_ Claro! Tão certo quanto meu
amor por você.
Abriu-se um grande sorriso em seu rosto, se
aproximou de mim, e nos beijamos.
_ O que
você fez lá dentro? – perguntou ele.
_ Ficou
combinado que amanhã ele vai passar lá em casa e eu vou mostrar tudo que juntei
contra ele, e depois disso eu finalmente estarei livre. – me limitei a dizer,
não queria entrar em detalhes.
_ Ele vai
à sua casa amanhã? – perguntou fazendo cara feia.
_ Joe, vai
ser para por fim a toda essa historia.
_ Eu posso
estar lá? – perguntou. _ Não confio nada no Travis.
_ Eu
adoraria que você fosse.
(...)
Acordei 8
da manhã, eu estava completamente ansiosa para estar livre de tudo aquilo e
finalmente ser feliz ao lado de Joe, quem eu realmente amava. Levantei-me e fui
para o computador, queria fazer varias copias para não correr o risco de ele
tentar fazer algo de mal.
O tempo
foi passando, eu continuava em meu quarto, estava sentada da varanda, meus
pensamentos estavam longe, lembranças e planos se fundiam em minha mente, até
que fui “acordada” por alguém me abraçando por trás.
_ Oi linda
– falou Joe me dando um beijo na bochecha.
_ Oi meu
amor – falei e me virei para ele dei-lhe um selinho. _ Já está na hora? –
perguntei, já havia perdido a noção do tempo.
_ Quase,
ele marcou depois do almoço e agora é a hora do almoço. – falou ele se
agachando para ficar na minha altura enquanto estava sentada. _ Vamos almoçar?
– perguntou.
_ Você não
veio almoçado né? – perguntei, ele fez que “não” com a cabeça. _ Eu
definitivamente não sei cozinhar. – admiti.
_ Na hora
em que eu cheguei sua mãe estava acabando de fazer almoço. – falou.
_ Daqui a
pouco eu vou, comi muito no café da manhã. – menti.
_ Mas a
sua mãe me disse que você não tinha descido do quarto desde cedo. Onde você
arranjou comida? – perguntou. Claro que minha mãe ia comentar algo com Joe.
_ Eu
desci... Foi antes de ela acordar – menti novamente, ele fez um cara de
desconfiado. _ Que foi?
_ Você tem
vergonha de comer na minha frente? – perguntou ele.
_ Não é
isso Joe... É que...
_ É
que?...
_ Nada. Já
que você tanto quer, vamos almoçar. – falei e me levantei da cadeira. Ele
segurou minhas mãos
_ Também
não é assim Demi. – falou.
_ Nós não
vamos brigar por causa disse né? – perguntei, se esse assunto continuasse
acabaríamos entrando em discussão.
_ Claro
que não. – respondeu e deu um belo sorriso.
_ Vamos
então? – perguntei.
_ Vamos. –
respondeu.
Descemos
de mãos dadas, mas quando chegamos à sala desfizemos as mãos.
_ Até que
fim desceu. – falou minha mãe, se referindo a mim.
_ Bom dia
para você também mãe – falei
_ Boa
tarde filha. – respondeu. Olhei o relógio e era 12:40. _ Venham todos para a
mesa, fiz macarronada.
_ Eba!
Adoro macarronada. – veio Maddie animada se sentar a mesa.
_
Principalmente a da mamãe – veio Dallas logo atrás.
Eu e Joe
sentamos lado a lado. Os olhares eram intensos era difícil de esconder o quando
nos amávamos. Minha mãe ficava nos observando enquanto comíamos e estava
estampado em sua cara que ela já desconfiava.
Assim que
terminamos a refeição, minha mãe foi lavar as louças, Maddie e Dallas foram
assistir TV, eu e Joe continuamos sentados na mesa, lado a lado, em silencio.
Como estava ansiosa acabei descontando tudo na comida, exagerei na quantidade,
estava passando mal e minha mente me torturava, mas Joe estava aqui e eu não queria
vomitar na sua frente, eu o amo, mas admito que nesse momento eu desejava que
ele não estivesse lá para me impedir de fazer algo.
