Ele riu e me
olhou nos olhos, seu olhar era profundo, me deixava um pouco envergonhada e eu
sempre odiei quando uma pessoa ficava me olhando assim, mas não sei por que, eu
não estava me importando tanto.
_ Você é muito bonita. – disse e olhou para
frente.
_ Obrigada – respondi, ele parecia sincero ao dizer
aquilo, pena que eu ainda sim, não acreditava que isso possa ser verdade. _
Você é bem mais. – continuei. Não estava mentindo, ele é muito bonito mesmo.
Ele riu e voltou a me olhar.
_ Você deve ter
deixado muito amigos lá na sua cidade né? – ele perguntou.
_ Digamos que eu não
era o que se chama de popular – disse e dei uma pequena risada pelo canto da
boca, tentando disfarçar as tristes lembranças que isso me remetia.
_ Mesmo assim, sempre
tem um amigo – ele falou. Não falei nada, não sabia o que dizer, eu não tinha
amigos, todos me achavam estranha e riam de mim. _ Meu pai disse que você vai
estudar na mesma escola que eu e meus irmãos, vou te apresentar a todos lá, com
certeza você vai gostar deles – disse ao perceber que eu não iria falar nada.
_ Você deve conhecer
muitas pessoas lá né? – falei.
_ Eu estudo no mesmo
colégio desde pequeno, digamos que não tem como eu não conhecer alguém lá. –
riu orgulhoso. _ Você está no terceiro
ano né?
_ É. – falei sem animo
_ Melhor ainda – falou
todo empolgado. _ pois eu também sou e assim vai ser mais fácil lhe apresentar
para os meus amigos – justificou-se. _Já sabe o que vai fazer?
_ Na verdade eu ainda
estou em duvida, às vezes penso em direito, adoraria ser uma advogada, mas às
vezes eu queria estudar musica, eu sempre gostei de musica. – falei desta vez
mais animada.
_ Você gosta de cantar?
– perguntou
_ Gostar eu gosto, mas
não sou muito boa. – respondi, abaixando a cabeça.
_ Aposto que você
canta lindamente. – falou. _ Sabe tocar algum instrumento?
_ É. Eu toco guitarra,
violão e piano também. –respondi, voltando a olha-lo.
_ Uau, uma artista
nata. – falou ele com o belo sorriso que só ele sabe dar.
_ Nem tanto. – disse
timidamente
_ Sabe compor?
_ Bom, eu tenho
algumas letras, mas é só algo que eu gosto de fazer de vez em quando, é onde eu
me expresso, muitas vezes é melhor que escrever no diário. – falei e logo
depois me assustei comigo mesma, eu nunca falei sobre nada disso com alguém que
não fosse minha mãe ou minhas irmãs. Era incrível ele me dava confiança sem
mesmo fazer nada.
_ Como eu disse uma
artista nata. Gata aproveita que esta em Los Angeles, o lugar onde os sonhos se
tornam realidade. – falou empolgado, se aproximando um pouco mais.
Gata? Tentei ignorar
_ Não sei, existem
varias pessoas ai com muito mais talento que eu que não conseguiram nada, não
vai ser eu que vou conseguir – falei.
_ Eu aposto que você
tem muito talento, se você quiser eu te ajudo. – falou ele
_ Você gosta de
apostar né? – falei rindo
_ Gosto e muito, e até
hoje todas as minhas apostas estavam certas – disse sorrindo e me deixando sem
graça. _ Vamos entrar, já está esfriando – falou quando começou um vento forte.
Levantamos e entramos
na sala. Todos estavam lá, assistindo algo na TV e ao mesmo tempo conversando.
_ Eu tenho um violão
lá no meu quarto, quer tocar? – perguntou me olhando.
_ Ah... É... Eu... Não
sei se é uma boa ideia – respondi, ele tinha me pegado de surpresa.
_ Vai, eu não tenho
nada para fazer e duvido que você tenha.– disse. Ele realmente queria me ouvir
tocar.
