Parabéns a leitora
Erii que está fazendo aniversario hoje ♥
Música Let Me Go da Avril Lavigne e Chad Kroeger, sugestão da
leitora Diana
Demi’s POV
O que dizer quando o único homem, que
não seja seu pai, que te amou verdadeiramente na vida diz que não pode viver
sem ti?
Joe sabe como enfraquecer todas as minhas
barreiras, ninguém mais faz isso igual a ele, e era claro que naquele momento a
única coisa que eu queria era me jogar em seus braços e dizer que eu era dele,
que nos daríamos outra oportunidade, e que desta vez tudo daria certo.
Mas eu estaria sendo junta com ele?
Joe, assim como eu, tem seus problemas, e o
nosso relacionamento é 100% delas, mas ainda assim, com uma coragem que eu não
sabia que ele tinha, ele conseguiu se decidir e seguir em frente. Ele estava
pronto para mim, inteiramente pronto, só bastava eu dizer sim.
Joe não é nem 1% dos meus problemas, com uma
mãe doente que faz tratamento com remédios caros, um ex-namorado possessivo e
perigoso que passa grande parte do seu tempo na porta de onde eu vivo, só para
irritar e intimidar... Largar tudo seria algo muito complicado, muito mais do
que foi para Joe...
Amaldiçoou o dia que conheci a Joe, mesmo
tenho sido o melhor acontecimento em minha vida depois de tempos de tristeza.
(...)
_ Por favor, me diga alguma coisa. –
insistiu Joe, eu tentava não olhar pra ele, eu sabia que se o olhasse me
entregaria e eu sei que se me entregasse naquele momento, novamente iriamos dar
errado. Ele tinha aberto as portas para que pudéssemos viver nossa vida sem
problemas e para que pudéssemos ser um casal de verdade. Agora era minha vez de
fazer o mesmo.
_ Me dê um tempo. – falei, da maneira mais
decidida que eu consegui.
_ Demi...
_ Não, Joe. – interrompi. _ Eu sei que você
quer minha resposta agora e que eu já te fiz esperar muito, mas eu preciso
disso. É o melhor que eu tenho para te oferecer.
_ Olhe para mim. – pediu. Hesitei, mas
olhei-o. _ Não é isso que você quer dizer.
_ Não é. – confirmei. _ Mas é necessário.
_ Não, não precisamos esperar mais. –
insistiu. Em resposta apenas me levantei do balanço.
_ Vamos. – falei de pé. _ Prometemos que não
iriamos demorar. – falei. Vi a decepção nos olhos de Joe, eu odiava estar
fazendo isso, mas se eu não fizesse seria bem pior, era necessário desatar os
nós para que eu pudesse finalmente me libertar.
(...)
Para os padrões de Lewis, aquela festa
provavelmente estava sendo ótima, mas para mim, nascida na cidade do brilho,
não poderia ser uma festa mais fracassada. O fato da mãe de Joe não parar de me
olhar com ódio e de eu não conhecer muita gente ali não ajudou muito.
Joe tentou se aproximar, mas me senti na
obrigação de afasta-lo, não só por mim, mas também por ele, senti que a mãe
dele não se controlaria muito se a ‘provocássemos’ como estávamos fazendo.
Rachel tentou me introduzir para alguns conhecidos, mas depois de muita
conversa, da qual eu nunca sabia sobre quem era o alvo da fofoca ou de qual
versículo da bíblia tal frase tinha sido tirada, eu percebi que aquele não era
meu mundo. No final Rachel ficou comigo por todo o tempo.
Não
tínhamos tanto assunto, na maior parte do tempo ficamos caladas, olhando para
todos se divertindo a nossa volta, mas ainda assim a sua companhia era
agradável, nunca pensei que depois do que eu tinha lhe feito ela iria me tratar
com tanto respeito assim. Era como se ela ignorasse tudo o que tivesse
acontecido, éramos novamente somente primas, eu não era a culpada pelo fracasso
do seu casamento.
Já era sete da noite quando decidi ir
embora.
_ Tem certeza? – perguntou Rachel. _ Você
pode dormir aqui se quiser.
_ Não, amanhã terei que trabalhar cedo. –
sorri.
_ Não vai querer se despedir de Joe? –
perguntou. Hesitei.
_ Acho que ele deve estar chateado comigo. –
falei, pensando em como ele ficou quando pedi para ele parar de falar comigo
durante a festa.
_ Vocês são mais complicados do que eu
esperava.
_ Tudo na minha vida parece ser assim.
_ Não se sinta mal por isso, na minha vida
tudo sempre foi bem simples, e isso é um tédio.
