Capitulo em homenagem a Bingo ♥
Ali ficou obvio
que nossa trégua terminaria. Não tinha como mantermos nossa amizade por muito
tempo. Joe e eu somos de dois planetas diferentes.
3
de setembro de 2006
Domingo
de sol forte em Los Angeles, Demi e alguns amigos passavam à tarde na piscina,
Eddie estava viajando a negócios, e Dianna passava o final de semana relaxando
em um SPA, já Madison estava em seu quarto. Enquanto os jovens faziam a festa
na beira da piscina, se arriscando ao dar pulos de cambalhota, ou então estavam
estirados nas cadeiras de praia, tentando ficar bronzeados, havia alguém que
estava mal. Joe.
Em
seu quarto ele estava desde a tarde de sábado, seu pobre pai não sabia o que
fazer. Joe não abria a porta, nem mesmo atendia o celular, que,
propositalmente, estava desligado. O pai estava preocupado, mas totalmente sem
poderes para ajuda-lo.
Joe
não estava doente, nem mesmo machucado, apesar de sentir dor. Dor de um coração
partido, dor de alguém que amou incondicionalmente e foi traído, apunhalado
pelas costas. ‘Como ela pode fazer isso?’ – pensava Joe. Ele a havia dado tudo,
presentes, na qual ele não tinha reais condições de pagar, mas de tirar da
poupança da qual guardava para faculdade e de pedidos de empréstimo ao pai, Joe
foi conseguido realizar todos os seus desejos. Joe nunca gostou de festas,
principalmente a das quais Tiffany tanto gostava de frequentar, mas ele, como
um bom namorado, ia a todos, devidamente vestido, de acordo com o que Tiffany
queria, Joe era obrigado a interagir com pessoas das quais ele não gostava,
pessoas das quais ele sempre jugou como fúteis e exibidoras. Mas em nenhum
momento ele reclamava. Joe amava Tiffany, ele sabia, desde a primeira vez que a
viu, aquela seria sua mulher, é com ela que ele se casaria. Meio exagerado,
não? Talvez. Mas amor à primeira vista deveria acontecer, não é? Bom,
deveria...
Sábado,
mais o menos três da tarde, Joe entrava no luxuoso prédio de Tiffany. Em sua
mão, mas um buquê de rosas, o segundo do mês. Tiffany sempre gostou de flores e
Joe sempre lhe agradava com elas. No bolso da calça, uma caixinha, dentro da
caixa, dois anéis.
Três
meses, esse foi o tempo de namoro, precipitado? Talvez sim, mas não para um
homem completamente apaixonado. O porteiro do prédio de Tiffany, que já era amigo
de Joe, de tanto vê-lo indo visita-la, ajudou-o a preparar uma surpresa,
deixando-o entrar, sem avisa-la nada.
E
assim foi, nunca um elevador demorou tanto para chegar ao 14º andar como
naquele dia. O coração de Joe estava acelerado, ele repassava as palavras
mentalmente, querendo que suas palavras fossem perfeitas e que elas deixassem
Tiffany feliz e, quem sabe, até mesmo emocionada.
14º
andar. Era a hora. Sem pensar duas vezes, para que não deixar que seu
nervosismo o atrapalhasse, Joe saiu do elevador, bateu na porta e logo pode
escutar a voz de sua amada. “Deve ser a pizza. Aquele idiota do porteiro deve
ter deixado subir sem avisar. Abre lá”. Joe riu sozinho, Tiffany podia ser um
pouco escandalosa quando queria, mas isso não é nada que lhe atrapalhasse. Ainda
sim Joe não ficou nem um pouco animado, havia alguém mais lá, isso o deixava
mais nervoso, mas feliz, pois assim alguém poderia compartilhar desse momento
tal especial. Seja lá quem fosse.
Joe
escutou o trinco da porta destrancando. Disfarçou todo o seu medo e pôs o
sorriso mais bonito que podia na face.
O
abrir daquela porta parecia ter demorado horas, mas não se passou de alguns
centésimos.
E
lá se fora seu sorriso e todos os seus planos. Quem abriu a porta era um homem,
vestido apenas com um short, sem camisa, cabelo despenteado, e no fundo, logo
atrás vinha Tiffany, de calcinha e sutiã.
Não
precisava ser gênio para saber o que tinha acontecido...
