quarta-feira, 25 de julho de 2012

3º CAPITULO “porque me importaria com isso?” - Recomeçar


Ele riu e me olhou nos olhos, seu olhar era profundo, me deixava um pouco envergonhada e eu sempre odiei quando uma pessoa ficava me olhando assim, mas não sei por que, eu não estava me importando tanto.
 _ Você é muito bonita. – disse e olhou para frente.
_ Obrigada – respondi, ele parecia sincero ao dizer aquilo, pena que eu ainda sim, não acreditava que isso possa ser verdade. _ Você é bem mais. – continuei. Não estava mentindo, ele é muito bonito mesmo.
Ele riu e voltou a me olhar.
_ Você deve ter deixado muito amigos lá na sua cidade né? – ele perguntou.
_ Digamos que eu não era o que se chama de popular – disse e dei uma pequena risada pelo canto da boca, tentando disfarçar as tristes lembranças que isso me remetia.
_ Mesmo assim, sempre tem um amigo – ele falou. Não falei nada, não sabia o que dizer, eu não tinha amigos, todos me achavam estranha e riam de mim. _ Meu pai disse que você vai estudar na mesma escola que eu e meus irmãos, vou te apresentar a todos lá, com certeza você vai gostar deles – disse ao perceber que eu não iria falar nada.
_ Você deve conhecer muitas pessoas lá né? – falei.
_ Eu estudo no mesmo colégio desde pequeno, digamos que não tem como eu não conhecer alguém lá. – riu orgulhoso.  _ Você está no terceiro ano né?
_ É. – falei sem animo
_ Melhor ainda – falou todo empolgado. _ pois eu também sou e assim vai ser mais fácil lhe apresentar para os meus amigos – justificou-se. _Já sabe o que vai fazer?
_ Na verdade eu ainda estou em duvida, às vezes penso em direito, adoraria ser uma advogada, mas às vezes eu queria estudar musica, eu sempre gostei de musica. – falei desta vez mais animada.
_ Você gosta de cantar? – perguntou
_ Gostar eu gosto, mas não sou muito boa. – respondi, abaixando a cabeça.
_ Aposto que você canta lindamente. – falou. _ Sabe tocar algum instrumento?
_ É. Eu toco guitarra, violão e piano também. –respondi, voltando a olha-lo.
_ Uau, uma artista nata. – falou ele com o belo sorriso que só ele sabe dar.
_ Nem tanto. – disse timidamente
_ Sabe compor?
_ Bom, eu tenho algumas letras, mas é só algo que eu gosto de fazer de vez em quando, é onde eu me expresso, muitas vezes é melhor que escrever no diário. – falei e logo depois me assustei comigo mesma, eu nunca falei sobre nada disso com alguém que não fosse minha mãe ou minhas irmãs. Era incrível ele me dava confiança sem mesmo fazer nada.
_ Como eu disse uma artista nata. Gata aproveita que esta em Los Angeles, o lugar onde os sonhos se tornam realidade. – falou empolgado, se aproximando um pouco mais.
Gata? Tentei ignorar
_ Não sei, existem varias pessoas ai com muito mais talento que eu que não conseguiram nada, não vai ser eu que vou conseguir – falei.
_ Eu aposto que você tem muito talento, se você quiser eu te ajudo. – falou ele
_ Você gosta de apostar né? – falei rindo
_ Gosto e muito, e até hoje todas as minhas apostas estavam certas – disse sorrindo e me deixando sem graça. _ Vamos entrar, já está esfriando – falou quando começou um vento forte.

Levantamos e entramos na sala. Todos estavam lá, assistindo algo na TV e ao mesmo tempo conversando.

