quarta-feira, 10 de julho de 2013

18º CAPITULO “Nos seus braços” – Aprendendo a Amar


Capitulo em homenagem a Bingo ♥


Ali ficou obvio que nossa trégua terminaria. Não tinha como mantermos nossa amizade por muito tempo. Joe e eu somos de dois planetas diferentes.



3 de setembro de 2006
Domingo de sol forte em Los Angeles, Demi e alguns amigos passavam à tarde na piscina, Eddie estava viajando a negócios, e Dianna passava o final de semana relaxando em um SPA, já Madison estava em seu quarto. Enquanto os jovens faziam a festa na beira da piscina, se arriscando ao dar pulos de cambalhota, ou então estavam estirados nas cadeiras de praia, tentando ficar bronzeados, havia alguém que estava mal. Joe.
Em seu quarto ele estava desde a tarde de sábado, seu pobre pai não sabia o que fazer. Joe não abria a porta, nem mesmo atendia o celular, que, propositalmente, estava desligado. O pai estava preocupado, mas totalmente sem poderes para ajuda-lo.
Joe não estava doente, nem mesmo machucado, apesar de sentir dor. Dor de um coração partido, dor de alguém que amou incondicionalmente e foi traído, apunhalado pelas costas. ‘Como ela pode fazer isso?’ – pensava Joe. Ele a havia dado tudo, presentes, na qual ele não tinha reais condições de pagar, mas de tirar da poupança da qual guardava para faculdade e de pedidos de empréstimo ao pai, Joe foi conseguido realizar todos os seus desejos. Joe nunca gostou de festas, principalmente a das quais Tiffany tanto gostava de frequentar, mas ele, como um bom namorado, ia a todos, devidamente vestido, de acordo com o que Tiffany queria, Joe era obrigado a interagir com pessoas das quais ele não gostava, pessoas das quais ele sempre jugou como fúteis e exibidoras. Mas em nenhum momento ele reclamava. Joe amava Tiffany, ele sabia, desde a primeira vez que a viu, aquela seria sua mulher, é com ela que ele se casaria. Meio exagerado, não? Talvez. Mas amor à primeira vista deveria acontecer, não é? Bom, deveria...

Sábado, mais o menos três da tarde, Joe entrava no luxuoso prédio de Tiffany. Em sua mão, mas um buquê de rosas, o segundo do mês. Tiffany sempre gostou de flores e Joe sempre lhe agradava com elas. No bolso da calça, uma caixinha, dentro da caixa, dois anéis.
Três meses, esse foi o tempo de namoro, precipitado? Talvez sim, mas não para um homem completamente apaixonado. O porteiro do prédio de Tiffany, que já era amigo de Joe, de tanto vê-lo indo visita-la, ajudou-o a preparar uma surpresa, deixando-o entrar, sem avisa-la nada.
E assim foi, nunca um elevador demorou tanto para chegar ao 14º andar como naquele dia. O coração de Joe estava acelerado, ele repassava as palavras mentalmente, querendo que suas palavras fossem perfeitas e que elas deixassem Tiffany feliz e, quem sabe, até mesmo emocionada.
14º andar. Era a hora. Sem pensar duas vezes, para que não deixar que seu nervosismo o atrapalhasse, Joe saiu do elevador, bateu na porta e logo pode escutar a voz de sua amada. “Deve ser a pizza. Aquele idiota do porteiro deve ter deixado subir sem avisar. Abre lá”. Joe riu sozinho, Tiffany podia ser um pouco escandalosa quando queria, mas isso não é nada que lhe atrapalhasse. Ainda sim Joe não ficou nem um pouco animado, havia alguém mais lá, isso o deixava mais nervoso, mas feliz, pois assim alguém poderia compartilhar desse momento tal especial. Seja lá quem fosse.
Joe escutou o trinco da porta destrancando. Disfarçou todo o seu medo e pôs o sorriso mais bonito que podia na face.
O abrir daquela porta parecia ter demorado horas, mas não se passou de alguns centésimos.
E lá se fora seu sorriso e todos os seus planos. Quem abriu a porta era um homem, vestido apenas com um short, sem camisa, cabelo despenteado, e no fundo, logo atrás vinha Tiffany, de calcinha e sutiã.
Não precisava ser gênio para saber o que tinha acontecido...

