segunda-feira, 29 de outubro de 2012

28º CAPITULO “Invadiram nossa casa” - Recomeçar


_Eu estaria sendo justa com você, que em todo santo momento me ajuda sair das minhas confusões, que por mais que seja chata e convencida, está comigo quando preciso, estaria sendo justa com a mamãe e lutou para nos criar, que lutou para sair daquele inferno e nos protegeu, protege e sei que entanto viva protegerá tanto a mim, quanto a você quanto a Maddie com unhas e dentes, estaria sendo junta com nós duas, que mesmo sofrendo, em casa e na escola protegemos a Maddie no mundinho dela, fazendo com que ela seja a única que ainda goste daquele homem? Eu estaria sendo justa?
Vi na expressão de Dallas que ela havia ficado na duvida, agora sim ela tinha intendido o meu lado e sem duvida estava com duvidas do que me responder.
_ Eu me sentiria uma egoísta ao chama-lo para cumprir o meu sonho sendo que eu acabaria com o seu e com a paz da nossa mãe. Se ele nos achar aqui ele não nos deixaria em paz. – continuei.
_ Eu sei. – falou ela.
_ É como dizem, nem tudo é como nos queremos. – falei.
_ Eu vou ver se tem outro jeito, eu vou ler aquele contrato também e quem sabe eu acho uma brecha que você e a mamãe tenham deixado passar. – falou.
_ Boa sorte. – falei.
_ Eu não quero deixar que você não realizasse um sonho. Apesar de ser chata problemática e tampinha, assim como protegi a Maddie e quero o melhor para ela, eu queria ter conseguido lhe proteger também e quero o seu bem, afinal você é minha irmãzinha.
_ Dallas na boa, para.
_ Você pode crescer, na idade, claro, o quanto você quiser, sempre será a pirralhinha. – falou, eu não sei se era intencionalmente ou se é por acaso, mas ela estava conseguindo me fazer rir e esquecer um pouco da outra parte do peso no coração que ainda em mim restava. Criou-se um silencio no quarto por alguns segundos. _ Te faria tão bem conseguir gravar suas musicas. - lamentou-se
_ Me fará melhor ainda ver você e mamãe bem. – falei. As duas sempre foram as duas mulheres que eu mais amo não que eu não ame a Maddie, a amo mais que tudo, mas além do amor que sinto pelas duas, tenho também o sentimento de admiração, pela força e coragem que elas possuem coragem e força que eu sempre quis ter igual. Posso até não conseguir realizar grandes coisas na minha vida futuramente, já que novamente o meu caminho se tornou inserto, mas as ver felizes e conquistando os seus objetivos já seriam o suficiente para me arrancar um sorriso.
_ Você vai falar o que para o Joe? Vai dizer o real motivo? – perguntou
_ Não, eu não sei o que direi, mas sei que não será a verdade. – respondi
_ Porque não?
_ Esse é problema de família não quero envolve-lo
_ Ele é da nossa família Demi.
_ Eu só não quero contar nada agora, quem sabe um dia eu resolva, mas não agora.
_ Você sabe o que faz, mas eu acredito que ele confia muito em você, não é certo você ficar mentindo ou escondendo as coisas dele. – falou.
_ Eu sei.
_ Ele te ama.
_ Eu também o amo e muito. – tornou-se a criar um silencio. _ Eu não irei mentir, mas também não irei falar tudo agora. – falei por fim.
_ É melhor assim. – falou. _ Acho que minha missão aqui já foi cumprida, já posso te deixar sozinha novamente. – disse, se levantando para sair do quarto. _ Boa noite Demi.
_ Boa Noite Dallas.
_ Você pretende descer mais tarde? – perguntou.
_ Daqui a pouco. – respondi, não estava feliz, mas pelo menos estava bem o suficiente para ficar perto de Maddie sem que ela começasse a perguntar o que havia de errado.
_ Ok, te espero. – falou ela, se levantando e saindo do quarto. Fiquei no quarto por apenas alguns minutos, era melhor eu sair antes que o desanimo me reencontrasse, peguei o prato de comida, agora vazio e meu celular, desci.
Assim que cheguei à parte de baixo da casa, fui direto para a cozinha lavar e guardar o prato, só depois me dirigi a sala, Maddie estava sentado no chão, perto da mesa de centro, escrevendo em seu caderno de aula, fazendo seu dever, Dallas estava junto a ela, a ajudando, caso necessário, minha mãe estava sentada no sofá, e olhava para a TV, que estava passando jornal, com muita atenção, provavelmente nem viu minha aproximação. Sentei-me a seu lado, e só aí ela tirou um pouco a atenção da TV para me olhar, deu um sorriso ao ver-me, mas logo tornou a prestar atenção na TV, percebi que o jornal estava falando sobre uma tragédia que tinha acontecido na minha antiga cidade, um homem, louco, que ainda não havia sido identificado, entrou em um shopping, na verdade no único shopping da cidade, e saiu atirando em varias pessoas, três haviam morrido e dezessete haviam ficado feridas, os policiais estavam investigando de quem se trata a partir das imagens captadas da câmera do local. Pelos nomes divulgados, descobrimos que um dos mortos era um conhecido nosso, Senhor Antônio, ele era dono da padaria que tinha perto de nossa casa, ele nos ajudou e muito, era um bom homem, responsável, pai de família, isso era realmente uma tragédia. Vi que os olhos de minha mãe já haviam se enchido de lagrimas.
                                               (...)
Fomos dormir tarde ontem, minha mãe fez uma ligação para Dona Laura, viúva do Senhor Antônio, conversaram por muito tempo, Maddie, Dallas e eu também dêmos pêsames a ela, se percebia em sua voz o quanto o acontecimento a doía, eles já eram casados há anos, quando nasci já tinham dois filhos, o mais velho de 11 anos, apesar de terem passado muito tempo juntos, se via no jeito em que um olhava para o outro, que se amavam e muito, nunca tinha visto um casal tão bonito como eles. Laura já era uma senhora de idade e já não consegue trabalhar como antes, vivia basicamente dos lucros da padaria, os dois sempre foram pessoas simples, o filho mais velho até onde eu saiba é casado e mora com a esposa em Nova York, só aparecia para ver os pais no natal ou em seus aniversários, o mais novo os ajudava na padaria, sei que esse tentaria manter tudo, tanto para ele, quanto para a mãe, mas isso não muda o fato de que Sr. Antônio fará falta.

Na manhã do dia seguinte, custei para conseguir acordar, mesmo depois de o despertador ter tocado, ainda fiquei enrolando para levantar. Aprontei-me sem pressa alguma, mesmo sabendo que não tinha disponível todo esse tempo, mas depois do ultimo dia que eu tive a ultima coisa que eu queria era acordar novamente, ontem tudo o que tinha para dar errado, ou tudo o que tinha de triste para acontecer, definitivamente aconteceu.
Desci as escadas, e vi todos tomando café, tomei um suco.
_ Ontem disse ao Joe que você tinha ido ao médico, levar Maddie a uma consulta. – falou minha mãe. _ Caso ele pergunte se ela está bem.
_ Tinha que colocar Maddie no meio? A sinceridade dela pode estragar tudo. – falei. Minha mãe riu.
_ Eu não atrapalho nada tá! – disse Maddie indignada.
_ Mas nem sempre ajuda muito. – falei. Ela fechou a cara.
_ Maddie é só você confirmar tudo o que a Demi disser, pode ser assim? – perguntou minha mãe.
_ Tá bom. – respondeu à pequena.
_ E você Demi, pare de me fazer dar desculpas esfarrapadas para o Joe! – disse em tom de ordem.
_ Pode deixar mãe. – respondi. _ Da próxima peço a Dallas. – falei brincando. Todas riram.
                                               (...)
_ E aí pequena você está bem? – perguntou Joe, assim que Maddie entrou no carro.
_ Estou. – respondeu ela, prontamente.
_ O que ela tinha? – perguntou Paul.
_ Nada, foi só uma consulta de rotina. – respondi, não iria inventar nenhuma doença, primeiro que não queria que essa mentira fosse muito longe, segundo porque doença, seja qual ela for, é serio e não se deve brincar com nenhuma.
Paul estava incrivelmente simpático, não que ele não fosse sempre, mas é que desde que Joe e eu havíamos nos assumido como namorados ele tinha mudado o seu comportamento diante de mim, vê-lo hoje, conversando comigo como antigamente foi surpreendente. Assim como daquele dia, ele deixou Kevin primeiro na faculdade, e depois nos levou para escola.
Íamos nós despedindo para entrar na escola, quando ele pede para que Joe e eu continuássemos no carro, o que viria desta vez?
_ Eu quero pedir desculpa a vocês dois. – falou ele, parecia sincero. _ Vocês dois se amam, todos podem ver isso, inclusive eu, seria injusto da minha parte separar um casal que se ama tanto. – concluiu. Fiquei sem saber o que dizer.
_ Obrigada por nos aceitar pai. – disse Joe, por fim.
_ Eu nunca deveria ter sido contra. – falou. Eu não sei o que vivia até o fim do dia, mas se continuasse assim seria, de longe, o melhor.

_ O que sua mãe fez com seu pai? – perguntei a Joe, quando já entravamos no colégio.
_ Confesso que não sei. – respondeu. _ O importante é que seja lá o que foi funcionou e muito bem. – falou feliz.
_ Enfim juntos sem nada para nos atrapalhar. – falei.
_ Enfim. – falou ele, e logo depois dêmos um selinho demorado.

_ Que casalzinho lindo. – disse Ashley ao passar perto de onde estávamos, dava para ver que havia ironia em sua voz. Joe já ia a responder mal, mas o impedi.
_ Obrigada. – falei como se tivesse pensado que seu elogio foi verdadeiro.
_ Não há de quê. – respondeu tão irônica como antes. Travis e Tay estavam com ela.
_ Aproveitem isso dura pouco. – falou Travis e logo depois todos saíram nos deixando sozinhos novamente. Era mais que claro que a sua vingança era nos separar.

