Mesmo não querendo Macus acabou seguindo Joe, porem antes
mesmo de chegarem ao local a caminhada foi interrompida por um ruidoso tiro e
um fatal grito.
Nada
estava dando certo para Demi naquele dia, se já não bastasse o dia conturbado,
com direito a xingamentos de um pai sem razão, a tristeza da melhor amiga, a
descoberta do grande ataque na qual Joe estava, Demi continuava a passar mal,
nada parava em seu estômago, Denise, ao ver o estado da nora, resolveu ficar em
seu apartamento para tentar ajuda-la, mas ela pouco podia fazer, já havia
ligado ao medico, mas o mesmo disse que era algo normal e que talvez fosse
melhor Demi se acostumar com isso, não tinha como arranjar remédios, já que
nenhum lugar vende remédio sem prescrição medica e as duas não poderiam
arriscar em qualquer receita caseira que viram na internet. Denise tentava
achar algo que pudesse cozinhar e que não a deixasse mais enjoada, mas de nada
adiantava, qualquer cheiro, qualquer comida que entrasse em sua boca logo era
despejada de volta, isso não era nada bom, não era apenas Demi, tinha também o
bebê, manter-se bem alimentada é algo imprescindível para qualquer gravida.
Porem para Demi o que a estava torturando não era o constante enjoo, mas sim
saber que nesse exato momento seu marido estava no meio de uma batalha que lhe
poderia custar a vida.
_ Está melhor? –
perguntou Denise, se aproximando de Demi que estava deitada em sua cama, seus
enjoos pareciam que já estavam prestes a cessar.
_ Um pouco. – disse
Demi, com a voz rouca, seu corpo doía um pouco, sua cabeça estava cheia de
preocupações.
_ Você acha que já dá
conta de comer? – perguntou.
_ Acho melhor esperar
um pouco mais para ter certeza. – respondeu Demi.
_ Tudo bem. Seu pai
ligou. – anunciou, sentando-se ao lado de onde Demi estava deitada. _ Ele virá
dormir aqui.
_ Não precisa de tudo
isso. – falou Demi, fazendo cara feia. _ Vocês dois estão se sacrificando
demais por mim.
_ E você acha mesmo
que vamos deixar você passar por isso sozinha? – perguntou Denise. _ Nos te
amamos demais para lhe abandonar agora.
_ Eu sei, mas eu não
queria lhes incomodar tanto. – falou Demi, se levantando um pouco, para ficar
sentada na cama. _ Você agora só fica aqui, eu gosto disso, mas o pobre Paul
fica quase o dia todo sozinho, e meu pai deve ter trabalhado o dia inteiro e ao
invés de ir para casa e dormir, descansar, vai vir até aqui, aposto que ele não
irá dormir direito, o conheço bem, vai ficar a noite inteira vendo se eu estou
bem.
_ Ele jamais reclamará
por isso, somos pais, sacrificamos pelos nossos filhos sem pensar duas vezes. –
falou Denise dando um sorriso para Demi. _ Você logo sentirá isso também. –
Houve um curto silêncio.
_ Obrigada.
_ Se eu pudesse faria
muito mais por você. No momento em que se casou com Joe você também se tornou
minha filha.
_ E você minha mãe. –
A duas se abraçaram.
(...)
_ Ele está numa batalha pai. – confidenciou
Demi, chorosa, ao pai. Ela não chegou a falar nada com Denise, mesmo sabendo
que ela, como mãe, tinha total direito de saber sobre isso, mas Demi sabia
muito bem que Denise ia ficar tão preocupada como ela, isso não seria nada
agradável, o dia já estava conturbado o suficiente. Demi agora estava na cama,
com a cabeça no colo do pai, e o mesmo a fazia cafune. _ Eu sei que não é a
primeira vez, mas eu acho que eu nunca fiquei com tanto medo por ele.
_ Acalma-se filha. –
pediu Eddie com uma doçura em sua voz. Eddie também não estava calmo com tudo
aquilo, ele também temia pela vida do genro e pela saúde da filha e do neto,
sabia muito bem que se algo acontecesse a Joe, Demi se sucumbiria diante de
seus olhos e ele nada poderia fazer. Internamente ambos rezavam por proteção ao
Joe, afinal era só isso que eles podiam fazer. Ninguém podia ir lá, pegar Joe e
leva-lo para segurança, por mais que quisesse e fizessem, caso lhes fosse
possível, mas não, a única alternativa era rezar e esperar que suas preces,
silenciosas, mas mais verdadeiras e puras impossíveis, fossem escutadas.
_ Eu não quero que
nada o aconteça. – choramingou Demi.
_ Vai ficar tudo bem
Demi. – tornou tentar acalma-la. _ Tudo vai dar certo, ele vai ficar bem.
_ E se
não ficar? – perguntou baixo, porem alto o suficiente para que Eddie escutasse
seu temor. _ Eu não sobreviveria pai.
_ Eu sei filha. –
falou Eddie, segurando-se para não chorar junto à filha, ele imaginava como
seria se algo de mal acontecesse e as imagens que vinham em sua mente, de nada
o agradava. Eddie sabe o que é perder alguém e como seria difícil para Demi,
ele teve que ser muito forte para conseguir cuidar dos filhos, mas foi algo
torturador, que ele jamais desejaria a ninguém, principalmente a própria filha.
_ Eu sei.
Naquela noite, pai e
filha dormiram juntos, já em alta madrugada, após terem sido derrotados pelo
cansaço do longo dia e pelos olhos inchados pelo choro.
--
A fumaça ainda era bem
forte e a visão debilitada, os ruídos de passos, gritos e dos motores dos
helicópteros e tanques ainda soavam pelo ambiente, não se podia ter certeza de
onde que havia vindo aquele grito, mas se podia ter certeza que era do mesmo
lugar do tiro. Uma correria dentro do local em que Joe estava começou, era como
se todos estivessem indo para o mesmo local, ninguém sabia exatamente o porquê,
até que outro grito, porem este de euforia foi escutado e em poucos minutos se
espalhou por todo o lugar.
_ Vencemos! – gritavam
os soldados com os braços para cima, sinalizando a alegria. _ Matamos o líder!
Vencemos!
CONTINUA...
Um aviso para
o povo
O bem e o mal
Isto é guerra
♪ 30 seconds to mars
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Desculpe-me
pelo capítulo pequeno e fraco, prometo tentar melhorar.
Não se
esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss
NINA: Muito
obrigada por comentar, bjsss linda J
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