Agora
Fui
para o meu quarto, irritada com Joe, todo aquele sentimento de querer sua
amizade e de compaixão, pela sua tristeza, evaporaram de mim, eu queria mais é
que ele se ferrasse. Quem ele pensa que é para mandar em mim? Querendo ou não
eu ainda sou a sua patroa e não vou obedecer nenhuma das suas ordens.
Pela
primeira vez desde que eu ganhei-o, peguei no celular com a intensão de usa-lo,
ainda não me sentia satisfeita com a escolha do meu pai, assim que ele ficasse
mais calmo eu iria exigir um iPhone 5. Disquei o número de Miley e ela não
demorou muito a atender.
_
Alo?
_
Oi, Miley. É a Demi. – falei, sabendo que ainda não conhecia meu número de
celular novo.
_
Oi Demi! Esta tudo bem? – perguntou animada.
_Mais
o menos. – confessei.
_
Ihh O que aconteceu? – perguntou com voz preocupada.
_
Joe, ele esta implicando com a festa de sábado. – falei.
_
E?
_
E que provavelmente eu não vou poder ir. – falei obvia. Eu não posso negar que
estou em desvantagem diante de Joe, ele está em perfeitas condições para me
trancar dentro desse apartamento.
_
Então fuja. – falou ela.
_
Ah sim, claro! Como eu não pensei nisso? Eu acho que eu devo pular a janela do
meu quarto da minha cobertura, em um prédio de 15 andares. Ah não! Eu acho que
com perna quebrada eu consiga correr mais rápido que um homem, com perfeitas
condições física. Acho que dá sim. – falei irônica.
_
Nossa, sua grossa. – reclamou Miley. _ Não foi minha melhor ideia, tá?
_
Desculpa, eu só estou irritada. – falei, triste.
_
Porque você não pede ajuda a Maria? – perguntou.
_
Aposto que ela ficará do lado de Joe, ela nunca gostou muito das minhas festas,
agora só piorou. – respondi desanimada, Maria sempre foi aquele sinal de
esperança, mas agora nem mesmo ela poderia me ajudar.
_
Acho melhor nem falar do seu pai, não é?
_
Se ele pudesse me mandava acorrentar na cama. – Miley riu, acabei rindo fraco.
_
Mas e sua mãe? Ela sempre deixou você sair para qualquer lugar. – falou Miley.
_ Mesmo quando ela estava com raiva. – lembrou-me. Sua ideia não teria sido
ruim, se eu não tivesse tido aquela lamentável conversa com minha mãe no
hospital, falar com ela não estava nos meus planos, não enquanto ela não se
desculpasse, apesar de eu saber que isso jamais iria acontecer.
_
Eu não sei... Eu e minha mãe não estamos no nosso melhor momento. – falei, sem
jeito. Miley sabia muito bem dos meus desentendimentos com minha mãe, ela
sempre se mostrou disposta a me escutar e me ajudar quando preciso.
_
Bom... Eu já esperava isso. Mas você pode tentar, você sabe que ela não vai
negar. – insistiu.
_É,
eu vou tentar. – respondi.
Conversei
com Miley por quase uma hora, os assuntos foram variados, até que ela teve que
desligar. Olhei para o relógio do meu celular, oito da noite. Ligar ou não
ligar? Minha cabeça estava dividida, falar com ela não estava nos meus planos
para hoje.
Resolvi
arriscar minha sorte. Não ligaria para seu celular, nem para sua empresa, mas
sim para casa, caso ela estivesse lá, eu falarei com ela, caso não, tentaria
fugir de Joe por mim mesmo.
Liguei
e esperei alguns toques, até que Maria me atendeu.
_
Oi minha pequena. – cumprimentou-me animadamente. _ Aconteceu algo, Joe fez algo
de errado? – perguntou. Ummm nasceu! – pensei.
_
Não. Está tudo bem. – respondi.
_
Pois então, o que quer? – perguntou.
_
Na verdade eu queria falar com Dianna. – respondi. Maria calou-se por alguns
segundos.
_
Tem certeza? – perguntou.
_
Sim. – respondi fraco. Eu não tinha certeza. _ Ela esta? – perguntei.
_
Sim. – respondeu Maria. _ Demi, as coisas não andam muito boas por aqui, por
favor, não briguem. – pediu. O que estava acontecendo de tão serio, a ponto de
Maria implorar para que eu pensasse bem antes de falar com minha mãe?
_
Eu não quero brigar, fique tranquila.
_
Tudo bem. Vou passar para ela. – falou. _ Tchau minha pequena.
_
Tchau Maria.