_ Fique tranquila, nossa felicidade durará para sempre – falou Joe, ao ver que fiquei preocupada com o que Travis disse, eu nunca tive duvida que ele fosse fazer algo, e ele tem demostrado que já esta quase pondo sua vingança em pratica.
_ Joe você conhece ele tão bem quanto eu...
_ E sei que às vezes ele gosta de blefar – falou ele, me interrompendo. _ ele sabe que está de deixando com medo, isso já é uma vingança, fazer você ficar desesperada. Ele não costuma usar essa tática sempre, mas já usou, não duvido nada que seja esse o jogo dele.
_ E se não for?
_ Se não fosse ele já teria feito algo, ele não demora tanto para cumprir suas promessas, ele simplesmente as faz.  – respondeu. Nesse ponto ele tinha razão, ele nunca foi de pensar muito antes de vingar, mas eu sentia que algo iria acontecer, eu sentia que ele não iria deixar isso assim, porem para não entrar em conflito com Joe preferi concordar.
_ Você tem razão. – falei. Nesse mesmo instante o sinal de começo para as aulas tocou. Fomos de mãos dadas até onde nossas salas seguiam o mesmo caminho.
                                                               (...)
Quinta-feira é aquele dia que você, ao mesmo tempo está desanimado e feliz, desanimado porque já se passaram três dias de cansaço e de estresse, mas feliz, porque sabe que no outro dia é sexta e isso significa que o fim de semana esta chegando nada de acordar cedo ou de preocupação por dois dias, fazendo apenas o que quer, podendo fugir da rotina que os dias úteis de obrigam a seguir.
Por incrível que pareça, hoje eu não tinha o porquê de reclamar da aula, não sei se fui eu que acordei com mais humor ou se foi os professores, mas hoje as aulas estavam mais suaves e divertidas, e como dizem tudo que é bom dura pouco, o tempo pareceu voar.
                                               (...)
Ultimo horário de aula, o diretor entra na sala com uma expressão seria.
_ Bom dia alunos. – cumprimentou-nos
_ Bom dia – respondeu todos em coro.
_ Eu gostaria de chamar em minha sala os seguintes alunos, Travis, Taylor, Drew e Ashley. – falou serio, os olhei e pela primeira vez os vi tensos com a situação. Teria acontecido alguma coisa? Levantaram-se e acompanharam o diretor até a sala da direção. 

A aula acabou e todos já iam embora, nenhum deles ainda tinha voltado da direção, guardava meu material.
Já estava saindo da sala quando os vi se aproximando, todos não se mostravam felizes, Ashley estava com cara de choro algo serio tinha acontecido.
_ Eu não vou esquecer você. – falou Travis com tom ameaçador, ao se aproximar mais, depois entrou na sala para pegar seu material. O que tinha acontecido? Seja lá o que for não tinha sido minha culpa.
Corri para encontrar Joe na saída. Todos ainda estavam lá, Paul não havia chegado.

_ Meu pai teve um imprevisto lá na empresa, e vai atrasar para vir busca a gente. – falou Joe.
_ Tudo bem. – falei.

Todos nós, Maddie, Nick, Joe e eu, estávamos sentados na escada que tem na frente da escola que tem antes de entrar na recepção.
_ Podemos aproveitar que meu pai vai demorar mais um pouco e passar lá na Hollywood Records. – sugeriu Joe, eu ainda não tinha pensado em nada para lhe dizer.
_ Eu ainda não preenchi nada. – falei com o objetivo de me dar mais tempo para pensar.
_ Eu te ajudo. Você já leu o contrato todo? Se não eu posso te ajudar a terminar de ler. – se via que ele estava empolgado com essa oportunidade que eu estava tendo.
_ Joe eu não posso. – falei triste.
_ Como assim? Não pode o que?
_ Eu não posso assinar contrato com a gravadora.
_ Por quê? Tem algo de errado com o contrato, podemos ir lá e ver se tem como mudar.
_ Eu não vou te contar o porquê agora, mas eu realmente não posso.
_ Demi você me prometeu que não iria esconder nada de mim. – relembrou-me
_ Eu sei Joe. Eu vou te contar, só que não agora.
_ Por quê? Você não confia em mim?
_ Confio Joe, mas eu só não me sinto bem para falar sobre isso agora, eu juro que vou te contar tudo, só não me peça que seja agora. – respondi.
_ Eu odeio isso. – admitiu.
_ Desculpa.
_ O que quer que seja deve ser bem serio... Saber que pode estar acontecendo algo de grave com a pessoa que você mais ama, e não poder ajudar...
_ Mesmo que você soubesse não iria poder fazer nada... – falei o interrompendo.
_ Você vai falar com o Eddie que não irá assinar contrato quando? – perguntou.
_ Não sei, ainda não pensei nisso. – admiti.
_ Quer que eu te ajude? Eu posso ir lá ou ligar no seu lugar. – sugeriu.
_ Obrigada, vai ser melhor assim.

Paul não demorou tanto quanto achávamos que iria demorar. Deixou-nos, Maddie e eu, em casa, como sempre, e partiu em direção a sua residência.
Assim que cheguei perto da porta percebi que havia algo de errado, a porta estava destrancada, não era normal nós deixarmos à porta aberta, mesmo quando tinha alguém em casa. Abri a porta e vi que a casa estava revirada, não estava uma completa bagunça, mas tinha muitas coisas no chão e papeis que antes estavam guardados espalhados por todo o canto, alguns moveis ligeiramente fora do lugar, não dei falta de nenhum objeto valoroso, por isso não acreditei ser um assalto. Entrei com Maddie pela casa e a pedi para que ficasse quieta perto de mim.
_ Mãe?! – gritei, caso fosse ela que estivesse lá, e ao procurar por algo especifico deixou a casa naquele estado. Não obtive respostas.
_ Dallas?! – gritei com a mesma intenção anterior. E novamente não obtive nenhuma resposta.
Escutamos um barulho que parecia vir da parte de cima da casa, Maddie deu um grito de susto.
_ Tem alguém aí? – perguntei. Só depois vi o quão idiota foi essa pergunta, é claro que se tivesse um bandido ou algo parecido aqui ele não iria responder.
 Ao contrario dos filmes que o personagem ao escutar um barulho vai de encontro a ele na tentativa de encontrar o problema, eu não sou corajosa, segurei Maddie com força e a arrastei junto a mim para fora da casa, parei na calçada a frente de minha casa, peguei o celular que estava no bolso da minha calça e liguei para minha mãe, que demorou a atender.
_ Demi, eu estou trabalhando, sabe que não posso atender ao telefone! – falou sem nenhuma paciência.
_ Eu sei mãe, eu só queria saber se antes de sair de casa você estava procurando alguma coisa, pois quando cheguei a casa estava aberta e revirada.
_ Não! Sai depois de Dallas e a casa estava limpa, e eu me lembro de ter trancado a porta. – respondeu sem esconder a preocupação no tom de sua voz. _ Faça o seguinte, pegue Maddie e saia daí e vá correndo para casa de Paul, vou tentar sair daqui e te encontro lá. – ordenou.
_ Tudo bem.
_ Vá rápido, daqui a pouco chegou. – falou e desligou o telefone logo em seguida.
E fiz o que ela me ordenou, foi andando até a casa de Paul. Tentei me manter calma durante todo o percurso, pois se desesperasse acabaria causando o mesmo efeito em Maddie, então apenas guardei o medo para mim. Quando cheguei Denise abriu a porta surpresa.
_ Demi, Maddie, o que fazem aqui? – perguntou nos dando passagem.
_ Aconteceu alguma coisa? – perguntou Joe vindo para perto de mim.
_ Parece que invadiram nossa casa...

                CONTINUA...
Mais um capitulo postado. O capitulo acabou meio sem nada a ver, mas espero que gostem... Quem será que invadiu a casa delas? Por quê?
Espero que estejam gostando da fic, muito obrigada pelo comentário/avaliações.
 Bjssss

NINA: Obrigada por comentar, que bom que gostou, fazia tempo que não via um comentário seu, pensei até que já tinha desistido da fic kkk. Bjss. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

27º CAPITULO “Eu estaria sendo justa?” - Recomeçar


_ Não é nada que não possamos fazer, mas eu não sei se seria o melhor...
_ Mãe, falando desse jeito você está me deixando nervosa – admiti, interrompendo-a.
_ Desculpa-me filha. – falou. Logo depois ajeitou os papeis do contrato na mão, colocou na ultima folha. _ Vou ler a parte que mais interessa. – falou. Respirou fundo e começou a ler. _ “[...] Sendo a/o artista contratado (a) com idade inferior a de 20 (vinte) anos, o contrato dever ser também assinado pelos dois responsáveis, sendo aceito a assinatura de somente um tutor apenas no caso de óbito de um dos responsáveis legais [...]”. – Não foi necessário que ela lesse mais, eu sabia que graças a aquela clausula estaria tudo acabado. Abaixei a cabeça e me segurei para não chorar. _ Demi – chamou minha mãe com a voz triste. _ Eu não ligo de pedir para o seu pai assinar, caso você assim prefira. – falou ela.
_ Não mãe, eu não quero que você o peça nada. – respondi.
_ Você queria tanto.
_ Tá tudo bem, eu não tinha garantia que ia dar certo. – falei, tentando confortar tanta a ela quanto a mim.
_ Quem sabe você terá mais oportunidades, não é?! – falou tentando me animar.
_ É. – respondi.
_ Demi, pense mais um pouco, eu juro que se você quiser, eu não me importo. – eu iria interrompê-la para dizer, novamente, que não queria, mas ela cortou minha fala antes. _ Pense um pouco no que você quer, não vá por mim ou por Dallas nem por nenhuma outra pessoa, vá por você, eu sei que você estava gostando da ideia de ser lançada, doí-me ver que isso pode ser interrompido por aquele traste – falou com ódio. _ mas eu sou capaz de enfrenta-lo para desta vez ele não atrapalhe a nossa vida novamente. – falou.
_ Eu estou decidida. –falei.
_ Não tire decisões precipitadas
_ Mãe, antes de tudo eu quero paz, a vida de todo mundo esta encaminhando é melhor deixar as coisas como estão.
_ Ainda sim, dê-se mais um tempo para pensar melhor, as coisas podem estar diferentes. – falou e se levantou. _ Eu vou lá ficar com sua irmã. Vá também, antes que a comida esfrie. – falou, entendi que ela estava me dando uma ordem, apesar de ela não ter usado o tom de uma.
Ainda sim fiquei ali, sentada, por um tempo, não mais que dez minutos, levantei-me desanimada e andei para entrar na casa, com mais desanimo ainda. Este definitivamente não era o meu dia de sorte.
Entrei na sala, minha mãe e Maddie ainda estavam almoçando, Madison já quase terminava o seu prato, minha mãe deu um sorriso rápido ao ver-me entrar. Coloquei a comida no prato e sentei-me, se antes eu já não queria comer, nesse momento definitivamente era ultima coisa que eu queria fazer na vida.

