5 YEARS OF DON'T FORGET
_ Eu também irei lutar pela guarda da Madison.
Por
um momento senti meu coração parando de bater.
O rosto de Eddie estava vermelho e eu nunca
o vi tão carrancudo. Ele se levantou do pequeno sofá e elevou sua mão na clara
intensão de me agredir. O tempo pareceu correr mais devagar, eu paralisei. Há
muito tempo havia prometido a mim mesmo que jamais permitiria que Eddie me
agredisse novamente, mas cá estava eu, sem reação.
_ Senhor Lovato, o juiz está logo atrás
daquela porta e nós não estamos sozinhos neste saguão, se o senhor ainda quer
ter alguma chance de sair vitorioso daqui sugiro que o senhor se acalme e nem
pense em continuar esta ação que eu sei que o senhor quer. – escutei Joe dizer
com urgência logo atrás de mim, o coitado nem mesmo lhe deu tempo para
respirar, ao terminar de falar pude escutar ele puxando o ar ofegante. Meu pai
continuava a olhar-me com ódio, mas vagarosamente abaixou sua mão e se
recompôs.
_ Você é uma idiota. – disse ele entre
dentes. _ Acha mesmo que dará contar de cuidar de Madison?
_ Sou tão capaz quanto você. – falei, recuperando-me
do susto e tentando me mostrar corajosa, apesar de por dentro estar morrendo de
medo.
_ E como você vai sobreviver? Não vou te
dar um centavo.
_ Eu a empreguei em minha empresa. – falou
Wilmer, olhei-o de relance e pude ver o olhar dele para meu pai, meu pai fez o
mesmo, os dois pareciam soltar faíscas.
_ Você conhece a Demi tanto quando eu. Sabe
que ela não vai conseguir passar uma semana acordando cedo para ir a um
escritório trabalhar. – falou Eddie, Wilmer não pareceu ficar preocupado com as
palavras de meu pai, mas eu fiquei. Talvez porque no calor do acontecimento eu
tenha esquecido que trabalhar com Wilmer significava acordar cedo, ir para um
escritório e ficar lá por horas, seria eu capaz de fazer isso?
_ Eu aposto que ela irá te surpreender. –
falou Wilmer
_ Isso tudo faz parte do seu plano para me
derrubar, não é? – falou Eddie. _ Você me odeia e quer me derrubar, quer me ver
no chão e agora está utilizando minha própria filha para conseguir seu
objetivo.
_ Não nego que te quero ver no chão, mas
não estou usando a sua filha para isso. – defendeu-se Wilmer. _ Meu problema se
resume exclusivamente a você. – meu pai olhou-me como se sentisse nojo do que
estava vendo.
_ Jogue suas melhores cartas, eu tenho meus
truques pra ganhar este jogo, e eu sei que eles são bem melhores do que os
seus. – falou e se afastou, trombando com Joe e Wilmer.
_ Você tem certeza de que quer continuar
com isso até o fim? – perguntou Joe, se aproximando e me abraçando. Balancei a cabeça.
_ Sim, eu tenho. – respondi. _ Agora que
comecei eu irei até o fim.
Assim que Dianna chegou o juiz nos chamou
para entrar, meu pai nem mesmo teve a oportunidade de contar-lhe ‘as boas
novas’ – meu interesse em brigar pela guarda me Maddie – acredito que será bem
ruim para ela descobrir algo assim apenas na frente do juiz, ela não poderia
dar o escanda-lo digno de Dianna de la Garza, ao receber a noticia, não que eu
acredite que ela irá ficar quieta, mas pelo menos o escândalo será menor.
Quando entramos na sala da audição o estilo
neoclássico ainda predominava tanto na construção quando na decoração, não era
grande como se vê na televisão, mas acredito que seja porque o caso não se
trata de um crime de repercussão nacional, mas uma separação conjugal.
Todas as partes sentariam em uma grande
mesa de madeira, da qual eu não faço a mínima ideia qual seja, já que não sou
especialista nesses assuntos, até a 4ª série, para mim, todas as madeiras eram
a mesma, quando descobri que há diferenças entre elas foi um verdadeiro choque,
só não foi pior do que descobrir que papai Noel não existe.