Foram
necessários poucos segundos até que eu escutasse a voz daquela que se diz minha
mãe.
_
Demetria? Você esta querendo falar comigo? – perguntou, parecia realmente em
choque.
_
É. – respondi, sem jeito.
_
O que você quer? Dinheiro? – perguntou. _ Seu pai não depositou sua mesada
ainda?
_
Não. Não é isso. – respondi. _ Eu queria lhe pedir autorização para ir à festa
da Ashley. – Dianna não falou nada de imediato.
_
E desde quando você me pede autorização para ir a alguma festa? – perguntou
desconfiada.
_
Joe não que me deixar ir, mas se você autorizar ele não poderá fazer nada. –
respondi sincera.
_
E porque eu autorizaria? Você anda se comportando muito mal. – falou.
_
Talvez por que assim como eu abri a boca para falar sobre meu pai, eu posso
abrir a boca para falar sobre você também. – respondi, ignorando o fato de que
Maria havia pedido que não brigássemos.
_
Certo. Se for assim que você quer. Eu verei o que faço. – disse. _ É só isso? –
perguntou.
_
É.
_
Tudo bem. – disse e desligou o telefone. Nenhuma despedida, nenhuma palavra de
amor. Nada que me surpreendesse no final das contas.
Eu
sei que no final ela fará algo.
Talvez
hoje não fosse o meu melhor dia, não sou muito medrosa, porém se tem algo que
me apavora é trovão e relâmpago.
Já
se passava das 23 horas, quando uma chuva forte começou, com direito a muitos
trovões e relâmpagos. Se eu fosse menor eu já teria ido buscar conforto no quarto
de Maria, e ela cantaria alguma canção de ninar até que eu me acalmasse o
suficiente para dormir.
Desde
que eu mudei para cá, sempre que dava os primeiros indícios de chuva forte, eu
ligava para Miley ou para Hanna, elas sempre vinham e me faziam companhia.
Porém hoje eu não percebi que iria chover e agora já estava tarde de mais para
ligar para alguém. Escutei o telefone fixo chamando, talvez fosse Maria ou
Miley perguntando se eu precisaria delas, eu até iria atender, mas Joe, que
deveria ainda estar na sala, foi mais rápido. Deixei quieto, não sei se teria
coragem de pedir para ela virem debaixo de uma chuva tão forte.
Minha
noite seria longa e triste.
Só
espero que amanhã seja um dia melhor.
Eu
virava de um lado para o outro na cama, tentando ao máximo ignorar o barulho
que vinha do lado de fora, eu não ligo para a chuva, é até um pouco
tranquilizadora, porém não gosto do que vem junto, acho que trovões e
relâmpagos são algo totalmente desnecessário para a vida do ser humano.
Escutei
alguém batendo em minha porta. Seria Joe? O que esse chato queria?
_
Pode entrar. – gritei. A porta abriu e sim, era ele, ele trazia seu travesseiro
e uma coberta em suas mãos.
_
É... Eu estava pensando se você... É... Presaria de... Alguma... É, você
sabe... – ele estava nervoso, as palavras custavam a sair de sua boca, nunca o
tinha visto tão tímido. _ De ajuda para... Dormir. – falou por fim. Olhei-o,
provavelmente alguém o tinha avisada do meu medo. Eu queria dispensa-lo, provar
que eu não era mais uma menininha e que poderia muito bem dormir sozinha, mas,
para falar a verdade, eu não conseguiria dormir sozinha hoje, por mais que eu
ainda estivesse ressentida com ele, eu tive que aceitar sua companhia.
_
Claro. – respondi educadamente. Joe se aproximou devagar, arredei um pouco na
cama, para que ele pudesse deitar também. Ele parecia com medo de me tocar,
como se a qualquer momento eu pudesse ataca-lo, ou como se ele tivesse medo de
que novamente quase nos beijássemos. Assim que ele deitou na cama ele ficou me
olhando, como se procurasse em minha face um sinal do que ele deveria fazer.
Ele deveria agir como se ainda fossemos amigos e me abraçar, como gesto de
carinho, para me dar conforto? Ou deveria agir friamente, já que não estamos
muito bem? Provavelmente dormir na mesma cama que a paciente não estava no
contrato.
Um
trovão bem forte fez-me assustar neste mesmo instante e quase que sem pensar,
agarrei-me a Joe, abraçando seu tronco. No primeiro momento ele pareceu
assustado com minha reação, mas depois ele me abraçou carinhosamente.
