quarta-feira, 9 de outubro de 2013

41º CAPITULO “Adeus” – Aprendendo a Amar



_ Pois foi inesquecível.

Acordei na segunda-feira com os carinhos de Joe, mesmo assim, eu não queria acordar, mas era necessário, o dia seria cansativo.

_ Quantas horas? – perguntei, ainda com os olhos fechados.
_ Seis da manhã. – respondeu Joe.
_ Pra quê tão cedo? Eu só vou trabalhar as oito. – reclamei.
_ Antes de você ir para o trabalho temos que ia ao médico. – falou. Abri meus olhos instantaneamente, assim como eu, Joe não tinha nenhum sinal de sorriso na face.
_ E o que vai acontecer depois? – perguntei.
_ Se o médico te liberar das fisioterapias e da tala, eu irei conversar com seu pai e ver o que acontece. – falou.
_ Não tem como faltarmos a esta consulta?  Nós podemos falar que perdemos a hora. É totalmente compreensivo. – falei. Levantando-me um pouco para ficar a altura de Joe.
_ Demi. Não. Eu também não quero, mas não podemos evitar, nós sabíamos que essa hora iria chegar.
_ Mas eu não queria. – falei, em voz baixa.


O motorista de meu pai veio nos buscar, passamos o caminho inteiro em silêncio, porém Joe e eu não nos desgrudamos por nem mesmo um segundo.


_ Olhando a seus novos raio-x, senhorita Demetria, posso perceber que a mãe natureza fez seu trabalho direitinho, já podemos tirar a tala. – falou o Doutor com sorriso no rosto. Eu estava sentada na maca e Joe na cadeira de acompanhante, nós nos fitamos sem entusiasmo, Joe até deu um sorrisinho fraco, como se tentasse me incentivar a ficar feliz, mas aos contrario do que eu pensei durante todos esses últimos meses, aquela não me era uma boa noticia. _ Pensei que ias ficar feliz com a notícia. – disse o Doutor, se aproximando de mim e olhando para mim tala.
_ Eu estou. – menti. _ Só estou me sentindo um pouco cansada.
_ Sim, claro, acordar cedo em uma segunda-feira não é muito legal. – falou dando um sorriso, eu tentei corresponder, mas saiu tão fraco e falso e o doutor parou de tentar me animar.

Eu nem mesmo me lembrava de como era sensação de ter a perna sem a tala, parecia uma lembrança tão distante, assim como hoje estou tão distante daquela que entrou bêbada dentro daquele carro.
Três meses, apenas três meses haviam se passado, mas tanta coisa tinha mudado, eu tinha mudado, tinha feito uma revolução na minha vida, eu cresci, me apaixonei, tornei-me alguém.

_ Joe. – chamou o motorista assim que saímos do hospital. _ Senhor Eddie mandou leva-lo para casa, a senhorita Demi quer que eu a deixe em algum lugar antes? – perguntou. Eu podia sentir meu coração se apertando cada vez mais, parecia que ele estava querendo se encolher ao tamanho mínimo, eu sentia uma dor imensa, e estavam usando todas as minhas forças para tentar não demonstrar.
_ Me deixe neste endereço. – falei, entregando-lhe o endereço do escritório de Wilmer, o qual eu tinha repassado para um papel.


_ Está tudo bem, Demi. – sussurrou Joe, em meu ouvido. _ Nada vai nos separar. – garantiu-me. Suspirei.
_ Eu não quero que você vá. – sussurrei de volta.
_ Nós ainda nos veremos hoje, de qualquer maneira eu vou ir ao seu apartamento hoje.
_ Para ficar? – perguntei esperançosa.
_ Provavelmente.
_ Queria tanto um sim...
_ Pois então, sim.


