_ Parece que
invadiram nossa casa...
_ Como assim invadiram a casa? – perguntou
Denise assustada
_ Tentaram fazer algo
contra você? – perguntou Joe.
_ Você viu quem foi? –
perguntou Paul
_ Levaram muita coisa?
– perguntou Kevin.
_ Ei gente calma! –
falou Nick. _ Deixem-na falar, deve estar assustada ainda, não a apavorem mais.
_ Desculpe-nos Demi,
não a queremos apavorar. – falou Denise, se aproximando e me direcionando para
sentar-me no sofá.
_ Vou ligar para
policia – anunciou Paul, já discando o numero no telefone.
Todos, excerto Paul,
que chamava policia, sentaram-se ao meu lado, junto a Maddie, vi em seus
olhares que queriam as respostas para suas perguntas.
_ Eu cheguei hoje em
casa e a porta estava aberta, quando entrei vi muitos papeis espalhados, muitas
coisas fora do lugar, reviradas...
_ Você viu quem foi?
Viu alguém? – tornou a perguntar Paul, me interrompendo, após desligar o
telefone, já havia acionado a policia.
_ Não, eu apenas
escutei um barulho na andar de cima, mas não me atrevi a procurar.
_ Fez bem. – falou
Paul.
_ Levaram muita coisa?
– reperguntou Kevin.
_ Não dei falta de
nada. – falei.
_ Deve ter sido um
susto muito grande, com certeza não conseguiu parar para observar direito, por
isso não deu falta. – falou Denise.
_ Já ligou para
Dianna? – perguntou Paul
_ Sim, ela disse que
virá para cá. – respondi.
_ Eu irei para frente
de sua casa, pois a policia irá para lá, assim que Dianna chegar, a leve para
lá, tudo bem?
_ Eu vou contigo pai.
– falou Kevin.
_ Eu também – disse
Nick.
_ Eu vou ficar com a
Demi, desculpa. – falou Joe.
_ Não há problema –
falou Paul.
_ Por favor, tomem
cuidado, o invasor pode ainda estar lá e pode querer fazer algo de mal a vocês.
– alertou Denise preocupada, abraçando cada um.
_ Fique tranquilo, a
policia já esta a caminho. – a tranquilizou Paul. Logo depois saíram.
_ Você quer uma agua
com açúcar? – perguntou Denise.
_ Não eu estou bem. – respondi.
A maior parte do nervosismo já tinha ido embora, não por completo, mas, tanto
eu, quanto Maddie estávamos seguras na casa de Paul. Joe se sentou mais perto
de mim e me abraçou de lado.
_ Que susto minha
linda, não quero nem imaginar se tivesse acontecido algo de grave com você. –
falou me dando um beijo na testa logo depois.
_ Esta tudo bem, não
aconteceu nada. – tranquilizei-o
_ Maddie você quer
brincar lá em cima com Frankie? – perguntou Denise, se dirigindo a Maddie.
_ Sim. – respondeu
animada.
_ Ele está lá no
quarto dele, pode ir. – falou Denise. Maddie foi saltitante, ela realmente
gostava de ficar com Frankie.
Criou-se na sala por
alguns minutos um silencio agradável, pois eu estava nos braços de Joe, e assim
pude escutar seu coração bater com mais facilidade, era incrível como eu gosto
até de seus batimentos cardíacos.
O silencio só chegou
ao fim com o barulho da campainha tocando. Era minha mãe. Ela chegou preocupada
e assustada, o que era de se esperar. Joe e eu a levamos para casa, onde a
policia já estava, junto a Kevin, Nick e Paul, Denise ficou em sua casa para
cuidar de Frankie e Maddie.
Quando chegamos a
policia fazia uma vistoria na casa, a procura de alguém ou alguma pista que
mostrasse quem foi e onde a pessoa estava. Interrogaram-me, faziam perguntas
atrás de perguntas, das quais grande parte eu não tinha respostas, eu dizia e
repetia o que eu sabia, eu não tinha nada de muito detalhado, nada que
realmente pudesse ajudar na investigação. Ainda bem que Maddie estava na casa
de Paul, porque se não acabaria sobrando para ela também, e ela sabia tão pouco
quanto eu.
O dia foi longo,
depois que a policia foi embora, ainda tivemos que reorganizar a casa. Fomos
dormir tarde da noite.
(...)
