sábado, 20 de outubro de 2012

26º CAPITULO “Não sei se seria o melhor...”. - Recomeçar


Paul não escondia, ele não nos queria juntos, e como era de se esperar, esse seria um novo problema a se enfrentar.
_ Joe. – chamei sua atenção, assim que o filme terminou. _ Acho melhor eu ir embora. – falei.
_ Mas já? – falou ele um pouco surpreso.
_ Já está ficando tarde, é melhor eu ir. – respondi.
_ Sua mãe ainda não deve ter chegado a sua casa, fica um pouco mais. – falou ele.
_ Eu prefiro ir agora. – falei. Ele olhou em meus olhos e por alguns segundos não falou nada. Ainda estávamos na mesma posição de antes no sofá.
_ É por causa do meu pai? – perguntou ele, em baixo tom para que ninguém escutasse.
_ Não Joe, eu realmente tenho que ir. – menti, os olhares de reprovação de Paul me incomodavam, mas não queria admitir isso a Joe, sei o quanto ele o pai sempre foram unidos, sei que só a minha presença aqui como namorada do Joe e não como apenas “prima” já deixava Paul irritado, não queria ser a causadora de uma briga familiar.
_ Eu vou conversar com ele tá bom? – falou ele. _ Ele vai nos aceitar – Dei um sorriso em resposta. Ajeitei-me no sofá, e levantei-me.
_ Já vai Demi? – perguntou Denise.
_ Já, já está ficando tarde é melhor eu ir. – respondi.
_ Fique. Aí Dianna e Dallas podem vir para cá e jantar conosco. – falou.
_ Desculpa Denise, eu realmente tenho que ir. – falei sem graça.
_ Tudo bem, desculpa por insistir. Mas prometa que depois virão para jantar aqui. – falou, se levantando para vir se despedir.
_ Prometo. – respondi.
Despedi e um por um, incluindo Paul. Joe foi comigo e Maddie até a porta.
_ Tem certeza que não quer que eu te leve? – perguntou Joe.
_ Tenho. – respondi.
_ Tudo bem. – falou sem esconder sua infelicidade por isso. _ nos vemos amanhã. – dêmos um abraço apertado e depois um selinho.
_ Tchau amor. – despedi-me assim que desfizemos o abraço.
_ Tchau minha linda. – respondeu.
_ Tchau para você também Joe. – falou Maddie brincando.
_ Awn que fofa. – falou ele rindo. _ Tchau princesa. – despediu-se ele de Maddie a pegando no colo em um forte abraço.
_ Assim que eu gosto. – falou ela. _ Tchau Joe.

Chegamos em casa e minha mãe e Dallas ainda não haviam chegado. Troquei de roupa e já coloquei o pijama, já que hoje pretendia dormir cedo. Mas antes ainda teria que fazer algumas coisas.
Comecei fazendo as lições, fiz sem vontade nenhuma, provavelmente estava tudo errado, mas pelo menos, no caso do professor querer dar visto, eu não perderia ponto; ajudei a Maddie a fazer o dela, nada muito difícil, primeiro que não eram atividades muito grande e depois porque ela era muito inteligente, quase não precisou da minha ajuda. Nesse meio tempo minha mãe e Dallas chegaram. Assim que ajudei a Maddie terminar sua lição, comecei a ler o contrato que Eddie havia me dado, esse sim iria demorar, tirando o papel que pedia para que eu preenchesse com varias informações minhas, no total 6 paginas, frente e verso, havia varias clausulas, com textos com algumas palavras de difícil entendimento, coisas que provavelmente seriam melhores entendidas por um advogado, mas ainda sim eu queria ler por mim mesmo, ainda que eu tivesse que ficar “melhor amiga” do dicionário.
_ Então como foi lá. – perguntou minha mãe, ao se sentar do meu lado no sofá.
_ O contrato. – falei a mostrando o contrato que lia isso já simplificaria a historia para ela.
_ Ai filha, vocês vão fechar contrato? – perguntou feliz. _ Eu não poço acreditar que terei uma filha cantora.
_ Ah não creio, agora a Demi vai virar a queridinha?! – falou Dallas. Dei língua e ela retribuiu.
_ Não tem nada de filha mais queridinha Dallas, você já é bem grandinha para ficar com essa historia boba. – falou minha mãe.
_ Sei. – falou Dallas dando de ombros.
_ É serio Dallas. – falou minha mãe.
_ Invejosa. – provoquei.
_ Demi. – repreendeu minha mãe.
_ Repete tampinha. – falou Dallas, vindo em minha direção, como alguém que procura briga.
_ Invejosa. – repeti.
_ Parou vocês duas. – ordenou minha mãe, se levantando e se pondo no meio de nos duas. _ Vocês duas são muito mais infantis do que a Maddie. – falou já brava. _ Não existe preferida, não existe invejosa...
_ Mas tem uma tampinha. – falou Dallas, interrompendo-a.
_ Dallas por Deus. – falou mãe como alguém que desistia de uma batalha. _ Eu não entendo vocês duas, brigam o tempo todo, mas também sempre estão juntas como melhores amigas. – falou, isso era fato, eu e Dallas sempre nos provocamos desde que me entendo por gente, mas assim como nos provocamos, sempre podemos contar uma com a outra para o que der e vier. _ Você duas poderiam, por favor, crescerem e parar de brigar vamos utilizar só a parte de amizade que tem em vocês duas. – falou.
_ Viu Demi?! Cresça! – provocou Dallas, só que desta vez deixando transparecer que era apenas uma brincadeira. Dallas viu a cara de repreensão de minha mãe. _ Calma mãe, é só uma brincadeira. – justificou-se.
_ Que seja, vamos parar com qualquer tipo de provocação. Pode ser?
_ Tentarei. – respondi. _ Mas tudo depende da Dallas. – falei.
_ Vou tentar me segurar – respondeu ela.
_ Muito bom, melhor assim. – falou minha mãe, voltando a se sentar no sofá. Voltei a me concentrar em ler o contrato. _ Vai precisar de alguma ajuda para ler isso? – perguntou.
_ Se você quiser ler depois para ver se tem algo que você não concorda. – falei.
_ Claro.