_ Você está triste Demi? – perguntou Maddie.
_ Só estou um pouco cansada. – menti.
_ Mas você não parecia cansada quando chegamos.
_ Eu sei é que... – tentei arranjar uma desculpa, mas nada me vinha à mente, não iria dizer a verdade a ela.
_ Maddie deixe sua irmã quieta. – ordenou, olhei minha mãe e ela me olhava com o olhar tão triste quanto o meu naquele momento.
_ Desculpa. – falou Maddie e voltou a comer. Comecei a mexer com a comida, até pegava a comida com o garfo, mas a vontade de pô-la na boca não vinha junto.
 _ Eu posso comer no meu quarto hoje? – perguntei.
_ Pode. – respondeu minha mãe, com má vontade. Levantei-me, peguei o prato e parti em direção do meu quarto, cheguei lá tranquei a porta e coloquei o prato em cima do criado-mudo, eu não iria comer, depois daria um jeito de jogar no lixo escondido.

Agora sim eu poderia fazer o que estava segurando, chorar. As lagrimas desciam com força e sem parar, eu realmente estava gostando da ideia de lançar minha musicas, de cantar com outros artistas, de poder ter uma carreira, me encantava a ideia de cantar para um publico meu, se eu já me sentia bem estando cantando no bar, no meio de um monte de gente que não me conheciam e que estavam lá pela comido e eu me apresentando era só uma cortesia a mais que não lhes faria nenhuma falta caso não existisse, imagina cantar para um publico que está lá por mim, porque se conecta com minha musica, porque realmente gosta de mim. Enfim eu não teria isso, eu nunca saberia o que é isso, graças a uma única clausula, não, não por causa da clausula, mas sim por causa de uma única pessoa, uma pessoa que poderia ser um herói para mim, uma pessoa na qual eu deveria amar e me sentir protegida ao seu lado, uma pessoa que deveria estar sempre ao meu lado, que deveria querer e me fazer feliz, mas não, é justamente essa pessoa que mais me fez sofrer, não só a minha, mas a todos que o cercava, uma pessoa conseguiu destruir com a própria família e mesmo depois de tudo, não se mostra arrependido, seria essa única pessoa, que levando em conta a sua contribuição para o mundo, não teria feito falta nenhuma, ao contrario, teria evitado muita confusão e tristezas, essa misera vida inútil seria a responsável pela destruição de um sonho.
No fundo eu sabia que eu também tinha culpa, eu sabia que as coisas na minha vida não eram de dar muito certo, esse era o meu carma, meus momentos de felicidades nunca duravam mais que uma semana, e eu estava tentando me conformar com isso, pois sei que nada que eu fizesse poderia mudar esse fato, mas ainda sim, eu me animei me enchi de esperança de que eu poderia me tornar uma estrela, mesmo com toda minha insegurança de não ser boa o suficiente, eu, pela primeira vez na vida, estava confiante de eu poderia conseguir, mesmo que nada grande como estar entre os tops dos tops, mas quem sabe ter o meu próprio grupo de fãs e conseguir alguns pequenos elogios de algum critico de renome? Eu fui burra de acreditar que esse carma que me segue desapareceria do nada, iludi-me rápido de mais, novamente “quebrei a cara”. Até que agradeço em certa parte, já que era para não dar certo esse era o melhor momento, antes que mais pessoas se envolvessem ou que investissem todo aquele dinheiro em mim. Enquanto que o meu carma afetasse mais a mim e não tanto aos outros eu me conformaria.

Ainda chorava entre soluços deitada em minha cama quando recebo uma chamada de Joe, claro que eu queria atender, mas eu não podia, poderia disfarçar felicidade, mas a minha voz de choro me entregaria, sei que ele me escutaria caso necessário, mas eu teria que lhe explicar coisas demais, coisas de um passado na qual toda a minha família queria apenas esquecer. Não era certo com ele, mas era o melhor a se fazer naquele momento, amanha lhe contaria uma historia qualquer como desculpa e se Deus quiser ele me perdoará.

O dia passava e ele já tinha tentado me ligar inúmeras vezes, até que ligou para o fixo, fiz minha mãe lhe contar qualquer mentira que fosse justificativa para eu não atender suas chamadas, nem sei que desculpa ela o deu, mas ele parou de me ligar, seja o que fosse, tinha ajudado.
Olhei para o lado, e em cima do criado mudo lá estava o prato e toda a comida ainda lá, já fria, peguei o prato, e por coincidência achei uma sacola plástica, joguei a comida dentro e fechei o plástico, assim que tivesse alguma oportunidade jogaria no saco de lixo.
Eu já não chorava mais, não adiantaria, eu apenas me concentrei em me conformar com tudo, em não pensar no passado, apenas seguir, o sol já se punha e entrava pouca luz no meu quarto, não estava totalmente escuro, mas em pouco tempo ficaria, nem olhei se tinha algum dever, trabalho para se fazer ou alguma prova na qual eu teria que estudar para amanha, não me interessava em nada nesse momento, mas eu precisava me expressar me libertar daquele sentimento ruim de algum modo, eu não poderia fazer besteiras, não queria, por isso escolhi a melhor forma possível, escrever.  Acredito já ter dito que escrever me ajudava a expressar e nelas existiam muitas coisas nas quais não diria normalmente, caso não já tenha dito isso, digo agora, escutar ou escrever musica me acalma e me ajuda a passar por qualquer problema, pois me tira do meu triste mundo e leva para o que se pode chamar de paraíso. Peguei minha mochila, tirei o primeiro caderno que vi, sem me importar de qual matéria era, peguei o lápis e pouco a pouco foi se formando os versos e as estrofes, não querendo me gabar ou nada disso, mas acredito que Deus me deu um dom, o de escrever musicas/poesias, desde pequena escrevia, claramente as musicas de antes eram péssimas e me envergonharia se alguém um dia as lesse, mas o fato é, bastava eu querer para que minha mente viajasse e me trouxesse as rimas e palavras certas, fazendo com que saíssem as musicas, as únicas coisas na qual eu fazia e que me orgulhava disso. O tema desta musica é meu pai, irônico, a pessoa que eu mais queria, e deveria esquecer é agora a “estrela principal” de uma das minhas composições. Mas era ele e sua imagem, que hoje me atormenta, que está em minha cabeça, descarregar a raiva, a tristeza, magoa todos os meus sentimentos em relação a ele em uma canção, me faria bem, e realmente me fez. Não que agora eu estivesse feliz e saltitante, mas eu sentia como se tivesse tirado uma parte do peso que estava no meu coração.

O silencio da noite foi interrompida por alguém que batia em minha porta.

