Paul não escondia, ele não nos
queria juntos, e como era de se esperar, esse seria um novo problema a se
enfrentar.
_ Joe. – chamei sua atenção, assim que o filme
terminou. _ Acho melhor eu ir embora. – falei.
_ Mas já?
– falou ele um pouco surpreso.
_ Já está
ficando tarde, é melhor eu ir. – respondi.
_ Sua mãe
ainda não deve ter chegado a sua casa, fica um pouco mais. – falou ele.
_ Eu
prefiro ir agora. – falei. Ele olhou em meus olhos e por alguns segundos não
falou nada. Ainda estávamos na mesma posição de antes no sofá.
_ É por
causa do meu pai? – perguntou ele, em baixo tom para que ninguém escutasse.
_ Não Joe,
eu realmente tenho que ir. – menti, os olhares de reprovação de Paul me
incomodavam, mas não queria admitir isso a Joe, sei o quanto ele o pai sempre
foram unidos, sei que só a minha presença aqui como namorada do Joe e não como
apenas “prima” já deixava Paul irritado, não queria ser a causadora de uma
briga familiar.
_ Eu vou
conversar com ele tá bom? – falou ele. _ Ele vai nos aceitar – Dei um sorriso
em resposta. Ajeitei-me no sofá, e levantei-me.
_ Já vai
Demi? – perguntou Denise.
_ Já, já
está ficando tarde é melhor eu ir. – respondi.
_ Fique. Aí
Dianna e Dallas podem vir para cá e jantar conosco. – falou.
_ Desculpa
Denise, eu realmente tenho que ir. – falei sem graça.
_ Tudo
bem, desculpa por insistir. Mas prometa que depois virão para jantar aqui. –
falou, se levantando para vir se despedir.
_ Prometo.
– respondi.
Despedi e
um por um, incluindo Paul. Joe foi comigo e Maddie até a porta.
_ Tem
certeza que não quer que eu te leve? – perguntou Joe.
_ Tenho. –
respondi.
_ Tudo
bem. – falou sem esconder sua infelicidade por isso. _ nos vemos amanhã. –
dêmos um abraço apertado e depois um selinho.
_ Tchau
amor. – despedi-me assim que desfizemos o abraço.
_ Tchau
minha linda. – respondeu.
_ Tchau
para você também Joe. – falou Maddie brincando.
_ Awn que
fofa. – falou ele rindo. _ Tchau princesa. – despediu-se ele de Maddie a
pegando no colo em um forte abraço.
_ Assim
que eu gosto. – falou ela. _ Tchau Joe.
Chegamos
em casa e minha mãe e Dallas ainda não haviam chegado. Troquei de roupa e já
coloquei o pijama, já que hoje pretendia dormir cedo. Mas antes ainda teria que
fazer algumas coisas.
Comecei
fazendo as lições, fiz sem vontade nenhuma, provavelmente estava tudo errado,
mas pelo menos, no caso do professor querer dar visto, eu não perderia ponto;
ajudei a Maddie a fazer o dela, nada muito difícil, primeiro que não eram
atividades muito grande e depois porque ela era muito inteligente, quase não
precisou da minha ajuda. Nesse meio tempo minha mãe e Dallas chegaram. Assim
que ajudei a Maddie terminar sua lição, comecei a ler o contrato que Eddie
havia me dado, esse sim iria demorar, tirando o papel que pedia para que eu
preenchesse com varias informações minhas, no total 6 paginas, frente e verso, havia
varias clausulas, com textos com algumas palavras de difícil entendimento,
coisas que provavelmente seriam melhores entendidas por um advogado, mas ainda
sim eu queria ler por mim mesmo, ainda que eu tivesse que ficar “melhor amiga”
do dicionário.
_ Então
como foi lá. – perguntou minha mãe, ao se sentar do meu lado no sofá.
_ O
contrato. – falei a mostrando o contrato que lia isso já simplificaria a
historia para ela.
_ Ai
filha, vocês vão fechar contrato? – perguntou feliz. _ Eu não poço acreditar
que terei uma filha cantora.
_ Ah não
creio, agora a Demi vai virar a queridinha?! – falou Dallas. Dei língua e ela
retribuiu.
_ Não tem
nada de filha mais queridinha Dallas, você já é bem grandinha para ficar com
essa historia boba. – falou minha mãe.
_ Sei. –
falou Dallas dando de ombros.
_ É serio
Dallas. – falou minha mãe.
_
Invejosa. – provoquei.
_ Demi. –
repreendeu minha mãe.
_ Repete
tampinha. – falou Dallas, vindo em minha direção, como alguém que procura
briga.
_
Invejosa. – repeti.
_ Parou
vocês duas. – ordenou minha mãe, se levantando e se pondo no meio de nos duas.
_ Vocês duas são muito mais infantis do que a Maddie. – falou já brava. _ Não
existe preferida, não existe invejosa...
_ Mas tem
uma tampinha. – falou Dallas, interrompendo-a.