Quatro paginas já tinha sido totalmente lidas, subi para o meu quarto e deitei-me, escutando musica tentava ler mais um pouco antes de dormir. Senti o celular vibrar mostrando que havia chegado uma nova mensagem, era de Joe.
Boa Noite minha linda...
Conversei como minha mãe sobre o nosso caso,
tenho certeza que ela nos ajudará...
Só te peço uma coisa,
não tente se afastar de mim só por causa do meu pai,
eu te amo demais,
não faça isso comigo.
Te Amo.

Só ao terminar de ler a mensagem percebi que ao me afastar, para tentar não comprometer a relação de Joe com seu pai, eu o estava machucando. Procurei as palavras certas para tentar responde-lo, nada me parecia bom o suficiente, mas eu tinha que responder algo.
Boa Noite amor.
Desculpa se tentei me afastar um pouco hoje,
não é minha intenção te machucar,
só não queria atrapalhar.
Saiba que te amo, e se for preciso enfrentarei
com você tudo o que for preciso...
Espero que Denise realmente consiga nos ajudar.
Te amo muito, muito mesmo!

Enviei. Não demorou muito para que eu recebesse a resposta.

Te intendo minha linda,
sei que suas intenções são as melhores,
só não quero que tal besteira nos separe,
sei que tudo isso vai ser resolvido rapidamente,
não será necessário que nos afastemos por isso,
meu pai terá que se acostumar de nos ver juntos,
como namorados.

Eu confiava que Denise iria nos ajudar, tanto ela quanto minha mãe se mostraram muito felizes ao saberem que estávamos juntos.
E assim passamos a noite inteira trocando mensagens, acabei me esquecendo de ler o resto do contrato antes de dormir.
                                                               (...)
_ Filha você já leu o contrato? – perguntou minha mãe de manhã, quando já me preparava para ir à escola.
_ Quase, falta um pouco ainda.
_ Se você quiser não precisa de ler, no final das contas quem terá que aceitar sou eu, não é? – perguntou.
_ Por mim tudo bem. – falei pegando os papeis que já estavam guardados na minha mochila, para no caso da aula estar muito chata eu terminasse de ler na escola, e lhe entreguei.
_Lerei em quanto não vou trabalhar, e se quiser já vou preenchendo as coisas para você. – falou.
_ Me adiantaria muito. – admiti.
                                                                              (...)
Hoje o dia estava passando rápido, sem nenhuma novidade, as aulas como sempre monótonas. No intervalo fico com Joe e nossos amigos, os quais a cada dia conhecia melhor.
Joe não falou muito sobre o que se resolveu com a conversa de Denise e Paul, eu só sabia que ela havia acontecido, na noite de ontem, e a única frase que eu tinha como resposta era “Minha mãe já está resolvendo tudo por nos”, e nada mais, nada que me detalhasse os fatos e que me fizesse ficar tranquila diante de tudo.
 Durante o intervalo, enquanto todos conversavam animadamente, comecei a me senti observada, muitos dizem que isso é besteira minha, mas eu sempre tive problemas com isso, sempre achei que todos a minha volta estão me observando e julgando-me através de meus atos, não que eu ache que o mundo gira em torno de mim e nem que eu ache que tem algo em mim que chame a atenção das pessoas, aliás, longe disso, eu apenas tenho essa mania, pode se dizer que sofro de um caso especifico da “Síndrome de perseguição”, não sou daquelas que fazem escando por isso, mas me incomodam e muito. Mas desta vez essa impressão de que estavam me observando estava totalmente correta, ao olhar para o lado, do outro extremo do refeitório, estava Travis, Drew, Taylor e outro menino, uniformizado, mas na qual não reconheci, olhando para mesa em que eu estava, Travis percebeu que eu os olhava e “cumprimentou-me” com um simples gesto de cabeça e logo depois pôs em seu rosto um sorriso sarcástico, para mim já era o aviso de que minha paz estaria com os dias contados, mas o que ele estaria aprontando? Iria me atacar? Quem era esse garoto que estava com eles? Travis era esperto e sabia que no pouco tempo em que estive com ele, conheci muito dos seus jeitos de atacar as pessoas, ele provavelmente iria me atacar de maneira diferente, faria algo na qual eu não adivinhasse e que não pudesse fugir, mas o que seria?
Eu queria falar com Joe, mas ele mesmo já tinha esquecido as ameaças de Travis e sempre que eu tocava no assunto e mudava o rumo da conversa, pedindo para que me acalmasse e nada iria acontecer que tudo já estava bem... Fora que se eu colocasse o Joe no meio de novo, acabaria sobrando para ele, e o alvo do Travis era exclusivamente eu.
Voltei a tentar me concentrar na conversa na mesa, mas é claro que minha mente ainda me forçava a pensar no que Travis estava aprontando.