_ Sai! – gritei, eu não queria ver ninguém.
_ Demi, sou eu Dallas. – falou ela.
_ Sai! – gritei novamente.
_ Para de ser chata garota, você vai falar comigo de qualquer jeito.
_ Dallas, me deixa quieta.
_ Por favor, Demi, abre essa porta! – não a respondi. _ você sabe que eu sei abrir portas com grampo de cabelo, então para adiantar abre logo! – falou ela, eu havia esquecido, não sei aonde ela aprendeu, mas ela conseguia abrir qualquer porta com grampo de cabelo. Dando-me por vencida levantei-me da cama e destranquei a porta, deixei que ela mesma abrisse, voltei a me sentar na cama, encolhida, encostada na cabeceira, ela entrou fechou a porta ligou a luz já que o meu quarto já estava totalmente escuro e depois pegou a cadeira que fica na escrivaninha e puxou para perto da cama.
_ A mamãe me contou. – começou a dizer.
_ Eu sei.
_ Demi, eu não queria, mas eu até acho que você deveria deixar a mamãe procura-lo.
_ Dallas você é louca? – perguntei.
_ Eu sei Demi é loucura, mas primeiro, com certeza ele assinaria...
_ Por interesse. – falei a interrompendo.
_ Sim, por interesse, mas o importante é que assinaria, te daria carta branca para cantar e ser uma artista conhecida, e segundo, você sabe que a Maddie ainda o via como um pai, que ela não passou pelo que passamos ela tem afeto por ele, me surpreende muito que ela não tenha começado com a história de querer vê-lo, ela nunca ficava mais de uma semana longe dele, mais cedo ou mais tarde ela vai começar a procura-lo, se trazermos ele antes, não teremos que sofrer tentando a explicar o porquê que ela não pode tê-lo por perto mais.
_ A Maddie está bem ok? – falei, apesar de saber que ela poderia ter razão, Dallas e eu a protegemos de qualquer tipo de sofrimento, Madison era uma completa princesinha e digamos que Dallas e eu somos atentas soldadas prontas para defendê-la seja de quem for nunca a deixamos sofrer por nosso pai e muito menos que ela perdesse a visão de pai herói que toda criança tem.
_ Dependo do que é bom para você. Você esta bem? – perguntou.
_ Sim, Dallas, eu estou ótima. – menti irritada
_ Certeza? – perguntou irônica.
_ Que foi Dallas? Se você quer aquele inferno novamente, liga para ele, pede por seu papaizinho vir aqui, destrói com tudo que você e a mamãe estão construindo, jogue no lixo as suas conquistas, faça a Maddie descobrir o pai que tem. – gritei irritada, esquecendo-me de que Madison poderia escutar, dependendo do local que estava em casa.
_ Não, se eu vim para cá, se nos mudamos foi para tentar nos afastar dele e de todos os outros que nos perturbavam, mas ele é nosso pai Demi, e por mais que eu não queira, nós ainda vamos precisar dele, prova disso é que agora a única coisa que te impede de assinar contrato e uma autorização dele.
_ Eu não vou morrer se não assinar esse contrato!  - falei, ela se calou por um tempo.
_ Demi eu não quero ele de volta e entendo o seu ponto de vista. – falou agora calma. _ Mamãe voltou a trabalhar, eu estou trabalhando e próximo ano eu pretendo começar a estudar para me formar em alguma faculdade, a Maddie, por enquanto, está bem... Mas e você? Você está estudando, tá, esta namorando o Joe que é um ótimo rapaz, tá, mas e a musica? Eu não queria que você a deixasse.
_ Eu não vou deixar a musica Dallas, eu só não irei grava-la.
_ Existem milhares de pessoas pelo mundo a fora, trabalhando e duro para ter uma oportunidade que praticamente se jogou em você, por mais que depois você consiga outra gravadora ou consiga que a Hollywood Records te dê outra oportunidade, não será fácil, me desculpe falar assim, mas você não é do tipo de pessoa que luta até o fim pelo que quer quem me garante que você não irá desistir depois? Demi quando eles investem em alguém, eles investem pra valer, se eles gostaram de você, vão gastar rios de dinheiro até te fazer uma estrela, você pode falar que não tinha nada garantido quantas vezes quiser que eu não vou acreditar, pode até não entrar para história da musica, mas que é algo certo de sucesso é. – falou, e mais uma vez ela estava certa. Ficou-se um silencio.
_ Você não cansa de estar certo – falei derrotada.
_ Não. – falou convencida, isso me fez rir, fraco, mas rir. _ Vai pensar? – perguntou.
_ Só uma coisa Dallas, você esta certa, totalmente certa em tudo o que você disse, mas eu quero só te fazer uma pergunta e dependendo dela eu tiro a minha decisão, pode ser assim?
_ Claro. – respondeu
_ Como você disse, a mamãe voltou a trabalhar, a muito tempo que ela tinha parado e ela realmente gosta do que faz, você começou a trabalhar e quer voltar a estudar próximo ano, você sempre quis se formar em engenharia lembra? – perguntei. Ao relembrar ela deu um sorriso automaticamente, esse sempre foi seu sonho.
_ Eu ainda quero – respondeu. _ e vou. – falou convicta.
_ E eu não tenho duvidas de que vai. A Maddie provavelmente dará problemas, mas agora ela está bem e longe de qualquer risco, a mamãe deixou tudo para trás e veio para cá para recomeçar, esse sempre foi o objetivo dela, era isso que ela disse assim que entramos naquele avião, “Ao entrar nesse avião não estamos indo apenas rumo a Los Angeles, estamos indo rumo ao recomeço de nossas vidas”, essa foram as palavras dela, eu não sei você, mas eu não esqueci, posso até não ter mudado tudo o que eu gostaria de mudar em mim, mas eu não me esqueci do proposito desta mudança. Eu só lhe pergunto uma coisa agora, vale apena colocar tudo isso em risco, risco não, pois eu tenho certeza que ele não mudou o jeito dele, vale a pena destruir todos os sonhos de vocês duas, de destruir a imagem de bom pai que a Maddie tem dele, pelo que eu quero, sendo que no futuro eu posso tentar novamente? Eu não posso garantir que não irei desistir no primeiro tropeço que eu der, mas eu posso prometer que vou tentar. Eu estaria sendo justa com você, que em todo santo momento me ajuda sair das minhas confusões, que por mais que seja chata e convencida, está comigo quando preciso, estaria sendo justa com a mamãe que lutou para nos criar, que lutou para sair daquele inferno e nos protegeu, protege e sei que entanto viva protegerá tanto a mim, quanto a você quanto a Maddie com unhas e dentes? Estaria eu sendo justa com nós duas, que mesmo sofrendo, em casa e na escola protegemos a Maddie no mundinho dela, fazendo com que ela seja a única que ainda goste daquele homem? Eu estaria sendo justa?
                CONTINUA...

Mais um capítulo, ficou menor, mas espero que tenham gostado. E aí? O que vocês acham que a Dallas responderá? Muitas coisas acontecerão nos próximos capítulos. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssssssss


Yasmine Maciel: muito obrigada por comentar J fico feliz em saber que esta gostando.
Silvia: Muito obrigada por comentar, claro que não tem problemas, inclusive agradeço por estar tendo esse interesse na minha fic. Bjsss

sábado, 20 de outubro de 2012

26º CAPITULO “Não sei se seria o melhor...”. - Recomeçar


Paul não escondia, ele não nos queria juntos, e como era de se esperar, esse seria um novo problema a se enfrentar.
_ Joe. – chamei sua atenção, assim que o filme terminou. _ Acho melhor eu ir embora. – falei.
_ Mas já? – falou ele um pouco surpreso.
_ Já está ficando tarde, é melhor eu ir. – respondi.
_ Sua mãe ainda não deve ter chegado a sua casa, fica um pouco mais. – falou ele.
_ Eu prefiro ir agora. – falei. Ele olhou em meus olhos e por alguns segundos não falou nada. Ainda estávamos na mesma posição de antes no sofá.
_ É por causa do meu pai? – perguntou ele, em baixo tom para que ninguém escutasse.
_ Não Joe, eu realmente tenho que ir. – menti, os olhares de reprovação de Paul me incomodavam, mas não queria admitir isso a Joe, sei o quanto ele o pai sempre foram unidos, sei que só a minha presença aqui como namorada do Joe e não como apenas “prima” já deixava Paul irritado, não queria ser a causadora de uma briga familiar.
_ Eu vou conversar com ele tá bom? – falou ele. _ Ele vai nos aceitar – Dei um sorriso em resposta. Ajeitei-me no sofá, e levantei-me.
_ Já vai Demi? – perguntou Denise.
_ Já, já está ficando tarde é melhor eu ir. – respondi.
_ Fique. Aí Dianna e Dallas podem vir para cá e jantar conosco. – falou.
_ Desculpa Denise, eu realmente tenho que ir. – falei sem graça.
_ Tudo bem, desculpa por insistir. Mas prometa que depois virão para jantar aqui. – falou, se levantando para vir se despedir.
_ Prometo. – respondi.
Despedi e um por um, incluindo Paul. Joe foi comigo e Maddie até a porta.
_ Tem certeza que não quer que eu te leve? – perguntou Joe.
_ Tenho. – respondi.
_ Tudo bem. – falou sem esconder sua infelicidade por isso. _ nos vemos amanhã. – dêmos um abraço apertado e depois um selinho.
_ Tchau amor. – despedi-me assim que desfizemos o abraço.
_ Tchau minha linda. – respondeu.
_ Tchau para você também Joe. – falou Maddie brincando.
_ Awn que fofa. – falou ele rindo. _ Tchau princesa. – despediu-se ele de Maddie a pegando no colo em um forte abraço.
_ Assim que eu gosto. – falou ela. _ Tchau Joe.

Chegamos em casa e minha mãe e Dallas ainda não haviam chegado. Troquei de roupa e já coloquei o pijama, já que hoje pretendia dormir cedo. Mas antes ainda teria que fazer algumas coisas.
Comecei fazendo as lições, fiz sem vontade nenhuma, provavelmente estava tudo errado, mas pelo menos, no caso do professor querer dar visto, eu não perderia ponto; ajudei a Maddie a fazer o dela, nada muito difícil, primeiro que não eram atividades muito grande e depois porque ela era muito inteligente, quase não precisou da minha ajuda. Nesse meio tempo minha mãe e Dallas chegaram. Assim que ajudei a Maddie terminar sua lição, comecei a ler o contrato que Eddie havia me dado, esse sim iria demorar, tirando o papel que pedia para que eu preenchesse com varias informações minhas, no total 6 paginas, frente e verso, havia varias clausulas, com textos com algumas palavras de difícil entendimento, coisas que provavelmente seriam melhores entendidas por um advogado, mas ainda sim eu queria ler por mim mesmo, ainda que eu tivesse que ficar “melhor amiga” do dicionário.
_ Então como foi lá. – perguntou minha mãe, ao se sentar do meu lado no sofá.
_ O contrato. – falei a mostrando o contrato que lia isso já simplificaria a historia para ela.
_ Ai filha, vocês vão fechar contrato? – perguntou feliz. _ Eu não poço acreditar que terei uma filha cantora.
_ Ah não creio, agora a Demi vai virar a queridinha?! – falou Dallas. Dei língua e ela retribuiu.
_ Não tem nada de filha mais queridinha Dallas, você já é bem grandinha para ficar com essa historia boba. – falou minha mãe.
_ Sei. – falou Dallas dando de ombros.
_ É serio Dallas. – falou minha mãe.
_ Invejosa. – provoquei.
_ Demi. – repreendeu minha mãe.
_ Repete tampinha. – falou Dallas, vindo em minha direção, como alguém que procura briga.
_ Invejosa. – repeti.
_ Parou vocês duas. – ordenou minha mãe, se levantando e se pondo no meio de nos duas. _ Vocês duas são muito mais infantis do que a Maddie. – falou já brava. _ Não existe preferida, não existe invejosa...
_ Mas tem uma tampinha. – falou Dallas, interrompendo-a.
_ Dallas por Deus. – falou mãe como alguém que desistia de uma batalha. _ Eu não entendo vocês duas, brigam o tempo todo, mas também sempre estão juntas como melhores amigas. – falou, isso era fato, eu e Dallas sempre nos provocamos desde que me entendo por gente, mas assim como nos provocamos, sempre podemos contar uma com a outra para o que der e vier. _ Você duas poderiam, por favor, crescerem e parar de brigar vamos utilizar só a parte de amizade que tem em vocês duas. – falou.
_ Viu Demi?! Cresça! – provocou Dallas, só que desta vez deixando transparecer que era apenas uma brincadeira. Dallas viu a cara de repreensão de minha mãe. _ Calma mãe, é só uma brincadeira. – justificou-se.
_ Que seja, vamos parar com qualquer tipo de provocação. Pode ser?
_ Tentarei. – respondi. _ Mas tudo depende da Dallas. – falei.
_ Vou tentar me segurar – respondeu ela.
_ Muito bom, melhor assim. – falou minha mãe, voltando a se sentar no sofá. Voltei a me concentrar em ler o contrato. _ Vai precisar de alguma ajuda para ler isso? – perguntou.
_ Se você quiser ler depois para ver se tem algo que você não concorda. – falei.
_ Claro.

