domingo, 30 de março de 2014

17º Capítulo “Everything has changed” – Entre o Céu e o Inferno”





Música Everything has Changed de Taylor Swift e Ed Sheeran, sugestão da leitora Kika.


No dia seguinte ao meu encontro com Rachel, tudo pareceu bem estranho, eu não conseguia me concentrar direito, a todo o momento pensava e tentava solucionar meus problemas, nem meu pai nem minha mãe falavam ou perguntavam nada sobre o que tinha acontecido, era como se soubessem que era melhor deixar quieto.

Os outros dias que se passaram foram tão estranhos quanto, voltei ao trabalho e podia perceber os olhares dos colegas de trabalho, eu sabia qual era o assunto. Eu deixei minha noiva no altar. Nicholas, Kevin e Edgar diziam que era coisa da minha cabeça, que não tinha nada disso, mas eu sabia que eles faziam isso para poder me fazer sentir melhor, eles, mais que ninguém, sabiam que nada tinha sido tão fácil para mim, o quão indeciso eu estava em relação a tudo e o quão desesperado eu estava por uma solução.


Hoje já era sexta-feira, já havia passado oito dias desde o quase casamento, eu gostaria de dizer que tudo estava melhor e mais calmo, mas calmo não era exatamente a palavra adequada, tudo bem que as brigas haviam acabado; Rachel tinha saído e me deixado de vez e aos poucos o ambiente de trabalho começou a ficar mais suportável.


_ Já vai embora? – perguntou Kevin, entrando na minha sala, eu já havia organizado todos os papeis das vendas, que tinham sido regularmente boas, e agora apenas arrumava minha pasta para ir embora.
_ Já deu meu tempo. – respondi.
_ Vamos sair? Daqui a pouco todos nós vamos ser liberados.
_ Não sei...
_ Se trancar em uma rotina de casa-trabalho não vai te salvar, nem mesmo te ajudar, Joseph.
_ Sair tão pouco.
_ Está na cara o quão estressado e afastado de nós você está, tente relaxar um pouco, vamos sair, comer algo, beber algo, tem um bar aqui pertinho, ele é ótimo, sem confusão, calmo, tem uns petiscos ótimos, vamos. – insistiu.
_ Talvez fosse melhor deixar para outro dia.
_ Sabe de uma coisa, eu não te entendo, você fez algo errado, tudo bem, fez, mas agora já foi Joe, ficar assim não te ajuda nem melhora nada, não tente consertar o que já está quebrado, faça um novo. – falou.
_ Para você é fácil falar.
_ Claro que é, meu histórico é tão bom quando o seu. – falou ironicamente.
_ Como assim?
_ Joe, eu meio que entendo o seu lado, já fiz tanta merda quanto você, a única diferença é que eu não deixei meus erros me afetarem ao ponto de esquecer como viver.
_ Eu só estou dando um tempo.
_ Tempo pra quê Joe? Ninguém está te pedindo nada para que você tenha que ter seu tempo.
_ Eu estou dividido, eu não sei se volto para Rachel ou se fico com Demi. É como se meu coração resolvera me colocar em um jogo cruel, e agora eu não sei a quem eu realmente amo.
_ Dar um tempo ajudou em alguma coisa? – perguntou.
_ Não, mas...
_ E nem vai.
_ Então o que você me sugere?
_ Espere que vamos sair em breve, vamos para o bar, conversaremos, e você vai saber o que fazer.

...

Assim como Kevin havia dito, o bar era calmo e confortável. Já tinha um bom número de pessoas, por lá, mas conseguimos encontrar um lugar para todos sentarmos juntos.
Kevin pediu um shop, Nicholas e Edgar uma Heineken e eu, não tendo tanta sorte com álcool, pedi apenas uma Coca.
Começamos conversando assuntos variados, como as vendas do dia, coisas que aconteceram durante a semana... Até que Kevin resolveu voltar o assunto totalmente para mim.


_ Mas se você está em duvida, você tem que olhar os dois lados da história, e ver por qual dela você decide. – falou Edgar.
_ Como assim olhar os dois lados da história? – perguntei confuso.
_ Você teve esse tal encontro com a Rachel, você conversaram e se deram uns amassos...
_ Edgar!
_ Calma JJ, tranquilo, sem julgamentos. – disse Nicholas, já na metade da quarta cerveja.
_ Você agora tem que tirar um tempo para fazer o mesmo com a Demi, é só isso que eu quero dizer. – Edgar concluiu.
_ Você fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo. – falei. _ Se você ainda não percebeu, estamos em estados diferentes.
_ Estão em estados diferentes, mas em estados vizinhos, um voo de duas horas e pronto, vocês já estarão juntinhos novamente. – falou Edgar.
_ Você está me sugerindo que eu vá para Las Vegas novamente? – perguntei meio incrédulo.
_ Sim. – falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
_ E sabe de uma coisa? – perguntou Nicholas, sem estar preocupado realmente com uma resposta. _ Você vai voltar a Las Vegas...


...

As coisas agora haviam sido bem mais fáceis, sem muita mentira, apenas disse que iria encontrar Demetria, minha mãe fechou a cara, mas não disse nada, sem discussões, sem gritaria, já meu pai, fez menção de dar um sermão, perguntando se eu tinha certeza do que estava fazendo e se sabia das consequências das minhas ações na nossa família. Assim que respondi, ele apenas se virou, sentou em sua poltrona e abriu seu jornal na parte de esportes. Nada mais, não sabia como ele realmente se sentia com isso, mas eu ainda assim preferia a ele  que a minha mãe, pelo menos ele não me fazia sentir culpado.


Agora já estávamos pousando no Aeroporto Internacional de McCarran, o principal de Las Vegas.
Na minha mochila havia apenas duas camisas, uma bermuda, uma cueca e celular, eu não iria ficar muito tempo e nem mesmo sabia como seriam esses próximos dias...


Meu coração se acelerou, eu não sabia como Demi iria me receber, nos últimos dias eu tinha mudado a forma de agir, desde o que se passara com Rachel, eu não conseguia falar ou trata-la da mesma maneira, ela não reclamou, mas eu sabia que ela percebeu minha repentina mudança, tanto que os telefonemas que, costumavam serem trocados na parte da manhã e na parte da noite, passaram a ser apenas na parte da manhã. Era claro que as coisas estavam esfriando, e eu temia que minha presença não ajudasse.