_ Dallas
por Deus. – falou mãe como alguém que desistia de uma batalha. _ Eu não entendo
vocês duas, brigam o tempo todo, mas também sempre estão juntas como melhores
amigas. – falou, isso era fato, eu e Dallas sempre nos provocamos desde que me
entendo por gente, mas assim como nos provocamos, sempre podemos contar uma com
a outra para o que der e vier. _ Você duas poderiam, por favor, crescerem e
parar de brigar vamos utilizar só a parte de amizade que tem em vocês duas. –
falou.
_ Viu
Demi?! Cresça! – provocou Dallas, só que desta vez deixando transparecer que
era apenas uma brincadeira. Dallas viu a cara de repreensão de minha mãe. _
Calma mãe, é só uma brincadeira. – justificou-se.
_ Que
seja, vamos parar com qualquer tipo de provocação. Pode ser?
_
Tentarei. – respondi. _ Mas tudo depende da Dallas. – falei.
_ Vou
tentar me segurar – respondeu ela.
_ Muito
bom, melhor assim. – falou minha mãe, voltando a se sentar no sofá. Voltei a me
concentrar em ler o contrato. _ Vai precisar de alguma ajuda para ler isso? –
perguntou.
_ Se você
quiser ler depois para ver se tem algo que você não concorda. – falei.
_ Claro.
Quatro
paginas já tinha sido totalmente lidas, subi para o meu quarto e deitei-me,
escutando musica tentava ler mais um pouco antes de dormir. Senti o celular
vibrar mostrando que havia chegado uma nova mensagem, era de Joe.
Boa Noite minha
linda...
Conversei como minha
mãe sobre o nosso caso,
tenho certeza que
ela nos ajudará...
Só te peço uma coisa,
não tente se afastar
de mim só por causa do meu pai,
eu te amo demais,
não faça isso
comigo.
Te Amo.
Só ao terminar de ler a mensagem percebi que ao me afastar,
para tentar não comprometer a relação de Joe com seu pai, eu o estava
machucando. Procurei as palavras certas para tentar responde-lo, nada me
parecia bom o suficiente, mas eu tinha que responder algo.
Boa Noite amor.
Desculpa se tentei me
afastar um pouco hoje,
não é minha intenção te
machucar,
só não queria
atrapalhar.
Saiba que te amo, e se
for preciso enfrentarei
com você tudo o que for
preciso...
Espero que Denise
realmente consiga nos ajudar.
Te amo muito, muito
mesmo!
Enviei. Não demorou muito para que eu recebesse a resposta.
Te intendo minha linda,
sei que suas intenções são as
melhores,
só não quero que tal besteira
nos separe,
sei que tudo isso vai ser
resolvido rapidamente,
não será necessário que nos
afastemos por isso,
meu pai terá que se acostumar de
nos ver juntos,
como namorados.
Eu confiava que Denise iria nos ajudar, tanto ela quanto
minha mãe se mostraram muito felizes ao saberem que estávamos juntos.
E assim passamos a noite inteira trocando mensagens, acabei
me esquecendo de ler o resto do contrato antes de dormir.
(...)
_ Filha você já leu o contrato? – perguntou minha mãe de
manhã, quando já me preparava para ir à escola.
_ Quase, falta um pouco ainda.
_ Se você quiser não precisa de ler, no final das contas
quem terá que aceitar sou eu, não é? – perguntou.
_ Por mim tudo bem. – falei pegando os papeis que já estavam
guardados na minha mochila, para no caso da aula estar muito chata eu
terminasse de ler na escola, e lhe entreguei.
_Lerei em quanto não vou trabalhar, e se quiser já vou
preenchendo as coisas para você. – falou.
_ Me adiantaria muito. – admiti.
(...)
Hoje o dia estava passando rápido, sem nenhuma novidade, as
aulas como sempre monótonas. No intervalo fico com Joe e nossos amigos, os
quais a cada dia conhecia melhor.
Joe não falou muito sobre o que se resolveu com a conversa
de Denise e Paul, eu só sabia que ela havia acontecido, na noite de ontem, e a
única frase que eu tinha como resposta era “Minha mãe já está resolvendo tudo
por nos”, e nada mais, nada que me detalhasse os fatos e que me fizesse ficar
tranquila diante de tudo.
Durante o intervalo,
enquanto todos conversavam animadamente, comecei a me senti observada, muitos
dizem que isso é besteira minha, mas eu sempre tive problemas com isso, sempre
achei que todos a minha volta estão me observando e julgando-me através de meus
atos, não que eu ache que o mundo gira em torno de mim e nem que eu ache que
tem algo em mim que chame a atenção das pessoas, aliás, longe disso, eu apenas
tenho essa mania, pode se dizer que sofro de um caso especifico da “Síndrome de
perseguição”, não sou daquelas que fazem escando por isso, mas me incomodam e
muito. Mas desta vez essa impressão de que estavam me observando estava
totalmente correta, ao olhar para o lado, do outro extremo do refeitório,
estava Travis, Drew, Taylor e outro menino, uniformizado, mas na qual não
reconheci, olhando para mesa em que eu estava, Travis percebeu que eu os olhava
e “cumprimentou-me” com um simples gesto de cabeça e logo depois pôs em seu
rosto um sorriso sarcástico, para mim já era o aviso de que minha paz estaria
com os dias contados, mas o que ele estaria aprontando? Iria me atacar? Quem
era esse garoto que estava com eles? Travis era esperto e sabia que no pouco
tempo em que estive com ele, conheci muito dos seus jeitos de atacar as
pessoas, ele provavelmente iria me atacar de maneira diferente, faria algo na
qual eu não adivinhasse e que não pudesse fugir, mas o que seria?