Quatro paginas já tinha sido totalmente lidas, subi para o meu quarto e deitei-me, escutando musica tentava ler mais um pouco antes de dormir. Senti o celular vibrar mostrando que havia chegado uma nova mensagem, era de Joe.
Boa Noite minha linda...
Conversei como minha mãe sobre o nosso caso,
tenho certeza que ela nos ajudará...
Só te peço uma coisa,
não tente se afastar de mim só por causa do meu pai,
eu te amo demais,
não faça isso comigo.
Te Amo.

Só ao terminar de ler a mensagem percebi que ao me afastar, para tentar não comprometer a relação de Joe com seu pai, eu o estava machucando. Procurei as palavras certas para tentar responde-lo, nada me parecia bom o suficiente, mas eu tinha que responder algo.
Boa Noite amor.
Desculpa se tentei me afastar um pouco hoje,
não é minha intenção te machucar,
só não queria atrapalhar.
Saiba que te amo, e se for preciso enfrentarei
com você tudo o que for preciso...
Espero que Denise realmente consiga nos ajudar.
Te amo muito, muito mesmo!

Enviei. Não demorou muito para que eu recebesse a resposta.

Te intendo minha linda,
sei que suas intenções são as melhores,
só não quero que tal besteira nos separe,
sei que tudo isso vai ser resolvido rapidamente,
não será necessário que nos afastemos por isso,
meu pai terá que se acostumar de nos ver juntos,
como namorados.

Eu confiava que Denise iria nos ajudar, tanto ela quanto minha mãe se mostraram muito felizes ao saberem que estávamos juntos.
E assim passamos a noite inteira trocando mensagens, acabei me esquecendo de ler o resto do contrato antes de dormir.
                                                               (...)
_ Filha você já leu o contrato? – perguntou minha mãe de manhã, quando já me preparava para ir à escola.
_ Quase, falta um pouco ainda.
_ Se você quiser não precisa de ler, no final das contas quem terá que aceitar sou eu, não é? – perguntou.
_ Por mim tudo bem. – falei pegando os papeis que já estavam guardados na minha mochila, para no caso da aula estar muito chata eu terminasse de ler na escola, e lhe entreguei.
_Lerei em quanto não vou trabalhar, e se quiser já vou preenchendo as coisas para você. – falou.
_ Me adiantaria muito. – admiti.
                                                                              (...)
Hoje o dia estava passando rápido, sem nenhuma novidade, as aulas como sempre monótonas. No intervalo fico com Joe e nossos amigos, os quais a cada dia conhecia melhor.
Joe não falou muito sobre o que se resolveu com a conversa de Denise e Paul, eu só sabia que ela havia acontecido, na noite de ontem, e a única frase que eu tinha como resposta era “Minha mãe já está resolvendo tudo por nos”, e nada mais, nada que me detalhasse os fatos e que me fizesse ficar tranquila diante de tudo.
 Durante o intervalo, enquanto todos conversavam animadamente, comecei a me senti observada, muitos dizem que isso é besteira minha, mas eu sempre tive problemas com isso, sempre achei que todos a minha volta estão me observando e julgando-me através de meus atos, não que eu ache que o mundo gira em torno de mim e nem que eu ache que tem algo em mim que chame a atenção das pessoas, aliás, longe disso, eu apenas tenho essa mania, pode se dizer que sofro de um caso especifico da “Síndrome de perseguição”, não sou daquelas que fazem escando por isso, mas me incomodam e muito. Mas desta vez essa impressão de que estavam me observando estava totalmente correta, ao olhar para o lado, do outro extremo do refeitório, estava Travis, Drew, Taylor e outro menino, uniformizado, mas na qual não reconheci, olhando para mesa em que eu estava, Travis percebeu que eu os olhava e “cumprimentou-me” com um simples gesto de cabeça e logo depois pôs em seu rosto um sorriso sarcástico, para mim já era o aviso de que minha paz estaria com os dias contados, mas o que ele estaria aprontando? Iria me atacar? Quem era esse garoto que estava com eles? Travis era esperto e sabia que no pouco tempo em que estive com ele, conheci muito dos seus jeitos de atacar as pessoas, ele provavelmente iria me atacar de maneira diferente, faria algo na qual eu não adivinhasse e que não pudesse fugir, mas o que seria?
Eu queria falar com Joe, mas ele mesmo já tinha esquecido as ameaças de Travis e sempre que eu tocava no assunto e mudava o rumo da conversa, pedindo para que me acalmasse e nada iria acontecer que tudo já estava bem... Fora que se eu colocasse o Joe no meio de novo, acabaria sobrando para ele, e o alvo do Travis era exclusivamente eu.
Voltei a tentar me concentrar na conversa na mesa, mas é claro que minha mente ainda me forçava a pensar no que Travis estava aprontando.

Ultimo horário de aula do dia, professora de Química nos organizou em duplas, e a infeliz fez questão de uma das duplas fosse eu e Travis, não tinha como dia de aula acabar pior. Teríamos que responder um questionário com 25 questões abertas e algumas de múltipla escolha, a partir do nosso conhecimento, na verdade, a partir do meu conhecimento, Travis não é burro, mas se tiver alguém que possa fazer os trabalhos, deveres, qualquer coisa relacionada à escola, para ele, com total certeza ele aproveitaria.
Sentei-me ao seu lado e sem lhe dirigir a palavra comecei a fazer a atividade, ele apenas observava o que eu respondia, sem mostrar interesse em nada.
_ Travis lhes coloquei em dupla para que duas pessoas fizessem, não apenas um. – falou a professora, ao perceber que ele não estava ajudando em nada. Ele para disfarçar, se ajeitou na cadeira, e começou a olhar a folha da atividade, como quem presta atenção, mas ainda sim não fez nada. Continuamos sem nos falar. E assim foi até o fim da aula.

Na volta sem nada de novo, agora Joe sempre sentava os meu lado e Nick e ao lado de Paul, que em nenhum momento se mostrou incomodado, mas tão pouco se mostrou satisfeito, apenas conformado. Seja lá o que Denise o falou, ajudou.
                                                               (...)
Cheguei em casa com Maddie e para nossa surpresa, mãe já estava lá.

_ Não foi ao trabalho ou chegou mais cedo? – perguntei.
_ Está tento um vazamento a onde treinamos e hoje todos os outros lugares possíveis estavam ocupados. – respondeu.
_ Que pena. – falei. _ Vou tirar o uniforme. – avisei.
_ E você Maddie, não vai não? – perguntou ela se dirigindo a Madison. A pequena fez cara feia. _ Eu já estou quase terminando o almoço, vá se arrumar para comer. – ordenou.

Trocamos de roupa e descemos, e lá estava a cena que eu menos gostava de ver, comida na mesa, com minha mãe aqui eu teria que comer, a fome que tinha sentido antes já havia passado, meu corpo já estava se reacustumando ao meu habito de ficar sem comer por muito tempo, juntando isso mais minha vontade zero de comer alguma coisa por um bom tempo não se resultaria algo bom.
_ Maddie vá comendo, eu preciso falar com a Demi antes tá bom minha linda? – perguntou minha mãe.
_ Tudo bem mamãe. – respondeu Maddie sorridente.
_ Demi, vamos para o quintal, por favor. – falou. Preocupei-me, o que ela queria falar comigo que não podia ser escutado pela Maddie?
Ela partiu na frente e fui logo atrás, vi que ela estava com os papeis do contrato na mão.
Ela se sentou em um das cadeiras que ela tinha recém comprado, ficava perto da borda da piscina.
_ Filha, sente-se. – falou. Sentei-me na outra cadeira.
_ Aconteceu alguma coisa mãe? – perguntei preocupada.
_ Não exatamente. – respondeu. Ela parecia um pouco triste.
_ Então... – incentivei-a a começar a falar o que estava acontecendo.
_ Eu li o contrato e talvez tenha um problema. – falou ela com pesar. Fiquei confusa o que poderia atrapalhar que eu assinasse o contrato? Até onde eu havia lido, não tinha nada de muito exigente ou impossível de ser respeitar ou fazer.
_ Qual problema? – perguntei.
_ Não é nada que não possamos fazer, mas eu não sei se seria o melhor...
                CONTINUA...

Oi gente J, sei que ultimamente estou demorando, até de mais para postar, mas ACHO que a partir da próxima semana poderei voltar a postar com mais frequência, não garanto que será todos os dias como nos primeiros capítulos, mas não será como agora que é praticamente só um por semana. Espero que estejam gostando. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

25º CAPITULO “Um novo problema a se enfrentar” - Recomeçar


. _ Sei que não é tão incomum assim fazermos um jantar para reunir todos, mas hoje tem um motivo especial, na verdade não só um, são dois, dois motivos especiais. Primeiramente anunciar que eu e Demi estamos namorando. Tenho as suas benções?
_ Mas é claro que sim. – falou minha mãe, feliz e fingindo, com perfeição, surpresa.
_ Sempre achei que vocês formariam um ótimo casal. – falou Denise.
Todos estavam felizes com a noticia. Mas Paul parecia um pouco preocupado.

