Eu
tinha pouco tempo, e eu queria resolver tudo antes que eu tivesse que voltar
para minha cidade. Porém nada estava funcionando. Estou de novo com Demi e este
sempre foi meu objetivo, mas isso foi antes de eu descobrir que tinha um filho
também, no momento em que descobri sobre Jonathan meu objetivo se tornou voltar
com Demi e ser o pai de Jonathan, porém esta segunda parte estava complicada,
ele mal falava comigo, com Demi ele estava um pouco mais aberto, mas frio, ela
não consegui muita coisa também, talvez apenas para nos irritar ou desestimular,
ele só sedia com Nicholas. Nick esta fazendo o que pode para nos ajudar, mas
por conta de seus horários no trabalho, e fato de que ele sempre chega bem
cansado em casa, ele não pode ficar o tempo todo mediando entre nós e Jonathan,
então tudo estava correndo muito devagar e cada dia ficava mais certo que eu
teria que voltar para casa sem nenhuma conclusão.
_
Como ele está hoje? – pergunto a Demi.
_
Fazendo birra. – Demi responde.
_
Você acha que eu devo desistir?
_
Não, eu conversei com a antiga psicóloga dele pelo telefone e ela disse que
isso é normal, que devemos ter paciência, não forçar. – Demi diz. _ Ele irá lhe
aceitar. – ela garante.
_
Eu tenho que voltar para casa. Eu tenho sessão de fisioterapia, eu não posso
faltar.
_
Você acha que sua mãe lhe deixará voltar para cá?
_
Eu não sei como vai ser com ela, não falo com ela desde que toda essa confusão aconteceu.
_
Talvez o Nicholas consiga uma vaga para você na fisioterapia daqui por um bom
preço. – Demi sugere.
_
Isso significa que eu nunca mais veria minha mãe...
_
Eu não quero que você a abandone, como mãe eu não desejo isso para ninguém, mas
eu não quero te perder novamente e eu tenho a impressão que se você for eu não
lhe verei novamente. – ela diz e eu não sei como responder. _ O Nicholas tem
uma vida aqui, assim como o Jonathan, mudar com o Jonathan de cidade seria possível,
mas ruim, porém separa-lo do Nick? Eu não teria coragem de fazer algo assim.
_
Eu entendo.
_
Talvez possamos visitar...
_
Demi. – interrompo-a. _ Eu entendo e admiro o que você está tentando fazer, mas
é como minha mãe disse, eu tenho que decidir. – eu digo.
_
Isso é injusto.
_
Mas é o que temos. – digo. _ Eu não gosto disso também, mas, pelo menos por
agora é isso que temos.
_ Sabe? Vamos afastar isso... Esta conversa
não está nada animada. – ela diz. _ Eu tenho um plano e acho que vai funcionar.
_
E do que se trata?
_
Você terá o Jonathan, e será mais rápido que você pensa.
Eu
não sabia como tínhamos chegado até aqui, até alguns minutos atrás Jonathan mal
olhava para nós, mas agora ele está todo feliz, empolgado.
Estávamos
na frente do lugar em que brincaríamos de PaintBall. Eu nunca tinha feito isso
antes e sem duvidas não estava na melhor forma para isso, mas eu faria de tudo
para conquistar o garoto e se para isso eu tivesse que ir até o meu limite, eu
iria.
A
roupa de proteção é um pouco pesada, mas nada que me prejudicasse demais, eu
pego a arma que nos dão e vou para onde vamos brincar, Demi e Jonathan já estão
lá, apenas me esperança, seriamos dois contra um, eu e Demi contra Jonathan. Nicholas não pode vir, pois ainda estava no hospital.
Quando
começamos eu fiquei totalmente perdido, eu sai atirando sem saber para onde,
provavelmente acertei a Demi, mesmo ela sendo do meu time.
Jonathan
sem duvidas era bom nisso, ele sumia e aparecia no meu campo de visão com
agilidade e quando não me acertava, passava de raspão, mesmo com a roupa de
proteção, os tiros que acertam doem.
No
fim era obvio quem tinha ganhado, eu basicamente acertei a Demi, e ela fez o máximo
para acertar ao Jonathan e teve algum sucesso, mas nada comparado ao que ele
fez, ele me acertou em cheio por varias vezes e sem duvidas acertou a Demetria
também.
No
fim do jogo ele já começara a conversar com a gente, mas para rir da nossa
derrota, mas já era algo, fomos a uma lanchonete perto do local e fizemos a
festa.
X-burgueres,
porções de batata e onion rings, milk shakes, tudo o que não se deve comer, mas
que é bom demais para se recusar. No fim eu nem mesmo sabia como me colocar de
pé, comi tanto que ao me levantar me curvei para frente.
Para
fazer a digestão, fomos passear no parque, o dia estava fresco, era um ótimo dia
para ficar ao ar livre.
_
Porque vocês dois não brincam de futebol americano? – Demi pergunta, quando já estávamos
a um bom tempo por lá.
_
Não sei se consigo. – digo.
_
Você arremessava bem quando mais novo. – ela insiste.
_
Eu posso pegar. – para minha surpresa, Jonathan também quer isso. Olho para
Demi e ela sorri para mim.
_
Posso pegar a bola e a luva no carro. – ela diz. Olho para Jonathan e ela não
demonstra tanto, mas vejo que ele está feliz.
_
Sim. – eu digo. _ Claro que quero. – falo. _ Eu não sei se ainda rebato bem...
_
Pior que a mamãe você não é. – ele diz.
_
Ei. – Demi reclama e ri. _ Eu estou aqui ok?
_
Mas você é bem ruim. – ele diz e ri também.
_
É porque isso que não devemos dar açúcar aos filhos, eles perdem a noção do
perigo. – Demi diz olhando para mim e ri, eu riu junto.
Enquanto
Demi se levanta e vai até onde estacionou o carro para pegar a luva e a bola
para jogarmos eu tento puxar conversa com Jonathan.
_
Muito obrigada por isso. – digo e ele dá de ombros. Temo que eu tenha estragado
tudo ao tentar falar algo, mas depois de alguns segundos é ele quem começa a
conversa.
_
Você vai ficar?
_
Não sei ainda.
_
Se você ficar, você vai permitir que o Nicholas continue com a gente?
_
Claro, ele é meu irmão e de certa forma, ele também é seu pai, eu devo muito a
ele. – digo.
_
Você e mamãe estão juntos?
_
Sim.
_
Ela parece feliz. – ele repara.
_
E eu pretendo mantê-la assim, feliz, eu quero fazê-la feliz.
_
Então fique. – ele diz e sinto que é o que ele deseja, principalmente quando
ele termina de falar, me surpreendendo como nunca fui surpreendido. _ Fique,
pai.
Continua
Estamos
de volta, espero que tenham gostado.
Um
feliz 2017 para todos.
Meu coração está apertado tadinho do Joe pelo menos as coisas estão Boas pra ele
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