O Juiz sentou-se no ‘lugar de honra’ aquele
em os pais costumam senta-se, minha mãe sua advogada sentou-se do lado esquerdo
da mesa e meu pai e seu advogado se sentaram do lado direito. Madison, Wilmer,
um dos empregados – que não tenho duvida que logo se torne ex-empregado – da
minha casa, Antony e eu entramos – Joe preferiu ficar do lado de fora, não
queria se envolver mais do que já estava se envolvendo. – nosso lugar, destinado
apenas às testemunhas, era um sofá, de couro, igual ao que tinha do lado de
fora, porem um pouco maior.
Meu lugar não era ali...
_ Bom, estamos aqui para mais uma seção de
conciliação, este é o primeiro passo para qualquer entrada a um processo judicial,
aqui é o lugar para entrar em consenso, evitando futuros problemas como que ir
a outra audição judicial em que o juiz é o único dono da palavra. Espero que
consigamos fazer isso sem a necessidade de ir tão longe. Certo? – perguntou o
Juiz, meus pais não discordaram, mas nem mesmo concordaram o que induz que o
trabalho do juiz não será nem um pouco fácil. _ Tudo bem, quem gostaria de
começar com uma proposta.
_ Eu. – falei, levantando-me do sofá,
prontamente.
_ Demetria, minha querida, pare com esta besteira,
sente em seu lugar. – pediu meu pai, com delicadeza. Era claro que o show de
mentiras já havia se iniciado, mas eu não iria me sujeitar a participar dela
novamente. Não mais.
_ Não, desta vez nada que você faça irá me
impedir. – falei, me aproximando da mesa e ficando bem ao lado contrario do
Juiz.
_ Eu acho que estou perdendo alguma coisa e
isso não me agrada. – disse Dianna, claramente perdida.
_ Claro que você está perdendo. A única
coisa que você não perde é uma promoção das grandes lojas de grife.
_ Aí que você se engana, eu não compro em
promoção, isso é sinal de decadência. – respondeu Dianna com um sorriso sínico
na cara.
_ Eu gostaria de lembra-los que nós ainda
estamos em audiência. – disse o Juiz calmamente. Os dois se calaram e se entreolharam
com ódio. _ Minha jovem, você é uma testemunha eu peço que você aguarde a sua
vez. – falou.
_ Até algum tempo atrás eu seria apenas a
testemunha, porem hoje eu estou aqui para entrar na luta pela guarda da
Madison. – falei decidida. Minha mãe deu uma risada de deboche, mas logo após
olhar para mim e para meu pai, percebeu que não era brincadeira.
_ Fala para mim que isso é apenas uma
brincadeira totalmente sem graça. – pediu Dianna.
_ Eu não estou brincando.
_ O que te deu na cabeça? – perguntou.
_ Achou um emprego meia boca e já tá se
achando a dona do mundo, isso é que deu na cabeça desta garota. – falou Eddie.
_ Minha jovem, isto aqui não é uma
brincadeira.
_ Eu sei bem disso, vossa excelência, eu
não estou aqui para brincar, eu também sou filha destes dois e posso te
garantir que eles não são qualificados para ter a guarda da minha irmã.
_ E o que te faz qualificada para isso? –
perguntou minha mãe. _ Você nunca foi o tipo irmãzona, muito pelo contrario.
_ Eu mudei. – respondi.
_ Você está interessada é na mesada da
Madison. – acusou-me.
_ Eu não sou você, mãe. E eu vou começar a
trabalhar, eu não precisarei ser financiada por nenhum de vocês. – respondi
orgulhosa de mim mesma.
_ Ora Demetria, não se finja de idiota,
você sabe muito bem que perante a lei, eu e seu pai, temos a obrigação de
sustentar a Madison até que ela complete maior idade e possa trabalhar, mesmo
que você esteja trabalhando, nós seremos obrigados a pagar pensão. – falou.
_ Pois que paguem, posso garantir que este
dinheiro será investido totalmente no que a Maddie quiser, ao contrario do que
você faria se tiver a guarda dela.
_ Não me acuse mocinha, eu sou sua mãe.
_ Agora você lembrou-se disso? – perguntei.
_ Vossa excelência você não percebe que ela
esta apenas tentando chamar atenção? Ela cresceu com os pais juntos, aposto que
está enfrentando dificuldades em entender nossa separação.
_ Vocês nunca foram presentes em casa, eu
só via vocês de mãos dadas nos jantares da empresa e eu nem mesmo moro mais com
vocês, se vocês continuam separados ou juntos não me faz muita diferença.
