Demetria é uma garota
que tem a vida bem próxima do que se pode chamar De perfeita: 19 anos, primeiro
ano na faculdade de moda, vive em uma cobertura na cidade que nunca dorme, Nova
Iorque, filha de um milionário banqueiro, tem uma família amável, um namorado
também rico, inteligente e conveniente. Sua vida se assemelha a um conto de
fadas super moderno.
Mas como dizem, nada
é perfeito. Uma morte acontece, seu esclarecimento não convence a ninguém, e a
vida de Demetria muda completamente quando embarca em uma, quase, aventura,
junto a um detetive particular – metido a galanteador – em busca de uma resposta
para a verdadeira causa da morte.
Festas, amores,
brigas, desilusões e uma pitada de mistério, tudo pode acontecer em The Big Apple.
ERII: Ainda bem
que mesmo o Joe não ter ficado com o Joe no final, você ainda gostou, muito
obrigada mesmo, agora mesmo postarei sobre nova fic, espero que você goste
também. bjssss
Mrs. Mikaelson: Oi,
fico feliz que tenha gostado, eu só vou voltar a ler fics quando minhas férias
começar, mas pode deixar que eu vou ler sim viu? E vou divulgar aqui ok? Espero
que você goste da próxima fic também, bjssss
Carine: Que bom
que gostou da fic, também espero que goste da próxima, voto computado. Bjsss
Kika: Fico muito
feliz que tenha gostado desse jeito, em breve começarei a próxima e espero
poder contar com você lendo ela também, muito obrigada, bjsssss
Lulli: Estou
feliz que tenha gostado, eu escrevi a fic na visão do Joe exatamente por isso,
por quase nunca ter visto uma fic pela visão dele, foi uma experiência muito
legal. Espero que goste da próxima fic também. Bjsss
Estela: Ola, sem
problemas, também estou devendo comentários nas fics que leio (e isso inclui a
sua :\) pode deixar que tentarei incluir a Camilla Belle e o Sam Claflin na fic
sim, não precisa se desculpar, muito obrigada por comentar. Bjssss
(....)
O nome da fic mudou,
de Aconteceu em Nova Iorque para The Big Apple. Não sei se todos aqui
sabem, mas Big Apple é o ‘apelido’ da cidade de nova Iorque, então resolvi
mudar. Começarei a postar fic só lá pra quarta-feira.
O resultado da
pesquisa que eu fiz ficou o seguinte:
1.Jemi com 14 votos
2.Nelena com 7 votos
3.Jelena, Niley e Liley empados com 3 votos
Então o casal
principal será Jemi, o secundário será Nelena e eu posso arranjar algum
espacinho para os outros casais em algum momento.
Não sei quantos
capítulos terão essa nova fic, tudo dependerá de como vocês receberão essa fic.
Espero que gostem, agorinha mesmo postarei a sinopse. Bjssss
Olá a todos, muito obrigada pelos comentários no último
capítulo, em um próximo post eu responderei a todos.
Postarei a sinopse da próxima fic na quinta-feira (29/05) já
digo que terá um pequeno mistério no meio dela :p no nome será “Aconteceu em
Nova Iorque”. Não sei o dia exato de que começarei a postar ela, mas sei que
será só na próxima semana.
Percebi que o problema na enquete não está só aqui, parece
que está com problema para todo mundo, então comentem aqui o casal principal
que vocês querem que tenha na fic e pode colocar outros como casais secundários
também. Apesar do enredo da história já está encaminhado, não tenho problemas
de mudar caso vocês escolham outros.
Amanhã passo mais informações e respondo aos comentários.
Música Made in the USA de Demi Lovato, sugestão de uma
leitora anônima.
Demi agora estava sentada no lado do
carona na Chevy Pickup que Joe havia acabado de alugar. Cinto travado, janelas
abertas, cabelos ao vento.
_ O que é isso? – perguntou Joe.
_ Uma carta. – respondeu Demi.
_ Uma carta? Para nós? Aqui?
_ Também achei estranho. – disse virando a
carta para ver o remetente.
_ É de Rachel. – sorriu e logo abriu o
envelope, tirando o papel de dentro.
_ Lê alto. – pediu Joe, após perceber que
Demi começara a ler.
_ Tudo bem. – disse e recomeçou:
Querida Demi,
Sei
o quão ultrapassado pode parecer isso, mandar uma carta sendo que estamos
rodeados de tecnologias que fazem nossa vida tão mais fácil e rápida? É ultrapassado
sim, mas eu estou em um momento tão bom da minha vida que me deu uma vontade
louca de voltar um pouco nesse tempo, onde você vai poder ver minha letra e por
ela perceber o quão feliz eu estou aqui. Faz uma semana que me casei com
Nicholas, dá para acreditar que tem isso tudo? Uma semana atrás estávamos feito
loucas, você tentando me acalmar, mesmo você estando tão nervosa quanto eu.
Afinal de contas, eu não era a única noiva ali, você também era. Eu ainda me
lembro nos meses de economia e Nicholas e Joe trabalhando o dobro para poder
dar o casamento dos nossos sonhos, enquanto isso nós duas tentávamos fazer tudo
mais simples do que o plano original só para não sobrecarrega-los com os
gastos... Pensando bem, nós duas fizemos um ótimo trabalho, os vestidos, os
penteados, a comida, a festa, a cerimonia, tudo saiu tão perfeito, tudo saiu
como um conto de fadas. Quem diria que isso ia acontecer conosco? Nossas
histórias eram confusas o bastante para ter fracassado logo no inicio, mas por
algum motivo (eu acredito ser por Deus, mas Nicholas insiste em dizer que é por
sorte – digamos que tê-lo feito se casar na igreja não mudou muito o pensamento
dele sobre Deus, mas nem tudo poder ser perfeito não é?) no final, ambas,
saímos felizes, com os homens da nossa vida.
