quinta-feira, 2 de maio de 2013

33º CAPITULO “Ainda há uma chance” Parte 1 (Antepenúltimo capítulo) – AMOR EM GUERRA




Uma semana.
Ultimato. 

Como se era de imaginar, minha onda de sorte não duraria muito, eu só não esperava que fosse virar tão repentinamente e de maneira tão complexa.
Em um dia eu estava prendendo o homem o que me colocara a vida em risco e ainda teve uma surpresa de Paul, descobrindo que ele agora entendia a mim e Denise, no que se dizia a capacidade de sentir o toque de Joe. Nisso eu subentendi que estaria decidido que ele desistiria de desligar as maquinas de Joe.
Eu estava errada.
Foi dado o ultimato.
Em uma semana desligam as máquinas.

Minha decisão? Ela não conta? Na verdade conta. Mais graças ao meu pai eu fiquei impossibilitada de ir ao hospital resolver alguma coisa.
Não que eu não tenha tentado. Ao perceber a tragédia que se anunciava, quebrei minha parte do acordo, fui ao hospital e conversei com os médicos, tentei mudar o imutável. Ian até tentou me ajudar no começo, mas depois viu que não poderia fazer muita coisa, já que o seu superior, que no caso é aquele maldito do doutor Lucas, não queria voltar atrás, pois de acordo com ele isso mexeria em sua programação de trabalho e isso o traria transtornos. Se eu acreditei? Não. Claro que não. Porque ele queria fazer isso? Não sei. Só sei que o odeio por isso.

Apenas uma coisa poderia cancelar o desligamento das máquinas, uma reação, uma resposta a qualquer estimulo que fosse por parte do Joe. Todos os dias serão feitos testes e exames para que essas respostas pudessem ser encontradas.
Ian estava mais empenhado que nunca, e eu mais desesperada que nunca.

Concentrar-me nas aulas estava mais difícil, assim que meu horário de trabalho terminava eu corria para o hospital, nem sempre conseguia visitar Joe, pois os exames e testes diminuíram o tempo das visitas. Minhas noites estavam mal dormidas, pois sempre tinha pesadelos de Joe me deixando; eu estava ficando cansada; parei com os preparativos para o bebê. Novamente eu estava um caco, sem esperança e estressada.
Um fim talvez fosse bom.
Eu só não queria que fosse esse.

Ao contrario do que pensei que aconteceria, meu pai, se mostrou muito transtornado com a decisão de Paul, acho que ele não acreditou que Paul realmente seria capaz de deixar que as máquinas fossem desligadas e talvez sentisse um pouco de culpa por ter me impedido de fazer alguma coisa enquanto eu ainda tinha chance. Meu pai estava me apoiando muito nesses últimos tempos, me apoiei nele como uma criança triste e medrosa se apoia no pai, eu parecia novamente àquela menina de anos atrás que acabara de perder a mãe, totalmente desesperançada, triste e dependente do colo do pai. E novamente ele estava lá, assim como da primeira vez, me dando o aconchego dos seus braços, limpando minhas lágrimas, me acordando dos meus pesadelos...

A minha relação com Paul se tornou uma relação de amor e ódio. Tudo dependia do momento. Ele, às vezes, parecia estar bem e decidido da escolha que tomara. Porem, em outros momentos parecia uma criança arrependida, pedia perdão a mim e a Denise, em um momento até quis cancelar sua decisão, mas o doutor Lucas não deixou, isso revoltou a todos, ele realmente tinha direito de fazer isso? Provavelmente não. Talvez o nosso desespero tenha nós deixado cegos para algo bem maior. Em algum momento isso tudo iria acontecer, por motivos que ainda me tiram do serio...

Falando em Denise e Paul, os dois estão melhores, não conversam muito ainda e estão longe do casal apaixonado que eram antes, mas pelo menos estavam se dando melhor que antes. Agora conseguiam conversar uma vez ou outra.

--

O tempo parecia andar rápido e devagar ao mesmo tempo.
Parecia tão pouco tempo, uma semana, apenas sete dias para que acontecesse o que não aconteceu em meses...
Parecia tanto tempo, uma semana, sete dias, horas e horas de tortura esperando que acontecesse o que não aconteceu em meses...