_ Demetria, pare de atrapalhar, se você não
quiser defender nenhum de nós, bem, mas não nos atrapalhe a resolver um assunto
de adultos. – disse Dianna, alterando seu tom de voz, pude ver sua advogada
tentando acalma-la dizendo gentilmente “se acalme, Dianna, gritar não ajuda”
como se ela não conhecesse a nossa família...
_ Demetria. – chamou-me o Juiz. _ Você tem
algum advogado para lhe ajudar neste caso? – perguntou.
_ Não. – respondi tímida, na pressa acabei
esquecendo-me varias coisas importantes, como, por exemplo, um advogado, ele
provavelmente me alertaria sobre a pensão que meu pai e minha mãe teriam que
pagar para Maddie, isso me preveniria de ter esta surpresa bem na frente de
todos. Meus pais e até mesmo seus respectivos advogados deram uma risadinha,
como se já lhes fossem garantida a vitória. _ Eu defenderei a mim mesma. –
conclui.
_ Se sente. – pediu o Juiz. _ Podemos começar
agora? – perguntou, dirigindo-se a todos. _ Sobre a separação de bens, alguém
tem alguma proposta? – perguntou.
_ Nós, vossa excelência. – disse a advogada
de minha mãe. _ Sugerimos que o apartamento na praia, o carro da família, seja
de propriedade da Minha cliente Dianna de La Garza, e que ela receba uma pensão
de 30 mil por mês e que Madison receba 35 mil por mês. – falou.
_ Jamais. – falou meu pai sem hesitar.
_ Acalme-se Eddie. – pediu o seu advogado.
_ Essa mulher está tentando me extorquir. –
esbravejou.
_ Eu passei anos ao seu lado, aguentando
você e todos os seus problemas, ajudando a encobrir a suas mentiras, você
roubou minha vida! – disse minha mãe, batendo com o punho fechado na mesa.
_ E você roubou meu dinheiro. – gritou meu
pai, do outro lado, fazendo o mesmo gesto. _ E mesmo depois do divorcio
continua a roubar. – bateu novamente.
_ Eu estou tentando ter paciência, eu posso
prolongar isso, se eu fosse vocês tentavam entrar em um acordo. – disse Juiz.
_ Tudo bem, nos desculpe Vossa excelência,
nossa proposta é o apartamento da praia e aceitamos dar uma pensão mensal de 15
mil, mas ficamos com a guarda da Madison e Dianna terá que pagar uma pensão de
10 mil.
_ 5 mil pra mim? Você está achando que eu
sou o que? – perguntou Dianna
_ Você que trabalhe para conseguir mais. –
Eddie deu de ombros.
E nessa batalha, entre as propostas e as
testemunhas, se passaram duas horas e meia de discussão, até que o juiz se
cansou e disse:
_Se a próxima proposta não for aceita por
ambas as partes, eu mandarei este processo para um juiz civil que dará o
próprio veredito dele, sem direito de escolhas.
_ Vossa excelência, eu tenho uma proposta.
– falei.
_Prossiga minha jovem.
_ Eu fico com a guarda de Madison, e já que
o obrigatório dar pensão eu peço que o valor total seja apenas o preço da
mensalidade da escola de Madison, e que Dianna fique com a casa da praia, mas
que não haja pensão de nenhum dos lados.
_ Não, não, não, mocinha, pode tirar seu
cavalinho da chuva, você vai sair na vantagem.
_ Tudo bem, eu só quero a guarda da
Madison, eu não me importo com quem vai ter pensão! – respondi.
_ Ou é isso ou é nada. – disse o juiz.
_ Eu aceito dar a casa da praia para Dianna
e deixar Madison com Demetria e pagar o colégio dela, e aceito dar uma pensão
no valor de 5 mil para Dianna, nada além disso. – falou Eddie.
_ Muito pouco. – Dianna. _E eu quero a
Madison.
_ São dois contra um, a Madison vai pra
Demetria e eu não vejo necessidade de lhe pagar uma pensão, visto que você é
não esta desempregada, este 5 mil é muito mais do que eu deveria. – Dianna parou por um instante, parecia
pensar no assunto.
_ O assunto da Madison para por aqui, ela
vai para a Demetria, mas eu exijo uma pensão maior. – disse ela, evidentemente
a contra gosto.
_ Este é a sua palavra final? – perguntou o
Juiz.
_ Sim.
_ Senhor Eddie?
_ Sim.
_ O acordo está feito. – bateu o martelo.