_ Fugir não vai fazer as coisas ficarem
melhor.
_ Mudar às vezes é necessário. – disse.
_ Sei que pode parecer irônico eu falar
isso, minha vida é uma completa bagunça, mas se você precisar de mim, você sabe
como me encontrar. – Rachel sorriu e me abraçou forte.
_ Direi a Joe que você o ama, mas que não o
achamos para você se despedir.
_ Me parece uma boa ideia. – sorri.
_ Volte logo. – falou.
_ Voltarei. – prometi antes de partir. Mas
eu não sabia se conseguiria cumprir aquela promessa.
(...)
Chegar em casa era ao mesmo tempo triste e
reconfortante.
Triste porque aquele lugar era cheio de más
lembranças, todos os erros que eu cometi, tudo de ruim que já fizeram estavam
guardadas naquelas paredes mofadas. Mas reconfortante, afinal de contas, aquela
é minha casa, onde eu tenho minha família, onde eu vivo.
Entrei com cuidado, não querendo acordar
ninguém, Gabriela e minha mãe dormiam juntas, o que me deixou com a cama toda livre
para mim.
Não demoraria muito para que eu tivesse que
acordar novamente para ir trabalhar, apesar de não ter feito nada eu podia sentir
o cansaço do meu corpo, mas eu não conseguia dormir, queria que o dia passasse
rápido, queria resolver tudo o mais rápido possível.
A ansiedade ainda tomava conta do meu corpo
quando olhei para o relógio e vi que já era hora de acordar. Eu podia sentir
meu corpo querendo ceder, mas minha mente – a mil por hora. – não queria
descanso.
Quando entrei na cozinha, minha mãe já
estava lá, sozinha.
_ Bom dia, mãe. – dei-lhe a um beijo na
testa. _ Já de acordada... – falei, minha mãe não tinha muito para fazer em
casa, não é uma apartamento grande e arruma-lo não é complicado, e se Gabriela
esta dormindo e eu fora de casa ela fica sem ter o que fazer, se eu fosse ela
aproveitaria a cama o máximo possível...
_ Bom dia minha filha. – falou. _ Fiz chá, o
dia está meio nublado hoje. – falou.
_ Obrigada. – respondi assim que ela me
entregou a xicara que estava quase transbordando de chá.
_ Como foi em Lewis? – perguntou.
Recostei-me na prede da cozinha, assoprando um pouco o chá para que eu pudesse
tomar e minha mãe se recostou perto do fogão, fazendo o mesmo.
_ Foi legal, perguntaram sobre você. –
falei, ela sorriu, era tão bom ver seu sorriso, mas tão doloroso ao ver como
tudo tinha mudado desde que ela adoecera, ela parecia ter envelhecido tanto no
processo do tratamento...
_ Você viu o Joe? – perguntou.
_ Vi. – eu sabia que ela queria que eu
continuasse a falar, mas eu não queria.
_ O fato da Rachel não ter contado nada para
ninguém, como ela tinha prometido na ligação, ajudou muito não é?
_ Sim.
_ Rachel é uma boa moça. Não merecia isso. –
falou.
_ Eu sei mãe.
_ Eu sei que você sabe, você não é uma
menina ruim. Eu te conheço muito bem. Fui eu que te criei caso não se lembre. –
falou.
_ E você me deixa esquecer? – perguntei
brincando, ela riu e eu acabei rindo junto. _ Sabe... Acho que seria um bom
momento para um conselho de mãe.
_ Ah minha queria. – deixou a xicara na pia,
e veio até a mim, tocou em meu rosto carinhosamente. _ Eu vou lhe dever essa.
Mas, caso você faça besteira. – riu fraco. _ Eu vou estar aqui para te
consolar. – falou.
_ Eu só te dou problema né? – perguntei sem
jeito.
_ E para quê servem os filhos afinal? – riu.
_ Mãe. – reclamei.
_ Brincadeira filha. Você é meu orgulho,
você é uma mulher forte, que se meteu em confusões, mas que nunca desistiu e
que faz tudo por mim e pela filha, eu não sei o seu futuro, mas você merece o
melhor deles.
_ Eu te amo mãe. – abracei-a.
(...)
Cheguei à lanchonete em cima da hora. O
horário da manhã é bem tranquilo e não tinha nenhum cliente por lá, coloquei
meu uniforme, guardei minha bolça e fui para o balcão. O horário de Marissa só
começava daqui á quatro horas e o movimento fraco me fez ficar com um tédio
incrível, limpava o balcão – mesmo ele já estando mais que limpo. – olhava se
as mesas estavam limpas e prontas, se todos os cardápios estavam no lugar...