Ainda
não me canso de lembrar a sua felicidade ao saber que a família do Joe, depois
de muita insistência, acabou vindo para o casamento. Você sabia o quanto isso
era importante para Joe, e naquele momento percebeu que tudo iria dar certo.
Mas
e então? Como é a Florida? É tão bonita quando nós víamos nas revistas de
viagem? Bom, posso dizer que Nova Iorque não me decepcionou em nada, esse lugar
pode até ser bonito no inverno, mas esse verão nova-iorquino é tão perfeito
quanto. Estou vivendo a melhor lua de mel que um casal pode ter. Nicholas
realmente foi feito para mim e eu fui feita para ele, ele me entende e ás vezes
até parece que ele lê minha mente como se fosse uma carta.
Hoje
à noite jantaremos naquele arranha-céu que ouvimos falar, Nicholas até comprou
um vestido de marca novo para mim, só para que eu use nessa ocasião especial.
Não
sei quanto tempo demora a chegar uma carta, mas espero que ainda esteja
hospedada em seu hotel quando ela chegar, pois, se não, estragaria toda a graça.
Beijos
da sua amiga, vizinha, prima e o que mais for preciso,
Rachel.
P.S.: O truque da cinta-liga que você me ensinou foi um sucesso.
_ Oops.
_ Truque da cinta-liga? – perguntou Joe
enquanto dirigia em alta velocidade pela rodovia lisa e sem elevações da
Florida. _ Ela está falando daquele truque
da cinta-liga? – perguntou.
_ É sempre bom trocar conhecimento.
_ Não esse tipo de conhecimento. Rachel não
era santa, mas...
_ Mas?
_ Por acaso foi ela que te falou sobre...
_ Sim, foi ela. – interrompeu Demi. _ Ela
disse que você gostava. E sabe de uma coisa? Ela não mentiu.
_ Vocês duas não prestam. – Demi gargalhou.
Queria
Rachel,
Recebi
sua carta a tempo, na verdade recebi sua carta no momento em que estava fazendo
o check-out na recepção do hotel. Agora eu estou dentro de uma Chevy Pickup
vermelha, é, nem eu mesmo sei como, mas Joe me convenceu de atrasarmos por
algumas horas a nossa volta a Utah para que fossemos ver o pôr do sol em uma
praia deserta mais para o sul da Florida – isso justifica a minha letra quase
que ilegível. – essa carta será mandada para o seu apartamento em Utah mesmo,
já que só se fosse mandado de jatinho que chegaria a tempo em Nova Iorque, mas
gostei tanto dessa nossa “brincadeirinha” de voltar a fazer algo que
praticamente passado e arcaico, que não pude deixar de querer lhe devolver uma
carta.
Se
eu estou gostando da Florida? Aqui é tudo de bom. As praias, a comidas, as
pessoas, a música... Seu pudesse ficaria aqui para sempre...
Eu
sabia que você iria amar Nova Iorque, nunca fui, mas assim que vi você pensando
na cidade dos seus sonhos para viajar, logo vi que você acabaria indo à Nova
Iorque.
Bom,
Joe não me deu vestido novo de marca, nem um jantar em um arranha-céu, mas ele
me deu muito carinho (ele ainda é do tipo de homem que abre a porta do carro e
me diz todo dia que eu sou tudo para ele) existe algo mais fofo ou apaixonante
que isso? O que também não faltou foi gargalhadas. Você sabia que Joe tem medo
de palhaço ou desses bonecos gigantes (na verdade humanos com fantasia de
bonecos) pois é, ele tem. E eu só fui descobrir isso quando resolvemos que
iriamos passar um dia inteiro no Disney World. Eu não sei como eu ainda tenho
mão – já que se ele não corria, começava a me apertar apavorado. – e como ele
ainda tem voz – apesar de viajar de avião para todo lugar, ele grita feito uma
garota quando está nos brinquedos radicais. – foi extremamente hilário a nossa
passagem pela Disney (fiz alguns vídeos para deixar de recordação, poderemos
rir bastante quando chegarmos a Utah).
Nesse
exato momento, à duas semanas e dois dias atrás, nos duas estamos no mesmo
salão fazendo nossas unhas, e enquanto você estava já quase terminando a sua,
fazendo detalhes fofos, eu estava totalmente indecisa e recebendo olhares
raivosos da manicure por estar roendo minhas unhas, sendo que ela tivera o
trabalho de deixa-las lindas, mesmo sem ter passado o esmalte ainda (mas no
final eu deixei o dobro de gorjeta para ela, do que você deu para sua. Espero
que ela tenha considerado isso um pedido de desculpas.)
No
final nós duas saímos feliz nessa história. Os pais de Joe me aceitaram como
parte da família, assim como minha mãe agora também o aceita, e seus pais
receberam Nicholas na família muito bem, mesmo ele sendo... Diferente e não
muito correto para padrões Lewis.
Espero
que suas últimas horas em Nova Iorque tenham sido tão boas quanto as primeiras.
Beijo
da sua prima, amiga, vizinha e conselheira sexual.
Demi.
P.S.: Farei um estoque de halls preta em
casa.
_ Eu acho que
você deveria cortar essa última parte.
_ Eu acho que
você deveria prestar atenção estrada e não na minha carta.
_ Se você não
estivesse lendo-a em voz alta eu não teria escutado. – rebateu Joe.
_ Eu não estava
lendo em voz alta, eu estava sussurrando, só para ver se tinha algum erro.
_ Você precisa
rever o seu conceito de ‘sussurro’. – riu Joe.
_ Eu devo te amar
muito mesmo para não ficar brava.
_ Você não
percebe que nada é capaz de nos separar Demi?
_ Eu nunca vou
deixar você perder isso.
_ Isso o que? –
perguntou dando uma breve olhada para Demi.
_ Isso tudo que
você é.
_ Pode deixar, eu
nunca vou perder isso, eu estarei sempre aqui por você. Sabe porque? –
perguntou Joe.
_ Porque?