_ E qual é a segunda noticia? – perguntou Denise curiosa.
_ Você fala? – perguntou Joe para mim.
_ Tudo bem. – falei, eu nem sabia por onde começar. _ Ontem depois da minha apresentação no bar, um homem se aproximou de onde Joe e eu estávamos, e ele era nada mais nada menos do que um dos diretores da gravadora Hollywood Records.
_ Ai meu Deus. – exclamou minha mãe antecipando-se na comemoração.
_ Ele disse estar interessado em mim. – continuei.
_ Ai Demi, que magico! – falou Maddie e veio me abraçar.
Todos estavam felizes com as noticias, Denise abriu um dos melhores vinhos que eles tinham em comemoração. Não bebi muito porque apesar de ter pouco tinha um teor de álcool.
                                                               (...)
_ Passou o dia inteiro e não me contou nada sobre a gravadora né Demetria? – falou minha mãe assim que chegamos em casa. Maddie e Dallas já haviam subido para irem dormir, eu me minha mãe subíamos as escadas para irmos para os nossos respectivos quartos.
_ Era para ser surpresa. – respondi.
_ Oh filha eu estou tão feliz por você, é tudo tão incrível.
_ Eu confesso que ainda não estou acreditando que as coisas estão dando certo. – falei. Já estávamos no corredor, parei na frente da porta do meu quarto, minha mãe parou junto comigo.
_ Filha eu não sei o que vai acontecer no futuro, eu só espero que as coisas boas que estão acontecendo em nossas vida estejam vindo para ficar.
_ Eu também espero isso mãe.
_ Também espero que possa dizer que não tens mais nenhum problema, que esta completamente feliz.
_ Eu estou feliz mãe, e muito, tudo esta dando certo.
_ Mas não esta completamente. – falou ela. Só aí comecei a entender a onde ela queria chegar.
_ Eu vou dormir. – desconversei. _ Boa noite mãe.
_ Boa Noite filha. – respondeu. Ela veio a mim e me deu um beijo na testa. _ Durma bem minha linda.
_ Durma bem mãe. – respondi e fui entrando no quarto. Já era quase meia-noite, eu tinha que dormir, afinal de contas essa terça-feira seria longa, mas eu não tinha nem um sinal de sono. Fui ao banheiro, lavei o rosto, coloquei um pijama e voltei ao quarto. O que minha mãe falou ainda estava em minha cabeça, eu estava realizando sonhos agora, eu estou com Joe que é a pessoa mais perfeita que eu poderia ter encontrado e apesar de nada oficial eu tinha uma reunião com o diretor da Hollywood Records, eu estou vivendo bem junto a minha mãe e minhas irmãs, longe de quem me fazia mal, mas eu não estava completamente feliz, a minha vida havia mudado, e para melhor, mas eu não, eu não mudei em nada, continuei a mesma que era totalmente infeliz tanto comigo mesma tanto com o que me rodeava, eu me olhava no espelho e via aquela frágil, cheia de imperfeições e triste que eu costumava ser, seria eu capaz de algum dia ser feliz completamente? O que havia de errado comigo? Porque eu não consegui me sentir bem? Estas duvidas me deixavam louca, na tentativa de tira-las da minha cabeça, peguei meu celular, deitei-me e comecei a escutar musica, até dormir.
                                                               (...)
_ Filha acorda – minha mãe me acordava, tentei abri os olhos e a luz do sol incomodou meus olhos, virei-me para o outro lado e fingi que não a vi me acordar. _ é melhor você se levantar, se eu pedi para Dallas te acordar...
_ Espera. – falei resmungando. _ Já estou levantando, espera só mais um pouco.
_ Demi – repreendeu-me. _ Vou contar até três. – falou. _ Um... Dois...
_ Tá, tá já estou levantando. – falei, saindo de baixo das cobertas e me levantando desanimadamente.
_ Você já está atrasada. – falou ela.
_ O despertador nem tocou ainda. – falei, coçando os olhos.
_ Já sim. – falou ela. Olhei para cima do criado-mudo peguei meu celular e já 6:40, realmente o despertador tinha tocado, eu que não escutei. Levantei-me apressada, eu tinha pouco tempo para me arrumar, não daria tempo de tomar um banho para me despertar, então apenas fiz minha higiene pessoal, lavei o rosto, coloquei o uniforme apressadamente, peguei o meu material, nem mesmo olhei se eu tinha organizado tudo direito, desci as escadas apressadamente, e não demorou um minuto e Paul chegou para nos buscar.
_ Vai sair sem comer nada filha? – perguntou minha mãe, vi em seu rosto o sinal de preocupação.
_ Eu como quando chegar lá. – falei.
_ Tudo bem. – respondeu.
_ Tchau mãe.
_ Tchau filha. – falou, abraçamo-nos e fui para o carro de Paul.

Hoje quem estava sentado ao lado de Paul, na parte da frente do carro, era Kevin, sentei-me ao lado de Joe, durante todo percurso ficamos de mãos dadas.  
Ao contrario do que sempre faz Paul hoje levou Kevin à faculdade primeiro.

