...ele
ama Demi e disso não há duvida, ele já ama seu filho, essa era sua segunda
certeza, mas ele ama o que faz, ama a pátria e sente orgulho em servi-la, e
agora ele tinha que decidir o amor ou a guerra.
Na manha seguinte
o clima ainda não estava muito bom entre os dois, pela primeira vez em anos
tinham discutido, Demi dormiu no quarto de hospedes e Joe dormiu sozinho na
cama do casal. Eles agora tomavam o café da manhã em silencio.
_ Demi. – Joe
chamou-a a atenção. Demi olhou para Joe. _ Podemos fazer um acordo? –perguntou
ele, Demi riu fraco.
_ Será que você
não pode ser um pouco mais normal? Um acordo?
_ Dá para
escutar?
_ Pode falar.
_ Eu tirarei uma
licença maior da corporação, nos últimos meses da sua gravidez e ficarei em
casa também nos primeiros meses lhe ajudando a cuidar do nosso filho...
_ E depois vai
voltar para a guerra. – interrompeu-o Demi. _ Nossa grande solução Joe, isso
vai mudar drasticamente as coisas. – falou irônica, Demi estava injuriada, não
queria acreditar que Joe escolhera a guerra ao invés da sua própria família,
esse era o amor que ele a tinha jurado?
_ Demi...
_ Joe deixa, faz
o que você quiser, eu não vou discutir mais, tenho que ir à casa do meu pai
hoje e não quero ficar mal por esse assunto novamente. – falou Demi, ela
percebeu que o marido realmente não queria largar o exercito, voltar a esse
assunto só a magoaria mais. Em sua face ela mostrava estar bem, mas por dentro
seu coração estava destroçado.
_ Eu só queria
que você me entendesse um pouco. – insistiu Joe.
_ Eu estou te
entendendo da mesma forma que você está a me entender. – falou Demi seca.
_ Isso era nos
deixar feliz. – comentou Joe.
_ Eu sei. –
respondeu Demi quase que como um murmúrio.
(...)
_ Então você já
vai voltar para sua base hoje? – perguntou Eddie, Demi e Joe haviam acabado de
chegar à casa de Eddie e enquanto o almoço não estava pronto, conversavam na
sala de estar.
_ É, parto as 11
da noite. – disse Joe, triste. Apesar de estarem tentando disfarçar o clima
ruim, Joe e Demi não estavam tendo muito sucesso, eles estavam mal por terem
brigado e também porque não os restava muito tempo juntos. Um silêncio,
incomodo, predominou a sala. Demi queria contar sobre sua gravidez apenas após
o almoço.
_ Vou olhar se já
está pronto. – anunciou Eddie, se levantando do sofá e indo para cozinha.
_ E aí maninha, é
hoje que o papai vai descobrir sobre o netinho? – perguntou Logan.
_ Shhhhh, ele
pode estar escutando. – sussurrou Demi.
_ Ele vai
descobrir mesmo. – disse Logan, dando de ombros.
_ Mas não agora.
– falou Demi.
_ Você é tão
estressada. – comentou Logan.
_ Eu que o diga.
– disse Joe. Demi o fuzilou com o olhar.
_ Ihhh, teve
briga de casal é? – perguntou Logan.
_ Não interessa.
– respondeu Demi.
_ Eu não
acredito! O casalzinho mais apaixonado da América brigou? – perguntou Logan em
alto e bom som.
_ Quem brigou? –
perguntou Eddie, voltando, com as panelas na mão, colocando na mesa de jantar,
que ficava num cantinho um pouco apertado da sala, entre o sofá e a parede.
_ Demi e Joe. –
respondeu Logan, sem dar oportunidade nem a Demi, nem a Joe de se manifestarem.
_ Jura? –
perguntou Eddie surpreso, isso era algo inédito.
_ Tivemos apenas
uma pequena discussão, mas está tudo bem entre nós. – falou Demi, mesmo não
sendo exatamente a verdade.
_ Tem certeza? –
perguntou Eddie. _ Desculpe, eu não queria comentar, mas o clima entre vocês
dois não estava muito bom.
_ Culpa da Demi.
– falou Joe, ele estava brincando, tentando melhorar o clima, mas Demi não
percebeu isso.
_ Ah claro!
Porque claramente eu sou a estressadinha que é sempre a culpada de tudo.
_ Demi, eu só
estava brincando. – disse Joe. Demi cruzou os braços, indignada. _ Ah! Agora você vai ficar com raiva de mim?