_ Porque nosso
amor é imbatível, capaz de sobreviver a todos os tiros que nos derem. – Joe não
viu, mas Demi deu um grande sorriso no final da frase.
_ Nosso amor é
indestrutível por que foi feito nos Estados Unidos.
FIM
Último capítulo postado, eu espero que tenham gostado.
Quero dizer que foi um prazer fazer esta fic, agradeço a
todos pela colaboração, por terem me mandado as músicas, por terem dado
sugestões, por terem tido paciência com minha demora a postar.
Amanhã postarei todas as informações iniciais para a próxima
fic.
E outra coisa, estava dando erro na enquete em que eu fiz,
então eu tive que reinicia-la então se vocês quiserem votar novamente ;)
Lhes espero na próxima fic.
Bjssssssssssss
Fabiola: E aqui está o último capítulo, espero que tenha gostado. No
final deu tudo certo para todos não é? Muito obrigada por me acompanhar nessa
fic e por comentar. Bjssss
Kika: Pois é, ainda não chegou o momento de matar o principal
hahahaha, espero que tenha gostado. Muito obrigada por me acompanhar nessa fic
e por comentar. Bjssss
Música Kiss Me do Ed Sheeran, sugestão da leitora Nathália
Quando acordei, estava em uma cama de
hospital, não era o mesmo da última vez, esse parecia menor e mais simples, não
havia nenhuma máquina segurando a mim, o que significava que, seja lá o que
tinha acontecido comigo, não havia sido grave... Eu poderia até estar mesmo
vivo, mas a visão do anjo ao meu lado, me dizia que eu estava no céu.
Demi estava encolhida junto a mim na cama,
dormia calmamente, abraçava-se a mim com um dos braços, enquanto o outro servia
de apoio e travesseiro, eu podia sentir sua respiração calma em meu pescoço, eu
não sabia que ainda tinha como, mas eu estava me apaixonando ainda mais agora.
Com cuidado comecei a acariciar seu braço que
circundava minha cintura, sua pele era tão macia e delicada, uma leve armadura
para uma guerreira.
Depois de um tempinho, ela acordou em um
susto, quase caiu da cama, agarrei-a para segura-la.
_ Joe! Meu Deus! Ainda bem que você acordou!
– ela saiu da cama e ficou de pé a me tocava no rosto com desespero. _ Meu
Deus, você não sabe o susto que me deu e como eu fiquei preocupada com você! –
ela falava alto, para padrões de hospital, ela estava gritando.
_ Calma Demi, eu estou bem. – levantei-me
para ficar sentado na cama, senti uma forte pontada nas costas, mas nada que me
atrapalhasse. _ Foi só um... – bom, na verdade nem eu mesmo sei o que havia
sido, foi tudo tão confuso... _ Um acidente?
_ É, um acidente horrível. – falou, podia ver
o desespero em sua voz e em seu olhar. _ Um caminhão, entrou na contra mão, o
motorista do ônibus tentou desviar, girou na pista, mas acabou batendo ainda
assim... Muita gente morreu Joe. – ela estava com os olhos cheios de lágrimas.
_ Eu tive tanto medo de te perder. – e lá estavam suas lágrimas, rolando
quebrando e meu coração. – Levantei-me novamente, mas desta vez para ficar de
pé. Novamente uma fincada na coluna me atingiu.
_ Eu estou aqui, eu estou bem. – toquei-a no
rosto
_ Eu te amo Joe.
_ Eu te amo Demi.
(...)
Depois de um tempo, meus pais entraram no
quarto, uma longa discussão surgiu daí. Novamente pediram para que eu
desistisse desta bobagem e que voltasse para casa, e sim, ‘pediram’ no plural
mesmo, aparentemente, após o acidente, meu pai resolveu que não iria me apoiar,
nem ficar quieto diante da situação. Ambos agora eram visivelmente contra minha
decisão e não pareciam estar dispostos a mudar tão cedo.
Era triste, tudo que eu queria era terminar
aquela conversa com pelo menos um “Que você seja feliz com ela.” E não com um
“Quando você se arrepender, não diga não lhe avisei.” Eu queria tanto que eles
descem pelo menos uma oportunidade a ela, para pelo menos conhece-la, veriam o
quão diferente ela é do que eles pensam. Demetria não é uma qualquer, ela é uma
mulher, uma mulher digna de amor, amor do qual eu estou pronto para dá-la, com
apoio dos meus pais ou não.
Se esse era o fim que tinha que ter, que
seja. Apenas o tempo diria quem no final estaria certo, só espero que seja eu.
(...)
Os médicos logo me liberaram, disseram que
não havia acontecido nada de grave comigo, que as dores eram apenas resultado
de um impacto forte, mas que no mais eu estava completamente bem. Só me
aconselharam a olhar um psicólogo para no caso de algum trauma psicológico. No
mais eu poderia viver minha vida feliz, aproveitando a mulher maravilhosa que
eu tenho ao meu lado (palavras do próprio médico).
_ Você não tem medo de que Jonathan apareça?
– perguntei. Já estamos no apartamento dela, as malas já estavam prontas e
alguns móveis, que resolvemos que valeria apena levar, estavam quase embalados,
ainda teríamos que arranjar alguém para transporta-los até Utah, mas por agora
isso era o de menos.
_ Não acredito que ele apareça mais, desde
que o enfrentei ele se afastou e agora que parei de trabalhar na boate, duvido
que irei vê-lo tão cedo.
_ Isso é bom.
_ Não quero que nada de mal aconteça a ele.
– suspirou. _ Mas não dava mais para aguentar tudo aquilo.
_ Não é sua missão salva-lo Demi, só ele
pode fazer isso por ele mesmo. – falei, me aproximando dela.
_ Eu sei que não é grandes coisas, mas eu
vou sentir tanta falta daqui. – disse olhando em volta. _ Do apartamento, da
Marissa, da lanchonete, de Las Vegas em si.