Uma semana já havia se
passado desde aquele dia, não fizemos nenhuma denuncia, pois no final das
contas não tinham roubado nada, mas a proteção para casa foi reforçada, Paul
fez questão de pagar um circuito de câmeras.
Joe já havia
conversado com Eddie sobre a minha desistência em assinar contrato, Eddie ainda
insistiu, tentou conversar com minha mãe, mas acabou percebendo não adiantava.
Era uma oportunidade única que eu estava perdendo, mas a essa altura eu já
estava conformada.
Meu namoro com Joe
estava muito mais forte, ainda mais agora que tínhamos apoio de todos. Ele
realmente estava me fazendo muito bem, com Joe eu estava ganhando uma confiança
que a muito tempo eu não sabia que existia, meu humor e meus hábitos estavam
melhorando, eu não estava curada ou em perfeitas condições, eu ainda não me
sentia bem comigo mesmo e por varias vezes ainda me pegava a observar no
espelho e me perguntar o que o Joe havia visto em mim que o fizera se
apaixonar, não havia nada de atraente em mim e isso era um fato, mas essas
observações estavam cada vezes mais incomuns, eu ainda não comia todos os dias
mas estava aumentando minhas refeições gradativamente. Minha mãe observava essa
minha melhora e não escondia o quão feliz estava.
Essa semana tinha sido
uma ótima semana na escola, pois Travis, Taylor, Drew e Ashley levaram
suspenção de uma semana, por, de acordo com o diretor, terem achado conteúdo
suspeito em seus pertences, não havia duvidas que fosse droga, e todos sabiam
que o diretor também tinha esta certeza, mas eles eram filhos de grandes
empresários e representantes da comunidade, se fossem expulsos a escola
sofreria represaria.
Mas hoje, segunda, tudo voltaria ao normal,
eles voltariam a frequentar as aulas normalmente.
_ Bom dia mãe. – falei
descendo as escadas.
_ Bom dia filha. –
respondeu prontamente. Ela estava terminando de por a mesa do café da manhã,
sentei-me _ Primeira a descer. – comentou.
_ Pois é. As meninas
ainda não acordaram? Quer que eu vá as acordar? – perguntei.
_ Da ultima vez que
você as acordou quase teve briga, portanto, melhor não, se elas demorarem eu
acordo. – falou ela, destacando a palavra “eu”.
_ Ah mãe deixa. –
insisti.
_ Você vai querer
arranjar confusão com a Dallas, esqueceu-se da promessa de se comportar? –
lembrou-me. Fiz cara feia. Ela riu.
_ Bom dia mamãe! – escutaram-se
os gritos de Maddie, vindo toda feliz cumprimentar-nos. _ Bom dia Demi!
_ Bom dia minha
pequena. – cumprimentou mãe.
_ Bom dia princesa. –
cumprimentei-a. Ela sentou-se do meu lado na mesa, e foi logo partindo um
pedaço de um bolo que mamãe tinha feito.
_ Onde está Dallas? –
perguntou Maddie, colocando um pedaço do bolo na boca logo depois.
_ Aqui! – respondeu
Dallas, descendo as escadas. _ Sentindo minha falta pequena? – perguntou ela se
aproximando e dando um abraço nela.
_ Claro.
_ Bom dia mãe.
_ Bom dia filha.
_ Bom dia tampinha. –
falou me provocando.
_ Viu mãe, é ela. –
falei.
_ Dallas. –
repreendeu.
_ É um apelido
carinhoso.
_ Mas eu não gosto
desse apelido. – falou minha mãe em minha defesa.
_ Tudo bem,
desculpa-me. – disse Dallas.
Comi um pedaço do
bolo, que estava muito bom por sinal, e tomei um copo com achocolatado, isso
era prova de que eu estava melhor, jamais faria isso em um estado normal, não
há duvida que isso me pese na consciência, e na balança, mais tarde, porem eu comi,
e no fim isso é o que importa.
Paul estava feliz
hoje, o que não era de se estranhar, primeiro porque feliz ele sempre foi e
outra porque a empresa dele fecharia um valioso contrato nessa semana com
empresários internacionais, se tudo ocorresse como o previsto por ele, nesse
fim de semana ele daria um grande jantar em sua casa para comemorar. Foi-se o
caminho inteiro escutando ele contar historia engraçadas, besteiras, coisas de
sua adolescência, algumas eu já havia escutado, mas ainda sim me fizeram rir. A
animação que ele tinha acabou contagiando a todos que estavam no carro.