_ Joe, Demi, vocês poderia ficar um pouco? – perguntou Paul, assim que chegamos na frente da escola, Nick e Maddie se despediram e desceram do carro.
_ Tem algo de errado acontecendo pai? – perguntou Joe.
_ Talvez... – respondeu. Ele tirou o cinto de segurança para poder virar para trás e poder conversar olhando para nós _ Vocês dois sabem que são primos não sabem?
_ Sabemos. – respondeu Joe. Só aí percebi que Paul não estava nem um pouco satisfeito com o nosso namoro.
_ Mas Paul, nem é de primeiro grau, não vejo problema. – respondi
_ Podem não serem de primeiro grau no sangue, mas as pessoas nos conhecem assim, quando perguntarem falarei que você é minha sobrinha ou minha nora?
_ Eu não acredito que você vai começar a fazer drama pai! – falou Joe.
_ Não é drama Joe, eu admiro o fato de vocês se darem bem, e no fundo vocês parecem um casal bonito, mas vocês são parentes e nada que vocês digam vai mudar isso. – falou ele.
_ Você percebeu que é o único que não aceita isso, a mamãe e a tia Dianna receberam a noticia com muita felicidade.
_ Viu Joe?! Tia, tia Dianna. – destacou Paul.
_ Eu amo a Demi e não vai ser uma bobagem dessas que vai me fazer separar dela. – falou Joe, ele já estava irritado e para não brigar com o pai, foi saindo do carro, sem nem mesmo se despedir. _ Vamos Demi – chamou ele, ao perceber que eu havia ficado parada. Apenas desci também não me despedi de Paul, não estava com raiva dele, no fundo ele tinha razão, teoricamente somos parentes, mas somos próximos apenas no convívio de sangue somos distante e para mim isso era o que importava. Entramos na escola, andávamos de mãos dadas em silencio. _ Não liga para ele, nada vai nos separar.
_ Eu não quero que vocês briguem por isso. – falei. _ Vocês sempre tiveram uma relação pai e filho invejável não é justo eu chegar e acabar com tudo.
_ Não fica assim – falou, paramos de andar e nos olhamos, ele acariciava minha face. _ Eu depois falo com minha mãe, ela irá convencê-lo de que não há nada de errado em ficarmos juntos. – falou e me deu um selinho.
_ Espero que sim. – respondi e dei um sorriso de canto. As coisas nunca foram de dar certo na minha vida, não me surpreenderia se por isso minha relação com o Joe fosse comprometida. Só de pensar nisso senti meu coração doer, eu não queria perde-lo, Joe definitivamente foi o melhor que aconteceu em minha vida.
                                                               (...)
As aulas começaram ser cada vez mais chatas, pois agora os únicos que poderiam me tirar o tedio eram como inimigos. Ashley e Tay, apesar de não terem demonstrado ódio ao fato de eu estar namorando Joe, se afastaram completamente e nos poucos momentos que ficávamos perto umas das outras elas se mostravam desconfortáveis com a situação, Travis e Taylor não falavam mais comigo, mas isso nem era o pior, Travis havia deixado claro que iria fazer algo contra mim, mas até o momento nada, perto dele eu ficava em constante alerta só a espera do seu ataque, e ele se demonstrava totalmente despreocupado, como se já tivesse esquecido tudo, no fundo aquela já era uma maneira de torturar, eu sabia que ele iria fazer algo, apesar de se mostrar despreocupado eu sei que ele não esqueceu, eu conheci o Travis perigoso, e sei que ele não iria descansar, se isso me atormentava mais.
                                                               (...)
Apesar da conversa/briga de hoje mais cedo, Paul nos pegou no colégio como sempre fazia e não tocou mais no assunto, agiu normalmente, deixou Madison e eu em casa. Joe foi com ele, mas voltaria mais tarde para me levar no para a gravadora falar com Eddie. Eu queria estar bem apresentada para eles, principalmente por ele ser uma pessoa chique acostumada a falar com artistas, eu não poderia chegar lá de qualquer jeito, meus problemas novamente começaram, só que hoje, ao contrario de ontem, eu não teria a ajuda de Dallas. Eu precisava me controlar.
_ Demi! – chamou Maddie.
_ Oi linda, precisa de algo? – perguntei.
_ Estou com fome. – falou ela. Estava tão ansiosa que havia me esquecido de fazer almoço para Maddie.
_ Ai Maddie me desculpa, esqueci totalmente do almoço, espere um pouco eu vou aprontar algo para você tudo bem linda?
_ Tá – falou ela sorrindo. Fui para cozinha ver o que tinha, vi ainda tinha arroz, esquentei, fiz salada e fiz purê de batata, que sei que Maddie sempre gostou e fiz peito de frango. _ Fica comigo aqui? – perguntou Maddie assim que a entreguei o prato com a comida.
_ Claro. – seria bom ficar, relaxaria um pouco. Sentei-me junto com ela na mesa e ela começou a comer tranquilamente.
_ Porque você não come? – perguntou ela.
_ Eu não estou com muita fome hoje – menti. Eu estava com fome, mas me recusava a comer, ultimamente tinha cometido muitos excessos e isso me fez ficar mais e mais gorda, precisava parar.
_ Você não sente muita fome não é? – perguntou inocentemente.
_ É.
_ Eu também vou ser assim? – perguntou ela.
_ Não, nunca seja assim! – falei. Eu faço isso porque acredito que é o único jeito para conquistar o meu objetivo de ser magra, mas eu não sou feliz, e não desejo isso a ninguém.
_ Porque não?
_ Você esta bem assim.
_ Mas aí eu seria igual a você. – falou ela. _ Eu quero ser igual a você – percebi em no jeito em que ela me olhava que ela tinha uma grande admiração por mim. Eu amo a Maddie e se ela fosse por esse caminho seria minha total culpa. Não consegui segurar as lagrimas. _ Demi, porque você está chorando? – perguntou ela preocupada. _ Eu falei algo ruim? – perguntou.
_ Não Maddie. – respondi, tentei segurar o choro. Aproximei-me mais dela e a abracei. _ Eu te amo minha pequena.
_ Eu também te amo Demi. – falou ela retribuindo meu abraço.
                                                               (...)
Já estávamos na frente da gravadora, Joe me trouxe junto a Maddie, que mesmo tendo a opção de ficar na casa dos Jonas, preferiu vir conosco. Maddie andava na frente, toda animada, eu e Joe estávamos logo atrás andando de mãos dadas. O prédio da Hollywood Records era gigantesco, ficava no centro da cidade. Entramos na recepção.
_ Boa tarde, posso ajuda-los? – perguntou a recepcionista simpaticamente.
_ Nos viemos falar com um dos gerentes da gravadora. O Eddie. – respondeu Joe no meu lugar.
_ Ah sim, os senhores são?
_ Demetria e Joseph. – respondeu.
_ Sim, realmente estão marcados, podem ir até o 16º andar. – falou ela.
Subimos pelo elevador. Ao chegarmos lá nos deparamos com outra recepcionista.
_ Joseph e Demetria? – perguntou ela.
_ Sim. – respondeu Joe. Ela olhou para Maddie. _ E essa é Maddie, tem algum problema em ela ter vindo também?
_ Claro que não. – falou ela dando um sorriso simpático _Esperem só um pouquinho o Dr. Eddie já irá lhes atender. Sentem-se – falou ela. Sentamo-nos, eu e Joe ainda estávamos de mãos dadas, Maddie admirava o local, era muito bonito, não tinha percebido ao chegar, mas o prédio é todo feito de vidro, e do andar que estávamos dava para ter uma bela vista da cidade. Era tudo tão elegante e perfeitamente limpo, se via que não era um lugar para qualquer.
_ Sua mão está fria. – disse Joe. _ Se acalme um pouco, não conseguiu falar nada desde que chegamos aqui, isso não vai poder acontecer quando ele te chamar – Realmente eu estava muito nervosa, eu tinha muito medo de decepcionar, as coisas ainda estavam muito incertas e esta incerteza me preocupava, naquele momento eu estava novamente no controle de tudo, caso nada desce certo seria minha culpa, eu não poderia culpar ninguém, era eu e eu. Respirei fundo e tentei pensar positivo, sem muito sucesso, mas pelo menos ocupou minha mente, me fazendo relaxar um pouco. Não sei quanto tempo eu já estava naquela gravadora, poderia ser pouco tempo, mas para mim parecia uma eternidade, meu coração batia junto ao tic-tac do relógio.
_ Senhorita Demetria, senhor Joseph, senhorita Maddie, o Doutor Eddie já está pronto para recebe-los – falou a recepcionista me tirando dos meus pensamentos. Joe começou a rir, mas logo parou. Levantamo-nos, e acompanhamos a recepcionista até a sala do Eddie. Era no fim do corredor. Ela bateu na porta e logo abriu. _ Doutor Eddie. Aqui estão. – anunciou. Deu passagem e entramos, timidamente, inclusive a Maddie, que sempre foi disparada e que pensei que iria me dar trabalho, entrou tranquilamente. A recepcionista saiu e fechou a porta
_ Olá Demi, Olá Joe. – se levantou para nos cumprimentar. _ E essa menina linda, quem é? – perguntou ela se abaixando a sua altura a cumprimentando.
_ Ela é Madison, minha irmãzinha.
_ Prazer Madison. – falou. _ Sentem-se. – falou direcionando-se a sua mesa, o seu escritório era grande e iluminado, tinha muitos papeis na grande mesa, havia um sofá que caberia facilmente umas cinco pessoas e também tinham duas cadeiras do outro lado de sua meda, eu e Joe nos sentamos na cadeira, e Maddie se sentou no canto do sofá, nunca a tinha visto tão quietinha. Eddie se sentou em sua cadeira. _ Agradeço muito por terem vindo, peço desculpas no caso de ter feito-lhes esperar muito. – falou ele gentilmente, eu estava nervosa e não sabia o que dizer, apenas sorri em resposta. _ Como eu lhe havia dito Demi, eu vi você cantando no bar por muitas noites e confesso que fiquei muito interessado em te ter como a mais nova estrela da minha gravadora, eu vejo em você um grande potencial. – disse Eddie. Eu estava prestando atenção em tudo o ele dizia, mas percebi, de canto de olho, que Joe não para de me olhar com um sorriso de orgulho. _ Acredito que você esteja interessada em ouvir minha proposta, já que veio ao meu escritório.
_ Sim, eu quero escutar sua proposta.
_ Pois bem, a minha ideia principal é, já que você é jovem, a internet seria a nossa principal ferramenta para te levar ao estrelato, iremos fazer vídeos com cantores já consagrados da nossa gravadora e assim vamos começar a abrir portas para você e aos poucos vamos começar a te dar vídeos totalmente solos, para destacar a Demi. E a partir daí vemos, se a recepção for realmente boa, iremos gravar um cd e divulga-los em todo o mundo e vamos marcar turnês, tudo para lhe fazer uma grande estrela. Digamos que o investimento que faríamos em você seria de aproximadamente 700 mil para esse começo, e isso é uma coisa seria, por isso eu preciso do seu total comprometimento. – falou. 700 mil investidos em mim? Gravar com pessoas famosas, turnês, cds? Apesar de ter ficado ansiosa desde o primeiro instante, agora eu estava pior, pois sua proposta estava na dada e apesar de toda gentileza do Eddie, ele não poderia brincar, 700 mil é muito dinheiro e é claro que eles esperam lucros e mais lucros, e se eu não desse o lucro esperado de volta? E se eu não conseguisse ter um caminho certo nessa carreira? Como ele disse isso é uma coisa seria, eu tinha que ter total comprometimento e não poderia decepcionar. _ Eu posso contar com você? – perguntou. Eu realmente não sabia... Na verdade eu queria e muito dizer que “sim”, mas e se não desce certo? Eu iria decepcionar um monte de gente e ainda ia dar um desbanque na gravadora. Olhei para Joe, que em nenhum momento parou de me olhar. Ele continuava com o sorriso no rosto e me incentivando a aceitar, fez discretamente que “sim” com a cabeça. Segui a sua sugestão
_ Sim, pode contar comigo. – respondi. Eddie riu satisfeito.
_ Eu irei lhe entregar papeis de contrato e lá vai ter tudo bem detalhadamente explicado, tudo o que vai acontecer, tudo o que vamos fazer, eu permitirei que você leve para casa, consulte quem você quiser, para saber se é o que você realmente quer, você lê, assine e me trague o mais rápido possível. Pode ser?
_ Claro. – respondi. Eddie chamou a secretaria pelo telefone, e não demorou muito ela já estava batendo na porta e entregando a Eddie os papeis. _ Obrigado – falou ele, dirigindo-se a secretaria. _ Aqui está Demi, além da assinatura, você deverá preencher alguns dados, mas pode ler tudo primeiro e depois você preenche tudo bem?
_ Tudo.
_ Infelizmente não poderei conversar mais, por que terei outra reunião em minutos, por isso desculpa-me, mas terei que lhes expulsar da minha sala – falou em tom amigável.
_ Eu lhe agradeço muito pela oportunidade. – falei e junto a Joe me levantei.
_ Eu que lhe agradeço. – respondeu ele, e também se levantou para se despedir. _ Nos vemos em breve?!
_ Nos veremos em breve. – respondi.
_ Então tá. Tchau Demi, tchau Joe, tchau Maddie. – despediu-se de um por um.

Assim que saímos da gravadora fomos para a casa dos Jonas. Nick, Joe, Kevin, Frankie, Maddie, Danielle e eu estávamos todos assistindo um filme na tv. Eu e Joe estávamos abraçados no canto do sofá, Maddie estava do nosso lado e do seu lado estava Frankie, Kevin e Danielle assim como eu e Joe estavam abraçados no outro sofá, e Nick, coitado, estava sobrando no sofá completamente. Denise fazia a pipoca e logo se juntaria a nos.
Paul chegou do trabalho e cumprimentou todos educadamente, foi trocar de roupa, voltou e juntou-se a nós, Denise já tinha terminado de fazer a pipoca e todos comiam e assistiam ao filme tranquilamente. Apesar de me manter concentrada no filme eu não pude deixar de perceber que Paul por vários momentos observava descaradamente a Joe e a mim, isso me incomodava. Paul não escondia, ele não nos queria juntos, e como era de se esperar, esse seria um novo problema a se enfrentar.
                CONTINUA...

Mais um capítulo postado, espero que gostem, gostaria de agradecer pelos comentários e pelas avaliações,espero melhorar cada dia mais para poder dar jus as suas expectativas. Não se esqueçam de comentar.
Bjssssss