_ Você vai poder visitar aqui sempre, só
melhorarmos um pouco nossas condições, não vai demorar muito para que isso
aconteça.
_ É. – disse e desviou o olhar para baixo.
Ela estava triste.
_ Você está desistindo? – pergunte.
_ Não, claro que não. – se apressou em
responder. _ Eu só pensei que talvez nós pudéssemos ficar aqui. – disse tímida.
_ Não há mais perigo a nossa volta...
_ Mas eu trabalho em Salt Lake, eu tenho uma
carreira lá, eu não tenho duvidas de que em breve subirei de cargo... – vi-a
desviar o olhar de novo.
_ Eu sei. – disse.
_ Demi. – peguei seu resto delicado e a fiz
olhar para mim.
_ Desculpa Joe, você saiu da sua cidade,
largou sua família, seria egoísta da minha parte que você saísse do seu
trabalho só para eu ficar perto de uma amiga. – falou.
_ Não é para você ficar triste. – falei.
_ Eu estou feliz Joe. – disse e sorriu, seu
sorriso parecia sincero, não forçado. _ Eu nunca fui tão feliz.
Nesses últimos meses eu havia sentido de
tudo, da tristeza ao ódio, do ódio ao amor, do amor à verdade, a verdade do que
era realmente se sentir livre, de se sentir no lugar certo, onde você realmente
deve estar.
No olhar de Demi eu podia sentir a ‘casa’
que eu estava em busca, eu estou apaixonado, ela está apaixonada, nós estamos
apaixonados.
Já era manhã do outro dia, o dia estava
frio, não chovia, mas o céu estava nublado, um vento, fraco, mas constante dava
a certeza de que estação do ano era o inverno. Estávamos no aeroporto, o resto
do nosso dinheiro ficaria nas passagens e no transporte dos móveis. Gabriela
dormia no colo da avó, que não parava de nina-la, enquanto estava sentada na
cadeira de espera. Demi e eu estávamos perto das malas, de pé, abraçados um ao
outro.
_ Acho que estamos pobres.
_ Não me importo, eu sempre fui pobre mesmo.
– riu.
_ Que bom. Assim você não vai se importar
muito se eu colocar uma divida no seu nome. – brinquei.
_ Se você prometer que não irá para uma
boate de stripper e se apaixonar por alguém lá poucos dias antes do nosso
casamento. – retornou.
_ Acho que vamos nos dar bem. – sorri.
_ Se você continuar a me manter aquecida em
seu abraço, não tenho duvida de que seremos bem felizes.
_ Pois é para isso que eu estou aqui. –
apertei-a mais ainda em meu abraço. _ Para te proteger.
_ E para que eu estou aqui? Para ser protegida?
– perguntou.
_ Para ser minha dama, minha eterna dama.
_ Me parece muito bom.
_ Tem jeito de ficar ainda melhor.
_ Jura? Como?
_ Você recebendo um beijo, um beijo para uma
mulher que é muito amada.
_ E quem disse que eu quero ser muito amada?
– perguntou brincando.
_ Então me beije como se quisesse ser amada.
– ela riu.
_ No fundo isso foi fofo. – disse. Sorri
para ela, era como se a cada dia ela conseguisse ficar mais bonita. Ela estava
feliz, não parecia ter peso nas costas, era como se o passado ruim tivesse sido
arrancado da sua memoria, nada mais a acorrentava e a impedia de ser
verdadeiramente feliz. Nada impedia que aquele lindo sorriso fosse mostrado.
_ Você quer amada. – falei. _ E você é
amada.
_ Se é assim. – disse. _ Então me beije.
CONTINUA
Não postei de tarde, mas postei na sexta, então metade da
minha promessa está comprida kkkk.
Como dá pra ver, aquela enquete, o vencedor foi “Joe ficar
com a Demi” e assim será, também temos essa nova enquete, ela ainda está aberta
para votação. No domingo postarei o último capítulo desta fic, nas considerações
finais ela falarei mais sobre a próxima fic.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss
Anônimo: kkk desculpa por te fazer chorar, espero que esse capítulo
tenha lhe feito mais feliz ;) muito obrigada por comentar. Bjsss
Kika: Que bom, estou bem também, como podes ver ele não morreu e
está mais vivo que nunca ;) Muito obrigada por comentar. Bjsss
Erii: Não precisa agradecer linda, seu casal favorito perdeu, mas
espero que você goste do final ainda assim, Rachel ficará muito feliz e espero
que isso compense :\ Muito obrigada. Bjsss
Fabiola: Fico feliz em saber que você lê minha fic, eu também nunca
comento quando leio por celular, então está totalmente compreensivo. Muito
obrigada por comentar. Bjsss
Skull: Ola, fico feliz que tenha comentado. Confesso que também
gosto de um drama, mas vai ter que ficar para a próxima, desta vez vou deixar
um final feliz mesmo kkkk Agradeço por ter votado na enquete. Nunca cheguei a
shippar niley, mas confesso que eu acho fofo os dois, apesar de hoje eu não
achar que eles vão voltar; sobre nemi eu confesso que shippo muito, eles juntos
são as coisinhas mais fofas do mundo kkkk sobre dilmer eu não gostava mais
agora confesso que amo. Coitada da blanda kkkkk não tenho muita opinião sobre
ela e o joe junta, nada contra, nada a favor, sem sofrimento kkkk muito
obrigada por comentar. BJssss
Lulli: Espero que a espera tenha valido a pena. E então? Gostou do
capítulo, espero que sim. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Esse Capítulo será em homenagem a Arthur Breno, já se passa uma
semana desde sua morte. Os alunos do Ensino Médio do Colégio Pedro II sempre
sentirão sua falta.
Música Chuva de Novembro do Projota, sugestão da leitora
Thaah Lovatic
Joe’s POV
Parecia até miragem, mas não, estava
claro, o nome da tela era realmente dela, Demi estava me ligando.
Sem pensar muito mais, atendi.
_ Demi?!
