai descobrir mesmo. – disse Logan, dando de ombros.
_ Mas não agora. – falou Demi.
_ Você é tão estressada. – comentou Logan.
_ Eu que o diga. – disse Joe. Demi o fuzilou com o olhar.
_ Ihhh, teve briga de casal é? – perguntou Logan.
_ Não interessa. – respondeu Demi.
_ Eu não acredito! O casalzinho mais apaixonado da América brigou? – perguntou Logan em alto e bom som.
_ Quem brigou? – perguntou Eddie, voltando, com as panelas na mão, colocando na mesa de jantar, que ficava num cantinho um pouco apertado da sala, entre o sofá e a parede.
_ Demi e Joe. – respondeu Logan, sem dar oportunidade nem a Demi, nem a Joe de se manifestarem.
_ Jura? – perguntou Eddie surpreso, isso era algo inédito.
_ Tivemos apenas uma pequena discussão, mas está tudo bem entre nós. – falou Demi, mesmo não sendo exatamente a verdade.
_ Tem certeza? – perguntou Eddie. _ Desculpe, eu não queria comentar, mas o clima entre vocês dois não estava muito bom.
_ Culpa da Demi. – falou Joe, ele estava brincando, tentando melhorar o clima, mas Demi não percebeu isso.
_ Ah claro! Porque claramente eu sou a estressadinha que é sempre a culpada de tudo.
_ Demi, eu só estava brincando. – disse Joe. Demi cruzou os braços, indignada.  _ Ah! Agora você vai ficar com raiva de mim?
_ Eu não disse nada. – falou Demi, ela estava brava e lutava internamente para não brigar com Joe, hoje era o seu último dia com ele, ela queria aproveitar esse momento junto a Joe, mas nada estava funcionando, qualquer comentário e eles já estavam brigando, era como se toda a conexão entre eles tivesse se rompido.
_ Nem precisa, é só olhar para sua cara emburrada que se vê. – falou Joe, ele estava tentando ficar calmo com a mulher, não queria machuca-la, sabia que ela estava sensível e instável emocionalmente, porem estava perdendo o controle, ele estava tão feliz por ser pai, Demi tinha que ter estragado tudo com suas inseguranças?
_ Então não me olhe. – disse Demi dura. Eddie e Logan observavam aquela discussão, espantados, nunca os vira daquele jeito, eles chegavam a ser anormais de tão calmos e amáveis um com o outro, aquela briga não fazia sentido. Joe e Demi se calaram.
_ Eh... – começou Eddie a tentar falar alguma coisa. _ O almoço está pronto. – informou ele, sem jeito. Demi se levantou e pisando duro foi em direção da mesa e se sentou com os braços cruzados, Joe foi atrás, e sem nenhum sorriso no rosto sentou-se ao seu lado, Eddie e Logan se entreolharam assustados, o que é que estava acontecendo com aqueles dois? Logan meio que sem jeito sentou-se do outro lado da mesa. Todos estavam em silêncio. _ Quer que eu ponha o seu prato? – perguntou Eddie para Demi e ela respondeu fazendo apenas um sinal positivo com a cabeça. Eddie acabou servindo a todos e eles almoçavam em um silêncio que chegava a ser incomodo, os almoços na casa de Eddie costumavam sempre ser alegres, contavam-se piadas, comentavam como estava indo a vida, nunca era silenciosos como estava sendo agora. _ Ok, chega! Dá para alguém falar o que está acontecendo aqui? – disse Eddie, todos já estavam quase terminando o almoço, mas o clima pesado era torturante de mais para o velho homem.
_ Só estamos comendo. – disse Demi.
_ Demetria, eu lhe amo, mas não é porque brigou com seu marido que tens o direito de me responder desse jeito. – brigou Eddie. _ Mesmo já sendo dona de sua própria vida exijo respeito. – falou.
_ Desculpa-me pai. – pediu Demi, envergonhada com a sua falta de educação perante o pai.
_ Tudo bem... Pode me dizer o que está acontecendo entre você e Joe? – perguntou Eddie calmo.
_ Não terminamos o dia muito bem ontem. – limitou-se a dizer Demi.
_ Por quê? – insistiu Eddie. Demetria olhou para Joe, como se pedisse por socorro, ela não sabia como dizer e nem se aquele era o momento ideal.
_ A Demi está gravida. – disse Joe, percebendo que Demi tinha dificuldade em dizer aquilo. Eddie ficou calado, não se podia entender sua expressão, não era de raiva, não era de tristeza, não era de felicidade, não tinha nada, sua expressão era vazia, ele não disse nada, apenas ficou olhando Demi fixamente.
_ Pai você está bem? – perguntou Demi, preocupada com a falta de reação do pai. Ao escutar a voz da filha Eddie pareceu acordar do seu transe.
_ Então... Minha menina está gravida. – disse quase que por murmúrio, Eddie ainda não mostrava qual era o seu sentimento por essa notícia, todos o olhavam atento, na espera de uma reação.  _ Bom... A família ai crescer né? – perguntou fingindo entusiasmo.
_ Pai, tem certeza que o senhor está bem? – perguntou Demi, ela percebeu que o entusiasmo na voz dele não era real.
_ Claro, vou ser avô, eu acho que vai ser algo bem legal, todos dizem que um neto é um presente de Deus. – respondeu e desta vez ele falava a verdade. _ Mas... É... Joe, como você está reagindo com isso? – perguntou Eddie preocupado.
