sexta-feira, 13 de novembro de 2015

10. Linda Catástrofe – Não Existem Poesias


A quinta-feira de Demi tinha sido estranha. Assim que acordou percebeu que hoje seria o primeiro dia, desde que chegara a Califórnia, que ela não tinha exatamente nada para fazer.
Camila hoje trabalharia até tarde, após seu turno na cafeteria, ela iria para uma seção de fotos para uma revista juvenil, isso significava que nada de amiga por hoje. Ela não tinha nada marcado com Sam, nem mesmo com nenhuma editora, e como Demi queria “dar um tempo” em seu convívio com Joe, ela não poderia procura-lo. Solução? Ficar o dia inteiro em seu pijama, comendo o que ainda restava das comidas congeladas que a mãe mandara, tentando achar algum filme legal para ver na TV, assim que eu ganhar algum dinheiro, vou assinar Netflix, pensou consigo mesmo.
Mas tarde ela recebeu um telefonema de seu pai, ele a dissera que sua mãe mandou-lhe um abraço, Demi não acreditava, mas fingiu que sim, ela sabia que a mãe ainda estava chateada, e isso machucava o coração de Demi, e foi exatamente neste momento em que ela parou para se perguntar se tudo aquilo valia a pena, ficar longe de sua família, brigada com sua mãe...
Nem tudo pode ser perfeito, afinal.

O dia dela pode até ter começado estranho, mas nada se compararia com sua noite.
Já era tarde, no relógio marcava quase meia noite e meia, porque alguém bateria em sua porta numa hora desta?
Seu coração disparou assim que percebeu que se tratava de Joe, o que ele estava fazendo ali? Quer dizer, o que ela deveria fazer? Deixa-lo lá poderia deixa-lo preocupado, assim como ela ficou quando ele demorou a atendê-la na noite anterior, mas ela tinha que evita-lo, não é? O que fazer? Pense rápido Demetria!
Assim que abriu a porta, Demi logo percebeu que ele estava estranho, o seu olhar meio perdido, o seu cheiro estava forte, com roupa toda desgrenhada, ele estava... Bêbado? Não, isso não é possível.
Mas era...
– Eu sempre gostei de ser sozinho... – começou Joseph, assim que percebeu que a porta estava aberta.
– Joe. – Demi tentou interrompe-lo.
– Shhhhhhhi, não me interrompa. Estou falando. – disse enrolando um pouco a língua. – Eu me acostumei com a solidão, triste não é? - perguntou olhando diretamente para Demi. Demi não disse nada, já tinha sido interrompida uma vez,  ela não arriscar de novo, ele estava bêbado, bastava dá-lo atenção, até que desmaiasse de bêbado. – Em? Não é triste? - insistiu.
– Joe, você quer entrar? - ele estava falando um pouco alto, logo os vizinhos sairiam para ver o que estava acontecendo, e Demi não tinha duvidas que Joe odiaria saber que a vizinhança inteira o viu bêbado.
– Não foi isso que eu te perguntei... Não é triste? – perguntou novamente.
– É Joe. - respondeu, por fim. – Solidão é triste.
– Não era para mim. - falou, esta frase saiu quase limpa, como se ele estivesse sóbrio. – a solidão me bastava. Eu era feliz Demi!
– Joe. Entre. Por favor. - Demi não podia negar, ela estava um pouco brava, melhor, decepcionada. O pai de Demi sempre foi um bom pai e marido, porém, seu lugar preferido sempre foi o bar. Demi ainda lembra-se da primeira vez que o viu chegar bêbado em casa, sua mãe, que estava preocupada, com o desaparecimento do marido, assim que o viu naquele estado, brigou com ele, a discussão foi quente, o pai bêbado gritava feito um louco, e a mãe não deixava por menos. Demi nunca os tinha visto brigar antes, aquela ainda seria a primeira briga de muitas presenciadas por ela, porém, sem duvidas, tinha sido a mais marcante.
Ver Joe assim foi como tiro para Demi. Quando ela o conheceu, ela viu que ele era um homem diferente, e isso fez com que aproximação dos dois fosse tão fácil, eles até podiam não fazer o casal ideal, mas ela sabia que se eles ficassem juntos, ele a faria feliz. Mas vê-lo assim, bêbado, fazendo escândalo na sua porta, fez com que ela começasse a acreditar no que dizem: todos os homens são iguais.
– Você Demetria. Você é uma catástrofe. - disse, Demi se segurou para não fechar a porta na cara dele, agora Joe já estava saindo do controle, ela não era obrigada a escutar ofensas. – Você é aquela catástrofe que te machuca, mas é uma catástrofe linda, uma catástrofe que eu não ligo de me atingir, é uma catástrofe que eu gosto... - Demi estava boquiaberta, mas o que ele estava falando? Não era possível que ele estava falando sério, nada daquilo fazia sentindo mais. Ela estava sonhando, é isso, ela estava sonhando... – Eu gosto de você Demi...
– Joe...
– Isto não é loucura? Eu mal te conheço e eu já gosto de você. O que você fez comigo Demi? Que feitiço você jogou em mim. - agora Joe não mais gritava. Isso teria deixado Demetria mais tranquila, se ela não estivesse tão surpresa com o que escutara.
Por que ele estava fazendo isto com ela? Ele estava alucinado? Ele estava falando a verdade? Por que Joe?
– Talvez seja o mesmo que você jogou em mim. - confessou. Provavelmente ele estava tão bêbado que não se lembraria dela falando isso. Que mal faria?

