A quinta-feira de Demi tinha sido estranha. Assim que
acordou percebeu que hoje seria o primeiro dia, desde que chegara a Califórnia,
que ela não tinha exatamente nada para fazer.
Camila hoje trabalharia até tarde, após seu turno na
cafeteria, ela iria para uma seção de fotos para uma revista juvenil, isso
significava que nada de amiga por hoje. Ela não tinha nada marcado com Sam, nem
mesmo com nenhuma editora, e como Demi queria “dar um tempo” em seu convívio
com Joe, ela não poderia procura-lo. Solução? Ficar o dia inteiro em seu
pijama, comendo o que ainda restava das comidas congeladas que a mãe mandara, tentando
achar algum filme legal para ver na TV, assim
que eu ganhar algum dinheiro, vou assinar Netflix, pensou consigo mesmo.
Mas tarde ela recebeu um telefonema de seu pai, ele a
dissera que sua mãe mandou-lhe um abraço, Demi não acreditava, mas fingiu que
sim, ela sabia que a mãe ainda estava chateada, e isso machucava o coração de
Demi, e foi exatamente neste momento em que ela parou para se perguntar se tudo
aquilo valia a pena, ficar longe de sua família, brigada com sua mãe...
Nem tudo pode ser perfeito, afinal.
O dia dela pode até ter começado estranho, mas nada se compararia com sua noite.
Já era tarde, no relógio marcava quase meia noite e
meia, porque alguém bateria em sua porta numa hora desta?
Seu coração disparou assim que percebeu que se tratava
de Joe, o que ele estava fazendo ali? Quer dizer, o que ela deveria fazer?
Deixa-lo lá poderia deixa-lo preocupado, assim como ela ficou quando ele demorou
a atendê-la na noite anterior, mas ela tinha que evita-lo, não é? O que fazer? Pense rápido Demetria!
Assim que abriu a porta, Demi logo percebeu que ele
estava estranho, o seu olhar meio perdido, o seu cheiro estava forte, com roupa
toda desgrenhada, ele estava... Bêbado? Não, isso não é possível.
Mas era...
– Eu sempre gostei de ser sozinho... – começou
Joseph, assim que percebeu que a porta estava aberta.
– Joe. – Demi tentou interrompe-lo.
– Shhhhhhhi, não me interrompa. Estou falando. – disse enrolando um
pouco a língua. – Eu me acostumei com a solidão, triste não é? - perguntou
olhando diretamente para Demi. Demi não disse nada, já tinha sido interrompida
uma vez, ela não arriscar de novo, ele
estava bêbado, bastava dá-lo atenção, até que desmaiasse de bêbado. – Em? Não é
triste? - insistiu.
– Joe, você quer entrar? - ele estava falando um
pouco alto, logo os vizinhos sairiam para ver o que estava acontecendo, e Demi
não tinha duvidas que Joe odiaria saber que a vizinhança inteira o viu bêbado.
– Não foi isso que eu te perguntei... Não é triste? –
perguntou novamente.
– É Joe. - respondeu, por fim. – Solidão é triste.
– Não era para mim. - falou, esta frase saiu quase
limpa, como se ele estivesse sóbrio. – a solidão me bastava. Eu era feliz Demi!
– Joe. Entre. Por favor. - Demi não podia negar, ela
estava um pouco brava, melhor, decepcionada. O pai de Demi sempre foi um bom
pai e marido, porém, seu lugar preferido sempre foi o bar. Demi ainda lembra-se
da primeira vez que o viu chegar bêbado em casa, sua mãe, que estava
preocupada, com o desaparecimento do
marido, assim que o viu naquele estado, brigou com ele, a discussão foi quente,
o pai bêbado gritava feito um louco, e a mãe não deixava por menos. Demi nunca
os tinha visto brigar antes, aquela ainda seria a primeira briga de muitas presenciadas
por ela, porém, sem duvidas, tinha sido a mais marcante.
Ver Joe assim foi como tiro para Demi. Quando ela o
conheceu, ela viu que ele era um homem diferente, e isso fez com que
aproximação dos dois fosse tão fácil, eles até podiam não fazer o casal ideal,
mas ela sabia que se eles ficassem juntos, ele a faria feliz. Mas vê-lo assim,
bêbado, fazendo escândalo na sua porta, fez com que ela começasse a acreditar
no que dizem: todos os homens são iguais.