...

_ Eu não acredito você realmente está aqui. – eu estava esperando-a no portão principal do aeroporto, vi-a chegando animada, ainda com o uniforme da lanchonete. Demi não havia mudado nada, era claro, tampouco havia passado tanto tempo desde que nos vimos pela última vez, mas o que mais me surpreendia era o seu sorriso, era como se o nosso afastamento durante os últimos dias não realmente fossem importantes, ela estava feliz por me ver.
_ Fiz mal? – perguntei.
_ Claro que não. – respondeu. _ Só que não serei muito presente, você sabe que eu trabalho.
_ Isso não é problema, quanto é seu dia mesmo? – perguntei. Demi riu.
_ Não dessa vez rapaz. – falou e nos beijamos. Naquele momento eu soube que, que Demi ainda me amava e que também a amo.

...

Passei a tarde junto a Demi na lanchonete, na base de café, água e uma vez ou outra um salgado, para não ser expulso do local, Marissa ficou lá durante as primeiras horas, não me olhou de cara feia, como das últimas vezes que vim aqui, mas não distribuiu sorrisos, o que eu também não esperava que fosse fazer.

Assim que o horário de Demi acabou ela veio até a mim.
_ E então? Você sabe o que pretende fazer? Ou eu terei que inventar algum lugar para irmos? – perguntou. _ Lembrando que mais tarde eu trabalho também. – completou, jogando um balde de água fria em todos os meus planos.
_ Tem certeza que tem que trabalhar nesse lugar ainda? – perguntei.
_ Joe, você me conheceu lá, nem tente começar com o drama. – suspirei.
_ Certo, já que tem que ser assim... Eu sei onde quero que você me leve. – Demi me olhou com uma cara desconfiada. _ Quero que você me leve a sua casa.
_ Joe...
_ Você conhece a minha casa, acho justo conhecer a sua.
_ O problema não é conhecer minha casa, o problema é que não é um lugar tão bom e se te virem lá... Não é seguro.
_ Você está falando do seu ex? – perguntei.
_ Sim.
_ Eu não ligo.
_ Mas eu ligo, eu não quero que você corra riscos por minha culpa.
_ E eu não quero que você se prive de nada por causa dele. Eu prometi que iria lhe tirar desse tormento.
_ Como?
_ Você fugiria comigo?
_ Joe, eu já falei sobre isso...
_ Claramente sua mãe e Gabriela virão juntas.
_ E você? Sem ninguém?
_ Eu terei vocês.
_ Para onde?
_ Onde você quiser. – Demi parou um pouco e desviou o olhar.
_ Depois não fale que eu não te avisei.

...

O lugar realmente não era o que se podia chamar de bonito. Era uma área cheia de prédios velhos e pichada, logo no começo da rua havia um amontoado de lixo. Claramente era um bairro de pessoas simples, que viviam rodeados pelo crime e trafico, ao passar pela frente de um prédio, em que na porta havia alguns garotos, jovens e dois adultos juntos, observaram-nos passando com um olhar desconfiado.
_ Não olhe direto para eles. – Demi sussurrou-me. Desviei o olhar imediatamente, mas ainda podia sentir em minhas costas o olhar deles em mim.

O prédio em que Demi vive é o quarto da rua. Pequeno e espremido entre outros dois prédios maiores que ele, até que em vista dos outros estava bem cuidado, no primeiro andar, no parapeito das janelas havia vasos de flores. Os outros dois andares que ficavam a cima não pareciam ter o mesmo cuidado.


O apartamento de Demi ficava no segundo andar. O lugar era pequeno, uma cozinha miúda, com o fogão, pia, geladeira e uma curta bancada, bem ao lado ficava o banheiro, não muito maior, e do outro lado ficava dois quartos, um da mãe de Demi e outro que Demi divide com a filha, a sala também não era lá espaçosa, tinha apenas uma janela que dava direto para a parede do prédio ao lado, um sofá de três lugares e uma cabeira de balanço estavam de frente para uma TV. Uma mesa de quatro lugares ficava logo atrás do sofá tudo estava bem arrumado e limpo.
_Mamãe. – gritou Gabriela, feliz ao ver a mãe. Demi se abaixou para pega-la no chão.
_ Ei, você se lembra do Joe, minha linda? – perguntou virando-a para mim.
_ Uhum. – disse movimentando a cabeça em sinal de afirmação. _ Ele viu filme ‘com eu’ e ‘levou eu pa vê pexinho’ – lembrou-se sorrindo.
_ Isso mesmo. Ele veio visitar-nos. – falou Demi. _ Você vai levar ele a algum lugar?
_ Uhum. – fez o mesmo gesto. _ Vou levar ele ‘pa vê... pa vê... é... o paque’
_ Vai levar ele no parque?
_ Isso vai ser bem legal. – falei e a menina sorriu novamente.
_ Oi filha – disse a mãe da Demi saindo de seu quarto.
_ Oi mãe. – foi até a ela para abraça-la. _ Lembra se de Joe? – perguntou. Ela olhou para mim e deu um sorriso fraco. _ Ele veio nos visitar.
_ Umm, desculpa a simplicidade, é bem diferente do que você está acostumado a ver. – falou.
_ É tudo bem arrumado aqui. – falei sem jeito, não sabia como respondê-la. Ela não pareceu surpresa com meu embaraço e deu de ombros. _ Gabi, vamos ao mercado fazer compras? – perguntou com uma voz alegre a netinha.
_ Mãe, eu posso ir amanhã. – falou Demi.
_ Não, eu posso ir com Gabriela hoje, estou boa o suficiente para isso. – falou firme. _ Venha. – disse para neta que passou do colo da mãe para o colo da avó.


...