O escritório de Wilmer não era de nada parecido com o meu pai, enquanto o do meu pai era um prédio de luxo inteiro no centro de Los Angeles, o de Wilmer era um andar em um prédio, um pouco velho, também no centro, mas em uma parte bem menos valorizada.
Continuando com as comparações, enquanto na empresa do meu pai de milhares de pessoas, indo e vindo, no de Wilmer não tinha muita gente, vi duas mulheres, muito bem vestidas, - uma já era mais velha, o seu cabelo já era todo branco, mas ainda sim ela era elegante e bonita, já a outra não parecia ser muito mais velha que eu, porém ela não parecia ser do tipo de pessoa que trabalha em escritório, ela mais parecia uma modelo, cabelo liso, castanho claro, muito bem tratado, ia até a altura do sutiã, magra, apesar de ser choradinha e parecer estar em perfeito estado de saúde, de tão magra parecia passar fome, ela vestia uma saia na altura do joelho cor salmão e um terninho da mesma cor, a roupa em si não era muito bonita, mas digamos que naquela mulher ficava até vistoso. Quando eu cheguei mais perto dela pude perceber sua pele, branca e sem nenhuma imperfeição, cheguei a sentir-me mal perto dela. – Lá tinha mais quatro homens, um deles parecia jovem, moreno escuro, não usava um terno completo e estava indo de lado a outro carregando vários papeis, parecia um pouco desnorteado, provavelmente era novo assim como eu, sentado em uma cadeira, trás uma mesa com três telefones e dois celulares, mas uma pilha de papeis estava um homem, aparentemente de meia idade, corpulento, usava o paletó desabotoado, provavelmente porque não conseguia fecha-lo, uma careca, do tipo São Francisco de Assis, apenas as laterais tinha vestígios de cabelo. Quando eu entre ele parecia irritado, mas quando me passei por ele, ele levantou o olhar e sorriu rápido, como boas vindas. Já os outros homens eram parecidos, ternos impecáveis, não eram muito jovens, mas não eram velhos, provavelmente não perceberam minha entrada, já que não olharam, nem mesmo de canto de olho, quando cheguei.
Todos estavam em mesas separadas por cabines, as cabines até que eram espaçosas, em vista das que via no escritório do meu pai, reservado para os funcionários menores. Já Wilmer estava em uma sala particular, podia se ver ele, já que seu escritório era isolado por uma parede de vidro.
Wilmer estava ao telefone e em sua mesa havia duas pilhas de papeis, mesmo estando de longe, pude perceber que seu estado não era nem um pouco legal.

_ Olá, bom dia, posso lhe ajudar? – perguntou a mulher que parecia uma modelo.
_ Olá, eu sou novata aqui, o Wilmer me contratou.
_ Ah sim, você é a Demi, certo? – perguntou gentil.
_ Isso mesmo. – confirmei.
_ Bom, meu nome é Dakota, também trabalho aqui. – se apresentou. _ Eu vou te levar até o Wilmer, acredito que vocês ainda devem ter assuntos a resolver antes você começar a trabalhar, certo?
_ Certo.


Dakota me levou até a sala de Wilmer, quando ele nos viu entrar ele apenas sorriu e fez sinal para que eu sentasse, ele ainda conversava no telefone. Dakota saiu logo após eu entrar e voltou para sua mesa.  Wilmer continuou a conversar no telefone, ele falava de números e outros termos empresariais, das quais eu não entendia nada. Novamente comecei a duvidar que eu fosse capaz de me encaixar nesta empresa.