Agora

Fui para o meu quarto, irritada com Joe, todo aquele sentimento de querer sua amizade e de compaixão, pela sua tristeza, evaporaram de mim, eu queria mais é que ele se ferrasse. Quem ele pensa que é para mandar em mim? Querendo ou não eu ainda sou a sua patroa e não vou obedecer nenhuma das suas ordens.
Pela primeira vez desde que eu ganhei-o, peguei no celular com a intensão de usa-lo, ainda não me sentia satisfeita com a escolha do meu pai, assim que ele ficasse mais calmo eu iria exigir um iPhone 5. Disquei o número de Miley e ela não demorou muito a atender.
_ Alo?
_ Oi, Miley. É a Demi. – falei, sabendo que ainda não conhecia meu número de celular novo.
_ Oi Demi! Esta tudo bem? – perguntou animada.
_Mais o menos. – confessei.
_ Ihh O que aconteceu? – perguntou com voz preocupada.
_ Joe, ele esta implicando com a festa de sábado. – falei.
_ E?
_ E que provavelmente eu não vou poder ir. – falei obvia. Eu não posso negar que estou em desvantagem diante de Joe, ele está em perfeitas condições para me trancar dentro desse apartamento.
_ Então fuja. – falou ela.
_ Ah sim, claro! Como eu não pensei nisso? Eu acho que eu devo pular a janela do meu quarto da minha cobertura, em um prédio de 15 andares. Ah não! Eu acho que com perna quebrada eu consiga correr mais rápido que um homem, com perfeitas condições física. Acho que dá sim. – falei irônica.
_ Nossa, sua grossa. – reclamou Miley. _ Não foi minha melhor ideia, tá?
_ Desculpa, eu só estou irritada. – falei, triste.
_ Porque você não pede ajuda a Maria? – perguntou.
_ Aposto que ela ficará do lado de Joe, ela nunca gostou muito das minhas festas, agora só piorou. – respondi desanimada, Maria sempre foi aquele sinal de esperança, mas agora nem mesmo ela poderia me ajudar.
_ Acho melhor nem falar do seu pai, não é?
_ Se ele pudesse me mandava acorrentar na cama. – Miley riu, acabei rindo fraco.
_ Mas e sua mãe? Ela sempre deixou você sair para qualquer lugar. – falou Miley. _ Mesmo quando ela estava com raiva. – lembrou-me. Sua ideia não teria sido ruim, se eu não tivesse tido aquela lamentável conversa com minha mãe no hospital, falar com ela não estava nos meus planos, não enquanto ela não se desculpasse, apesar de eu saber que isso jamais iria acontecer.
_ Eu não sei... Eu e minha mãe não estamos no nosso melhor momento. – falei, sem jeito. Miley sabia muito bem dos meus desentendimentos com minha mãe, ela sempre se mostrou disposta a me escutar e me ajudar quando preciso.
_ Bom... Eu já esperava isso. Mas você pode tentar, você sabe que ela não vai negar. – insistiu.
_É, eu vou tentar. – respondi.
Conversei com Miley por quase uma hora, os assuntos foram variados, até que ela teve que desligar. Olhei para o relógio do meu celular, oito da noite. Ligar ou não ligar? Minha cabeça estava dividida, falar com ela não estava nos meus planos para hoje.
Resolvi arriscar minha sorte. Não ligaria para seu celular, nem para sua empresa, mas sim para casa, caso ela estivesse lá, eu falarei com ela, caso não, tentaria fugir de Joe por mim mesmo.
Liguei e esperei alguns toques, até que Maria me atendeu.
_ Oi minha pequena. – cumprimentou-me animadamente. _ Aconteceu algo, Joe fez algo de errado? – perguntou. Ummm nasceu! – pensei.
_ Não. Está tudo bem. – respondi.
_ Pois então, o que quer? – perguntou.
_ Na verdade eu queria falar com Dianna. – respondi. Maria calou-se por alguns segundos.
_ Tem certeza? – perguntou.
_ Sim. – respondi fraco. Eu não tinha certeza. _ Ela esta? – perguntei.
_ Sim. – respondeu Maria. _ Demi, as coisas não andam muito boas por aqui, por favor, não briguem. – pediu. O que estava acontecendo de tão serio, a ponto de Maria implorar para que eu pensasse bem antes de falar com minha mãe?
_ Eu não quero brigar, fique tranquila.
_ Tudo bem. Vou passar para ela. – falou. _ Tchau minha pequena.
_ Tchau Maria.
Foram necessários poucos segundos até que eu escutasse a voz daquela que se diz minha mãe.
_ Demetria? Você esta querendo falar comigo? – perguntou, parecia realmente em choque.
_ É. – respondi, sem jeito.
_ O que você quer? Dinheiro? – perguntou. _ Seu pai não depositou sua mesada ainda?
_ Não. Não é isso. – respondi. _ Eu queria lhe pedir autorização para ir à festa da Ashley. – Dianna não falou nada de imediato.
_ E desde quando você me pede autorização para ir a alguma festa? – perguntou desconfiada.
_ Joe não que me deixar ir, mas se você autorizar ele não poderá fazer nada. – respondi sincera.
_ E porque eu autorizaria? Você anda se comportando muito mal. – falou.
_ Talvez por que assim como eu abri a boca para falar sobre meu pai, eu posso abrir a boca para falar sobre você também. – respondi, ignorando o fato de que Maria havia pedido que não brigássemos.
_ Certo. Se for assim que você quer. Eu verei o que faço. – disse. _ É só isso? – perguntou.
_ É.
_ Tudo bem. – disse e desligou o telefone. Nenhuma despedida, nenhuma palavra de amor. Nada que me surpreendesse no final das contas.
Eu sei que no final ela fará algo.

