_ Vencemos! –
gritavam os soldados com os braços para cima, sinalizando a alegria. _ Matamos
o líder! Vencemos!
Tudo parecia ter melhorado ao
amanhecer, Demi acordou melhor, boa o suficiente para, mesmo com a constante
insistência de seu pai para que ela ficasse quieta, ir trabalhar e conseguiu
dar todas as aulas sem problemas.
_ Tem alguma noticia?
– perguntou Demi a Miley, se referindo à guerra, em que o marido de ambas
estava enfrentando.
_ Ainda não. – falou
Miley. _ Não vi noticias em nenhum jornal. Talvez isso seja bom, pois significa
que não teve muitas perdas.
_ Mas não significa
que não teve nenhuma. – lembrou-a Demi. As duas estavam tristes e preocupadas.
Sempre que, por algum motivo, elas descobriam que haveria um ataque, por
antecedência, elas ficavam desanimadas e alarmadas. Talvez seja por isso que
nunca dizem que raramente falam quando acontecerá algo, e elas costumam
descobrir apenas depois, quando sai alguma notícia no jornal.
_ Você poderia ser
menos pessimista? – Miley sabia que Demi estava certa, mas lutava contra seus
pensamentos escuros para continuar com a esperança de que tudo estava bem.
_ Eu só estou sendo
real.
_ Não precisa usar ela
em mim não tá? – Demi riu fraco com o jeito que a amiga falou. Miley poderia
estar certa. Há quantos anos os maridos de ambas estavam no exercito e saíram
ilesos? Infinitas. Não custava nada acreditar que eles saíram desta também.
_ Para de ser boba
loira. – Miley também relaxou e deu uma risadinha. _ No final das contas Liam
não ficou uma semana, bem feito. – falou Demi, saindo do tema principal e
animando um pouco os ânimos.
_ OW sua chata, fica
rindo da tristeza dos outros. – disse Miley, brincando. _ Da próxima vez ele
vai ficar uma semana e o Joe não. – falou.
_ Quem te disse isso?
– perguntou Demi.
_ Eu estou falando. –
respondeu. Demi fez careta.
_ Pois eu já aposto o
contrario. – falou.
(...)
Apesar de melhor de
saúde, a mente de Demi ainda estava preocupada, a conversa com Miley e foco no
trabalho a ajudaram bastante, mas assim que seu dia tumultuado acabou sua mente
se abriu para os medos novamente. Ela queria ter certeza que Joe estava bem, o
medo de perdê-lo ou de vê-lo ferido era demais, era aterrorizante, porem por mais
que ela tentasse afastar de si todo e qualquer temor, em um minuto de
desatenção lá estava a preocupação voltando a lhe atacar.
Como de costume,
quando chegou à sua casa, Demi ligou a TV e trocou de roupa. Assim que o jornal
começou, anunciaram sobre o ataque. Primeiro ficaram apenas enrolando, parecia
que queriam prender os espectadores até o fim do jornal, as emissoras sabem que
notícias deste tipo prende o povo americano.
Os patriotas, que apoiam
a guerra, assistiam para saber se o exercito que tanto se orgulham venceram e
quais foram os heróis que morreram pela bandeira. Já os pacifistas assistem
para ver quais os números dos mortos, esses seriam somados aos tantos outros e
logo virariam números e nomes em cartazes que seriam usados em um dos vários
protestos que fazem a favor da retirada das tropas americanas de combate. E
tinha também uma pequena parcela, que assistia para saber sobre as pessoas em
si, queriam saber se seu filho, pai, marido, amigo ou um conhecido, qualquer
pessoa que pudesse ter um vínculo especial, na qual uma notícia boa logo o
faria sorrir, e uma notícia ruim desencadearia a tristeza. Para estes a espera
era pior, pois nada podia acalmar seus corações, só de passar pela cabeça deles
que poderiam ser órfãs, viúvas ou sozinhos, já os leva a loucura. Mas o que se
pode fazer? Eles assim como os outros
tinham que esperar, eles entravam no jogo da emissora de esperar até o momento
em que os conviesse passar a reportagem.
Demi se sentou no
sofá, com os olhos vidrados na televisão, esperava por noticias, por uma boa
noticia, talvez até mesmo por uma má...
Nada fora muito
detalhado, apenas frases soltas que tão pouco a acalmaria. “O líder do grupo
foi morto e a maior parte das perdas foi do lado inimigo”, “Do lado americano
já foram confirmadas quatro mortes, um soldado se encontra ferido em estado
grave e um soldado se encontra em coma também em estado grave” “Do lado inglês
foram confirmadas cinco mortes e dois feridos estáveis” “ O governo ainda não disponibilizou nomes,
mas assim que obtivermos mais informações, será passado aos telespectadores
através do plantão.”
--
A volta à base iria
ser mais demorada do que a ida, agora havia corpos e mais pesquisas. Eles
queriam descobrir se haviam outros esconderijos como este, se haviam algum
plano em andamento, fora que tinham pessoas mortas, a maioria, como era de se
esperar era do lado dos talibãs, mas tinham vitimas entre os integrantes do
exército. Sim, eles tinham vencido, mas não saíram ilesos.