_ Que bom que você veio Demi. – falou alegre, logo após deligar o telefone.
_ Você ainda duvida que eu estivesse falando sério. – deduzi.
_ Eu tenho que ser cuidadoso, é uma mudança muito rápida, talvez minha rapidez em lhe contratar lhe assuste um pouco. – falou.
_ E me assusta, mas eu não posso perder esta oportunidade que você esta me dando. – falei. Wilmer sorriu. _ Posso te perguntar uma coisa?
_ Claro. Somos amigos, não vamos começar com essa coisa de empregado e patrão, isso é chato. – falou.
_ Porque você está assim? – perguntei. Wilmer nunca foi descuidado com sua aparecia, cabelo sempre bem cortado, barba impecavelmente bem feita, as suas roupas sempre foram bem passadas e limpas, e por mais que ele fosse jovial e brincalhão, sempre que estava a trabalho Wilmer usava terno completo. Mas hoje, sua barba estava maior do que o de costume, sem o terno completo, com a gravata afrouxada. Wilmer suspirou um pouco frustrado.
_ Eu estou exercendo varias funções aqui na empresa, eu ainda não preenchi todas as vagas e não estou tendo muito tempo livre.
_ Por favor, me diga que você foi dormir na sua casa de ontem pra hoje. – pedi. Wilmer ficou em silêncio por um instante.
_ Foi necessário que eu fizesse horas extras.
_ E porque você não preenche estas vagas rápido? – perguntei.
_ Demi eu quero pessoas competentes e de confiança, a maior parte das pessoas que eu entrevisto vem com um currículo de invejar com qualquer um, mas quando eu faço uma pesquisa mais afundo, a maior parte delas foram dispensadas dos seus trabalhos por fraldar documentos ou roubar a empresa, como eu lhe disse naquele dia, eu quero pessoas confiáveis.
_ Mas não é bom para você ficar assim. – falei.
_ Eu sei, eu estou conversando com alguns conhecidos eu pretendo resolver esse problema rápido. Mas agora vamos falar sobre você. – disse Wilmer mudando de assunto.
_Porque você saiu da empresa do meu pai? – perguntei, interrompendo-o.
_ Demi...
_ Sério, por quê? – insisti. _ Wilmer, sério, eu vou vir aqui todo dia, é melhor você dizer logo, pois eu vou ficar te torturando. – ameacei. Wilmer suspirou.
_ Estavam me acusando erroneamente de estar roubando a empresa, seu pai no começo veio a minha defesa. Eu contratei um detetive para descobrir quem estava roubando e descobri que era seu pai, quando eu revelei isso, seu pai começou a me acusar de traidor e tirar os créditos de todos os meus feitos e não aguentei e pedi demissão. – falou Wilmer, se esforçando para parecer despreocupado. Mas eu sabia que para Wilmer essa história era dolorosa, ele é um bom homem, e se esforçara muito para chegar ao cargo em que estava, ele era jovem e tinha praticamente vendido sua alma pela empresa de meu pai. Ser acusado daquela maneira deve tê-lo feito em pedaços.
_ Porque meu pai roubaria a si mesmo? – perguntei sem entender o que lhe dera na cabeça.
_ Já faz um tempo que a empresa não está dando lucro como antes, muitos acreditam que é questão de pouco tempo para que ele falhe. Provavelmente seu pai também pensa assim e resolveu guardar em um banco oculto o dinheiro que não o corresponde, para garantir que ele continue rico mesmo com a empresa afundada. – falou.
_ E porque você não o denuncia? Se você tem as provas do detetive, você pode levar isso pra polícia.
_ Sabe o que eu realmente quero? Eu quero que a empresa do seu pai falhe e que ele tenha que despedir todo mundo e tenha que pagar tudo o que está previsto no contrato, caso isso acontecer o seu pai terá que pagar os funcionários com o dinheiro que ele roubou e quando ele chegar com esse monte de dinheiro sendo dono de uma empresa acabada é claro que vão investigar, e quando eles investigarem vão descobrir que seu pai era o real ladrão desta história. É perfeito pra mim, eu limpo meu nome no mercado e ainda tiro um rival do caminho. – fiquei em silêncio, sem saber o que dizer. _ Desculpa-me por fazer assim, Demi, é seu pai, mas...
_ Tudo bem, você sabe que nossa relação nunca foi boa, eu não me importo com nada que o aconteça.


Após combinarmos tudo sobre meu contrato, Wilmer me apresentou ao resto da equipe, a mulher mais velha se chamava Esme, o homem mais gordo James, o mais novo era Andrew, o dois que me não me perceberam quando eu entrei eram Simon e Eloy.
Passei o dia inteiro na sala do Wilmer, ele me tirou algumas duvidas e me deu algumas tarefas, ele me ajudava bastante a conclui-las, e até o momento eu estava gostando daquilo, provavelmente quando eu aprender tudo, ele irá me deixar sozinha e talvez eu pare de gostar tanto, mas, vou aproveitar enquanto tudo está esta maresia.