Assim que bateu o
sinal, fui para sala e sentei-me no lugar de sempre, a sala de aula aos poucos
foi se enchendo.
_ Bom dia Demi. –
cumprimentou-me, olhei para ver quem era, e era Travis.
_ Bom dia. –
cumprimentei receosa. O que ele queria ao me tratar educadamente? Ele riu do
meu receio
_ Não mordo não. –
falou se sentando na minha frente, no seu lugar por direito, que por durante
uma semana estava desocupada e que, para minha não alegria, voltaria ser ocupada
por ele.
_ Porque você esta
falando comigo? Faz parte da sua vingança? – perguntei.
_ Não, mas se fosse
não diria. – respondeu. Criou-se um silencio. _ Você ainda esta com essa ideia
da vingança na cabeça? Pensei que já havia esquecido. – perguntou.
_ Não, eu não esqueci,
eu sei que você irá cumpri-la... Não sei quando, mas sei que vai. – respondi.
_ Eu vou, mas relaxa,
fica estressada não, vai acontecer de qualquer jeito mesmo. – falou debochado.
_Porque você está
falando comigo? – tornei a perguntar.
_ Por quê? Não posso?
Está em alguma lei que é proibido falar com você?
_ Não, mas há pouco
tempo você não falava comigo a não ser para me ameaçar. – respondi.
_ Pois é, mas agora
estou falando, e não é para te ameaçar. – falou. _ Só me deu vontade. –
silencio. _ De vez em quando eu gosto de ser legal com as pessoas. – disse e se
virou para frente. O professor chegou.
Nesse ponto ele tinha
razão, quando andava com Travis ele era uma pessoa realmente legal, quando
conheci o seu lado ruim fiquei presa a ele e me esqueci do seu lado bom, mas
ainda sim, mesmo sabendo que há uma parte boa no Travis e que essa sua
repentina gentileza poderia ser real, me intrigava e muito essa mudança de
comportamento para comigo. Não tem como relaxar quando estas sobre ameaçada,
mesmo que aconteça de qualquer maneira, eu estava alerta.
A aula passava, sem
nenhuma nova tentativa de interação por parte do Travis.
Dos que foram
suspensos, apenas Travis e Ashley voltaram, Drew e Taylor não compareceram na
aula.
(...)
Já era hora da saída,
todos já estavam no carro, menos Maddie.
_ A Maddie ainda não
veio? – perguntei ao me aproximar carro.
_ Não. – respondeu
Paul, estranhando tanto quanto eu.
_ Espere um pouco, eu
vou busca-la – anunciei.
_ Tudo bem. –
respondeu.
Quando me aproximava
da recepção, vi a pequena, com um sorriso gigantesco na cara, vindo toda feliz
em direção à saída.
_ Porque demorou
Maddie? – perguntei, quando ela se aproximou.
_ Nada não. –
respondeu ela. Eu sabia que tinha acontecido algo, ela não é de enrolar para
sair da sala e apesar de ter um humor constantemente agitado e alegre, não era
esse exagero todo, mas deixei, se ela estava feliz é sinal que não deveria ser
nada de mau.
Paul como sempre nos
deixou em casa, e desde aquele dia da invasão, esperava que nos entrássemos e
que lhe desse sinal positivo para partir. Eu confesso que achava exagero de sua
parte, afinal de contas nada de mal aconteceu com ninguém, nem em termos
físicos nem em termos materiais, mas sei que só assim para ele se acalmar, ele
se importa muito com o nosso bem estar.
Entrei na casa e tirei
o uniforme. Como hoje estava fazendo muito calor, coloquei um vestido de
alcinha que há tempos não usava. Nunca gostei muito de usar roupas sem manga
porque não gostava de mostrar o braço gordo que eu tinha, mas hoje foi questão
de necessidade.
_ E então Maddie o que
você vai querer para comer? – perguntei, assim que desci. Ela já estava a andar
pela cozinha.
_ Sabe hoje me deu
muita vontade de comer aquela torta de legumes que o pai fazia. – respondeu. O
que deu nela hoje? Ela não era de comer legumes, comia apenas quando era nessa
torta, mas nunca foi o seu prato preferido.
_ Tem certeza? –
perguntei.