_ Eu não disse
nada. – falou Demi, ela estava brava e lutava internamente para não brigar com
Joe, hoje era o seu último dia com ele, ela queria aproveitar esse momento
junto a Joe, mas nada estava funcionando, qualquer comentário e eles já estavam
brigando, era como se toda a conexão entre eles tivesse se rompido.
_ Nem precisa, é
só olhar para sua cara emburrada que se vê. – falou Joe, ele estava tentando
ficar calmo com a mulher, não queria machuca-la, sabia que ela estava sensível
e instável emocionalmente, porem estava perdendo o controle, ele estava tão
feliz por ser pai, Demi tinha que ter estragado tudo com suas inseguranças?
_ Então não me
olhe. – disse Demi dura. Eddie e Logan observavam aquela discussão, espantados,
nunca os vira daquele jeito, eles chegavam a ser anormais de tão calmos e amáveis
um com o outro, aquela briga não fazia sentido. Joe e Demi se calaram.
_ Eh... – começou
Eddie a tentar falar alguma coisa. _ O almoço está pronto. – informou ele, sem
jeito. Demi se levantou e pisando duro foi em direção da mesa e se sentou com
os braços cruzados, Joe foi atrás, e sem nenhum sorriso no rosto sentou-se ao
seu lado, Eddie e Logan se entreolharam assustados, o que é que estava
acontecendo com aqueles dois? Logan meio que sem jeito sentou-se do outro lado
da mesa. Todos estavam em silêncio. _ Quer que eu ponha o seu prato? –
perguntou Eddie para Demi e ela respondeu fazendo apenas um sinal positivo com
a cabeça. Eddie acabou servindo a todos e eles almoçavam em um silêncio que
chegava a ser incomodo, os almoços na casa de Eddie costumavam sempre ser
alegres, contavam-se piadas, comentavam como estava indo a vida, nunca era
silenciosos como estava sendo agora. _ Ok, chega! Dá para alguém falar o que
está acontecendo aqui? – disse Eddie, todos já estavam quase terminando o
almoço, mas o clima pesado era torturante de mais para o velho homem.
_ Só estamos
comendo. – disse Demi.
_ Demetria, eu
lhe amo, mas não é porque brigou com seu marido que tens o direito de me
responder desse jeito. – brigou Eddie. _ Mesmo já sendo dona de sua própria
vida exijo respeito. – falou.
_ Desculpa-me
pai. – pediu Demi, envergonhada com a sua falta de educação perante o pai.
_ Tudo bem...
Pode me dizer o que está acontecendo entre você e Joe? – perguntou Eddie calmo.
_ Não terminamos
o dia muito bem ontem. – limitou-se a dizer Demi.
_ Por quê? –
insistiu Eddie. Demetria olhou para Joe, como se pedisse por socorro, ela não
sabia como dizer e nem se aquele era o momento ideal.
_ A Demi está
gravida. – disse Joe, percebendo que Demi tinha dificuldade em dizer aquilo.
Eddie ficou calado, não se podia entender sua expressão, não era de raiva, não
era de tristeza, não era de felicidade, não tinha nada, sua expressão era
vazia, ele não disse nada, apenas ficou olhando Demi fixamente.
_ Pai você está
bem? – perguntou Demi, preocupada com a falta de reação do pai. Ao escutar a
voz da filha Eddie pareceu acordar do seu transe.
_ Então... Minha
menina está gravida. – disse quase que por murmúrio, Eddie ainda não mostrava
qual era o seu sentimento por essa notícia, todos o olhavam atento, na espera
de uma reação. _ Bom... A família ai
crescer né? – perguntou fingindo entusiasmo.
_ Pai, tem
certeza que o senhor está bem? – perguntou Demi, ela percebeu que o entusiasmo
na voz dele não era real.
_ Claro, vou ser
avô, eu acho que vai ser algo bem legal, todos dizem que um neto é um presente
de Deus. – respondeu e desta vez ele falava a verdade. _ Mas... É... Joe, como
você está reagindo com isso? – perguntou Eddie preocupado.
_ Eu estou muito
feliz. – falou Joe animado, Demi deu um sorriso olhando para a alegria do
marido. _ Com certeza essa criança será um presente de Deus em nossas vidas. –
disse ele enquanto fitava Demi, os dois se entreolhavam e foi como se toda a
raiva que estavam sentindo a pouco tivesse sumido, eles se amavam e não poderia
deixar que algo tão bobo os fizesse ficar de mal um do outro, Joe deu um
sorriso tímido e em resposta Demi colocou sua mão por cima da de Joe que estava
encostada na mesa.
_ Sim, ela será.
