Uma semana.
Ultimato.
Como se era de imaginar, minha
onda de sorte não duraria muito, eu só não esperava que fosse virar tão
repentinamente e de maneira tão complexa.
Em
um dia eu estava prendendo o homem o que me colocara a vida em risco e ainda
teve uma surpresa de Paul, descobrindo que ele agora entendia a mim e Denise,
no que se dizia a capacidade de sentir o toque de Joe. Nisso eu subentendi que estaria
decidido que ele desistiria de desligar as maquinas de Joe.
Eu
estava errada.
Foi
dado o ultimato.
Em
uma semana desligam as máquinas.
Minha
decisão? Ela não conta? Na verdade conta. Mais graças ao meu pai eu fiquei
impossibilitada de ir ao hospital resolver alguma coisa.
Não
que eu não tenha tentado. Ao perceber a tragédia que se anunciava, quebrei
minha parte do acordo, fui ao hospital e conversei com os médicos, tentei mudar
o imutável. Ian até tentou me ajudar no começo, mas depois viu que não poderia
fazer muita coisa, já que o seu superior, que no caso é aquele maldito do
doutor Lucas, não queria voltar atrás, pois de acordo com ele isso mexeria em
sua programação de trabalho e isso o traria transtornos. Se eu acreditei? Não.
Claro que não. Porque ele queria fazer isso? Não sei. Só sei que o odeio por
isso.
Apenas
uma coisa poderia cancelar o desligamento das máquinas, uma reação, uma
resposta a qualquer estimulo que fosse por parte do Joe. Todos os dias serão
feitos testes e exames para que essas respostas pudessem ser encontradas.
Ian
estava mais empenhado que nunca, e eu mais desesperada que nunca.
Concentrar-me
nas aulas estava mais difícil, assim que meu horário de trabalho terminava eu
corria para o hospital, nem sempre conseguia visitar Joe, pois os exames e
testes diminuíram o tempo das visitas. Minhas noites estavam mal dormidas, pois
sempre tinha pesadelos de Joe me deixando; eu estava ficando cansada; parei com
os preparativos para o bebê. Novamente eu estava um caco, sem esperança e
estressada.
Um
fim talvez fosse bom.
Eu
só não queria que fosse esse.
Ao
contrario do que pensei que aconteceria, meu pai, se mostrou muito transtornado
com a decisão de Paul, acho que ele não acreditou que Paul realmente seria
capaz de deixar que as máquinas fossem desligadas e talvez sentisse um pouco de
culpa por ter me impedido de fazer alguma coisa enquanto eu ainda tinha chance.
Meu pai estava me apoiando muito nesses últimos tempos, me apoiei nele como uma
criança triste e medrosa se apoia no pai, eu parecia novamente àquela menina de
anos atrás que acabara de perder a mãe, totalmente desesperançada, triste e
dependente do colo do pai. E novamente ele estava lá, assim como da primeira
vez, me dando o aconchego dos seus braços, limpando minhas lágrimas, me
acordando dos meus pesadelos...
A
minha relação com Paul se tornou uma relação de amor e ódio. Tudo dependia do
momento. Ele, às vezes, parecia estar bem e decidido da escolha que tomara. Porem,
em outros momentos parecia uma criança arrependida, pedia perdão a mim e a
Denise, em um momento até quis cancelar sua decisão, mas o doutor Lucas não
deixou, isso revoltou a todos, ele realmente tinha direito de fazer isso?
Provavelmente não. Talvez o nosso desespero tenha nós deixado cegos para algo
bem maior. Em algum momento isso tudo iria acontecer, por motivos que ainda me
tiram do serio...
Falando
em Denise e Paul, os dois estão melhores, não conversam muito ainda e estão
longe do casal apaixonado que eram antes, mas pelo menos estavam se dando
melhor que antes. Agora conseguiam conversar uma vez ou outra.
--
O
tempo parecia andar rápido e devagar ao mesmo tempo.
Parecia
tão pouco tempo, uma semana, apenas sete dias para que acontecesse o que não
aconteceu em meses...
Parecia
tanto tempo, uma semana, sete dias, horas e horas de tortura esperando que
acontecesse o que não aconteceu em meses...