_ Eu não tinha muita certeza de como você estava se sentindo, ultimamente você tem estado menos... – hesitou. _ Não sei, eu só não queria te pressionar a nada. – falou. Estávamos abraçados no sofá de Demi, não tinha nada ligado, apenas eu e ela, conversando tranquilamente.
_ Eu não queria passar esta impressão. As coisas têm estado meio confusas na minha vida.
_ Entendo... Eu não vou negar que foi uma bela surpresa você aparecer por aqui, eu não achava que ia ver-te tão cedo.
_ E você acha que eu iria conseguir ficar muito tempo sem ver essas suas sardas fofas? – perguntei, Demi riu.
_ Seu bobo. – rimos. _ Só sentiu falta das sardas, foi? – perguntou, se virando para mim.
_ Não. – falei olhando para seus olhos. _ Eu senti sua falta a todo o momento.
_ Pelo menos não foi só eu. – falou. Sorri para ela.
_ Pensou muito em mim?
_ Eu ainda me lembro de cada palavra, promessa, tudo...
_ E ainda sim não quer fugir comigo. – lamentei.
_ Você não percebe que eu já sou sua?
_ E eu sou seu. – confirmei.
_ Fugir não será simples, Joe.
_ Eu sei, eu nunca disse que seria, mas é o melhor a se fazer. Você não acha? – perguntei. Demi hesitou um pouco antes de responder.
_ Pelo que vejo é a única opção.
_ Então isso é um sim?
_ Eu tinha construído paredes ao meu redor, você já as derrubou, eu tinha tentado reconstruí-las novamente e você novamente veio, porém desta vez fui eu que abri uma porta para que você pudesse entrar. Eu poderia mentir, e mandar você embora, seria o mais louvável a se fazer, eu estou acabando com sua família, família na qual eu sei que te ama e que você também ama, mas eu estou me sentindo novamente como uma adolescente boba, com borboletas no estomago ao pensar em você. – falou, vi-a enrubescer um pouco. _ E se eu parar para olhar, você sabe tanto sobre mim, mas eu quase não sei o verdadeiro você. Conheço suas mentiras, mas não o que me importa.
_ Se você quiser podemos recomeçar agora, fazer as coisas diferentes. – levantei-me e lhe estendi a mãe. _ Oi, meu nome é Joseph, mas se preferir, pode me chamar de Joe. – Demi riu.
_ Você é realmente muito bobo. – falou, eu ainda mantinha minha mão estendida.
_ Pelo menos agora você sabe uma coisa do verdadeiro eu. – falei. _ Não irá me cumprimentar? – perguntei.
_ É sério isso?
_ Claro que sim. – Demetria se levantou e tocou em minha mão, cumprimentando-me. _ Oi, meu nome é Demetria.
_ E então Demetria, você vem sempre por aqui? – perguntei. Ela olhou-me como se eu fosse louco.
_ Essa é minha casa. – disse obvia.
_ Ei, não custa usar um pouco da imaginação. – reclamei.
_ Você continua tão infantil quanto antes, quando falava em ser meu Peter Pan. – lembrou-se.
_ E você continua tão realista quanto antes. – comentei. _ Viu, tudo continua a mesma coisa.
_ Na verdade não. – falou, se aproximando mais ainda de mim. _ Para mim, desde que você entrou em minha vida, tudo mudou.

CONTINUA

Capítulo postado, como nessa semana teve menos provas deu para fazer um capítulo maior, e, espero que, melhor. Minhas provas acabarão nessa segunda, vou ainda ter alguns trabalhos para fazer, mas não vão me custar tanto tempo, então acho que poderei voltar a ler as fic, coisa que eu tinha parado L e meus capítulos serão melhores espero que sejam melhores.
Bom, não se esqueçam de comentar. Bjsss



Erii: Fico feliz que tenha gostado, vou considerar seu voto sim, fique tranquila, Jachel? KKKKKKK Adorei. Bom, hoje não teve momento Jachel, mas espero que tenha gostado também. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Thayná: kkkkkkkkkk ele é um bom homem, só meio que influenciável demais e.... é meio gay mesmo kkkkkkkkkkkk, brincadeira.... Bom, se ele vai ficar sozinho, com Demi ou com Rachel, isso veremos... Espero que tenha gostado do capítulo. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Samara: kkkkk já que você disse.... Só não quero começar me achar mais do que posso e acabar estragando as fics, afinal de contas ninguém merece gente que se acha demais, mas não faz nem metade do que fala que pode fazer... Bom, é foi quase que o Joe se perde completamente, mas logo ele vai se decidir... Espero que tenha gostado do capítulo. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Carine Santana: kkkk tudo bem, só não abandone a fic por isso, por favor, ok? Bom, hoje não teve momento Jachel (como diz a leitora Erii) então espero que tenha gostado mais J Muito obrigada por comentar. Bjsss
Shirley Barros: ok, vamos com calma desta vez kkkk... Bom, eu não posso lhe dizer o final, porque se não perde a graça, mas ACHO que você não vai ficar decepcionada não, vai sair coisa boa da história ainda, é só ter paciência ;) kkkkkk é quem sabe a Demi tem um pouco do sexto sentido e por isso ligou? Kkkkkk Eu também irei considerar seu você como, “Joe ficar com Demi” para decidir o final da história, ok? Se está gravida ou não isso só saberemos depois... Muito obrigada por comentar. Bjssss

domingo, 23 de março de 2014

16º Capítulo “1+1” – Entre o Céu e o Inferno



Música 1+1 da Beyonce, sugestão da leitora Fátima.



Minha cabeça continuava a ecoar as palavras de Rachel, não havia como esquecer. Cada movimento parecia gravado em minha cabeça, como se tivesse sido tatuado em mim.
Eu ainda sentia seu cheiro, fraco, porém doce. Sua pele lisa e macia. Seu hálito fresco. Seus cabelos...

...