_ O que
foi? – perguntou Joe ao perceber minha mudança de estado.
_ Eu estou
um pouco nervosa com isso tudo – respondi, não era o real motivo, mas não
chegou a ser mentira, já que eu realmente estava nervosa com a situação.
_ Fica
assim não. – falou ele passando a mão pelo meu rosto. _ Eu não gosto de te ver
triste... E eu estou aqui, não deixarei nada de mal acontecer.
_ Eu
confio em você, sei que não vai deixar nada de mal acontecer comigo, mas...
Isso não torna a situação mais fácil.
_ Eu te
intendo. – falou ele. _ Sabe? Eu confesso que estou muito orgulhoso de você. –
falou ele, estranhei. _ Serio, nunca ninguém, nem quando eu andava com o
Travis, nem depois que eu parei de andar, eu mesmo não tive coragem de enfrenta-lo
desse jeito. – explicou-se. Eu sorri tímida, eu mesmo custava para acreditar
que eu realmente estrava o enfrentando. _ No máximo que fazem é uma denuncia
anônima, que acaba sendo, de algum jeito, descoberta. Ninguém nunca se atreveu
a enfrenta-lo assim, dando a cara a topa. Você é tão corajosa. – finalizou.
Corajosa, eu nunca tinha sido assim antes, estaria eu mudando? Eu sempre fui
aquela pessoa que deixava que todos pisassem sem protestar em nenhum momento,
mesmo quando a dor era tremenda, eu nunca tinha feito algo assim antes, talvez
por isso eu estivesse tão apreensiva com tudo. Pensando melhor, se eu estava
fazendo tudo isso é pelo simples fato de que eu queria ficar com Joe, se eu
comecei a querer me livrar de Travis era única e exclusivamente graças ao meu
amor por Joe.
_ Se eu
faço isso é por você – falei.
_ Por mim?
_ É, por
você, se você nunca tivesse me falado que me ama eu jamais teria criado forças
para me separar do Travis, eu estaria ainda vivendo nas mãos dele, sem falar
nada, mas saber que você me amava me deu forças para acabar com tudo, pra poder
viver com você, a pessoa que eu realmente amo. – falei. Dava para ver no
sorriso em sua face que ele havia gostado de escutar minhas palavras.
_ Eu
queria poder te beijar agora. – falou ele.
_ E porque
não? – perguntei
_ Seriamos
visto. Já pode? – perguntou ele, havia me esquecido que não estávamos sozinhos,
mas sempre que eu estava com Joe era assim, era como se o mundo fosse só eu e
ele.
Fiz que “não”
com a cabeça. Rimos. E naquele momento a tocaram a campainha. Fiquei tensa
novamente. Levantei-me apressadamente e fui atender a porta, lá estava Travis,
com cara de poucos amigos, dei-lhe passagem e ele entrou sem falar nada, fechei
a porta e fomos entrando.
_ Filha
quem é? – perguntou minha mãe, vindo da cozinha para a sala.
_ É o
Travis – respondi. Vi que Dallas olhou para onde estávamos, assustada, Maddie
também olhou, mas logo tornou a se concentrar na TV.
_ Ah sim,
olá Travis. – falou minha dando o sorriso mais falso que eu já vi na vida,
apesar de não gostar dele eu sei que ela tentaria ser gentil.
_ Olá
senhora De La Garza – falou Travis como se fosse a pessoa mais culta do mundo.
Joe que até agora continuava sentado na mesa se levantou e parou logo atrás de
mim, não se encostou a mim, mas ficou bem próximo.
_ Oi
Travis – cumprimentou Joe asperamente.
_ Oi Joe –
cumprimentou Travis. _ Então... Onde está? – perguntou ele se referindo das
provas.
_ Tá no
meu quarto, vamos lá. – falei saindo na frente em direção do meu quarto, Travis
e Joe vieram logo atrás.
_ Esse daí
vai ficar aqui é? – perguntou Travis, assim que entramos no meu quarto, se
referindo a Joe.