Talvez hoje não fosse o meu melhor dia, não sou muito medrosa, porém se tem algo que me apavora é trovão e relâmpago.
Já se passava das 23 horas, quando uma chuva forte começou, com direito a muitos trovões e relâmpagos. Se eu fosse menor eu já teria ido buscar conforto no quarto de Maria, e ela cantaria alguma canção de ninar até que eu me acalmasse o suficiente para dormir.
Desde que eu mudei para cá, sempre que dava os primeiros indícios de chuva forte, eu ligava para Miley ou para Hanna, elas sempre vinham e me faziam companhia. Porém hoje eu não percebi que iria chover e agora já estava tarde de mais para ligar para alguém. Escutei o telefone fixo chamando, talvez fosse Maria ou Miley perguntando se eu precisaria delas, eu até iria atender, mas Joe, que deveria ainda estar na sala, foi mais rápido. Deixei quieto, não sei se teria coragem de pedir para ela virem debaixo de uma chuva tão forte.
Minha noite seria longa e triste.
Só espero que amanhã seja um dia melhor.

Eu virava de um lado para o outro na cama, tentando ao máximo ignorar o barulho que vinha do lado de fora, eu não ligo para a chuva, é até um pouco tranquilizadora, porém não gosto do que vem junto, acho que trovões e relâmpagos são algo totalmente desnecessário para a vida do ser humano.
Escutei alguém batendo em minha porta. Seria Joe? O que esse chato queria?
_ Pode entrar. – gritei. A porta abriu e sim, era ele, ele trazia seu travesseiro e uma coberta em suas mãos.
_ É... Eu estava pensando se você... É... Presaria de... Alguma... É, você sabe... – ele estava nervoso, as palavras custavam a sair de sua boca, nunca o tinha visto tão tímido. _ De ajuda para... Dormir. – falou por fim. Olhei-o, provavelmente alguém o tinha avisada do meu medo. Eu queria dispensa-lo, provar que eu não era mais uma menininha e que poderia muito bem dormir sozinha, mas, para falar a verdade, eu não conseguiria dormir sozinha hoje, por mais que eu ainda estivesse ressentida com ele, eu tive que aceitar sua companhia.
_ Claro. – respondi educadamente. Joe se aproximou devagar, arredei um pouco na cama, para que ele pudesse deitar também. Ele parecia com medo de me tocar, como se a qualquer momento eu pudesse ataca-lo, ou como se ele tivesse medo de que novamente quase nos beijássemos. Assim que ele deitou na cama ele ficou me olhando, como se procurasse em minha face um sinal do que ele deveria fazer. Ele deveria agir como se ainda fossemos amigos e me abraçar, como gesto de carinho, para me dar conforto? Ou deveria agir friamente, já que não estamos muito bem? Provavelmente dormir na mesma cama que a paciente não estava no contrato.
Um trovão bem forte fez-me assustar neste mesmo instante e quase que sem pensar, agarrei-me a Joe, abraçando seu tronco. No primeiro momento ele pareceu assustado com minha reação, mas depois ele me abraçou carinhosamente.
 _ Como você sabia que eu tenho medo? – perguntei.
_ Maria me contou. – confessou ele.
_ Você deve estar me achando uma criancinha. – lamentei-me, ainda agarrada a ele. O trovão já tinha passado, porém eu não queria soltar-me de Joe, a chuva ainda estava lá e eu sabia que a qualquer momento outro raio desceria a terra e outro trovão irá me assustar.
_ Você fica fofa com medo. – deu de ombros. Ri tímida. Ele não parecia nervoso pela nossa pequena discussão, talvez já tenha até mesmo a esquecido.