_Rachel, por favor... – tentei dizer, mas fui bruscamente interrompido.
_ Não, Joe... Não me afaste, por favor. – falou, já encostando seus lábios nos meus. Eu tentei recuar, mas não consegui, lá estava eu, sendo rodeado pelos seus braços e com meus lábios nos seus. _Vamos para seu quarto. – falou, assim que paramos o beijo, pegando na gola da minha camiseta e puxando-me para si.
_ Não. – Respondi. Minha voz saíra meio tremula e indecisa, mas desta vez eu teria que ser firme, e não deixa-la me arrastar. _ Rachel, vá para sua casa, por favor. – ela se afastou de mim, e um alivio tomou conta de mim, ela iria desistir, antes de mim, que me senti tão familiarizado com aquele abraço e beijo, que por um momento pensei que era certo deixar-me levar.
_ Você nunca me recusou assim. – falou quase que sussurrando.
_ As coisas mudaram... É melhor aceitar.
_ O que te fez mudar assim? – perguntou olhando em meus olhos, eu podia sentir sua vontade de ser respondida com sinceridade.
_ Eu já te falei, conheci outra pessoa.
_ E ela conseguiu apagar tudo o que tivemos?
_ Jamais. – Rachel desviou o olhar. _ Rachel. – levantei-me e fui até a ela, ela olhou para mim e pude ver seus olhos úmidos, ela estava se segurando para não chorar. _ Eu nunca me esquecerei do que tivemos, nem do que sentimos. Você é muito especial para mim.
_ Mas não o suficiente? É isso que você quer dizer?
_ Não, você é linda.
_ Não foi essa minha pergunta. – calei-me. _ Todo mundo tem direito a uma despedida.
_ Não existe despedida para ex-casal. – falei.
_ Ela é tão boa assim? – perguntou. _ Faz sexo melhor que eu? Desde quando vocês se conhecem? Desde quando você me trai?
_ Rachel, não haja assim, eu sei que tenho culpa, eu não deveria ter feito o fiz, mas não foi assim que aconteceu, você não sabe da historia.
_ E você não parecer querer contar.
_ Você não vai querer saber.
_ Mas eu quero.
_ Agora, mas depois vai se arrepender. – ficamos em silêncio por alguns segundos e Rachel deu um passo para trás.
_ Não foi uma convenção, não é? – hesitei. _Foi uma despedida de solteiro? – o meu silêncio pareceu ser resposta o suficiente para Rachel. _ Foi onde? Miami?
_ Rachel, pare.
_ Califórnia?
_ Vá para casa, por favor.
_ Las Vegas. – concluiu. _ Eu nunca te imaginaria lá. Deve ser lindo. – surpreendi-me com sua reação. _ Porque você não falou para onde estava indo? Porque você mentiu para mim? – sua voz parecia calma, não sei se ela estava tentando se controlar ou se não passada de fachada.
_ Você não me deixaria ir.
_ E deveria? Olha no deu... Valeu a pena para você?
_ Eu não queria que isso tivesse acontecido.
_ Eu vou te dar uma oportunidade, Joe, uma oportunidade de voltar atrás, faça amor comigo hoje, e eu esqueço tudo, remarcamos o casamento...
_ Rachel, não funciona assim! Eu não te amo mais.
_ Se você não sentisse mais nada por mim, não teria retribuído o beijo.  E não venha dizer que eu te obriguei; forcei-te, porque você tem muito mais força que eu, se você quisesse teria conseguido evitar. – hesitei, será que ela tinha razão? _ Eu não tenho nada além de você, Joe. – falou com um sorriso torto. _ E você nunca teve muita coisa além de mim.
_ Eu não queria te machucar.
_ E por isso correspondeu a meu beijo? Por dó? – perguntou. _ Você está tentando enganar a quem? A mim ou a você? – ela tornou a se aproximar de mim. _ Você vai me negar agora? – se aproximou mais ainda, lábios perto do meu. _ Você pode fazer isso, é só se afastar. – sussurrou. Meus olhos se fecharam e me deixei levar pela sua onda, não sei nem mesmo o porquê. Dentro de mim eu escutava uma voz dizendo, “saía daí, afaste-se, você não ama mais a Rachel, você ama a Demi”, mas também havia outra parte de mim dizendo, “fique, você sabe que quer esse beijo”.



_ Isso é errado.
_ Isso nunca foi errado o suficiente para nós Joe.
_ Antes.
_ E o que realmente mudou? Olha para nós agora, me fale o que mudou? – os beijos já tinham passado para a fase da caricia, eu podia sentir o corpo de Rachel se esquentar sobre a minha pele. Seu toque era tão familiar para meu corpo, que tudo parecia estar no seu devido lugar, mas não, nada estava certo ali, eu sabia que não estava e que deveria parar, mas como um feitiço eu estava preso a Rachel.



Se me perguntarem, eu nem mesmo saberei como responder, como cheguei a meu quarto? Não faço a mínima ideia. O problema era que de um jeito ou de outro, aqui estava eu, aos amassos com Rachel, pronto para dar mais um passo, um passo proibido, passo que já tínhamos dado varias vezes e nunca me pareceu errado, mas que agora era algo errado de se fazer, e isso apenas fazia com que a adrenalina em meu sangue aumentasse mais e mais.
Durante todo esse tempo não se escutava nenhum outro barulho dentro de casa, nada que pudesse nos deter, se eles podiam nos escutar? Bom, talvez sim, talvez não, eu só torcia para que fosse não.

Como um ato divino, ou talvez sorte, ou quem sabe até mesmo azar, meu celular começa a tocar insistentemente, atrapalhando o clima quente que rolava entre mim e Rachel, pude escutar sua respiração frustrada quando parei de beija-la e peguei o celular no criado mudo.

Quando olhei para a tela e vi quem chamava, meu mundo começou a desmoronar, era sorte e azar ao mesmo tempo. Eu podia sentir os olhos de Rachel fixos em mim, ela esperava uma reação minha, mas eu não conseguia olhar para ela, nem mesmo conseguia atender a chamada.
Foi quando minha consciência pareceu retomar controle sobre mim, o que eu estava fazendo? Porque eu estava fazendo isso? O que tinha acontecido em minha vida? Como que de um dia para outro eu passo de alguém que sabe o que quer, para alguém que não tem mais nenhum tipo de controle sobre a própria vida e sentimentos.
Eu sei que estou apaixonado por Demi, meu coração bate mais forte quando me lembro dela, quando a vejo e meu corpo implora por seu toque, mas porque eu correspondi a Rachel? Porque eu não neguei com mais firmeza a suas investidas? Rachel tinha razão, eu tinha mais força que ela, se eu quisesse impedi-la eu poderia. Mas porque eu não o fiz?
Afinal de contas, o que eu sinto por Rachel? O que eu sinto por Demi?