O
desespero pode muitas vezes afastar as pessoas uma das outras, porem, aquelas
pessoas foram percebendo de que nada lhes adiantavam a distancia ou as brigas, isso
aconteceu, por meses foi assim que eles viveram, mas agora o fim de toda essa
agonia iria chegar e uma necessidade de ajuda, amor e carinho, cresceu em
todos. Entre eles criou-se uma paz, que a qualquer momento poderia ser
destruída, porem que se manteve forte.
(...)
Ninguém
queria acreditar, mas era essa a mais pura verdade. Não era Paul o culpado e
não era Lucas o mal da historia, há um jogo entre as potencias mundiais que
estava causando toda essa comoção àquela família.
Primeira
pergunta, quem financia, treina e comanda a guerra? O governo.
Segunda
pergunta, quem estava financiando o hospital para Joe? O governo.
Terceira
pergunta, quem não queria financiar mais os tratamentos e exames de Joe? O
governo.
Era
um jogo bem mais obscuro do que se imaginava que seria. Os gastos eram altos e
as chances de resultados que os conviessem eram mínimas. Eles não poderiam
exigir que as máquinas fossem desligadas, mas caso um parente ou um médico
estivesse disposto a aceitar que isso fosse feito, seria um ato muito bem
vindo. Infelizmente Lucas estava disposto e Paul, por um momento de desespero,
tinha autorizado...
Injusto!
Um homem que durante toda sua vida sonhou em ser um soldado, defender a pátria
a todo custo, que colocou sua vida em risco, agora era esquecido por aqueles na
qual serviu com tanto empenho, sendo destinada a virar mais um entre tantos
outros que não tiveram a oportunidade de ter seu final feliz.
Ganancia,
frieza... Culpe o que e a quem quiserem, essa é a vida. Esse é o nosso mundo.
Esse
esclarecimento atingiu como uma facada a todos, talvez tivesse sido melhor
deixar isso em segredo, não adiantava muito eles saberem.
Se
eles pudessem bancar o tratamento de Joe, os médicos poderiam cancelar o
desligamento das máquinas, porem quem tinha condições de manter isso? O
hospital por si só já era caro, os exames que o tratamento de Joe exigia eram
mais caros ainda, juntando as economias de todos talvez desse para manter mais
um ou dois dias no máximo. Pedir emprestado, vender casa, carro, pegar
empréstimo, tudo isso passou pela cabeça deles, quem sabe conseguissem dinheiro
para mantê-lo mais uma semana, se eles tivessem muita sorte um mês a mais. Não
lhes importavam as dividas desde que Joe acordasse.
Valeria
arriscar tanto, inclusive a vida financeira de pessoas que já não tinham muito,
inclusive a casa e carro de alguém que provavelmente terá que cuidar de uma
criança sozinha, por apenas um mês a mais? Um mês que seriam cheia de
incertezas e provavelmente decepções?
Apenas
mais três dias...
CONTINUA...
Oi gente, por favor, não me matem, eu sei, o capítulo foi péssimo, fora
que eu demorei muito para postar só isso. Esse capítulo vai ter parte dois e
prometo que não irá decepcionar tanto.
Como podem ver a fic esta acabando, mas o blog vai continuar. Depois
passo mais informações.
Postarei a próxima parte o mais rápido possível.
Bjsss.
Silvia:
Que bom que gostou, muito obrigada por comentar e pelo selo. Bjss.
Eriimiilsa:
Se eu soubesse o que esta acontecendo o que esta acontecendo eu tentaria
resolver, mas acho que a culpa é do próprio site mesmo L Faço isso com muito prazer e
claramente os comentários que dão entusiasmo para continuar a escrever, por isso,
muito obrigada por comentar. Bjss.
De nadinha,,,
ResponderExcluirO cápitulo esta mesmo uma merda, mas não do jeito que pensas. É que esta muito triste ....esta a ser duro deixar sentir o qé se passa com a Demi....sad
Cara, tá doendo aqui ok? Você consegue fazer com que a gente se sinta mesmo no lugar da Demi, vendo tudo o que ta acontecendo sem poder fazer nada.
ResponderExcluirChorando eternamente T.T
Posta Logo. Perdão não comentar antes, tá meio complicado pra mim, por causa da minha escola.
Bjs... Polly.