Todos estavam
cansados, a batalha foi mais violenta e durou mais do que o desejado, sabia-se
que houvera fugitivos, além de terem ficado a noite inteira sem dormir, ainda
teriam que os procurar pelo deserto, talvez não tivessem ido muito longe, eles
não podiam ir muito longe, estavam no meio do nada, talvez estivessem
atordoados pelo barulho e susto e isso poderia ser o suficiente para fazê-los
se perderem no meio do deserto, tornando-se vitimas fáceis do exercito.
Pessoas fugitivas podem causar problemas, pois
podem ser uteis informantes para um contra ataque. Mas também podem ser muito
bem vindas, pois podem ser informantes bem melhores para um ataque maior ainda.
JOE
Eu não tenho muita
certeza de onde eu estava. Eu escutei um barulho, foi algo bem forte e bem
alto, pude escutar gritos, eu não os soube definir muito bem, mas pareciam
serem de comemoração. Talvez o ruído me tivesse feito ficar um pouco surdo, uma
surdez temporária. Porem logo eu senti um dor forte na minha cabeça, era do
lado direito, era algo intenso, arrisco a dizer que foi a dor mais forte que eu
já senti em toda minha vida. Eu só pude soltar um grito da minha garganta e
nada mais.
É. Talvez não fosse
somente uma surdez temporária.
Por um momento eu via uma luz muito forte em
meu rosto e depois fechei os olhos, acho que dormi, dormi profundamente. Talvez
eu tenha desmaiado por causa forte fumaça ou por causa da dor e quando me
despertei por alguns minutos apenas escutei gritos, alguns eram berros de
euforia. “Ganhamos!”. “O líder foi vencido, ganhamos!” Já outros – esses mais
próximos da minha cabeça – eram de terror. “Homem ferido!” berrava alguém ao
meu lado, a voz parecia ser conhecida, mas eu não conseguia identifica-la com
exatidão, eu deveria estar tonto de mais para isso.
Eu queria abrir mais os olhos e me levantar para
ajudar, queria saber quem era o ferido, queria ajudar a tira-lo dali, tinha que
ser um salvamento rápido, pois caso ao contrario poderia ser fatal, e eu não
queria nenhuma fatalidade, não hoje, pois eu acho que vencemos, não é? Eu
escutei dizerem que ganhamos, ou eu estava louco?
Senti meu corpo sendo arrastado para fora do
local, sem nenhum cuidado, não senti muita dor, parecia que meu corpo estava
meio que anestesiado, mas ainda sim eu conseguia sentir meu corpo sendo puxado.
Depois de alguns segundos eu não pude ver mais nada, simplesmente apaguei.
Havia uma luz.
Ela estava cada vez
mais próxima. Ela vinha até a mim, vagarosamente ela vinha até a mim. Eu
levantei a mão em sua direção, sua luz me atraia, eu queria ir até a ela, algo
em mim gritava para que eu a pegasse, eu podia sentir sua paz, como se fosse um
abraço de paz se aproximando de mim. Porem ela vinha tão lentamente, ela
parecia ainda tão distante. Eu não consegui chegar perto, eu não conseguia ir
até ela. Pois toda vez que eu começava a correr mais em sua direção, mais ela
se afastava de mim, era como se de nada adiantasse, continuava tão distante
como antes.
Resolvi esperar.
Aí eu senti um aperto
no meu coração. Como se fosse um choque, uma adrenalina, uma após a outra, cada
vez mais forte e dolorido, cada vez mais real.
Depois, sem nem mesmo
um explicação, a luz começou a se afastar de mim. A medida que a dor no peito
aumentava e se tornava mais real a luz ia se afastando e ficando mais fraca
diante de mim, mais e mais, até que eu não pudesse ver mais nada.
Quando em fim voltei a
mim, eu estava na onde eu jamais poderia ter pensado que estaria. Como fui
parar lá? Eu não deveria estar no exercito agora? Era possível eu estar de
volta para casa?
CONTINUA...
Porque eu sou
apenas uma rachadura neste castelo de vidro
Não sobrou
quase nada pra você ver
Para você
ver...
♫
Castle of glass – Linkin Park
--
Talvez vocês não tenham
entendido muito esta última parte da fic, nos próximos capítulos as coisas
começarão a ficar mais claras. Pelo menos é o que eu acho. Eu comecei a fic com uma historia em mente, mas
resolvi mudar, espero que fique melhor e que vocês ainda sim gostem, ela agora
será inspirada em um dos últimos livros que li.
Não se esqueçam de
comentar/Avaliar.
Bjssss.
Omggggg o joe é o que está em coma né ??
ResponderExcluirOmg tadinho dele e da demi;(
Postaaa logoo
OH MEU DEUS!! Comecei a ler sua fanfic a pouco tempo, mas já nos primeiros capitulos eu me apaixonei por ela... Mais um capitulo perfeito!! Posta logo!! Xoxo
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