_ É ela não é? – perguntou Rachel, me tirando dos meus pensamentos. Olhei-a e ela tinha uma feição triste, não chorava, mas havia uma clara tristeza em seu olhar. O telefone deu seu último toque. Rachel se levando da cama e abotoou os três primeiros botões da blusa que haviam sido abertos, ajeitou a saia no corpo, e passou a mão pelo cabelo, era claro que ela iria sair, provavelmente percebera que não tinha mais jeito, eu não presto. Quem quer ficar com um homem que traia? Nenhuma mulher deseja isso, nem mesmo merece isso. _ As coisas para nós seriam tão mais fáceis. – falou Rachel, já com a mão na maçaneta, pronta para partir. Eu apenas a acompanhei com o olhar. _ Seria mais natural, tão simples e certo quando 2 é o resultado de 1+1.
CONTINUA
Olá a todos, como foi a semana de vocês? Bom, a minha foi cheia, provas todos os dias e para completar ainda tive sábado letivo, e o pior, próxima semana também será de provas :\ 3 ano está querendo acabar comigo. Bom claramente que esse aperto no horário deu efeito na fic, o capítulo saiu menor, mas espero que ainda sim gostem. Eu até iria tentar aumentar, mas isso significaria um maior atraso na postagem e como eu já estou cansada de atrasar com vocês, deixarei assim mesmo e tentarei recuperar no próximo.
Eu já vi o resultado da pesquisa, “Com quem Joe deve ficar em ‘Entre o Céu e o Inferno’?”. Levarei em consideração o resultado para dar o fim na fic, provavelmente vocês já devem imaginar o resultado, mas vou fingir que não e dizer que vocês só saberão no final da fic rerere.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss

Erii: Nossa que legal *--* Quando acontecer eu quero as fotos, em? hahahaha Bom, levando em base a sua opinião, eu fiz um questionário, não sei se você chegou a ver e se votou, mas como já dito, levarei em consideração o resultado do questionário para continuar a fic, se ele ficará com Rachel, Demi ou sozinho, vamos ver em breve ;) muito obrigada por comentar, bjsss.
Izi Moraiis: kkkk, postado, espero que goste, muito obrigada por comentar, bjsss
Shirley Barros: É, deu uma mini merda aí hahahahahahaha eu fico muito feliz com isso, pois mostra que escrevo uma fic que dê para as pessoas sentirem, e isso é ótimo, e eu confesso que tem algumas fic e livros que eu também tenho essas reações, até mesmo choro feito um bebê.... Sem problemas, sempre que quiser fazer perguntas estarei aqui para responder ;) Bom, como eu já disse, não shippo, porem achava eles fofos juntos, não tenho nenhum problema com quem é fã do casal, tanto que escrevo uma fic sobre eles e respeito a aqueles que gostam, mas confesso que quando tem gente que acha que eles vão voltar, ter filhos e tudo mais, dá vontade de rir, porque, eu realmente não acho que isso vai acontecer, temos que nos conformar que acabou e que agora não passa de uma amizade. Muito obrigada por comentar. Bjss
Juh Lovato: Oi linda, e nesse capítulo ela foi mais longe ainda... mas as coisas vão se encaixar para ela no final... Sem problemas, fico feliz que tenha voltado a comentar, mas fique tranquila sobre essa questão, comente quando puder e quiser. Muito obrigada por comentar. bJsss
Samara: Sem problemas, eu também tive uma semana bem tumultuada e quase que não consegui escrever o capítulo direito :\ ... hahaha se um dia eu começar a me achar demais a culpa vai ser sua ok? Kkkkkkk brinks... Muito obrigada mesmo, você me deixa muito feliz ao falar isso sobre minha fic. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Anônimo: o_o eu não sei se você espera alguma resposta minha ou da Erii, mas só peço para que não haja brigas, cada um tem uma opinião e nos cabe respeitar a todas, ainda sim, muito obrigada por dizer a sua opinião e por comenta-la aqui. Bjsss 

sábado, 15 de março de 2014

15º Capítulo “Give me Love” – Entre o Céu e o Inferno


Música Give me Love de Ed Sheeran, sugestão da leitora Kika

Havia um murmurinho vindo da sala de refeições, eu deveria ser o último a chegar, mas não porque tivesse acordado mais tarde que dos outros dias, mas sim, porque não ganhava coragem de enfrentar minha família novamente, depois da revelação e da briga da noite anterior, toda vontade de estar junto a meus pais e até mesmo o meu irmão, pareceram evaporar.
Assim que cheguei fui recebido com olhares nada agradáveis (mais por parte da minha mãe do que do resto) e um silêncio mórbido.
Minha mãe punha café na xicara de meu pai, isso sem desgrudar os olhos de mim, nem mesmo quando eu timidamente sentei-me entre meu pai e Noah. Mesmo assim, ela não derrubou nem uma gota de café fora da xicara, parou de por no momento certo, já deveria estar treinada, fazia todas as manhãs a mesma coisa, há mais de vinte anos.
_ Bom dia. – falei.
_ Bom dia. – respondeu meu pai. Em sua voz não havia mais irritação, apenas a mesma tranquilidade de sempre, Noah apenas acenou com a cabeça, provavelmente já sabia do acontecido, mas isso não parecia afeta-lo em nada, principalmente porque ele já desconfiava. Já minha mãe não me respondeu, parou de olhar-me e me ignorava com convicção.

_ Não poderemos ir à igreja amanhã, teremos que fazer uma celebração por aqui mesmo. – disse minha mãe com uma voz cortante. Meu pai não reagiu mal, mas Noah, juro ter visto um inicio de sorriso em seu rosto. Não que ele não goste de ir à igreja, o problema dele não é exatamente esse, mas sim o fato de ter que vestir terno para ir a igreja. Seu estilo molambento não se adaptava bem ao terno formal.
_ Não tem problemas, faremos com se fosse quarta-feira e leremos alguma passagem da bíblia.
_ Ultraje. – murmurou minha mãe. _ Isso não é um culto.
_ É o melhor que podemos fazer, mulher. – tentou consola-la.
_ Não, não é. – respondeu mal-humorada.
_ O pastor não irá impedir vocês que irei ao culto. – falei. Todos se calaram por um instante, minha mãe não iria responder-me, parecia resignada não mais falar comigo por um bom tempo.
_ Sua mãe teme os olhares de reprovação. – respondeu meu pai em seu lugar. _ A comunidade se sensibilizou com o sofrimento de Rachel. – concluiu. Bom, era melhor assim, Rachel receber carinho e apoio de todos...
_ Se eu não for junto, talvez isso não aconteça...
_ Joseph, oramos juntos desde antes de você nascer, não vamos abandona-lo assim.
_ Não seria abandono pai.
_ Já foi decidido, meu filho, vamos dar tempo ao tempo, logo voltaremos a frequentar aos cultos e festas como sempre fizemos, é só esperar...