– Você Demetria. Você é uma catástrofe. - disse, Demi
se segurou para não fechar a porta na cara dele, agora Joe já estava saindo do
controle, ela não era obrigada a escutar ofensas. – Você é aquela catástrofe
que te machuca, mas é uma catástrofe linda, uma catástrofe que eu não ligo de
me atingir, é uma catástrofe que eu gosto... - Demi estava boquiaberta, mas o
que ele estava falando? Não era possível que ele estava falando sério, nada
daquilo fazia sentindo mais. Ela estava sonhando, é isso, ela estava
sonhando... – Eu gosto de você Demi...
– Joe...
– Isto não é loucura? Eu mal te conheço e eu já gosto
de você. O que você fez comigo Demi? Que feitiço você jogou em mim. - agora Joe
não mais gritava. Isso teria deixado Demetria mais tranquila, se ela não
estivesse tão surpresa com o que escutara.
Por que ele estava fazendo isto com ela? Ele estava
alucinado? Ele estava falando a verdade? Por que Joe?
– Talvez seja o mesmo que você jogou em mim. -
confessou. Provavelmente ele estava tão bêbado que não se lembraria dela
falando isso. Que mal faria?
Bom, Joe está totalmente bêbado, ele já havia feito algo em que, sóbrio, jamais faria, confessar-se apaixonado por Demi, e agora que ele, pelo menos em sua mente de bêbado, entendeu em sua resposta que ela também gostava dele, porque não se arriscar mais um pouquinho?
Demi não esperava por isso, mas não recusou. Joe não
tinha muita noção do que estava fazendo e se estava fazendo certo, mas o fez, o
fez com vontade.
Os lábios de Demi e Joe se movimentavam em sincronia,
ambos faziam isso quase que automaticamente, como se já tivessem se beijado várias
e várias vezes, eles se curtiam entre o beijo, tocavam-se, e se apaixonavam
ainda mais um pelo outro.
Demi, em um momento de consciência com uma pitada de
rebeldia, agarrou Joe e o trouxe para dentro de seu apartamento, Joe,
instintivamente chutou a porta por trás, a porta se fechou e ele e Demi
continuaram a caminhar pelo apartamento, sem rumo e sem se desgrudar um do
outro.
Sem olharem para onde iriam, Demi tropeçou na leve
elevação de piso, que tem entre a sala e o pequeno corredor que leva para o
quarto e o banheiro.
Demi caiu e levou Joe junto. Ambos se separaram um
pouco neste momento de queda, e Joe começou a rir, Demi não sabia o porquê ele
estava rindo, eles poderiam ter se machucado, mas acabou rindo junto.
Assim que pararam de rir, eles voltaram a se beijar,
e Demi, aproveitando-se da posição em que se encontravam (Demi por baixo e Joe
por cima), colocou sua mão por baixo da camisa de Joe, acariciando-o. Joe não
se afastou, nem a impediu de nenhuma maneira, ele ainda a beijava sem medo.
Assim que, finalmente, pararam de se beijar, Joe
olhou nos olhos de Demi, viu que ela sorria, ela estava feliz, e ele também.
Joe acarinhou a bochecha de Demi, e desceu seu
carinho até seu ombro, lá afastou a alça da camisa do pijama de Demi, e beijou
seu ombro. Era um gestou pequeno e até bobo, mas que deixou Demi toda
arrepiada.
– Você tem certeza? – perguntou Demi, assim que Joe
voltou a fita-la.
– Não. – respondeu. – Mas eu quero. Eu quero muito.
Continua
E aí galera, apostas para o que vai acontecer no próximo capítulo?
Caah: kkkkkkk será mesmo? Espero que tenha gostado do
capítulo. Bjssss
Fabiola: bom, acabou que não durou muito
kkkkkkk. Espero que tenha gostado do capítulo. bjssss
Aaaaaaah não faz isso comigo...
ResponderExcluirPosta mais, mais mais maiiiiis
Ta muito perfeitooo
Kkkkkkk vei faz isso nao, posta logo to doida pra ver a ressaca dele kkkk
ResponderExcluirBjs
Aquele momento que eu quero voar no seu pescoço por que você parou ai. Kkkkk
ResponderExcluirSerio agora continua por que eu quero que eles fiquem juntos. Se não vou pular no seu pescoço.
Amei posta mais.
Beijoooos
Olá Nanda!
ResponderExcluirHoje foi o último dia da pré-indicação na votação "As Melhores de 2015".
Acabou por ficar nomeada. Parabéns!
Link: http://criticasdefanfics.blogspot.pt/2015/11/as-melhores-de-2015-nomeacoes.html
Podes pedir o voto dos leitores!
Boa sorte!