_ Oi Joe. – respondeu, com um suspiro.
_ Aconteceu alguma coisa? – perguntei.
_ Ah... Não, quer dizer... Sim... Na
verdade, quase isso. – disse.
_ Isso não foi muito esclarecedor. – ri,
pude sentir o nervosismo dela do outro lado, mas ela riu fraco também.
_ Eu sei, desculpe, eu vou explicar agora. –
falou e sorriu fraco novamente. _ Desde aquela conversa que tivemos naquele
parque, eu venho pensando muito, ao mesmo tempo em que você tinha seus
problemas, eu tinha os meus, e nós não conseguíamos seguir em frente e nos
assumir de verdade. Você começou a fazer tudo, a resolver seus problemas e eu
continuava parada, só olhando, sem reagir. Mas não mais Joe, eu agi, eu resolvi
meus problemas também... Agora só me resta uma pergunta: Depois de tudo isso,
de toda essa espera, você ainda me aceita?
(...)
Se eu fosse avaliar minha vida nesses
últimos meses, eu resumiria tudo como uma montanha-russa cheia de altos e
baixos, e com um volta de ponta cabeça quase que inacreditável. A todo o
momento era outra surpresa, mas nenhuma foi tão satisfatória como esta última. Messes
de confusão agora seriam totalmente validos, pois o final feliz enfim chegaria.
Sentei-me com meus pais na mesa no café da
manhã do dia seguinte, pensei em como começar a dizer tudo, mas não era medo
que me fez parar para pensar, pois eu sabia que com eles me apoiando ou não, eu
iria seguir minha vida com Demi, o que me fez parar para pensar foi que talvez,
dependendo da maneira com que eu falasse, eles ficassem calmos, não houvesse
brigas, que se fosse para ter uma despedida, que não fosse uma com sentimentos
de raiva.
_ Mãe, pai. – comecei. _ Eu e Demetria vamos
assumir nosso namoro, gostaria de saber se vou ter ou não a aprovação de vocês.
_ Noah, me passe a salada.
_ Mãe, eu não quero ser ignorado.
_ E eu quero minha salada. – disse, Noah
olhou para mim como se esperasse por uma autorização, mas no final acabou
entregando a vasilha com a salada.
_ Você pode prestar atenção em mim agora?
_ Quando você tiver algo de inteligente para
falar, sim.
_ As coisas poderiam ser tão mais fáceis...
_ Concordo, você já poderia ter se casado e
estar com a mulher que foi feita para você.
_ Até mesmo Rachel já se conformou, porque
você não faz o mesmo?
_ Rachel não se conformou, aceitou porque te
ama e quer seu bem.
_ Se você me amasse faria o mesmo.
_ Rachel vê o seu ‘bem’ de agora, eu vejo o
seu ‘bem’ para o futuro e nele você não será feliz se continuar com essa ideia
idiota. – minha mãe estava furiosa.
_ Pai? – ele não tinha se pronunciado até o
momento, mas se ele dissesse ‘sim’, não havia nada que minha mãe pudesse fazer.
_ Ela não tem os mesmos costumes das pessoas
de Lewis, e... E ela é uma mulher da vida, Joseph, não será aceita por aqui.
_ Então eu terei que ir embora. – conclui.
_ Não se precipite meu filho.
_ Eu já pensei bastante, pai.
_ Você vai voltar chorando e arrependido, e
eu vou falar que te avisei.
_ Fico feliz em saber que vai me receber de
volta, caso necessário. – falei.
_ Eu não concordo nem um pouco com sua
escolha Joseph, mas eu sou sua mãe, e sempre será assim.
(...)
Fui para o trabalho normalmente, fiz todas
as minhas funções como deveria ser feito, esperei até de desse meu horário de saída,
e liguei para Rachel. Ela atendeu já no segundo toque.
_ Oi Joe.
_ Oi Rachel, já está pronta? – perguntei.
_ Prontíssima. – confirmou.
Saí da minha sala, fui para a de Nicholas.
_ Então cara? O combinado ainda está de pé,
não esta?
_ Claro que está. Meu horário termina daqui
a quinze minutos, rapidão chego em casa, mas fica tranquilo, não vai ter
nenhuma stripper lá para você se apaixonar não tá?
_ Haha, engraçadinho.
_ Não vamos correr o risco né? – riu.
_ Vou te dar um livro de piadas, pra ver se
eu consigo rir de alguma.
_ No fundo eu sei que achou graça. – falou.
_ Melhor eu ir mesmo, mas tarde nos vemos.
_ Você vai rir quando chegar no seu carro. –
gritou ele, enquanto eu já partia para buscar Rachel em Lewis.
(...)
Acho que nunca fiz o caminho de trabalho-
Lewis tão entusiasmado, eu ajudaria Rachel e logo estaria ao lado de Demetria
também, eu, Demetria e Rachel construiríamos nossas vidas na capital, seriamos
felizes, seguiríamos em frente.
Minhas coisas já estavam prontas, apenas
entrei em casa para pegar minhas malas e me despedir.
_ Não se esqueça de nos visitar, sua mãe
está chateada, mas ficará muito feliz se você não se esquecer de nós. – pediu meu
pai.
_ prometo vir todo final de semana. – falei.
_ Irei cobrar. – me abraçou forte.
Noah observava tudo, não tinha demonstrado
sua opinião sobre os acontecimentos, mas não iria mudar muito caso dissesse. Já
minha mãe era claramente contra e se recusara a se despedir de mim.
_ Sabe Noah? Vou sentir falta da sua ‘anti-socialidade’
também.
_ Essa palavra não existe. – falou.
_ Também sentirei falta da sua ‘nerdisse’.
_ Essa também não existe. – disse.
_ Eu acho que não vou sentir tanta falta sua
assim no final. – falei, ele riu.
_ Você é legal, espero que dê tudo certo
para você lá na capital. – falou.
_ Obrigado maninho. Talvez eu sinta sua
falta.
