ps.: A revisão deste capítulo não foi muito atenciosa, por isso pode ser encontrado erros de ortografias e talvez, algumas partes tenha ficado confusas. Caso vocês encontrem esses erros, favor notificar-me nos comentários.
Peço perdão pelo inconveniente.
Obrigada.
Camila não sabia quais eram os horários de Joe, o que a deixava sem muitas opções, ela teria que ficar ali, na porta da escola em que ela sabia que ele trabalha, até conseguir encontra-lo.
O último sinal do turno da manhã bate. Logo Camila precisa ir para a cafeteria, pegar o turno da tarde e noite. Camila torcia para que Joe saisse pelo menos no pátio da escola, único local que ela era permitida a entrar, já que não era aluna ou mãe de algum aluno, a segurança ali era levada muito a sério.
Por sorte de Camila, sua torcida deu certo, após alguns minutos terem se passado, ele apontou na porta do prédio sa escola, se dirigindo ao pátio. Camila correu até a ele, não o deixando escapar. O pátio não era grande, por isso não foi preciso muito para os dois se encontrarem.
Assim que Joe viu Camila ele se espantou.
será que ela está perdida? - pensou consigo mesmo.
_ Nós precisarmos conversar. - disse séria.
_ Bom...
_ Nada de bom ou de ruim, a conversa é longa e eu não tenho muito tempo, onde você prefere conversar? Aqui ou na praça ali da frente? - perguntou interrompendo Joe.
_ Pode ser aqui. - respondeu Joe, para tristeza de Camila, ela realmente estava tentada a se sentar nos bancos da praça.
_ Ok. Como você preferir.
_ Se você veio falar sobre Demi, tudo bem que fui muito ciumento, mas eu sinceramente acho que ela exagerou. - já deixou bem claro.
_ Tudo bem, mas uma pergunta, você sabe como esta o relacionamento dela com a mãe? - pergunta.
_ Bom. - Joe enrola. _ Ela... Acho que não estavam muito bem... - termina Joe, ele não sabia muito bem da história. _ Mas o que isso importa em?
_ Me fale sobre o livro.
_ Livro?
_ Ah, sei lá, o seu?
_ Oi? - Joe já não entendi nada.
_ O de Demi, seu idiota!
_ Sei lá, ela vai lança-lo.
_ Sobre a história.
_ É um romance.
_ Enredo. - insistia.
_ Não sei, ela nunca me falou.
_ Você já perguntou?
_ Não! - não parecia necessário.
_ Ótimo. - conclui Camila. _ Sem dúvidas um ótimo namorado.
_ O que você quer de mim em?
_ Nada Joe, ou melhor, Joseph. Só, melhore, não exija muito, se você dá tão pouco.
_ Então você acha que a culpa é só minha? - perguntoh nervoso.
_ Não, a culpa nunca é de um só, mas você tampouco fez muito para evitar. - disse, e antes que ele pudesse falar algo, ela o deixa sozinho, correndo contra o tempo, para chegar a seu trabalho.
Joe ainda discordava de Demi e de Camila, mas... Bom, ela tinha um ponto a se considerar.
Demi só chegou em seu apartamento quando o sol já tinha se posto, ela nem mesmo queria ter voltado, para ser bem sincera. Os últimos dias tinham se mostrado um verdadeiro teste para Demi, só que ela nunca foi resistente, por mais que ela quisesse, ela nunca conseguia.
Quando decidiu vir tentar publicar seu livro Demi se preparara para receber "não", como resposta, mas não o tipo de "não" que ela recebera hoje. O livro dela não era algo que pessoas procurariam para ler, simples assim, ela escrevia bem, mas a história não era boa o suficiente para atrair leitores. Ela não precisaria escutar isso novamente. Não foi uma boa idéia sair de sua cidade. Demi é jovem, não tem muita experiência, ela achava que era boa, mas, olha aí, ela não é. Talvez se ela se preparasse un pouco mais...
Demi disca o número de sua casa, normalmente quem atendia o telefone era sua mãe, mas desde que Demi viera para a cidade grande, sua mãe só a atendera uma vez, provavelmente por um erro, erro que ela não cometeu novamente.
_ Demi, minha menina. - cumprimentou alegre, o pai de Demi, do outro lado da linha. _ Como vai minha escritora favorita? - sorri. Ele parecia feliz, será que algo tinha acontecido e ela não sabia? Seria uma pena estragar sua felicidade.
_ Estou bem papai. - mente. Talvez ela não precisasse dizer todaa verdade.
_ E o que me conta de novo, minha menina?
_ Tenho boas notícias. - diz ela. Suspirando.
_ Ah me diga! - estava ansioso.
_ Voltarei para casa papai. - diz ela, mostrando um falso entusiasmo.
_ Não creio! - se anima. _ Você conseguiu publicar o livro! - comemora o pai, sem pensar, nem por um segundo, que não era isso, sem nem mesmo pensar que, na verdade, Demi esta desistindo. _ Para qual editora minha querida? Já posso fazer reserva do meu exemplar? - ele parece tão eufórico.
_ Não sei pai. - responde, não mais fingindo felicidade, ela não queria desapontar o pai, não queria dizer a verdade, mas deixá-lo assim, todo empolgado, feliz, por uma mentira, parecia tão injusto como.
_ Filha, aconteceu algo? Porque você não esta feliz? Não era isso que você queria? - seu pai agora estava preocupado.