terça-feira, 2 de outubro de 2012

24º CAPITULO "Tenho as suas benças?" - Recomeçar


_ Joe, eu estou sonhando?
_ Não Demi, você não esta sonhando, isso é totalmente real. – falou sorrindo. _E merece uma comemoração.
_ Eu não sei, é tudo tão perfeito que me dá medo de assim que eu chegar lá ele falar que não tem mais interesse em mim – confessei.
_ Pare com essa insegurança boba Demi. – falou ele, se aproximando mais de mim. _ Você vai chegar lá, mostrar todo o seu talento e ele vai ficar mais admirado ainda por você. Eu já posso ver você ganhando premiações musicais.
_ Joe! – eu disse rindo. _ Eu vou tentar para de ser insegura e você favor para de sonhar. – falei brincando
_ Eu não estou sonhando, eu realmente acho que você seja capaz de conseguir muito sucesso, e com o investimento que essa gravadora põe em seus artistas você pode ser sucesso mundial, basta você querer. – falou ele.
_ Você já percebeu que tudo que me aconteceu de bom hoje foi graças a você – falei.
_ Eu? – perguntou ele.
_ É. Se eu estou livre do Travis é porque o amor que eu sinto por você me deu forças para enfrenta-lo, se hoje eu ri que nem uma louca foi por suas piadas, se eu me senti querida, foi pelos seus carinhos, se eu estou aqui, com uma... Sei lá entrevista, reunião marcada para terça e graças ao fato de você ter me convencido de vir cantar aqui. – falei.
_ Não Demi, você acredita que foi eu, mas no fim das contas foi você, você poderia me amar e eu te amar assim como nos amamos, mas se você não tivesse tomado à iniciativa para se vir livre do Travis eu não faria nada, se eu conto umas piadas e porque eu amo ver e ouvir sua risada, se eu te carinho é porque eu amo te tocar, sua pele é macia e cheirosa, e eu poderia te levar para qualquer bar do mundo, mas se você não tivesse a voz que você tem e não se jogasse que corpo e alma quando você está cantando, você não teria que ir ao escritório do diretor da Hollywood Records na terça-feira. Não é por mim que você está recebendo tudo de bom hoje é por você. – disse. Joe era incrivelmente perfeito, eu não conseguia ver nada nele que pudesse dizer que era defeito, ele sabia como me fazer sentir bem, e isso me faz apaixonar cada vez mais por ele.
                                                               (...)
Como dizem nem toda a felicidade dura para sempre. Segunda-feira, animação para ir para escola era zero, por mais que agora eu não tivesse mais a necessidade de ter que ficar com Travis, eu ainda teria que estar na mesma sala que ele, e depois de tudo, esta situação não seria nada agradável.
Estava sentada na mesa, todos tomávamos o café da manhã, na verdade eu estava mais figurando, não estava com mínima vontade de comer alguma coisa, limitei-me a tomar um copo de iogurte para que ninguém começasse a reclamar.
_ O Travis até que é uma pessoa educada. – falou minha mãe. Agora ela gostava dele?
_ Até uns dias atrás você o odiava. – falei.
_ Eu não vou mentir, eu não gosto dele, mas o imaginava de outra maneira, foi surpreendente ver que ele era uma pessoa educada. – justificou-se.
_ Eles terminaram, não é? – perguntou Dallas, eu ainda não lhe havia contado tudo o que aconteceu. 
_ Sim. – respondi.
_ Jura?! – perguntou minha mãe animada.
_ Sua tristeza está me comovendo mãe.
_ Você sabe que eu não o aprovava. – falou ela. _ Ele é educado, mas não muda o fato daquela bendita festa tenha acontecido e também não muda o fato de que os Jonas não gostam dele.
_ Pois agora pode ficar tranquila mãe, não estou mais com ele. – falei.
_ E por acaso há um motivo especial para este termino? – perguntou ela.
_ Não. – respondi.
_ Nem uma pessoa especial? – insistiu, Dallas e Maddie começaram a rir.
_ Mãe!
_ Eu só estou perguntando. – falou ela, levantando os braços se mostrando inocente.
_ Eu não sei onde você está querendo chegar – menti.
_ No Joe. – falou Dallas.
_ Demi não negue vocês podem até não estarem juntos, mas você gosta dele, não é? – perguntou minha mãe.
_ Vocês são muito estraga prazer! – falei, eu e Joe estávamos querendo fazer o anuncio oficial de namoro na tarde de hoje, ele ira pedir para que Paul nos chamasse para um jantar em sua casa.
_ Eles já são namorados. – falou Maddie.
_ Maddie! – chamei sua atenção, porque crianças não conseguem ficar quietas por muito tempo?
_ Eu sabia o olhar que vocês dão um para o outro não é de amizade. – falou minha mãe.
_ Tá, tudo bem, eu e o Joe realmente estamos namorando. E provavelmente ele vai nos convidar para um jantar hoje para fazer um anuncio oficial, finjam surpresa na hora, por favor. – falei.
_ Aww um anuncio oficial. – falou Dallas
_ Viu Demi! É disso que eu estou falando, me diga se o Travis em algum momento pensou em fazer um anuncio oficial? – perguntou minha mãe.
_ Não, em nenhum momento.
_ Pois bem, todas aqui prometem fingir surpresa. – falou minha mãe, olhei para Maddie a espera de uma confirmação dela, a sua sinceridade era grande demais, não duvidaria nada que na hora ela falasse para todos que eu já havia contado que estamos juntos.
_ Eu estou incluída. Também fingirei surpresa. – respondeu ela, entendendo o meu olhar.
                                                               (...)
 Como sempre Paul nos levou para escola, e pela primeira vez eu entrei acompanhada por Joe e não como amigos, como namorados, fomos até a mesa que ele costumava se sentar antes de bater o sinal, junto com todos os seus amigos, de mãos dadas, muitos pararam para olhar, um novo casal estava formado.
_ Não. Não creio que vocês estão juntos! – falou Liam, assim que nos sentamos à mesa.
_ Estamos, há algum problema? – perguntou Joe.
_ Claro que não. Foi a melhor decisão que você tomou. – respondeu.
_ Até que fim vocês decidiram escolher bem com quem vão namorar – falou Miley. Rimos.
                                                               (...)
No primeiro horário de aula fui tudo bem tenso, Travis nem olhou para mim, Taylor fingiu que nem existia, Ashley e Tay não pareciam estarem com raiva, mas com certeza, em pouco tempo ficariam já que elas não gostariam nada de saber que eu estou namorando Joe.
Na troca de professores para o segundo horário tentei falar com Travis.
_ Travis. – o chamei, sei que ele escutou mais fingiu que não. _ Você pode me responder, por favor? – insisti
_ Não foi você que me pediu para sumir da sua vida? – falou ele, virando para mim.
_ Eu realmente quero. Só que eu preciso entender o que você quis dizer com “O seu inferno vai começar agora?” – perguntei, eu realmente me preocupei.
_ Você andou comigo, sabe muito bem que ninguém me faz de idiota sem levar uma punição, não usarei suas imagens, mas isso não significa que eu não possa fazer algo contra você.
_ O que você vai fazer contra mim? – perguntei.
_ Você acha que eu vou dizer? – perguntou. Eu realmente tinha feito uma pergunta idiota. _ Espere e sentirá. – respondeu, o professor entrou na sala e ele virou para frente novamente.
                                                               (...)
_ Demi. – chamou-me Ashley na hora da saída.
_ Sim.
_ Eu ouvi dizer que você e o Joe estão juntos, isso é verdade? – perguntou ela.
_ É – falei meio sem jeito, sabia que ela iria tentar arranjar confusão. _ Eu sei que você gosta do Joe, mas...
_ Não precisa se explicar. – falou ela me interrompendo. _ Mas só uma coisa, você não são primos? Isso é permitido, namoro entre familiares?
_ Nos somos primos, mas deve ser de terceiro grau, nem conta muito como parente, só chamo o Paul de tio porque fui acostumada a chama-lo assim desde pequena.
_ Sei. Sejam felizes – desejou ela, se ela estava falando aquilo de coração eu não sei, mas o fato dela não ter tentado brigar me deixava tranquila. Sai da sala e fui direto para a recepção, quando já estava quase chegando, alguém me agarrou por trás, logo reconheci aquele abraço, era Joe, virei-me para ele e o abracei pelo pescoço, demos um selinho.
_ Não se esqueça de hoje à noite. – falou ele.
_ Estou contando as horas.
_ Nem acredito que finalmente vamos falar para todos.
_ Tudo está tão perfeito. – falei
_ E só está começando – falou ele. Ele estava certo, estava apenas começando, eu sentia com todas as minhas forças que as coisas finalmente começariam a ficar melhores, eu finalmente seria completamente feliz. Fomos para a saída, entramos no carro, e partimos em direção a nossas respectivas casas. Paul já estava ciente de que iriamos lá para o jantar.

Ainda faltavam horas para que o jantar acontecesse, mas e já estava revirando o armário a procura de algo que ficasse bom. Sei que todos lá já me conheciam desde que eu era pequena, mas eu queria estar bonita, ou pelo menos chegar perto disso, eu queria me apresentar como namorada do Joe e estando com a aparência de uma pessoa a sua altura, Joe é lindo, perfeito, eu o amo, mas sei que não sou digna de estar ao seu lado. O desespero já tomava conta de mim, porque eu tinha que ter essa aparência? Porque eu não podia me olhar e gostar do que eu estou vendo? Porque eu fiquei assim? Como eu deixei isso acontecer comigo? Nada me deixava bem, nenhuma roupa, nem se eu colocasse toneladas de maquiagem na minha casa, nada me faria ficar bonita, como a Tay ou a Ashley, eu jamais seria bonita o suficiente, jamais faria jus de ocupar um lugar em sua vida.
As horas foram passando, e eu já havia desistido de encontrar algo que me deixasse bem, estava deitada em minha cama, queria desistir de ir, sei que eu tinha feito muitas coisas para conseguir estar ao lado dele e que esse era o momento que eu mais esperava, mas eu não o merecia, estaria eu sendo justa o obrigando a ficar com alguém como eu sendo que ele pode ter alguém muito melhor que eu?
Meus pensamentos foram atrapalhados com o barulho de alguém batendo na porta.
_ Pode entrar – gritei. Era Dallas.
_ Até onde eu sei hoje terá um jantar na casa do Jonas, cadê a animação? – perguntou ela.
_ Eu não quero ir mais. – falei.
_ Você tá louca menina? – perguntou ela. _ Depois de tudo? Você não o ama mais é?
_ Não claro que não é isso!  Eu o amo! Mas...
_ Mas...?
_ Olha para mim Dallas, eu não sou a pessoa certa para o Joe, eu não sou boa o suficiente para ele, eu...
_ Parou. – falou ela me interrompendo. _ Não continue a falar besteiras. Levanta-se dessa cama, nos vamos nos arrumar e vamos a esse jantar, você vai namorar ele, vai ser feliz ao lado dele e vai parar de colocar essas baboseiras na sua cabeça. Ele te escolheu e você o escolheu isso é o que importa. – falou ela, como se desse uma ordem. Desanimadamente levantei-me, ela foi em direção do meu armário e começou a procurar algo para me vestir. Parei na frente do espelho e percebi que estava pior do que antes, seria uma tarefa bem difícil para Dallas me fazer ficar bonita.

Apesar de tudo Dallas logo arrumou uma roupa, que realmente era bonita, mas era claro que outro corpo ficaria melhor, na questão de maquiagem ela apenas passou uma base, lápis de olho e um batom. Ela nunca gostou de mim com muita maquiagem. Até que eu fiquei pronta.
                                                               (...)
Todos já haviam terminado de comer, conversavam animadamente, lá estavam todos os Jonas mais Danielle, eu, minha mãe, Dallas e Maddie. Joe se sentava do meu lado.
_ Agora? – perguntou ele no meu ouvido. Dei-lhe um sorriso como resposta. Joe se levantou, mas ficou parado no mesmo lugar. _ Pai, mãe, Dianna, demais – chamou. _ Sei que não é tão incomum assim fazermos um jantar para reunir todos, mas hoje tem um motivo especial, na verdade não só um, são dois, dois motivos especiais. Primeiramente eu queria anunciar que eu e Demi estamos namorando. Tenho as suas benças?
CONTINUA...

Mais um capitulo postado, espero que gostem. Não se esqueçam de comentar :*