_ Vou –
respondeu Joe, antes que eu pudesse falar alguma coisa. Travis fechou a cara
mais ainda.
_ Anda
logo com isso. – apresou-me para mostrar-lhe o que eu tinha contra ele.
_ Não fale
assim com ela – defendeu-me Joe.
_ Cala a
boca idiota – falou Travis, indo atacar Joe.
_ TRAVIS –
gritei. _ as provas estão aqui. – intervi antes que eles acabassem brigando.
Ele parou e veio ver as provas que estavam no computador. Mostrei-lhe fotos
dele, Taylor e Drew vendendo e consumindo drogas, vídeos dele batendo em
pessoas que ou lhes haviam denunciado ou que lhes estavam devendo, gravações de
voz com estratégias para enganar o diretor... Ele via tudo com atenção, sem
falar nada, na sua expressão: Ódio.
_ Até você
é bem espertinha, conseguiu isso tudo sem deixar que ninguém desconfiasse
parabéns Demi – falou ele, estranhei sua reação, não era para ele estar
gritando, querendo brigar, nervoso? Como assim ele estava me dando parabéns?
Percebi que Joe também ficou confuso com isso. _ Eu admiro pessoas expertas,
não subi aproveitar isso em você, lastima. – falou. Fiquei em silencio.
_ Agora
que já viu pode ir embora – falou Joe. Travis respirou fundo como se estivesse
se controlando para não estressar.
_ Não te
meta Joe. – falou forçando uma calma inexistente. Joe percebeu que Travis estava
tentando não se meter mais em briga e parou de provocar. Ficamos em silencio
por um tempo, pequeno, mas que para mim pareceu longo já que a tensão estava
grande. _ Assim como prometido, eu não mostrarei as fotos a sua mãe nem a outro
alguém, te deixarei livre, não lhe usarei mais para vender drogas. – falou ele,
interrompendo o silencio, aquelas palavras estavam tirando um peso enorme das
minhas costas. _ Mas... – retornou a falar. Como sempre tem um “mas”. _ O seu
inferno começa agora. – falou ele. Antes que eu pudesse falar alguma coisa ele
saiu, trombando com Joe, fui atrás dele logo depois, seguida por Joe, quando
cheguei ao primeiro andar, ele se despedia de todos com educação, mas antes que
eu tivesse a oportunidade de lhe dizer algo ele foi embora. Olhei para Joe sem
entender o significado da frase de Travis e ele me olhou com uma cara
preocupada. Afinal, o que ele queria dizer com a frase “O seu inferno começa
agora”, fora aquelas fotos e o namoro forçado, o que mais ele poderia fazer
para tirar-me a paz?
_
Aconteceu alguma coisa filha? – perguntou minha mãe, ao ver o estado que eu e
Joe nos encontrávamos.
_ Não foi
nada mãe – respondi.
_ Tem
certeza? – perguntou.
_ Sim. –
falei tentando parecer convincente
(...)
Joe passou
o resto da tarde comigo, e com o passar das horas o medo foi sendo esquecido
dando lugar a nossa felicidade por enfim estarmos livres para viver o nosso
amor. Como sempre, ele me levou para o bar para cantar, como era domingo nem
minha mãe nem Dallas vieram, Maddie queria vir, mas, não sei como, Joe a convenceu-a
do contrario, para que pudéssemos ter o nosso momento de casal.
Com estado
de espirito feliz e tranquilo, hoje acredito ter feito a melhor apresentação de
todas, com certeza acabei deixando transparecer que eu estava apaixonada, pois
o meu repertorio foi todo com musicas de amor, mas acredito que ninguém se
importou com isso, pois, como sempre, eles me aplaudiram no final da
apresentação.
Agora
estávamos na mesa do bar, Joe olhava o cardápio para pedir algo para nos dois, se
eu queria comer? Definitivamente não! Eu ainda não havia digerido totalmente o
excesso do almoço, mas ou era comer ou a quase discussão de hoje cedo voltaria,
e a ultima coisa que eu queria agora era discutir com Joe, não depois de tudo.