_ Eu estou muito feliz. – falou Joe animado, Demi deu um sorriso olhando para a alegria do marido. _ Com certeza essa criança será um presente de Deus em nossas vidas. – disse ele enquanto fitava Demi, os dois se entreolhavam e foi como se toda a raiva que estavam sentindo a pouco tivesse sumido, eles se amavam e não poderia deixar que algo tão bobo os fizesse ficar de mal um do outro, Joe deu um sorriso tímido e em resposta Demi colocou sua mão por cima da de Joe que estava encostada na mesa.
_ Sim, ela será. – disse Eddie, aquela não era a resposta de Eddie realmente queria escutar, mas talvez ele que tivesse feito a pergunta errada.
                                               (...)
Como era de se esperar a despedida não seria fácil, nunca foi, e agora não seria diferente, Joe terminava de arrumar sua mala, ele não levava muito mais que algumas poucas camisas, umas cuecas, canetas, para ter garantia de que sempre poderia escrever para mulher e os pais, e um caderno com folhas brancas para no caso de faltar papel para escrever na base em que ele ficaria e fotos dele junto a Demi ou com seus pais, material o suficiente para poder matar a saudade dos que ele tinha que deixar.
Joe saiu do quarto e foi para a sala, onde encontrou Demi em pé, escorada no sofá, olhando para baixo e com um olhar triste, ver isso foi como dar um tiro no coração de Joe, era sempre assim, os dias em que ele ficava eram felizes, como sorrisos, mas quando era dia dele partir era como se a luz do olhar de sua mulher se apagasse, e agora isso o doía mais ainda, primeiro porque a estava deixando sozinha e ela estava gravida, ele sabia sobre os sentimentos dela sobre ele ir para o exercito e se culpava mentalmente por ter escolhido voltar, mas o que ele podia fazer? O exercito era sua vida, ele não se via em outro lugar, não tinha nada que o satisfizesse mais do que estar no meio do exercito, de ser chamado de soldado, outro porque sempre era ruim, ao mesmo tempo em que o exercito era sua vida, Demi também era, ela foi a mulher que ele prometeu amar por toda a vida e era isso o que ele queria fazer, ele jurou ser seu anjo e nesse momento ele não estava cumprindo sua promessa.
Joe se aproximou de Demi e a abraçou com ternura, Demi imediatamente afundou-se no abraço de seu marido e deixou que as lágrimas saíssem.
_ Desculpe-me minha linda. – pediu Joe. _ Eu te amo. Muito.
_ Eu sei. – falou com a voz fraca. _ Eu também te amo, muito, muito e muito. – falou um pouco mais forte.
_ Eu ainda tenho tempo para mudar de ideia. – disse Joe, dando esperanças à mulher.
_ Não me dê falsas expectativas Joe. – pediu Demi, afastando um pouco o rosto do peito do marido, para que pudesse olha-lo nos olhos.
_ Eu estou falando serio. – disse Joe. _ Eu não te garanto nada, não te posso dizer que vou desistir e vou voltar para casa, mas eu posso te prometer que irei pensar no caso. – falou também olhando para Demi. _ Eu amo você e já amo essa criança, Demi, é claro que eu vou querer vê-la crescer. – um sorriso nasceu no rosto de Demi.
_ Eu te amo.
_ Eu te amo.
                               (...)
A última chamada para o voo de Joe havia acabado de ser anunciado, ele deu um abraço forte em Demi, sua mãe, seu pai e Eddie, que pela primeira vez, não se sabe o porquê, quis ir. Demi e Denise já estavam com os olhos vermelhos de tanto chorar, Eddie, não chorava, mas tinha um olhar triste, mas pelo fato de ver a filha sofrendo do que pela partida do genro em si, já Paul se mantinha forte, ele era o pilar para Denise, se ele desmoronasse, como no fundo queria, a mulher cairia junto. Paul não era nem contra, nem a favor, ele achava bonita e corajosa a escolha do filho, mas ele era pai, e se preocupava com os riscos que sua decisão o trazia.
Aquela cena já fazia parte da vida daquela família, eles viviam entre encontros e despedidas.
                CONTINUA...
Menos de um segundo e eu já perco o ar
Quase um minuto, quero te encontrar
É um sentimento que preciso controlar
Porque você se foi
Não está aqui
                                                            ♪ Menos de um segundo – Rosa de Saron

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Capítulo postado, sei que não ficou muito bom, mas espero que gostem, vou ter que cancelar a maratona porque, infelizmente não consegui escrever muitos capítulos L
Postarei o próximo capítulo até terça-feira.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss

Juh Lovato: Oiiii Linda! Que bom que você voltou, adoro seus comentários. Não tem problemas, o importante é que você está gostando. E eu amo a minha super fã. Muito obrigada, espero que continue gostando. Bjssss

2 comentários:

  1. omggggggggg , Sério ... quase que eu mesmo chorei com essa despedida ! está realmente perfeita essa fic !

    possssssssta loogooo hein ! bjssssss

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  2. cap perfeito

    tadinha da demi....


    bjo bjo e posta logo

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