_ Eu sei que você vai sentir... – nos abraçamos.
_ Sua mãe sabe de alguma coisa? – perguntei.
Rachel já tinha posto todas suas coisas no porta malas do carro, estávamos passando
pela rodovia para chegarmos Salt Lake City.
_ Não, mas contei para Lara, vão ficar bem
bravos, mas levando em consideração a condição dela, não irão brigar muito.
_ Bela tática.
_ Às vezes isso é necessário.
_ Quem diria que um dia nós estaríamos juntos
fugindo de Lewis...
_ Eu gosto mais disso do que viver lá o
resto da minha vida, eu preciso de algo novo, e é em Salt Lake City que eu
acharei.
_ Eu não tenho duvidas disso.
_ E você e Demi, para onde irão?
_ Hoje irei de ônibus para Las Vegas,
passarei um dia lá e depois iremos todos para Salt Lake, Nicholas já arranjou
um apartamento para nós por lá. Será no prédio dele mesmo.
_ Então iremos morar todos juntos.
_ Acho que é assim que deveria ser não é?
_ Sem duvidas.
(...)
Quando deu nove da noite cheguei à rodoviária,
o ônibus já estava prestes a partir, não havia muitos passageiros e sentei-me
sozinho, a viagem seria de sete horas, no céu não havia nenhuma estrela.
Não tinha nem meia hora que a viagem tinha
começado, e uma chuva fraca, mas, consistente começou.
Depois de duas horas de viagem tivemos a
primeira parada, comprei uma bolacha, um salgadinho e refrigerante, comi o
salgado e tomei metade do refri, deixei a bolacha para mais tarde, caso eu
tenha fome dentro do ônibus.
O ônibus
parte novamente e começo a tentar dormir. Dou uns cochilos, mas acordo toda hora,
o vidro tá embaçado, e a chuva do lado de fora parece aumentar, ainda consigo
ver um pouco dos contornos das montanhas lá fora, mas nada muito nítido. Viro
para o outro lado e tento dormir novamente.
Quando acordo novamente, penso que já
estamos quase chegando, mas quando olho para o relógio, apenas se passaram
quatro horas que saímos da rodoviária de Salt Lake.
Penso em como os dias sem ver Demi são cruéis,
se eu tivesse mais dinheiro guardado teria comprado uma passagem de avião e
nessa hora já estaria lá, abraçado a ela, mas com o aluguel do apartamento
novo, tudo o que eu tinha foi gasto, quando eu voltasse teria que me virar com
o pouquinho do que sobrou do meu último salario para mobiliar tudo.
Ligo para o celular de Demi, torcendo para
que ela ainda esteja em casa. Espero que ela atenda, mas cai na caixa postal,
deixo uma mensagem:
_ Oi amor, já estou indo, vou chegar aí às
quatro da manhã, tem como você me esperar na rodoviária? Te amo muito viu? Nós
vamos ser muito felizes.
Uma da manhã, e todos já dormiam, o silêncio
no ônibus só me fez pensar mais em Demi, em como seria nosso reencontro... Acabo dormindo novamente.
Acordo novamente no susto, com uma virada brusca
do ônibus. Escuto pessoas gritando, o ônibus não para de girar, sinto meu
celular no bolso vibrando, eu sei que é Demetria. Barulho de chuva, pneu,
escuridão. Por impulso aperto uma tecla em meu celular, sinto a chuva no meu
rosto, sinto uma dor imensa em meu corpo, fecho meus olhos, não sei se estou
dentro ou fora do ônibus, nem mesmo sei se ainda há ônibus, mas no fundo eu
escuto uma voz baixinha que reconheço. Ela me deixou uma mensagem de voz.
_ Oi Joe, meu amor, eu vou para a rodoviária
assim que sair da boate, devo atrasar uns minutinhos, mas eu vou te encontrar
viu? Eu sei que nós seremos muito felizes, beijos... Ah é, só mais um coisa,
toma cuidado, há muitos acidentes na estrada por causa das chuvas de Novembro.
CONTINUA
Confesso que já escrevi bastante capítulos tristes, mas esse
foi o único que realmente me fez chorar no processo, mas também, a música sozinha
já faz querer chorar, ficar escutando ela para tirar inspiração e não chorar
nem Chuck Norris consegue.
O próximo capítulo será só na sexta.
Bjsss
Kika: Oi kika, como está, então como
está? E então, gostou do capítulo? Espero que sim. Muito obrigada por comentar.
Bjssss
Parabéns a leitora
Erii que está fazendo aniversario hoje ♥
Música Let Me Go da Avril Lavigne e Chad Kroeger, sugestão da
leitora Diana
Demi’s POV
O que dizer quando o único homem, que
não seja seu pai, que te amou verdadeiramente na vida diz que não pode viver
sem ti?
Joe sabe como enfraquecer todas as minhas
barreiras, ninguém mais faz isso igual a ele, e era claro que naquele momento a
única coisa que eu queria era me jogar em seus braços e dizer que eu era dele,
que nos daríamos outra oportunidade, e que desta vez tudo daria certo.
Mas eu estaria sendo junta com ele?
Joe, assim como eu, tem seus problemas, e o
nosso relacionamento é 100% delas, mas ainda assim, com uma coragem que eu não
sabia que ele tinha, ele conseguiu se decidir e seguir em frente. Ele estava
pronto para mim, inteiramente pronto, só bastava eu dizer sim.
Joe não é nem 1% dos meus problemas, com uma
mãe doente que faz tratamento com remédios caros, um ex-namorado possessivo e
perigoso que passa grande parte do seu tempo na porta de onde eu vivo, só para
irritar e intimidar... Largar tudo seria algo muito complicado, muito mais do
que foi para Joe...
Amaldiçoou o dia que conheci a Joe, mesmo
tenho sido o melhor acontecimento em minha vida depois de tempos de tristeza.
(...)