Até que o movimento começou, fraco, mas suficiente para me distrair com outras
coisas.
Quando Marissa chegou o movimento já estava
maior e mal pudemos conversar.
No horário de almoço a lanchonete encheu
mais ainda, se engana quem pensa que o fato do lugar não vender almoço é
desvantagem... Mas em compensação assim que o horário de almoço acaba, tudo
fica tão parado e tedioso quanto de manhã.
_ E você acha que vai dar certo? – perguntou
Marissa, acabávamos de limpar todas as mesas e passar os talheres para a
cozinha, onde a lavadeira iria deixar tudo limpo novamente.
_ Eu tenho que tentar. – falei.
_ Eu vou sentir sua falta. – meu coração se
partiu em dois. Marissa era minha melhor amiga desde sempre, sem ela eu não
teria conseguido nem metade do que eu tenho, tudo bem que não é muito, mas é o
suficiente para que eu sustente minha família, ela sempre foi uma pessoa que eu
podia confiar e que me protegia como uma irmã mais velha.
_ Isso não vai ser pra sempre. – falei.
_ Espero que não seja mesmo.
(...)
O sol ainda estava firme e forte no céu
quando saí da lanchonete, mandei uma mensagem para Jonathan, e assim como
especificado na mensagem, ele me esperava na porta da lanchonete.
_ Oi minha Demetria. – disse vindo me
abraçar, afastei-me.
_ Nem comece.
_ Pensei que você também estava sentindo
minha falta. – tentou se aproximar novamente, e eu me afastei como da primeira
vez. – afinal foi você que me chamou.
_ Eu quero conversar com você. – falei séria.
_ Mas não tente nada mais.
_ Conversar sobre o que? Sobre aquele
estranho que você tá pegando?
_ Indiretamente, sim. – respondi.
_ Af Demetria, se eu soubesse não tinha perdido
meu tempo vindo aqui. – fez menção de sair.
_ Você me deve essa, Jonathan. – ele se
virou para mim, parecia ofendido.
_ Eu não te devo nada.
_ Se você está vivo é graças a mim.
_ Se eu estou fodido é por sua culpa. –
acusou. _ Você acha que eu fujo dele porque? Foi porque eu tentei largar tudo
para ser um bom pai para nossa filha.
_ Não tente mentir para mim, você foge dele
porque você tem dividas com ele. Se drogou até não poder mais e agora foge como
um ratinho. E eu estou lá, toda noite pagando ele para você. E o que eu recebo
de volta? Você me atormentando a vida!
_ Você faz isso porque me ama.
_ Um
dia eu já te amei, você costumava significar tudo para mim, mas agora você
não significa nada, tudo o que você me remete é apenas a dor e arrependimento.
_ Eu ainda te amo. – falou.
_ Oh, Jonathan, por favor me poupe.
_ Mas é a verdade.
_ Não há mais nada que você possa dizer, já
é tarde demais. Acabou.
_ Você fala como se não fossemos nada, nós
somos destinados, eu tenho uma filha com
você!
_ Você só está assim agora porque percebeu
que eu não sou mais sua. Eu me libertei de você.
_ Me dê uma chance. – falou após alguns
segundos.
_ Não Jonathan, eu agora só darei uma chance
para quem realmente merece. E você não é essa pessoa.
_ Mas eu posso ser...
_ Eu não vou mais cair na sua, eu me livrei
disso e estou feliz por isso, eu vou esquecer o que você me fez, e vou parar de
construir muros para atrapalhar aqueles que realmente merecem ter minha
atenção. Eu não ligo mais sobre o que vai acontecer com você, eu não ligo mais
para você. Eu cansei de me sacrificar por você.
_ Você não vai fazer isso.
_ Eu já estou fazendo.
_ Você não pode me esquecer.
_ Você não percebe que não é essa a questão?
Eu estou seguindo em frente, eu não vou te esquecer...
CONTINUA
Oi, como prometido, capítulo postado, como podem ver a fic já
eesta chegando ao fim, amanhã, assim que eu postar o próximo capítulo também
abrirei uma enquete que será importante para a construção da próxima fic, vocês
terão uma semana para votar.
Muito obrigada.
Comentem se puder.
Bjssss
Ai Meu Deus
ResponderExcluirAmei demais o capitulo
É uma pena estar a acabar
Posta logoooo
Bjs
Obrigada querida.
ResponderExcluirAmei o capítulo, mais uma vez Rachel mostrou o coração enorme que tem. Ansiosa pelo final