quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

11º CAPITULO “De volta para casa?” – AMOR EM GUERRA


_ Vencemos! – gritavam os soldados com os braços para cima, sinalizando a alegria. _ Matamos o líder! Vencemos!

Tudo parecia ter melhorado ao amanhecer, Demi acordou melhor, boa o suficiente para, mesmo com a constante insistência de seu pai para que ela ficasse quieta, ir trabalhar e conseguiu dar todas as aulas sem problemas.

_ Tem alguma noticia? – perguntou Demi a Miley, se referindo à guerra, em que o marido de ambas estava enfrentando.
_ Ainda não. – falou Miley. _ Não vi noticias em nenhum jornal. Talvez isso seja bom, pois significa que não teve muitas perdas.
_ Mas não significa que não teve nenhuma. – lembrou-a Demi. As duas estavam tristes e preocupadas. Sempre que, por algum motivo, elas descobriam que haveria um ataque, por antecedência, elas ficavam desanimadas e alarmadas. Talvez seja por isso que nunca dizem que raramente falam quando acontecerá algo, e elas costumam descobrir apenas depois, quando sai alguma notícia no jornal.
_ Você poderia ser menos pessimista? – Miley sabia que Demi estava certa, mas lutava contra seus pensamentos escuros para continuar com a esperança de que tudo estava bem.
_ Eu só estou sendo real.
_ Não precisa usar ela em mim não tá? – Demi riu fraco com o jeito que a amiga falou. Miley poderia estar certa. Há quantos anos os maridos de ambas estavam no exercito e saíram ilesos? Infinitas. Não custava nada acreditar que eles saíram desta também.
_ Para de ser boba loira. – Miley também relaxou e deu uma risadinha. _ No final das contas Liam não ficou uma semana, bem feito. – falou Demi, saindo do tema principal e animando um pouco os ânimos.
_ OW sua chata, fica rindo da tristeza dos outros. – disse Miley, brincando. _ Da próxima vez ele vai ficar uma semana e o Joe não. – falou.
_ Quem te disse isso? – perguntou Demi.
_ Eu estou falando. – respondeu. Demi fez careta.
_ Pois eu já aposto o contrario. – falou.
                                               (...)
Apesar de melhor de saúde, a mente de Demi ainda estava preocupada, a conversa com Miley e foco no trabalho a ajudaram bastante, mas assim que seu dia tumultuado acabou sua mente se abriu para os medos novamente. Ela queria ter certeza que Joe estava bem, o medo de perdê-lo ou de vê-lo ferido era demais, era aterrorizante, porem por mais que ela tentasse afastar de si todo e qualquer temor, em um minuto de desatenção lá estava a preocupação voltando a lhe atacar.
Como de costume, quando chegou à sua casa, Demi ligou a TV e trocou de roupa. Assim que o jornal começou, anunciaram sobre o ataque. Primeiro ficaram apenas enrolando, parecia que queriam prender os espectadores até o fim do jornal, as emissoras sabem que notícias deste tipo prende o povo americano.
Os patriotas, que apoiam a guerra, assistiam para saber se o exercito que tanto se orgulham venceram e quais foram os heróis que morreram pela bandeira. Já os pacifistas assistem para ver quais os números dos mortos, esses seriam somados aos tantos outros e logo virariam números e nomes em cartazes que seriam usados em um dos vários protestos que fazem a favor da retirada das tropas americanas de combate. E tinha também uma pequena parcela, que assistia para saber sobre as pessoas em si, queriam saber se seu filho, pai, marido, amigo ou um conhecido, qualquer pessoa que pudesse ter um vínculo especial, na qual uma notícia boa logo o faria sorrir, e uma notícia ruim desencadearia a tristeza. Para estes a espera era pior, pois nada podia acalmar seus corações, só de passar pela cabeça deles que poderiam ser órfãs, viúvas ou sozinhos, já os leva a loucura. Mas o que se pode fazer?  Eles assim como os outros tinham que esperar, eles entravam no jogo da emissora de esperar até o momento em que os conviesse passar a reportagem.

Demi se sentou no sofá, com os olhos vidrados na televisão, esperava por noticias, por uma boa noticia, talvez até mesmo por uma má...

Nada fora muito detalhado, apenas frases soltas que tão pouco a acalmaria. “O líder do grupo foi morto e a maior parte das perdas foi do lado inimigo”, “Do lado americano já foram confirmadas quatro mortes, um soldado se encontra ferido em estado grave e um soldado se encontra em coma também em estado grave” “Do lado inglês foram confirmadas cinco mortes e dois feridos estáveis”  “ O governo ainda não disponibilizou nomes, mas assim que obtivermos mais informações, será passado aos telespectadores através do plantão.”  