Eu queria falar com Joe, mas ele mesmo já tinha esquecido as
ameaças de Travis e sempre que eu tocava no assunto e mudava o rumo da conversa,
pedindo para que me acalmasse e nada iria acontecer que tudo já estava bem...
Fora que se eu colocasse o Joe no meio de novo, acabaria sobrando para ele, e o
alvo do Travis era exclusivamente eu.
Voltei a tentar me concentrar na conversa na mesa, mas é
claro que minha mente ainda me forçava a pensar no que Travis estava
aprontando.
Ultimo horário de aula do dia, professora de Química nos
organizou em duplas, e a infeliz fez questão de uma das duplas fosse eu e
Travis, não tinha como dia de aula acabar pior. Teríamos que responder um
questionário com 25 questões abertas e algumas de múltipla escolha, a partir do
nosso conhecimento, na verdade, a partir do meu conhecimento, Travis não é
burro, mas se tiver alguém que possa fazer os trabalhos, deveres, qualquer
coisa relacionada à escola, para ele, com total certeza ele aproveitaria.
Sentei-me ao seu lado e sem lhe dirigir a palavra comecei a
fazer a atividade, ele apenas observava o que eu respondia, sem mostrar
interesse em nada.
_ Travis lhes coloquei em dupla para que duas pessoas
fizessem, não apenas um. – falou a professora, ao perceber que ele não estava
ajudando em nada. Ele para disfarçar, se ajeitou na cadeira, e começou a olhar
a folha da atividade, como quem presta atenção, mas ainda sim não fez nada.
Continuamos sem nos falar. E assim foi até o fim da aula.
Na volta sem nada de novo, agora Joe sempre sentava os meu
lado e Nick e ao lado de Paul, que em nenhum momento se mostrou incomodado, mas
tão pouco se mostrou satisfeito, apenas conformado. Seja lá o que Denise o
falou, ajudou.
(...)
Cheguei em casa com Maddie e para nossa surpresa, mãe já
estava lá.
_ Não foi ao trabalho ou chegou mais cedo? – perguntei.
_ Está tento um vazamento a onde treinamos e hoje todos os
outros lugares possíveis estavam ocupados. – respondeu.
_ Que pena. – falei. _ Vou tirar o uniforme. – avisei.
_ E você Maddie, não vai não? – perguntou ela se dirigindo a
Madison. A pequena fez cara feia. _ Eu já estou quase terminando o almoço, vá
se arrumar para comer. – ordenou.
Trocamos de roupa e descemos, e lá estava a cena que eu
menos gostava de ver, comida na mesa, com minha mãe aqui eu teria que comer, a
fome que tinha sentido antes já havia passado, meu corpo já estava se
reacustumando ao meu habito de ficar sem comer por muito tempo, juntando isso
mais minha vontade zero de comer alguma coisa por um bom tempo não se
resultaria algo bom.
_ Maddie vá comendo, eu preciso falar com a Demi antes tá
bom minha linda? – perguntou minha mãe.
_ Tudo bem mamãe. – respondeu Maddie sorridente.
_ Demi, vamos para o quintal, por favor. – falou.
Preocupei-me, o que ela queria falar comigo que não podia ser escutado pela
Maddie?
Ela partiu na frente e fui logo atrás, vi que ela estava com
os papeis do contrato na mão.
Ela se sentou em um das cadeiras que ela tinha recém
comprado, ficava perto da borda da piscina.
_ Filha, sente-se. – falou. Sentei-me na outra cadeira.
_ Aconteceu alguma coisa mãe? – perguntei preocupada.
_ Não exatamente. – respondeu. Ela parecia um pouco triste.
_ Então... – incentivei-a a começar a falar o que estava
acontecendo.
_ Eu li o contrato e talvez tenha um problema. – falou ela
com pesar. Fiquei confusa o que poderia atrapalhar que eu assinasse o contrato?
Até onde eu havia lido, não tinha nada de muito exigente ou impossível de ser
respeitar ou fazer.
_ Qual problema? – perguntei.
_ Não é nada que não possamos fazer, mas eu não sei se seria
o melhor...
CONTINUA...
Oi gente J, sei que ultimamente estou demorando,
até de mais para postar, mas ACHO que a partir da próxima semana poderei voltar
a postar com mais frequência, não garanto que será todos os dias como nos
primeiros capítulos, mas não será como agora que é praticamente só um por
semana. Espero que estejam gostando. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.
first
ResponderExcluirperfeito
posta lgog
Desculpa o atraso a comentar. Adorei o capitulo.
ResponderExcluirPosta logo.
Beijos.
Eu criei uma lista no facebopok para puder ver as suas atualizações para ser mais fácil entrar no blog.Espero não ter feito mal.
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