_ Boa noite
– cumprimentou um homem, alto e de terno, ao se aproximar.
JEMI: _
Boa noite.
_ Eu posso
me sentar com vocês? – perguntou ele educadamente. Claramente isso não estava
nos planos de Joe.
_ Pode. –
respondi.
_ Muito
obrigada. – falou ele se sentando. _ Bom, eu não pretendo ocupar lhes por muito
tempo. Meu nome é Eddie, o seu é Demi? Não é? – perguntou.
_ Na
verdade é Demetria, mas eu prefiro que me chame de Demi. E esse é o Joe. –
respondi.
_ Ah sim,
prazer – falou ele dando um aperto de mão no Joe. _ Como eu acabei de dizer o
meu no é Eddie e não é de hoje que eu venho acompanhado suas apresentações. Eu
sou um dos diretores da Hollywood Records, conhece? – perguntou. Eu não estava
acreditando que estava falando com um dos diretores da Hollywood Records uma
das maiores gravadoras existentes, vi que Joe estava tão impressionado quanto
eu.
_ Claro
que conheço, é uma grande gravadora. – respondi.
_ Sim, é
uma grande gravadora e como sempre precisamos apresentar materiais novos, e
vendo as suas apresentações eu me pergunto se você gostaria de levar a musica
para um lado mais profissional? Algo mais do que apenas cantar no bar. – falou
ele. Só podia ser um sonho.
_ Ok, eu
acho que estou sonhando. – falei, o dia apesar dos altos e baixos estava sendo
perfeito de mais para ser verdade.
_ Não, não
é um sonho, eu realmente estou interessado em lhe lançar como cantora na minha
gravadora. – falou ele rindo da minha reação. _ Você quer? – perguntou. Há
algum tempo a trás eu duvidaria de que isso era o que eu queria, mas nesse
tempo em que eu estava me apresentando no bar eu tinha descoberto o quanto eu
amo cantar e como eu queria fazer isso para o resto da minha vida, mas ainda
sim, artistas sempre são tão cheios de si, pessoas bonitas, elegantes e muito
talentosas, seria eu uma pessoa talentosa o suficiente para esconder minha
feiura e falta de elegância, fazendo com que alguém tenha coragem de gostar de
mim?
_ Claro,
eu quero. – respondi. Eu iria me arriscar, não queria morrer com essa duvida, e
se não desce certo pelo menos eu saberia que não era isso o que o destino havia
escrito para mim.
_ Amanhã
eu não poderei lhe atender, mas passe no meu escritório na terça-feira na hora
em que bem desejar aqui esta meu cartão – falou ele, me entregando o cartão. _
o endereço e o telefone estão aí, posso contar com a sua presença? – perguntou
ele.
_ Estarei
lá. – respondi.
_ Então
lhe espero. Agora lhes deixarei curtir o resto da noite, muito obrigada.
_ Eu que
agradeço. – falei. Ele sorriu em resposta, se levantou e foi se sentar em outra
mesa com outros homens, todos engravatados, provavelmente empresários.
_ Demi,
você vai assinar com uma gravadora?! – ele assim como eu estava incrédulo.
_ Joe...
Eu... – tentei falar, mas a felicidade me atrapalhava, eu queria jogar fogos de
artificio, mesmo sabendo que não tinha nada confirmado, que por enquanto era
apenas um interesse, eu estava tão radiante só com a possibilidade. _ Joe, eu
estou sonhando?
CONTINUA...
Mais um capítulo postado, espero que
gostem, muitas coisas ainda acontecerão, será o que quê o Travis dizer com a
frase “O seu inferno começa hoje”? Será que Demi realmente vai assinar um
contrato com a gravadora? Quais são suas apostas? Não se esqueçam de comentar.
Bjsssssss
Reh
Santana: Muito obrigado por comentar, fico feliz que esteja gostando :*
NNA: Muito
obrigada por estar sempre comentando. Que bom que você está gostando. Se por
acaso um dia você criar algo é só falar. :*