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A volta à base iria ser mais demorada do que a ida, agora havia corpos e mais pesquisas. Eles queriam descobrir se haviam outros esconderijos como este, se haviam algum plano em andamento, fora que tinham pessoas mortas, a maioria, como era de se esperar era do lado dos talibãs, mas tinham vitimas entre os integrantes do exército. Sim, eles tinham vencido, mas não saíram ilesos.
Todos estavam cansados, a batalha foi mais violenta e durou mais do que o desejado, sabia-se que houvera fugitivos, além de terem ficado a noite inteira sem dormir, ainda teriam que os procurar pelo deserto, talvez não tivessem ido muito longe, eles não podiam ir muito longe, estavam no meio do nada, talvez estivessem atordoados pelo barulho e susto e isso poderia ser o suficiente para fazê-los se perderem no meio do deserto, tornando-se vitimas fáceis do exercito.
 Pessoas fugitivas podem causar problemas, pois podem ser uteis informantes para um contra ataque. Mas também podem ser muito bem vindas, pois podem ser informantes bem melhores para um ataque maior ainda.

JOE

Eu não tenho muita certeza de onde eu estava. Eu escutei um barulho, foi algo bem forte e bem alto, pude escutar gritos, eu não os soube definir muito bem, mas pareciam serem de comemoração. Talvez o ruído me tivesse feito ficar um pouco surdo, uma surdez temporária. Porem logo eu senti um dor forte na minha cabeça, era do lado direito, era algo intenso, arrisco a dizer que foi a dor mais forte que eu já senti em toda minha vida. Eu só pude soltar um grito da minha garganta e nada mais.
É. Talvez não fosse somente uma surdez temporária.

 Por um momento eu via uma luz muito forte em meu rosto e depois fechei os olhos, acho que dormi, dormi profundamente. Talvez eu tenha desmaiado por causa forte fumaça ou por causa da dor e quando me despertei por alguns minutos apenas escutei gritos, alguns eram berros de euforia. “Ganhamos!”. “O líder foi vencido, ganhamos!” Já outros – esses mais próximos da minha cabeça – eram de terror. “Homem ferido!” berrava alguém ao meu lado, a voz parecia ser conhecida, mas eu não conseguia identifica-la com exatidão, eu deveria estar tonto de mais para isso.
 Eu queria abrir mais os olhos e me levantar para ajudar, queria saber quem era o ferido, queria ajudar a tira-lo dali, tinha que ser um salvamento rápido, pois caso ao contrario poderia ser fatal, e eu não queria nenhuma fatalidade, não hoje, pois eu acho que vencemos, não é? Eu escutei dizerem que ganhamos, ou eu estava louco?
 Senti meu corpo sendo arrastado para fora do local, sem nenhum cuidado, não senti muita dor, parecia que meu corpo estava meio que anestesiado, mas ainda sim eu conseguia sentir meu corpo sendo puxado. Depois de alguns segundos eu não pude ver mais nada, simplesmente apaguei.

Havia uma luz.
Ela estava cada vez mais próxima. Ela vinha até a mim, vagarosamente ela vinha até a mim. Eu levantei a mão em sua direção, sua luz me atraia, eu queria ir até a ela, algo em mim gritava para que eu a pegasse, eu podia sentir sua paz, como se fosse um abraço de paz se aproximando de mim. Porem ela vinha tão lentamente, ela parecia ainda tão distante. Eu não consegui chegar perto, eu não conseguia ir até ela. Pois toda vez que eu começava a correr mais em sua direção, mais ela se afastava de mim, era como se de nada adiantasse, continuava tão distante como antes.
Resolvi esperar.
Aí eu senti um aperto no meu coração. Como se fosse um choque, uma adrenalina, uma após a outra, cada vez mais forte e dolorido, cada vez mais real.
Depois, sem nem mesmo um explicação, a luz começou a se afastar de mim. A medida que a dor no peito aumentava e se tornava mais real a luz ia se afastando e ficando mais fraca diante de mim, mais e mais, até que eu não pudesse ver mais nada.

Quando em fim voltei a mim, eu estava na onde eu jamais poderia ter pensado que estaria. Como fui parar lá? Eu não deveria estar no exercito agora? Era possível eu estar de volta para casa?
                               CONTINUA...

Porque eu sou apenas uma rachadura neste castelo de vidro
Não sobrou quase nada pra você ver
Para você ver...
Castle of glass – Linkin Park
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Talvez vocês não tenham entendido muito esta última parte da fic, nos próximos capítulos as coisas começarão a ficar mais claras. Pelo menos é o que eu acho.  Eu comecei a fic com uma historia em mente, mas resolvi mudar, espero que fique melhor e que vocês ainda sim gostem, ela agora será inspirada em um dos últimos livros que li.
Não se esqueçam de comentar/Avaliar.
Bjssss.

2 comentários:

  1. Omggggg o joe é o que está em coma né ??

    Omg tadinho dele e da demi;(

    Postaaa logoo

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  2. OH MEU DEUS!! Comecei a ler sua fanfic a pouco tempo, mas já nos primeiros capitulos eu me apaixonei por ela... Mais um capitulo perfeito!! Posta logo!! Xoxo

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