Eu nem mesmo conseguia acreditar que tudo
tinha acabado. Eu já estava me preparando para mais uma batalha para brigar
mais, mas não, no fim das contas os dois abriram mão da Maddie.
Quando saímos da sala dá audição Madison
veio ao meu encontro feliz, assim que Joe nos viu percebeu que tínhamos
vencido.
Meu pai saiu da sala apressadamente logo
atrás.
_ Pai. – chamei-o, eu tinha que reconhecer,
se ele não visse cedido, minha mãe provavelmente não teria aceitado o acordo. _
Obrigada por ter cedido a guarda da Maddie pra mim. – falei. Ele olhou-me
serio, sem nenhum sorriso no rosto, fitou Joe e Madison ao meu lado e depois
tornou a olhar pra mim.
_ Esta luta só começou.
CONTINUA...
Olá gente, primeiramente quero
justificar o meu desaparecimento, totalmente minha culpa, graças a minha falta
de organização e horário não estou conseguindo escrever.
Durante este mês, além das
provas e trabalhos da escola, eu também estou ajudando minha mãe no trabalho
dela, já que ela está sem funcionário no momento, eu estou participando de três
novos cursos e ainda estou em três projetos pessoais, mais muito importantes
para meu futuro, que eu ainda não terminei, concluindo, eu não estou tento tempo
pra respirar direito. A boa noticia é que tudo acaba no fim deste mês. Meu
último projeto será pata o dia 29, meus curso continuarão, mas tudo bem, e acho
que até o fim do mês minha mãe arranja um funcionário.
Para compensar eu farei uma
maratona no próximo mês, já que durante este mês não garanto que postarei
novamente, dou mais informações da maratona depois.
Espero que tenham gostado do
capítulo.
Bjsss
Kika & Paty: Primeiríssima novamente \o/ ela faz muito
bem mesmo e bota avanço nisso, hahahahahaha nesta historia ele não vai ser
vilão não, vou dar um descanso a ele hahaha... Sem duvidas ela será muito fofa
e muito sortuda, com os pais e tios que tem né? Hahaha. Muito obrigada por
comentar, bjsss.
Diley Don't live a live: Fique tranquila, não há porque se
envergonhar, fico feliz que tenha gostado tanto, espero que tenha gostado deste
também, muito obrigada pelo carinho e por comentar. Bjssss.
Lali: HEEY seja bem vinda de volta aos meus comentários, muito obrigada, eu
que tenho que me desculpar, estou comentando muito pouco no seu blog, mas não é
porque te abandonei, mas como pode perceber não estou tendo tempo pra quase
nada, mas muito obrigada mesmo por comentar. Bjsss
ThaahLovatic: Eu também queria encontrar algum menino
igual o Joe, mas tá difícil pra mim, viu... :c hahahaha, de nada linda, o
Wilmer não é necessariamente um vilão nesta historia, os motivos dele podem ser
bem diferentes.... Eu fui pra capital mesmo, pena que foi por pouco tempo,
queria tanto encontrar alguém por lá, quem sabe uma leitora daqui do blog? Mas
é bom saber, se um dia eu for pro litoral eu falo, quem sabe nos conhecemos? :D
Muito obrigada por comentar e me desculpe pela demorada. Bjssss
Carine Santana: Que bom que você gostou, bom demorei a
postar, mas espero que tenha gostado, muito obrigada por comentar. Bjssss
Taynara Miranda: hey, desculpa, estou postando só agora,
minha justificativa está aí, bjsss linda :D
A Demi ganhou....
ResponderExcluirvou ser sincera estava passar porque queria o que ia acontecer e tu nao postavas
O tempo passa a correr ate parece que foi ontem que vi Camp Rock pela primeira vez :') estou a sofrer de nostalogia neste momento
Posta logoooo
Beijos
Será que poderia ver e divulgar esse blog:
ResponderExcluirhttp://reviverstories.blogspot.pt/
Foi criado à um dia e é um blog criado como se fosse uma homenagem aos escritores do Blogger.Se quiser participar,ou pertencer,avise a dona do blog por comentário.
Beijos.
Oi, nova leitora aqui e sinceramente suas fica são perfeitas. Estou adorando essa.
ResponderExcluirA Demi ganhou a guarda da Med *-* \o/, fala serio o Eddie é um filho da mãe ner.
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bjusss
ta mais q perfeito *-*
ResponderExcluirAguardando ansiosamente a maratona