_ Por favor, me diga alguma coisa. –
insistiu Joe, eu tentava não olhar pra ele, eu sabia que se o olhasse me
entregaria e eu sei que se me entregasse naquele momento, novamente iriamos dar
errado. Ele tinha aberto as portas para que pudéssemos viver nossa vida sem
problemas e para que pudéssemos ser um casal de verdade. Agora era minha vez de
fazer o mesmo.
_ Me dê um tempo. – falei, da maneira mais
decidida que eu consegui.
_ Demi...
_ Não, Joe. – interrompi. _ Eu sei que você
quer minha resposta agora e que eu já te fiz esperar muito, mas eu preciso
disso. É o melhor que eu tenho para te oferecer.
_ Olhe para mim. – pediu. Hesitei, mas
olhei-o. _ Não é isso que você quer dizer.
_ Não é. – confirmei. _ Mas é necessário.
_ Não, não precisamos esperar mais. –
insistiu. Em resposta apenas me levantei do balanço.
_ Vamos. – falei de pé. _ Prometemos que não
iriamos demorar. – falei. Vi a decepção nos olhos de Joe, eu odiava estar
fazendo isso, mas se eu não fizesse seria bem pior, era necessário desatar os
nós para que eu pudesse finalmente me libertar.
(...)
Para os padrões de Lewis, aquela festa
provavelmente estava sendo ótima, mas para mim, nascida na cidade do brilho,
não poderia ser uma festa mais fracassada. O fato da mãe de Joe não parar de me
olhar com ódio e de eu não conhecer muita gente ali não ajudou muito.
Joe tentou se aproximar, mas me senti na
obrigação de afasta-lo, não só por mim, mas também por ele, senti que a mãe
dele não se controlaria muito se a ‘provocássemos’ como estávamos fazendo.
Rachel tentou me introduzir para alguns conhecidos, mas depois de muita
conversa, da qual eu nunca sabia sobre quem era o alvo da fofoca ou de qual
versículo da bíblia tal frase tinha sido tirada, eu percebi que aquele não era
meu mundo. No final Rachel ficou comigo por todo o tempo.
Não
tínhamos tanto assunto, na maior parte do tempo ficamos caladas, olhando para
todos se divertindo a nossa volta, mas ainda assim a sua companhia era
agradável, nunca pensei que depois do que eu tinha lhe feito ela iria me tratar
com tanto respeito assim. Era como se ela ignorasse tudo o que tivesse
acontecido, éramos novamente somente primas, eu não era a culpada pelo fracasso
do seu casamento.
Já era sete da noite quando decidi ir
embora.
_ Tem certeza? – perguntou Rachel. _ Você
pode dormir aqui se quiser.
_ Não, amanhã terei que trabalhar cedo. –
sorri.
_ Não vai querer se despedir de Joe? –
perguntou. Hesitei.
_ Acho que ele deve estar chateado comigo. –
falei, pensando em como ele ficou quando pedi para ele parar de falar comigo
durante a festa.
_ Vocês são mais complicados do que eu
esperava.
_ Tudo na minha vida parece ser assim.
_ Não se sinta mal por isso, na minha vida
tudo sempre foi bem simples, e isso é um tédio.
_ Fugir não vai fazer as coisas ficarem
melhor.
_ Mudar às vezes é necessário. – disse.
_ Sei que pode parecer irônico eu falar
isso, minha vida é uma completa bagunça, mas se você precisar de mim, você sabe
como me encontrar. – Rachel sorriu e me abraçou forte.
_ Direi a Joe que você o ama, mas que não o
achamos para você se despedir.
_ Me parece uma boa ideia. – sorri.
_ Volte logo. – falou.
_ Voltarei. – prometi antes de partir. Mas
eu não sabia se conseguiria cumprir aquela promessa.
(...)
Chegar em casa era ao mesmo tempo triste e
reconfortante.
Triste porque aquele lugar era cheio de más
lembranças, todos os erros que eu cometi, tudo de ruim que já fizeram estavam
guardadas naquelas paredes mofadas. Mas reconfortante, afinal de contas, aquela
é minha casa, onde eu tenho minha família, onde eu vivo.
Entrei com cuidado, não querendo acordar
ninguém, Gabriela e minha mãe dormiam juntas, o que me deixou com a cama toda livre
para mim.
Não demoraria muito para que eu tivesse que
acordar novamente para ir trabalhar, apesar de não ter feito nada eu podia sentir
o cansaço do meu corpo, mas eu não conseguia dormir, queria que o dia passasse
rápido, queria resolver tudo o mais rápido possível.
A ansiedade ainda tomava conta do meu corpo
quando olhei para o relógio e vi que já era hora de acordar. Eu podia sentir
meu corpo querendo ceder, mas minha mente – a mil por hora. – não queria
descanso.
Quando entrei na cozinha, minha mãe já
estava lá, sozinha.
_ Bom dia, mãe. – dei-lhe a um beijo na
testa. _ Já de acordada... – falei, minha mãe não tinha muito para fazer em
casa, não é uma apartamento grande e arruma-lo não é complicado, e se Gabriela
esta dormindo e eu fora de casa ela fica sem ter o que fazer, se eu fosse ela
aproveitaria a cama o máximo possível...
_ Bom dia minha filha. – falou. _ Fiz chá, o
dia está meio nublado hoje. – falou.
_ Obrigada. – respondi assim que ela me
entregou a xicara que estava quase transbordando de chá.
_ Como foi em Lewis? – perguntou.
Recostei-me na prede da cozinha, assoprando um pouco o chá para que eu pudesse
tomar e minha mãe se recostou perto do fogão, fazendo o mesmo.
_ Foi legal, perguntaram sobre você. –
falei, ela sorriu, era tão bom ver seu sorriso, mas tão doloroso ao ver como
tudo tinha mudado desde que ela adoecera, ela parecia ter envelhecido tanto no
processo do tratamento...
_ Você viu o Joe? – perguntou.