Ficamos em silêncio, apenas abraçados um a outro. Depois de alguns minutos obriguei-me a fechar os olhos, respirei fundo e embriaguei-me com o cheiro de Joe, seu perfume natural ainda estava lá. Há algo que tenho que admirar em Joe, ele não é igual aqueles meninos fedorentos que não adianta fazer nada que sempre estão com cheiro de suor. Joe tem um cheiro bom, nada de fragrâncias caras de grandes marcas de perfume, um cheiro natural, da qual eu não me enjoaria de sentir.
Aos poucos eu fui me acalmando, Joe ainda estava acordado ao me lado, e uma vez ou outra, fazia leves carinhos em meu braço.
Meus olhos foram ficando pesados, e o sono enfim chegou, a chuva ainda estava lá, mas eu já estava dormindo. Joe ficou o tempo todo ao meu lado. Naquela noite eu dormir nos seus braços.


                CONTINUA...


DemiZ: Ainda não beijaram, mas pode acontecer logo logo \o/ Trancar ela no quarto? Pode ser uma das opções, tenho certeza que ele pensou nisso também. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Silvia: Fico feliz que tenha gostado. Até sábado eu inscrevo minhas fics lá ;) Muito obrigada pelo selo. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Anônimo: Fico feliz em saber que você gostou. Eu ainda não sei te informar a quantidade de capítulos exatos, pois eu ainda estou escrevendo a fic, mas eu posso te falar que terá mais que 30 capítulos. Com o tempo eu poderei dizer melhor. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Lari ∞: Fique tranquila, eu te entendo linda. Logo logo você poderá ver eles juntinhos :D Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Diley Don’t live a live: Fico lisonjeada com seu elogio, muito obrigada pelo apoio. Fique tranquila, não demorará muito para que eles fiquem juntos, e apaixonados... Quem lhe garante que eles já não podem estar? ;) E sim, terá um hot, e talvez não demore muito para acontecer, avisarei antes. Muito obrigada por comentar. Bjsss.


Bom, hoje eu deixei para fazer as considerações finais deste capítulo depois das respostas aos comentários, como vocês podem ter visto, este capítulo é em homenagem ao Bingo, um dos meus cachorros, que morreu na manhã desta segunda-feira, foi uma parte de mim que foi embora, mas aos poucos eu estou me recuperando de sua perda. 
Peço desculpas pela demora em postar, o capítulo já estava pronto desde de domingo a noite, porem com a internação dele e depois a noticia de sua morte, me desestabilizei, fiquei incapaz de revisar o capítulo e responder os comentários, espero que vocês me entendam.
Como entrarei de férias nesta sexta, acredito que postarei com mais frequência, isso se minha criatividade não resolver entrar de férias junto, vamos torcer para que não.
Muito obrigada pelos comentários, vocês são uns anjos. E agradeço também pelos 43 seguidores, fico muito feliz em saber que o blog esta crescendo.
Comentem/avaliem.
Bjsss


Muito obrigada por ter feito parte da minha vida, Bingo 


3 comentários:

  1. Meus pêsames pelo Bingo :/

    Amei o capítulo <3333
    Posta logo!!
    Beijos.

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  2. Sinto muito pelo seu Bingo. <3

    Awn q fofo, ele foi ficar com ela.
    Postaaa logooo pleaseee

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  3. Tem selinho pra você: http://semilovers2.blogspot.com.br/2013/07/selinho.html
    Beijos.

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