O café da manhã havia sido desastroso, meu pai passou o tempo todo tentando amenizar a situação, enquanto minha mãe me jogava olhares de repreensão a todo o momento.
Dado isso, decidi que seria melhor ficar em meu quarto, nem mesmo almoçar fui. Claramente que após um tempo, Noah entregou-me um prato de comida em meu quarto. Não sei de quem foi à ordem para que a comida fosse-me entregue, mas eu preferia pensar que, em um momento de calma, minha mãe havia se preocupado e me mandado o de comer, não deixava de ser uma opção, mesmo que a de que meu pai, não querendo que eu morresse por inalação, tenha resolvido entregar-me algo, fosse a mais provável.



O dia parecia se arrastar vagarosamente. Liguei para Nicholas, conversamos um pouco e no final foi animador, ele prometera me dar apoio e ajudar-me caso fosse necessário, tipo, se eu precisasse sair de casa e Demetria fosse ter que sair de Las Vegas.
Se tudo desse certo no final, eu teria muito que agradecer a Nicholas, graças a ele essa história começou.

Depois dele, liguei para Demetria, que não me atendeu, quem falou comigo foi sua mãe, dizendo que ela tinha ido trabalhar, mas que havia esquecido o celular em casa. Ela falava comigo normalmente, sem nenhuma empolgação, mas também sem nenhum sinal de raiva. Novamente neutra. Deu-me vontade de pergunta-la como ela realmente se sentia sobre nossa relação, mas preferi ficar quieto, não sei se estaria preparado para uma negativa.




O barulho da porta se abrindo, vagarosamente, acordou-me dos meus pensamentos, já era mais de três da tarde, eu estava enjoado de ficar zanzando entre aquelas quatro paredes, sair talvez fosse uma boa, mas só se fosse para bem longe de Lewis, por aqui eu não teria sossego.

Para minha surpresa, não era nada que eu esperava; não que esperasse algo, Talvez fosse Noah me trazendo algo, meu pai tentando uma reaproximação, ou minha mãe, pronta para me agredir... Quem apareceu na porta era Rachel. Blusa rosa bebê, de botões, completamente abotoados e uma saia que ia até abaixo de seus joelhos, sem nenhum tipo de maquiagem no rosto e cabelos amarrados. Estava como deveria estar, sendo a filha do pastor. Simples, sem nada que chamasse atenção ou que despertasse pensamentos impuros nos outros, principalmente nos homens.
_ Olá Joe. – disse, sem se aproximar muito. _ Precisamos conversar...



_ Você precisa entender; ontem eu estava arrasada, foi um choque muito grande, mas eu parei para pensar nessas últimas horas, e estou bem mais calma.
_ Eu não tinha a intenção de te machucar, você sabe isso, não sabe? – perguntei.
_ Você não é uma má pessoa. – falou após hesitar um pouco.
_ Você não crê em mim?
_ Joe, eu estou tentando pensar que foi o melhor que você poderia ter feito, mas não, eu não consigo.
_ Seria injusto casar com você se eu não te amasse.
_ Porque você não me disse antes, seria tão melhor se essa história não tivesse chegado tão longe...
_ Eu... – hesitei. _ Foi nessa viajem que conheci essa pessoa, quando voltei já estava nas vésperas do casamento, eu não consegui fazer nada, eu pensei que eu poderia continuar com isso, mas não deu. Eu não podia fazer isso com você nem comigo. – falei.
Agora estávamos sentados na sala de refeição, teoricamente minha mãe e meu pai e Noah estão em seus respectivos quarto, respeitando meu espaço junto a Rachel, porém eu tinha quase certeza que minha mãe escutava tudo atrás da porta.

Na nossa frente duas canecas preenchidas com o café fraco que eu tinha acabado de fazer. Exagerei na água, mas Rachel não pareceu se incomodar com isso, no fundo nem eu, prefiro doce que amargo.
Rachel olhou para baixo, com a caneca entre as mãos, um fio de fumaça saia da caneca.
_ Quando eu dizia que te amava, eu nunca menti.
_ Se você me amasse de verdade, eu teria sido suficiente para você. – falou, senti uma amargura em sua voz. Calei-me. _ Eu disse que iria lhe deixar em paz, viver sua vida, esperar e tentar te esquecer, mas... É tão difícil. – sua voz falhou. _ Eu passei a noite inteira pensando... Em você... Em nós... No que seriamos...
_ Você vai encontrar outro alguém. – falei, depois de um tempo em silêncio, provavelmente não era a melhor coisa a se falar, mas eu tampouco sabia como reagir.
_ Você não me entende, não é? – perguntou claramente frustrada. _ Eu não quero outro alguém. Eu quero é você. Eu já estou cansada de acordar sozinha naquela cama. Eu acordo e estico o braço, achando que vou te encontrar, mas não... Não há ninguém lá. Eu só queria que você me desse uma oportunidade para mostrar que eu posso te fazer tão feliz ela.
_ Você já me fez muito feliz Rachel, mas não se trata apenas só disso, eu não quero lhe iludir...
_ Uma despedida. – interrompeu-me.
_ O que?
_ Me dê amor como nunca antes. Porque ultimamente tenho desejado mais. Talvez eu devesse deixar você ir, talvez eu te ligue hoje a noite. – deu uma breve pausa. _ mas eu só quero te abraçar. Tudo o que eu quero é sentir o sabor dos seus lábios novamente, o calor do seu toque. Nem que seja pela última vez. Me dê amor como você daria a ela. – levantou-se de sua cadeira e se aproximou de mim. Eu fiquei paralisado onde estava. Eu podia sentir o leve perfume de rosas, o qual eu já estava tão habituado a sentir. Seus olhos estavam tão próximos dos meus, que eu poderia me ver refletido neles, sua respiração dava em meu rosto... _ Apenas me dê amor.
CONTINUA