– disse Eddie, aquela não era a resposta de Eddie realmente queria escutar, mas
talvez ele que tivesse feito a pergunta errada.
(...)
Como era de se
esperar a despedida não seria fácil, nunca foi, e agora não seria diferente,
Joe terminava de arrumar sua mala, ele não levava muito mais que algumas poucas
camisas, umas cuecas, canetas, para ter garantia de que sempre poderia escrever
para mulher e os pais, e um caderno com folhas brancas para no caso de faltar
papel para escrever na base em que ele ficaria e fotos dele junto a Demi ou com
seus pais, material o suficiente para poder matar a saudade dos que ele tinha
que deixar.
Joe saiu do
quarto e foi para a sala, onde encontrou Demi em pé, escorada no sofá, olhando
para baixo e com um olhar triste, ver isso foi como dar um tiro no coração de
Joe, era sempre assim, os dias em que ele ficava eram felizes, como sorrisos,
mas quando era dia dele partir era como se a luz do olhar de sua mulher se
apagasse, e agora isso o doía mais ainda, primeiro porque a estava deixando
sozinha e ela estava gravida, ele sabia sobre os sentimentos dela sobre ele ir
para o exercito e se culpava mentalmente por ter escolhido voltar, mas o que
ele podia fazer? O exercito era sua vida, ele não se via em outro lugar, não
tinha nada que o satisfizesse mais do que estar no meio do exercito, de ser
chamado de soldado, outro porque sempre era ruim, ao mesmo tempo em que o
exercito era sua vida, Demi também era, ela foi a mulher que ele prometeu amar
por toda a vida e era isso o que ele queria fazer, ele jurou ser seu anjo e
nesse momento ele não estava cumprindo sua promessa.
Joe se aproximou
de Demi e a abraçou com ternura, Demi imediatamente afundou-se no abraço de seu
marido e deixou que as lágrimas saíssem.
_ Desculpe-me
minha linda. – pediu Joe. _ Eu te amo. Muito.
_ Eu sei. – falou
com a voz fraca. _ Eu também te amo, muito, muito e muito. – falou um pouco
mais forte.
_ Eu ainda tenho
tempo para mudar de ideia. – disse Joe, dando esperanças à mulher.
_ Não me dê
falsas expectativas Joe. – pediu Demi, afastando um pouco o rosto do peito do
marido, para que pudesse olha-lo nos olhos.
_ Eu estou
falando serio. – disse Joe. _ Eu não te garanto nada, não te posso dizer que
vou desistir e vou voltar para casa, mas eu posso te prometer que irei pensar
no caso. – falou também olhando para Demi. _ Eu amo você e já amo essa criança,
Demi, é claro que eu vou querer vê-la crescer. – um sorriso nasceu no rosto de
Demi.
_ Eu te amo.
_ Eu te amo.
(...)
A última chamada
para o voo de Joe havia acabado de ser anunciado, ele deu um abraço forte em
Demi, sua mãe, seu pai e Eddie, que pela primeira vez, não se sabe o porquê,
quis ir. Demi e Denise já estavam com os olhos vermelhos de tanto chorar,
Eddie, não chorava, mas tinha um olhar triste, mas pelo fato de ver a filha
sofrendo do que pela partida do genro em si, já Paul se mantinha forte, ele era
o pilar para Denise, se ele desmoronasse, como no fundo queria, a mulher cairia
junto. Paul não era nem contra, nem a favor, ele achava bonita e corajosa a
escolha do filho, mas ele era pai, e se preocupava com os riscos que sua
decisão o trazia.
Aquela cena já
fazia parte da vida daquela família, eles viviam entre encontros e despedidas.
CONTINUA...
Menos de um
segundo e eu já perco o ar
Quase um
minuto, quero te encontrar
É um
sentimento que preciso controlar
Porque você
se foi
Não está aqui
♪ Menos de um segundo – Rosa de Saron
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Capítulo
postado, sei que não ficou muito bom, mas espero que gostem, vou ter que
cancelar a maratona porque, infelizmente não consegui escrever muitos capítulos
L
Postarei o próximo
capítulo até terça-feira.
Não se
esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss
Juh Lovato: Oiiii
Linda! Que bom que você voltou, adoro seus comentários. Não tem problemas, o
importante é que você está gostando. E eu amo a minha super fã. Muito obrigada,
espero que continue gostando. Bjssss
omggggggggg , Sério ... quase que eu mesmo chorei com essa despedida ! está realmente perfeita essa fic !
ResponderExcluirpossssssssta loogooo hein ! bjssssss
cap perfeito
ResponderExcluirtadinha da demi....
bjo bjo e posta logo