Quando cheguei em casa já era sete da noite. Abri a porta e a luz da sala estava acesa, porém ninguém estava por perto.
_ Joe? – chamei-o. Não obtive resposta. Entrei em meu quarto e a luz estava apagada, não havia ninguém lá. Fui para o quarto de Joe, e o vi, com a luz do quarto a apagada, apenas um dos abajures estava aceso, ele estava sentado de lado na cama e do seu lado tinha uma mala. Aproximei-me dele. _ Como foi com meu pai? – perguntei, apesar de ser obvio eu tinha a esperança que eu estivesse entendendo erradamente a situação.  
_ Ele me deu a bolsa. – falou. Ficamos em silêncio por alguns instantes.
_ E quando você vai? – perguntei, já segurando meu choro.
_ Próxima semana. – respondeu. _ Seu pai já estava organizando toda a papelada mesmo antes dos três meses, por isso vai ser mais rápido que eu imaginava.
_ Joe. - chamei-o, para que me olhasse nos olhos. E assim ele fez.
_ Meu pai te deu alguma opção? – perguntei.
_ Eu preciso ir, Demi. – falou.
_ Mais do que precisa de mim ou até mesmo do seu pai? – perguntei.
_ É por ele que eu faço. – disse tornando a abaixar a cabeça.
_ Tem certeza? Ele não parece tão feliz assim com essa historia. - falei.
_ Ele ficará quando eu chegar com meu diploma. – falou. Silêncio. _ Nós não precisamos nos separar por isso, são só alguns anos e quando eu voltar nós vamos ser felizes. – disse olhando-me novamente. Fitei-o por um momento, pensando em tudo o que tivemos e em tudo o que poderíamos ter, o meu coração estava doendo, Joe não iria mudar de ideia e tentar fazê-lo mudar poderia ser egoísta da minha parte.
_ Adeus. – falei já com voz de choro e saí para meu quarto.

                CONTINUA...


Desculpem-me pelo atraso, tive que ficar mais tempo na escola para fazer trabalho, só cheguei agora.
Capitulo triste, mas espero que tenham gostado.
Dia 11 volto com a maratona.
Não esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss


beatriz carolina: Safadinhos mesmo rererere. Postado. Muito obrigada por comentar. Bjsss
DemiZ: é o final foi meio triste, os próximo capítulos não serão muito alegres :\ Muito obrigada por comentar. Bjsss
Kika & Paty: Que bom que você gostou, agradeço pela compreensão, eu também no começo odiava ele, mas com o tempo percebi que 1º minha opinião não muda nada 2º eu não sei o que aconteceu nem o que acontece com eles, se eles estão juntos tem um motivo para isso e 3º se eles estão juntos a tanto tempo é porque estão felizes juntos e como fã eu preciso respeitar e apoiar a Demi, mesmo que eu nem sempre goste de tudo. Postado. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Polly Louvain:   Que bom que você já esta conseguindo acompanhar :D hahaha Postado. Muito obrigada por comentar. Bjsss

4 comentários:

  1. Hello,
    Muito perfeito mas triste quase chorei =(
    Não gosto de ver eles chateados, nada haver mas ás vezes quando leio histórias Jemi lembro-me de como é que eles eram juntos como melhores amigos e namorados e sinto saudades.
    Eu ao inicio também odiava o Wilmer mesmo muito mas fui percebendo que nao vai mudar e que ele faz a Demi feliz portanto :) mas eu continuo a não shippar Dilmer apesar de tudo
    Eu sempre vou shippar Jemi porque eu amava vê-los juntos e quando eles vão aos mesmos shows ou premições eu fico doida porque apesar de eles não estarem mais juntos eu amo vê-los amigos e a rirem um com outro xD
    Eu também não sei o que aconteceu com eles e queria saber (porque sou curiosa).
    Eu sempre vou apoiar a Demi não interessa o que digam porque ela sempre apoio os Lovatics mesmo quando não sabia disso, por exemplo aquele rumor que a Demi é bi, eu quero lá saber se ela é bissexual se ela for eu não vou deixar de ser Lovatic por ela ser bissexual como não deixei de ser quando ela entrou na Rehab ou quando sairam aquelas fotos intimas de 2010 dela com outras raparigas.
    Isto é apenas a minha opinião...
    Acho que o comentário já vai longooooooooooooo portanto
    Posta logoooo
    Beijos
    P.S. Quando responderes aos comentários podes meter só Kika porque eu é que leio os blogs a Paty só escreve para um dos nossos blogs xD
    Bye

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    Respostas
    1. Primeira \o/
      P.s. Eu a disser que o comentário ia longo parece quase um testamento xD
      (Tinha desabafar a minha opinião)

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  2. Acho q quando o Joe for embora, o Wil e a Demi vão ficar juntos *-------------*
    posta logo, ta perfeita, a história !!

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  3. POR QUE "ADEUS"????????????????????
    meu Deus, não :(
    Mas afinal o Joe tem outra ou não? haha
    Tá perfeito (como sempre)
    xx

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