Bom, Joe está totalmente bêbado, ele já havia feito algo em que, sóbrio, jamais faria, confessar-se apaixonado por Demi, e agora que ele, pelo menos em sua mente de bêbado, entendeu em sua resposta que ela também gostava dele, porque não se arriscar mais um pouquinho?
Demi não esperava por isso, mas não recusou. Joe não tinha muita noção do que estava fazendo e se estava fazendo certo, mas o fez, o fez com vontade.
Os lábios de Demi e Joe se movimentavam em sincronia, ambos faziam isso quase que automaticamente, como se já tivessem se beijado várias e várias vezes, eles se curtiam entre o beijo, tocavam-se, e se apaixonavam ainda mais um pelo outro.
Demi, em um momento de consciência com uma pitada de rebeldia, agarrou Joe e o trouxe para dentro de seu apartamento, Joe, instintivamente chutou a porta por trás, a porta se fechou e ele e Demi continuaram a caminhar pelo apartamento, sem rumo e sem se desgrudar um do outro.
Sem olharem para onde iriam, Demi tropeçou na leve elevação de piso, que tem entre a sala e o pequeno corredor que leva para o quarto e o banheiro.
Demi caiu e levou Joe junto. Ambos se separaram um pouco neste momento de queda, e Joe começou a rir, Demi não sabia o porquê ele estava rindo, eles poderiam ter se machucado, mas acabou rindo junto.
Assim que pararam de rir, eles voltaram a se beijar, e Demi, aproveitando-se da posição em que se encontravam (Demi por baixo e Joe por cima), colocou sua mão por baixo da camisa de Joe, acariciando-o. Joe não se afastou, nem a impediu de nenhuma maneira, ele ainda a beijava sem medo.
Assim que, finalmente, pararam de se beijar, Joe olhou nos olhos de Demi, viu que ela sorria, ela estava feliz, e ele também.
Joe acarinhou a bochecha de Demi, e desceu seu carinho até seu ombro, lá afastou a alça da camisa do pijama de Demi, e beijou seu ombro. Era um gestou pequeno e até bobo, mas que deixou Demi toda arrepiada.
– Você tem certeza? – perguntou Demi, assim que Joe voltou a fita-la.
– Não. – respondeu. – Mas eu quero. Eu quero muito.

Continua

E aí galera, apostas para o que vai acontecer no próximo capítulo?



Caah: kkkkkkk será mesmo? Espero que tenha gostado do capítulo. Bjssss
Fabiola: bom, acabou que não durou muito kkkkkkk. Espero que tenha gostado do capítulo. bjssss

4 comentários:

  1. Aaaaaaah não faz isso comigo...
    Posta mais, mais mais maiiiiis
    Ta muito perfeitooo

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  2. Kkkkkkk vei faz isso nao, posta logo to doida pra ver a ressaca dele kkkk
    Bjs

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  3. Aquele momento que eu quero voar no seu pescoço por que você parou ai. Kkkkk
    Serio agora continua por que eu quero que eles fiquem juntos. Se não vou pular no seu pescoço.
    Amei posta mais.
    Beijoooos

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  4. Olá Nanda!
    Hoje foi o último dia da pré-indicação na votação "As Melhores de 2015".
    Acabou por ficar nomeada. Parabéns!
    Link: http://criticasdefanfics.blogspot.pt/2015/11/as-melhores-de-2015-nomeacoes.html

    Podes pedir o voto dos leitores!

    Boa sorte!

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