Olá a todos, primeiramente quero dizer por que demorei a postar, o capítulo esta pronto desde sábado passado, mas a noite, antes de eu postar, meu carregador resolveu parar de funcionar e eu só fui perceber isso quando meu pc desligou por falta de carga. Recebi meu carregador concertado na quinta, mas como minha semana foi toda com trabalhos e provas para fazer, não entrei muito no pc, por isso não postei. Peço desculpas por isso.
Espero que gostem deste capítulo.
Bjssss

Kika: É, pode até ser que vão ficar, mas não vai ser tão fácil assim não... Como já foi dito, we’re one in the same 8) bjsss
Carine Santana: Ih pior que é mesmo, logo logo ela descubrirá e não vai ser nada legal... para o Joe, claro... e nem pra Demi... Jura que vc mora em Salvador? Que legal! Eu não participei do carnaval aqui de bh, mas disseram que foi bom, ainda assim, sem duvidas, o de Salvador pisa e esmaga o carnaval daqui kkkkk. Obrigada por comentar. Bjsss
Lulli Lovato: Sem problemas, fico feliz que esteja gostando e quando puder comente, mas quando não der, tudo bem, o importante e que leia e que goste. Obrigada por comentar. Bjss
Erii: kkkkk a música é bonita mesmo, uai já está pensando no casamento? Já tem pretendente em vista, em? >.< obrigada por comentar. Bjsss
Diana: Você está mais que desculpada, ainda mais que eu também não estou como santa nessa história, estou atrasada com todas as fics que leio e isso inclui a sua :\ mas eu estou com fé que conseguirei retomar meu ritmo de leitura o mais rápido possível. Que bom que você gostou dela, vou dar um fim legal para ela, ela é uma boa pessoa, não merece o sofrimento. Obrigada por comentar. Bjss
Shirley Barros: Bom, que o Joe está disposto a largar tudo, ele está, mas que vão tentar impedir, isso também vão, só nos resta esperar para ver como essa confusão vai se desenrolar. Também não sou muito chegada no carnaval, é uma festa bonita e tudo, mas não é meu tipo de festa. Respostas: Sim, atualmente estou escrevendo um, mas estou tendo dificuldades, pois tem muita ideia na cabeça, mas colocar tudo em prática está me deixando louca e fora que estou mais acostumada a escrever dramas e romances e no livro que quero escrever é romance e fantasia, e eu estou com medo de começar a viajar demais na fantasia e acabar parecendo que eu estava drogada enquanto escrevia kkkk ](eu não me drogo não tá?). Eu tenho 17 anos. Faço o terceiro ano do ensino médio. Acho Jemi fofo, mas estou na categoria dos que escreve sobre jemi por escrever... Obrigada por comentar. Bjsss. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

14º Capítulo “Tudo Mudou” – Entre o Céu e o Inferno



Música Tudo Mudou de Belo, sugestão da leitora Fátima.

Parecia haver algo novo no ar, talvez o céu limpo de nuvens e uma brisa que passava constantemente, não deixando o calor reinar, ajudassem um pouco, mas eu sabia que a minha felicidade não se tratava do clima, nem o lindo céu, mas sim pelo fato de eu estava do lado de quem eu amo.

_ Você poderia tirar esse sorriso bobo da cara? – perguntou Demetria. Agora estávamos sentados no chão, protegido pelas sombras das árvores do Red Butte Garden, Gabriela e a mãe de Demetria, Dianna, estavam mais perto do lado, crianças estavam jogadas no píer de madeira, já que não podia entrar naquele pequeno lago, apenas o observavam e o tocavam com as pequenas mãozinhas, hora e outra uma criança saía assustada por um peixe ter tocado em seus dedos, não sei o que elas pensavam quando isso acontece, mas pelo choro de algumas, provavelmente pensavam que os peixes daquele lago seriam capazes de mata-las.
_ E porque eu faria isso? – perguntei.
_ Porque você esta sorrindo sem um real motivo.
_ Eu vou ficar com você, isso já não é motivo suficiente?
_Joe...
_ Nós vamos ficar juntos sim. – Demetria revirou os olhos.
_ Me admira a sua positividade. – comentou. _ Eu não vou destruir a sua família, você não irá brigar com eles.
_ Eu sei o que fazer, Demi, vou falar com eles hoje e você resolva tudo em Vegas, tudo vai dar certo no final. E mesmo que não tenhamos a benção deles... Não vamos morrer por isso.
_ Eu só não quero ser uma destruidora de lares, eu já fiz bastante merda por aqui...
_ Para mim você só trouxe felicidade. – falei.
_ Nem tente, Joe, não sou boba como seu sorriso. – rimos.
_ Você quer que eu pare de sorrir bobamente? – perguntei, aproximando-me dela. Ela pareceu entender minha investida, a percebi olhando meus lábios e voltando os seus olhos para os meus. Sem esperar mais, nos beijamos, foi intenso, mas não quente, afinal de contas estávamos em publico.


Eu estava feliz, isso era lógico, Demetria me daria mais uma chance, eu teria a oportunidade de formar uma família com ela, mas esse desafio não seria tão fácil assim. Eu teria que falar com meus pais e posteriormente com Rachel, Demetria queria que tudo fosse esclarecido e só depois poderíamos oficializar-nos. A mãe de Demetria parecia tentar não entrar muito no meio de nós dois, mas estava claro que ela não estava tão à vontade assim com o nosso relacionamento, parecia esperar calmamente enquanto tudo acontecia e só depois daria sua opinião sincera sobre nós dois.
Eu queria que meus pais fizessem o mesmo, mas sabia muito bem que isso não iria acontecer. Eles não realmente sabem sobre Demi, tudo o que eles sabem é que ela é prima de Rachel, o que por si só, já é motivo o suficiente para que eles se ponham contra a meu relacionamento com ela, mas eu ainda tenho a esperança de que eu apenas esteja fazendo uma tempestade em copo d’água. E também, mesmo que eles não aceitem, nada me fará desistir de Demi, não mais. Agora que já senti o sabor dos seus beijos, o calor dos seus braços, que já fui pego pelo seu encanto, não há mais volta. Minha vida era cheia de certezas e agora eu só tenho uma. Meu lugar é junto a Demi.