_ Vi. – eu sabia que ela queria que eu
continuasse a falar, mas eu não queria.
_ O fato da Rachel não ter contado nada para
ninguém, como ela tinha prometido na ligação, ajudou muito não é?
_ Sim.
_ Rachel é uma boa moça. Não merecia isso. –
falou.
_ Eu sei mãe.
_ Eu sei que você sabe, você não é uma
menina ruim. Eu te conheço muito bem. Fui eu que te criei caso não se lembre. –
falou.
_ E você me deixa esquecer? – perguntei
brincando, ela riu e eu acabei rindo junto. _ Sabe... Acho que seria um bom
momento para um conselho de mãe.
_ Ah minha queria. – deixou a xicara na pia,
e veio até a mim, tocou em meu rosto carinhosamente. _ Eu vou lhe dever essa.
Mas, caso você faça besteira. – riu fraco. _ Eu vou estar aqui para te
consolar. – falou.
_ Eu só te dou problema né? – perguntei sem
jeito.
_ E para quê servem os filhos afinal? – riu.
_ Mãe. – reclamei.
_ Brincadeira filha. Você é meu orgulho,
você é uma mulher forte, que se meteu em confusões, mas que nunca desistiu e
que faz tudo por mim e pela filha, eu não sei o seu futuro, mas você merece o
melhor deles.
_ Eu te amo mãe. – abracei-a.
(...)
Cheguei à lanchonete em cima da hora. O
horário da manhã é bem tranquilo e não tinha nenhum cliente por lá, coloquei
meu uniforme, guardei minha bolça e fui para o balcão. O horário de Marissa só
começava daqui á quatro horas e o movimento fraco me fez ficar com um tédio
incrível, limpava o balcão – mesmo ele já estando mais que limpo. – olhava se
as mesas estavam limpas e prontas, se todos os cardápios estavam no lugar...
Até que o movimento começou, fraco, mas suficiente para me distrair com outras
coisas.
Quando Marissa chegou o movimento já estava
maior e mal pudemos conversar.
No horário de almoço a lanchonete encheu
mais ainda, se engana quem pensa que o fato do lugar não vender almoço é
desvantagem... Mas em compensação assim que o horário de almoço acaba, tudo
fica tão parado e tedioso quanto de manhã.
_ E você acha que vai dar certo? – perguntou
Marissa, acabávamos de limpar todas as mesas e passar os talheres para a
cozinha, onde a lavadeira iria deixar tudo limpo novamente.
_ Eu tenho que tentar. – falei.
_ Eu vou sentir sua falta. – meu coração se
partiu em dois. Marissa era minha melhor amiga desde sempre, sem ela eu não
teria conseguido nem metade do que eu tenho, tudo bem que não é muito, mas é o
suficiente para que eu sustente minha família, ela sempre foi uma pessoa que eu
podia confiar e que me protegia como uma irmã mais velha.
_ Isso não vai ser pra sempre. – falei.
_ Espero que não seja mesmo.
(...)
O sol ainda estava firme e forte no céu
quando saí da lanchonete, mandei uma mensagem para Jonathan, e assim como
especificado na mensagem, ele me esperava na porta da lanchonete.
_ Oi minha Demetria. – disse vindo me
abraçar, afastei-me.
_ Nem comece.
_ Pensei que você também estava sentindo
minha falta. – tentou se aproximar novamente, e eu me afastei como da primeira
vez. – afinal foi você que me chamou.
_ Eu quero conversar com você. – falei séria.
_ Mas não tente nada mais.
_ Conversar sobre o que? Sobre aquele
estranho que você tá pegando?
_ Indiretamente, sim. – respondi.
_ Af Demetria, se eu soubesse não tinha perdido
meu tempo vindo aqui. – fez menção de sair.
_ Você me deve essa, Jonathan. – ele se
virou para mim, parecia ofendido.
_ Eu não te devo nada.
_ Se você está vivo é graças a mim.
_ Se eu estou fodido é por sua culpa. –
acusou. _ Você acha que eu fujo dele porque? Foi porque eu tentei largar tudo
para ser um bom pai para nossa filha.
_ Não tente mentir para mim, você foge dele
porque você tem dividas com ele. Se drogou até não poder mais e agora foge como
um ratinho. E eu estou lá, toda noite pagando ele para você. E o que eu recebo
de volta? Você me atormentando a vida!
_ Você faz isso porque me ama.
_ Um
dia eu já te amei, você costumava significar tudo para mim, mas agora você
não significa nada, tudo o que você me remete é apenas a dor e arrependimento.
_ Eu ainda te amo. – falou.
_ Oh, Jonathan, por favor me poupe.
_ Mas é a verdade.
_ Não há mais nada que você possa dizer, já
é tarde demais. Acabou.
_ Você fala como se não fossemos nada, nós
somos destinados, eu tenho uma filha com
você!
_ Você só está assim agora porque percebeu
que eu não sou mais sua. Eu me libertei de você.
_ Me dê uma chance. – falou após alguns
segundos.
_ Não Jonathan, eu agora só darei uma chance
para quem realmente merece. E você não é essa pessoa.
_ Mas eu posso ser...
_ Eu não vou mais cair na sua, eu me livrei
disso e estou feliz por isso, eu vou esquecer o que você me fez, e vou parar de
construir muros para atrapalhar aqueles que realmente merecem ter minha
atenção. Eu não ligo mais sobre o que vai acontecer com você, eu não ligo mais
para você. Eu cansei de me sacrificar por você.
_ Você não vai fazer isso.
_ Eu já estou fazendo.
_ Você não pode me esquecer.
_ Você não percebe que não é essa a questão?
Eu estou seguindo em frente, eu não vou te esquecer...
CONTINUA
Oi, como prometido, capítulo postado, como podem ver a fic já
eesta chegando ao fim, amanhã, assim que eu postar o próximo capítulo também
abrirei uma enquete que será importante para a construção da próxima fic, vocês
terão uma semana para votar.