_ Como você sabia que eu tenho medo? –
perguntei.
_
Maria me contou. – confessou ele.
_
Você deve estar me achando uma criancinha. – lamentei-me, ainda agarrada a ele.
O trovão já tinha passado, porém eu não queria soltar-me de Joe, a chuva ainda
estava lá e eu sabia que a qualquer momento outro raio desceria a terra e outro
trovão irá me assustar.
_
Você fica fofa com medo. – deu de ombros. Ri tímida. Ele não parecia nervoso
pela nossa pequena discussão, talvez já tenha até mesmo a esquecido.
Ficamos
em silêncio, apenas abraçados um a outro. Depois de alguns minutos obriguei-me
a fechar os olhos, respirei fundo e embriaguei-me com o cheiro de Joe, seu
perfume natural ainda estava lá. Há algo que tenho que admirar em Joe, ele não
é igual aqueles meninos fedorentos que não adianta fazer nada que sempre estão
com cheiro de suor. Joe tem um cheiro bom, nada de fragrâncias caras de grandes
marcas de perfume, um cheiro natural, da qual eu não me enjoaria de sentir.
Aos
poucos eu fui me acalmando, Joe ainda estava acordado ao me lado, e uma vez ou
outra, fazia leves carinhos em meu braço.
Meus
olhos foram ficando pesados, e o sono enfim chegou, a chuva ainda estava lá,
mas eu já estava dormindo. Joe ficou o tempo todo ao meu lado. Naquela noite eu
dormir nos seus braços.
CONTINUA...
DemiZ:
Ainda não beijaram, mas pode acontecer logo logo \o/ Trancar ela no quarto?
Pode ser uma das opções, tenho certeza que ele pensou nisso também. Muito
obrigada por comentar. Bjsss
Silvia:
Fico feliz que tenha gostado. Até sábado eu inscrevo minhas fics lá ;) Muito
obrigada pelo selo. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Anônimo:
Fico feliz em saber que você gostou. Eu ainda não sei te informar a
quantidade de capítulos exatos, pois eu ainda estou escrevendo a fic, mas eu
posso te falar que terá mais que 30 capítulos. Com o tempo eu poderei dizer
melhor. Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Lari
∞: Fique tranquila, eu te entendo linda. Logo logo você poderá ver eles
juntinhos :D Muito obrigada por comentar. Bjsss.
Diley
Don’t live a live: Fico lisonjeada com seu elogio, muito obrigada pelo
apoio. Fique tranquila, não demorará muito para que eles fiquem juntos, e
apaixonados... Quem lhe garante que eles já não podem estar? ;) E sim, terá um
hot, e talvez não demore muito para acontecer, avisarei antes. Muito obrigada
por comentar. Bjsss.
Bom, hoje eu deixei para fazer as considerações finais deste capítulo
depois das respostas aos comentários, como vocês podem ter visto, este capítulo
é em homenagem ao Bingo, um dos meus cachorros, que morreu na manhã desta segunda-feira,
foi uma parte de mim que foi embora, mas aos poucos eu estou me recuperando de
sua perda.
Peço desculpas pela demora em postar, o capítulo já estava pronto desde de domingo a noite, porem com a internação dele e depois a noticia de sua morte, me desestabilizei, fiquei incapaz de revisar o capítulo e responder os comentários, espero que vocês me entendam.
Peço desculpas pela demora em postar, o capítulo já estava pronto desde de domingo a noite, porem com a internação dele e depois a noticia de sua morte, me desestabilizei, fiquei incapaz de revisar o capítulo e responder os comentários, espero que vocês me entendam.
Como entrarei de férias nesta sexta, acredito que postarei com mais frequência,
isso se minha criatividade não resolver entrar de férias junto, vamos torcer
para que não.
Muito obrigada pelos comentários, vocês são uns anjos. E agradeço também
pelos 43 seguidores, fico muito feliz em saber que o blog esta crescendo.
Comentem/avaliem.
Bjsss
Muito obrigada por ter feito parte da minha vida, Bingo ♥
Meus pêsames pelo Bingo :/
ResponderExcluirAmei o capítulo <3333
Posta logo!!
Beijos.
Sinto muito pelo seu Bingo. <3
ResponderExcluirAwn q fofo, ele foi ficar com ela.
Postaaa logooo pleaseee
Tem selinho pra você: http://semilovers2.blogspot.com.br/2013/07/selinho.html
ResponderExcluirBeijos.