O desespero pode muitas vezes afastar as pessoas uma das outras, porem, aquelas pessoas foram percebendo de que nada lhes adiantavam a distancia ou as brigas, isso aconteceu, por meses foi assim que eles viveram, mas agora o fim de toda essa agonia iria chegar e uma necessidade de ajuda, amor e carinho, cresceu em todos. Entre eles criou-se uma paz, que a qualquer momento poderia ser destruída, porem que se manteve forte.

(...)

Ninguém queria acreditar, mas era essa a mais pura verdade. Não era Paul o culpado e não era Lucas o mal da historia, há um jogo entre as potencias mundiais que estava causando toda essa comoção àquela família.
Primeira pergunta, quem financia, treina e comanda a guerra? O governo.
Segunda pergunta, quem estava financiando o hospital para Joe? O governo.
Terceira pergunta, quem não queria financiar mais os tratamentos e exames de Joe? O governo.
Era um jogo bem mais obscuro do que se imaginava que seria. Os gastos eram altos e as chances de resultados que os conviessem eram mínimas. Eles não poderiam exigir que as máquinas fossem desligadas, mas caso um parente ou um médico estivesse disposto a aceitar que isso fosse feito, seria um ato muito bem vindo. Infelizmente Lucas estava disposto e Paul, por um momento de desespero, tinha autorizado...
Injusto! Um homem que durante toda sua vida sonhou em ser um soldado, defender a pátria a todo custo, que colocou sua vida em risco, agora era esquecido por aqueles na qual serviu com tanto empenho, sendo destinada a virar mais um entre tantos outros que não tiveram a oportunidade de ter seu final feliz.
Ganancia, frieza... Culpe o que e a quem quiserem, essa é a vida. Esse é o nosso mundo.

Esse esclarecimento atingiu como uma facada a todos, talvez tivesse sido melhor deixar isso em segredo, não adiantava muito eles saberem.
Se eles pudessem bancar o tratamento de Joe, os médicos poderiam cancelar o desligamento das máquinas, porem quem tinha condições de manter isso? O hospital por si só já era caro, os exames que o tratamento de Joe exigia eram mais caros ainda, juntando as economias de todos talvez desse para manter mais um ou dois dias no máximo. Pedir emprestado, vender casa, carro, pegar empréstimo, tudo isso passou pela cabeça deles, quem sabe conseguissem dinheiro para mantê-lo mais uma semana, se eles tivessem muita sorte um mês a mais. Não lhes importavam as dividas desde que Joe acordasse.
Valeria arriscar tanto, inclusive a vida financeira de pessoas que já não tinham muito, inclusive a casa e carro de alguém que provavelmente terá que cuidar de uma criança sozinha, por apenas um mês a mais? Um mês que seriam cheia de incertezas e provavelmente decepções?

Apenas mais três dias...

                CONTINUA...


Oi gente, por favor, não me matem, eu sei, o capítulo foi péssimo, fora que eu demorei muito para postar só isso. Esse capítulo vai ter parte dois e prometo que não irá decepcionar tanto.
Como podem ver a fic esta acabando, mas o blog vai continuar. Depois passo mais informações.
Postarei a próxima parte o mais rápido possível.
Bjsss.


Silvia: Que bom que gostou, muito obrigada por comentar e pelo selo. Bjss.
Eriimiilsa: Se eu soubesse o que esta acontecendo o que esta acontecendo eu tentaria resolver, mas acho que a culpa é do próprio site mesmo L Faço isso com muito prazer e claramente os comentários que dão entusiasmo para continuar a escrever, por isso, muito obrigada por comentar. Bjss. 

2 comentários:

  1. De nadinha,,,
    O cápitulo esta mesmo uma merda, mas não do jeito que pensas. É que esta muito triste ....esta a ser duro deixar sentir o qé se passa com a Demi....sad

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  2. Cara, tá doendo aqui ok? Você consegue fazer com que a gente se sinta mesmo no lugar da Demi, vendo tudo o que ta acontecendo sem poder fazer nada.
    Chorando eternamente T.T
    Posta Logo. Perdão não comentar antes, tá meio complicado pra mim, por causa da minha escola.
    Bjs... Polly.

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