_ Vai se arrepender se
me empolgar.
Ele riu e logo falou.
_ Aposto que não. – E
riu novamente, ri também ao me lembrar do que ele tinha dito sobre suas apostas.
_Tudo bem, vamos lá –
falei.
Fui em direção às
escadas junto com ele, a conversa na sala parou e senti os olharem em nossa
direção.
(...)
Entrei no quarto dele
que não era muito diferente do quarto de hospedes, a única coisa que distinguia
era que nesse quarto tem varanda e no de hospedes não. Como era de se esperar
de um menino adolescente, o quarto estava bagunçado, com jogos de vídeo game e
revista, nas quais não me arrisco a olhar de quê, espalhados pelos moveis, algumas
roupas encima da cama. Como ele conseguia dormi ali?
_ Tenta não reparar na
bagunça – riu e coçou a cabeça envergonhado.
_Tudo bem – mal ele
sabia que eu já tinha reparado.
_ Aqui, esse é meu
violão – falou pegando-o e me dando (← ficou
meio estranho né?)
Peguei o violão. Ele
foi em direção da cama e pegou as roupas que estavam espalhadas por ela, tentou
organiza-las, mas ao ver que não conseguia desistiu e jogou no chão de qualquer
jeito. Ri da situação.
_ Como você pode ver
eu não sou muito bom em arrumar as coisas – falou meio envergonhado. _ Sente
aqui. – disse apontando para a cama.
_ Então, qual musica
quer que eu cante? – perguntei me sentando.
_ Que tal uma sua? –
respondeu e se sentou ao meu lado.
Hesitei um pouco.
Comecei meio tímida, mas me soltei um pouco com o desenrolar da musica. Ele
manteve um sorriso amigável enquanto me ouvia, dava para ver que ele prestava
atenção em todos os detalhes. Isso me deixou nervosa, com medo do que ele
pudesse estar pensando.
_ UAU! – disse com os
olhos arregalados. _ Você canta brilhantemente bem, e a musica é linda, como
chama?
_ This is me – falei
envergonhada, nunca ninguém tinha dito isso para mim.
_ Serio, eu acho que
você pode ser muito famosa, se você estiver interessada eu posso te ajudar. –
falou todo empolgado.
_ Não sei... – abaixei
a cabeça. Mais uma vez não sabia o que dizer a ele, eu sempre quis ser cantoria
e ser famosa era o meu maior sonho, poder cantar e inspirar outras pessoas
assim como os meus ídolos me inspiram, mas quem iria gostar de mim?
_ Não precisa dizer
agora, pode pensar um pouco. – disse ele pegando em meu queixo e levantando a
minha cabeça. O toque era sensível, delicado, sua mão era macia, me despertou o
sentimento de “querer mais”, eu queria aquele toque, mas eu sei que não podia,
nem mesmo intendo o porquê desse sentimento.
_ Joe... Ah Demi você
também está aqui – Nick falou surpreso. _ A Ashley esta no telefone. – Joe
pulou da cama e correu para baixo para atender ao telefone, seus movimentos
rápidos até me assustou um pouco, Nick riu da correria do irmão, depois me
olhou amigavelmente, como se estivesse sem saber se falava comigo ou se apenas
ia embora, resolveu descer.
Com certeza essa
Ashley era alguém muito importante para ele, provavelmente a namorada. Isso era
de se esperar, Joe era um menino bonito, muito bonito para dizer a verdade e
gentil, não teria como eu imaginar que ele era solteiro. Mas também, porque me
importaria com isso?
CONTINUA...
Oi gente, como vocês
estão? O que estão achando? Eu sei que deixei a desejar nesse capitulo, mas
prometo tentar melhorar, tenho varias ideias na minha cabeça. Espero conseguir
coloca-las em pratica. Muitas coisas ainda vai acontecer ;)
Estou muito feliz pelos
meus primeiros 5 seguidores =D, muito obrigada por me seguirem!!!
BJS. Tem mais fic
amanhã J
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