_ Aham. – falou,
fazendo sinal positivo também com a cabeça.
_ Você nunca gostou de
legumes e esse nunca foi seu prato predileto.
_ Eu sei... Mas me deu
vontade hoje. – falou. _ Tem problema? – perguntou.
_ Não. Já que está com
vontade, farei. – respondi.
No fundo a agradeci
por pedir essa torta, pois não é uma receita difícil de ser feita e nem
gordurosa, em no máximo de 30 minutos a refeição já estaria pronta.
Enquanto fazia a
torta, Maddie me observava e conversávamos. Ela fazia varias perguntas, de
fatos desde o seu nascimento, ela estava curiosa para saber mais sobre si
mesmo. Eu não reclamava, pois por varias vezes me peguei irritando Dallas com
perguntas sobre minha infância da qual eu não me lembrava por ser muito
pequena, agora era a vez de Maddie perguntar. Respondia na medida do possível.
Modéstia parte, desta
vez eu tinha me superado, a torta de legumes tinha ficado realmente boa. Tanto
Maddie quanto eu comemos. Assim que terminamos a refeição, lavei os pratos e
guarde o pouco que sobrou para que minha mãe e Dallas comecem na hora que
chegassem. Depois junto a Maddie fui fazer as lições de casa, eu havia enrolado
para fazê-las e agora tinha um monte de trabalhos e deveres para apresentar
para os próximos dias. O telefone tocou, atendi:
_ Alo? – perguntei,
não obtive nenhuma resposta, apenas escutava a respiração da pessoa que estava
do outro lado da linha. _ Alo?... Não estou escutando nada. – falei. –
continuei sem respostas. _ Alo? – perguntei agora irritada. A pessoa desligou
na minha cara.
_ Mas que saco! –
deixei escapar. _ Desculpa-me Maddie. – pedi pela minha falta de educação na
sua presença.
_ Tudo bem. –
respondeu. _ Era quem? – perguntou.
_ Não sei, não falou
nada. – respondi. Voltamos a fazer os nossos deveres.
Durante o dia essas
ligações se repetiram por umas quatro vezes, e só parou porque eu, já irritada,
comecei a xingar a pessoa pelo telefone, pois aquelas constantes chamadas já
estavam a deixar-me brava, fora que dava um pouco de medo, poderia até ser
brincadeira de um desocupado da vida, mas, apesar de ainda ser dia, me remetia
a lembranças de filmes de terror em que a vitima recebe telefonemas
misteriosos.
Mais tarde mãe e
Dallas chegaram. Hoje o treinamento das lideres de torcida tinha sido
exaustivo, pois em pouco tempo começariam o campeonato escolares, por isso minha
mãe chegou mais cansada do que o normal, foi da porta direto se jogar no sofá,
não se deu ao trabalho nem de trocar a roupa para colocar algo mais
confortável. Maddie se sentou ao seu lado e eu sentei no outro sofá.
_ O que você fez para
o almoço? – perguntou a esfomeada da Dallas.
_ Torta de legumes...
Pedido de Maddie. – respondi.
_ Pedido da Maddie? –
perguntou minha mãe prontamente, se ela não tivesse perguntado Dallas teria
feito a mesmo pergunta.
_ Dela mesmo. –
respondi.
_ O que deu em você em
minha pequena? – perguntou minha mãe a abraçando de lado.
_ Nada... É que me deu
saudades de comer a torta de legumes, ainda mais que... – calou-se
_ Ainda mais que...? –
perguntou minha mãe a espera da continuação da frase.
_ Nada. – falou.
Estava na cara que era mentira, tinha alguma coisa.
_ Maddie. – repreendeu
minha mãe.
_ É que... – começou a
falar indecisa. _ Hoje eu vi o papai.
CONTINUA...
Capítulo postado, muitas
coisas aconteceram nos próximos capítulos, as situações dos próximos capítulos irão
esclarecer muitas coisas da historia. Estou conseguindo escrever um pouco mais
então acho que conseguirei postar mais frequentemente como havia prometido. Espero
que estejam gostando. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss J
Yasmine Maciel: haha, pois é deixei um final com um
suspense J. Que bom que gostou, bjs.
NINA: Fico feliz que tenha gostado. Sei
muito bem como é isso, leio muitas fic e acabo sempre atrasando em algum e
custo para comentar, mas que bom que voltou a poder ler a fic. Bjs.
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