_ Eu tenho um violão lá no meu quarto, quer tocar? – perguntou me olhando.
_ Ah... É... Eu... Não sei se é uma boa ideia – respondi, ele tinha me pegado de surpresa.
_ Vai, eu não tenho nada para fazer e duvido que você tenha.– disse. Ele realmente queria me ouvir tocar.
_ Vai se arrepender se me empolgar.  
Ele riu e logo falou.
_ Aposto que não. – E riu novamente, ri também ao me lembrar do que ele tinha dito sobre suas apostas.
_Tudo bem, vamos lá – falei.
Fui em direção às escadas junto com ele, a conversa na sala parou e senti os olharem em nossa direção.
                                                                              (...)
Entrei no quarto dele que não era muito diferente do quarto de hospedes, a única coisa que distinguia era que nesse quarto tem varanda e no de hospedes não. Como era de se esperar de um menino adolescente, o quarto estava bagunçado, com jogos de vídeo game e revista, nas quais não me arrisco a olhar de quê, espalhados pelos moveis, algumas roupas encima da cama. Como ele conseguia dormi ali?
_ Tenta não reparar na bagunça – riu e coçou a cabeça envergonhado.
_Tudo bem – mal ele sabia que eu já tinha reparado.
_ Aqui, esse é meu violão – falou pegando-o e me dando (← ficou meio estranho né?)
Peguei o violão. Ele foi em direção da cama e pegou as roupas que estavam espalhadas por ela, tentou organiza-las, mas ao ver que não conseguia desistiu e jogou no chão de qualquer jeito. Ri da situação.
_ Como você pode ver eu não sou muito bom em arrumar as coisas – falou meio envergonhado. _ Sente aqui. – disse apontando para a cama.
_ Então, qual musica quer que eu cante? – perguntei me sentando.
_ Que tal uma sua? – respondeu e se sentou ao meu lado.
Hesitei um pouco. Comecei meio tímida, mas me soltei um pouco com o desenrolar da musica. Ele manteve um sorriso amigável enquanto me ouvia, dava para ver que ele prestava atenção em todos os detalhes. Isso me deixou nervosa, com medo do que ele pudesse estar pensando.
_ UAU! – disse com os olhos arregalados. _ Você canta brilhantemente bem, e a musica é linda, como chama?
_ This is me – falei envergonhada, nunca ninguém tinha dito isso para mim.
_ Serio, eu acho que você pode ser muito famosa, se você estiver interessada eu posso te ajudar. – falou todo empolgado.
_ Não sei... – abaixei a cabeça. Mais uma vez não sabia o que dizer a ele, eu sempre quis ser cantoria e ser famosa era o meu maior sonho, poder cantar e inspirar outras pessoas assim como os meus ídolos me inspiram, mas quem iria gostar de mim?
_ Não precisa dizer agora, pode pensar um pouco. – disse ele pegando em meu queixo e levantando a minha cabeça. O toque era sensível, delicado, sua mão era macia, me despertou o sentimento de “querer mais”, eu queria aquele toque, mas eu sei que não podia, nem mesmo intendo o porquê desse sentimento.
_ Joe... Ah Demi você também está aqui – Nick falou surpreso. _ A Ashley esta no telefone. – Joe pulou da cama e correu para baixo para atender ao telefone, seus movimentos rápidos até me assustou um pouco, Nick riu da correria do irmão, depois me olhou amigavelmente, como se estivesse sem saber se falava comigo ou se apenas ia embora, resolveu descer.
Com certeza essa Ashley era alguém muito importante para ele, provavelmente a namorada. Isso era de se esperar, Joe era um menino bonito, muito bonito para dizer a verdade e gentil, não teria como eu imaginar que ele era solteiro. Mas também, porque me importaria com isso?
                CONTINUA...

Oi gente, como vocês estão? O que estão achando? Eu sei que deixei a desejar nesse capitulo, mas prometo tentar melhorar, tenho varias ideias na minha cabeça. Espero conseguir coloca-las em pratica. Muitas coisas ainda vai acontecer ;)
Estou muito feliz pelos meus primeiros 5 seguidores =D, muito obrigada por me seguirem!!!
BJS. Tem mais fic amanhã J

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