_ Só estou cansada pai, foi um dia longo. - continua mentindo. Quando ela voltasse para sua cidade natal, ela contaria a verdade.
_ Tem certeza que é só isso filha? - pergunta cauteloso.
_ Tenho pai. - cada mentira é um peso em sua costas.
_ Mentirosa - ela escuta uma voz dizer, não é a voz de seu pai, mas sim de uma mulher, e não qualquer mulher, sua mãe.
_ Mamãe? - ela diz fraco, mas sua mãe a responde.
_ Você está mentindo. - agora a voz aparece mais perto.
_ Você esta me escutando? - pergunta confusa.
_ Claro que sim, sempre te escutei. - revela a mãe de Demi.
_ Mas... Como?
_ Todo telefonema seu, minha menina, é escuta pelo viva voz. - responde seu pai. Demi não sabe o que dizer.
_ Mas...
_ Você realmente acha que te odeio tanto Demetria? - pergunta a mãe de Demi.
_ Você... Bom... Você estava com raiva.
_ Raiva todo mundo tem, mas eu sou sua mãe, Demetria, não te odeio, eu não conseguiria viver todo este tempo sem ouvir sua voz. - assume. Demi respira fundo, tentando não chorar. _ Agora me diga Demetria, porque você esta mentido?
_ Não estou mentindo mãe. - mente.
_ Demetria, eu te pus no mundo, te ensinei a andar, te ensinei a falar e fui eu que te ensinei a mentir. - Demi esboça um breve sorriso, a mãe não estava brincando, fora ela que a ensinara a mentir, segundo a mãe, as vezes mentir era necessário.
_ Depois eu falo mamãe. - responde.
_ Pelo menos nisso não mente. - diz a mãe.
_ Filha. - chama o pai. _ Seu livro... - o coração de Demi se aperta. _ Ele vai ser lançado, não vai? - pergunta.
_ Sim papai, ele vai. - diz. Poderia não ser lançado agora, ou poderia não ser esse, mas Demi ainda poderia escrever um novo livro e quem sabe, desta vez acertar.
_ Mas, quando filha?
_ Não sei papai.
_ Filha. - ele falava calmamente, como se temesse as possíveis repostas que a filha pudesse dar. _ porque você vai voltar? - Demetria engole o seco.
_ Sinto falta de vocês.
_ Esta não me parece uma boa razão. - diz a mãe.
_ Vocês não sentem minha falta? - tenta mudar o jogo.
_ Sim, mas não te quero aqui, não enquanto você não tiver conquistado o que foi fazer. - diz o pai.
_ Mas pai...
_ O que foi Demi? - a interrompe. _ Te disseram não? E daí se te disseram não? - advinha.
_ Não é só um não papai. Minha história não é boa.
_ E quem eles pensam que são para falar isso? - a mãe parece se sentir ofendida.
_ Eles são pessoas importantes na editora.
_ Pois eu sou sua mãe e digo que eles são um bando de babacas. - diz ela, fazendo Demi rir.
_ Mãe, talvez eles estejam certos. - diz.
_ E talvez o homem nunca tenha pisado na lua. - diz a mãe. _ Mas sabe o que eu digo para as pessoas que falam isso? - não espera por uma resposta. _ Que elas deveriam ir para o inferno.
_ Mãe.
_ Não Demi, não comece garota, você vai continuar onde esta e se... Ah Demetria, aí de você se você se atrever a voltar agora, aí de você se atrever a desistir. Eu não estou esse tempo todo sofrendo com sua falta para você vir e jogar todo meu esforço no lixo.
_ Mas...
_ Nem o meu sofrimento, minha menina, sua mãe ficou dias sem cozinhar para mim, e até hoje ela não faz mais amor comigo.
_ Pai! Me poupe dos detalhes.
_ Bom, você precisar ver que estou sofrendo, mas que não ligo, desde que não seja um sacrifício em vão.
_ Do jeito que vocês falam, só me fazem me sentir pior.
_ Então se sinta pior aí, pois não te quero aqui. - diz sua mãe.
_ Vocês não podem tomar essa decisão para mim.
_ Pois então divirta-se indo a rodoviária pagar a passagem de volta para casa, pois não vou te buscar aí. - diz o pai.
_ Eu posso muito bem pagar uma passagem com o dinheiro que o senhor me manda.
_ E vai deixar tudo aí é?
_ Você vai acabar tendo que buscar com o tempo.
_ Pois não vou. - bate o pé.
_ Porquê vocês estão fazendo isso? Não me querem mais por perto? - Demi já esta quase desistindo de desistir.
_ Sim, mas antes de tudo queremos o seu sucesso. E você não vai ter isso voltando para casa.
_ Mas...
_ Mas nada Demetria, durma um pouco e repense a burrada que você esta prestes a cometer. - diz a mãe. _ tchau.
_ Eu aind...
_ Tchau Demetria. - insiste a mãe.
_ Tchau mãe.
_ Tchau minha menina.
_ Tchau pai.
_ Vê se não faz nenhuma besteira, mocinha.
Continua
Ei galera, com as tarefas do fim do ano, acabei me perdendo nas datas e bom, esqueci que era para postar kkkkk
Não me matem, mas bom. Vai acabar saindo um monte de capítulo, até eu voltar as datas corretas, então estejam atentos ;)
Outra coisa, estou postando pelo celular, por isso não responderei aos comentários, mas os li e agradeço muito a todos.
Aeeee
ResponderExcluirPosta maiiiis por favor bjs
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