Ultimo horário de aula do dia, professora de Química nos organizou em duplas, e a infeliz fez questão de uma das duplas fosse eu e Travis, não tinha como dia de aula acabar pior. Teríamos que responder um questionário com 25 questões abertas e algumas de múltipla escolha, a partir do nosso conhecimento, na verdade, a partir do meu conhecimento, Travis não é burro, mas se tiver alguém que possa fazer os trabalhos, deveres, qualquer coisa relacionada à escola, para ele, com total certeza ele aproveitaria.
Sentei-me ao seu lado e sem lhe dirigir a palavra comecei a fazer a atividade, ele apenas observava o que eu respondia, sem mostrar interesse em nada.
_ Travis lhes coloquei em dupla para que duas pessoas fizessem, não apenas um. – falou a professora, ao perceber que ele não estava ajudando em nada. Ele para disfarçar, se ajeitou na cadeira, e começou a olhar a folha da atividade, como quem presta atenção, mas ainda sim não fez nada. Continuamos sem nos falar. E assim foi até o fim da aula.

Na volta sem nada de novo, agora Joe sempre sentava os meu lado e Nick e ao lado de Paul, que em nenhum momento se mostrou incomodado, mas tão pouco se mostrou satisfeito, apenas conformado. Seja lá o que Denise o falou, ajudou.
                                                               (...)
Cheguei em casa com Maddie e para nossa surpresa, mãe já estava lá.

_ Não foi ao trabalho ou chegou mais cedo? – perguntei.
_ Está tento um vazamento a onde treinamos e hoje todos os outros lugares possíveis estavam ocupados. – respondeu.
_ Que pena. – falei. _ Vou tirar o uniforme. – avisei.
_ E você Maddie, não vai não? – perguntou ela se dirigindo a Madison. A pequena fez cara feia. _ Eu já estou quase terminando o almoço, vá se arrumar para comer. – ordenou.

Trocamos de roupa e descemos, e lá estava a cena que eu menos gostava de ver, comida na mesa, com minha mãe aqui eu teria que comer, a fome que tinha sentido antes já havia passado, meu corpo já estava se reacustumando ao meu habito de ficar sem comer por muito tempo, juntando isso mais minha vontade zero de comer alguma coisa por um bom tempo não se resultaria algo bom.
_ Maddie vá comendo, eu preciso falar com a Demi antes tá bom minha linda? – perguntou minha mãe.
_ Tudo bem mamãe. – respondeu Maddie sorridente.
_ Demi, vamos para o quintal, por favor. – falou. Preocupei-me, o que ela queria falar comigo que não podia ser escutado pela Maddie?
Ela partiu na frente e fui logo atrás, vi que ela estava com os papeis do contrato na mão.
Ela se sentou em um das cadeiras que ela tinha recém comprado, ficava perto da borda da piscina.
_ Filha, sente-se. – falou. Sentei-me na outra cadeira.
_ Aconteceu alguma coisa mãe? – perguntei preocupada.
_ Não exatamente. – respondeu. Ela parecia um pouco triste.
_ Então... – incentivei-a a começar a falar o que estava acontecendo.
_ Eu li o contrato e talvez tenha um problema. – falou ela com pesar. Fiquei confusa o que poderia atrapalhar que eu assinasse o contrato? Até onde eu havia lido, não tinha nada de muito exigente ou impossível de ser respeitar ou fazer.
_ Qual problema? – perguntei.
_ Não é nada que não possamos fazer, mas eu não sei se seria o melhor...
                CONTINUA...

Oi gente J, sei que ultimamente estou demorando, até de mais para postar, mas ACHO que a partir da próxima semana poderei voltar a postar com mais frequência, não garanto que será todos os dias como nos primeiros capítulos, mas não será como agora que é praticamente só um por semana. Espero que estejam gostando. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.

3 comentários:

  1. Desculpa o atraso a comentar. Adorei o capitulo.
    Posta logo.

    Beijos.

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  2. Eu criei uma lista no facebopok para puder ver as suas atualizações para ser mais fácil entrar no blog.Espero não ter feito mal.

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