(...)

A pior parte do dia foi quando Demi, sua mãe e Gabriela tiveram que voltar para Vegas.
_ Eu não posso me dar o luxo de ficar, Joe, enquanto não estivermos com nossa vida decidida, eu não poderei ficar aqui. – falou. Eu tinha passado o caminho todo insistindo para que ela ficasse, e ela sempre me dava a mesma resposta, eu não queria deixa-la ir, mas eu sabia que ela não iria ficar.
_ Você poderia tirar umas férias.
_ Esses dois dias foram o máximo de férias que pessoas como eu podem tirar. – falou humorada, como se não fosse uma coisa horrível.
_ Assim que eu conversar com meus pais, você promete largar tudo e voltar? – perguntei.
_ Depende. Você foi criado de maneira familiar e eu não vou destruir isso.
_ Você nunca vai destruir isso. Se meus pais não aceitarem, eu construirei uma família com você. Eu já tenho uma sogra e uma filha. – sorri.
_ E um doido para tentar de matar.
_ O pai da Gabi não será problemas para mim. – falei.
_ Não diga que eu não te avisei. – deu de ombros, pela primeira vez, quando era esse o assunto. A chamada para o voo de Demetria foi anunciada e o desespero de me separar dela começou a falar mais alto.
_ Tem certeza que você não pode ficar até amanhã, ou pegar um voo para mais tarde? – perguntei.
_ Você só está tentando atrasar o inevitável. – falou e tocou-me na face com cuidado, sua mão estava quente contra minha pele, a sua pele macia em atrito com os pelos que começavam a tornar crescer da minha barba, fechei os olhos e respirei fundo, tentando captar seu cheiro, como fonte de lembranças, não que eu fosse esquecê-la, Demetria não é uma pessoa fácil de esquecer. _ Eu te ligo quando chegar em casa. – abri os olhos e ela tinha um sorriso simples na face, um sorriso tão puro quando o da filha, quem vê nunca poderia imaginar pelo inferno que ela já passou na vida.
_ Estarei esperando.

(...)

_ Mas Joseph, que mania é essa agora de fugir de casa? Você está com algum problema psicológico? – perguntou minha mãe furiosa, assim que cheguei em casa. Eu ainda esperava vê-la trancada no quarto, aos prantos, mas ela era assim, chorava durante um curto espaço de tempo e depois logo voltava ser a dona de casa alerta de sempre, acordando cedo para fazer o café-da-manhã, arrumando a casa, fazendo o almoço e brigando com os filhos...
_ Eu não estou fugindo de casa, mãe.
_ Ah não? Eu fui ao seu quarto. Você não dormiu em casa.
_ Eu sei, mas eu não fugi. – insisti.
_ O que está acontecendo com você, meu filho? Você não era assim. – disse claramente decepcionada. Meu pai estava sentado na grande poltrona da sala e olhava a TV, estava passando basquete, ele não parecia muito concentrado no jogo, mas tampouco dava sinal que iria entrar na ‘conversa’, Noah, deve estar no quarto, como quase sempre. _ Você não pode ter mudado assim, em tão pouco tempo, tem algo muito errado acontecendo.
_ Mãe, pai. – meu pai hesitou um pouco antes de tirar os olhos da TV. _ Eu preciso ter uma conversa séria com você dois. – falei.
_ Quem precisa ter uma conversa séria aqui, sou eu, Joseph. – falou minha mãe, ignorando-me. _ Como você foi capaz de fazer aquilo com a Rachel? Uma moça tão boa, você nunca vai encontrar alguém como ela.
_ Mãe, eu realmente preciso falar com você e com o papai. – ela colocou a mão na cintura, nada satisfeita com minha ‘audácia’.
_ Tá vendo Paul? Quando eu te disse para não deixar Joseph trabalhar na capital, olha o que esse menino se tornou!
_ Mãe...
_ Joseph, fique quieto, você não está bem nesses últimos dias e enquanto não descobrirmos o porque, é melhor você ficar quieto.
_ Você não me deixar explicar. – alterei-me.
_ Mulher, talvez fosse melhor escutarmos ele, seja lá o que ele tenha para nos dizer. – disse meu pai, tentando ficar calmo.
_ Então você também está a favor dele?
_ Eu só quero que as coisas fiquem claras... Eu sei que no final ele vai perceber que fez besteira. – disse. Por algum motivo eu achava que meu pai desconfiava de algo, ele sempre parecia estar dando-me indiretas, me pergunto se ele também passou por isso...
Minha mãe continuava com mão da cintura e sua face mostrava que não estava nada feliz com a situação.
_ Fale logo, antes que eu desista de te ouvir. – falou séria, nunca me senti tão pequeno perto dela, era como se eu tivesse voltado à infância.
Grande homem eu sou...

_ Eu não me casei com Rachel, porque me apaixonei por outra pessoa. – falei rápido. Meus pais ficaram calados e imaginei se eles ainda estavam vivos depois dessa.
_ Você só pode estar brincando.
_ Não, mãe, eu não estou brincando.
_ Você ama á Rachel, Joseph, vocês se amam desde o colegial, e essa aí que você acha que gosta... ah quanto tempo você á ama? – perguntou.
_ Mãe, eu não queria machucar a Rachel, mas eu não poderia casar sem amor, tento outra em minha mente.
_ Me responda Joseph. – hesitei.
_ Há... uns... seis dias. – falei baixo. Outro silêncio inundou a casa.
_ Meu Deus, as coisas estão pior que eu pensava.
_ Joe, meu filho, você tem certeza do que está dizendo? – perguntou meu pai.
_ Tenho pai. Não foi planejado, eu não sabia que eu iria me apaixonar por outra pessoa.
_ Foi nessa viajem, não foi?
_ Foi.
_ Você a conheceu na convenção, não é? Ela é o que? Vendedora como você? Dona de concessionaria? Apaixonada por carros?
_ Paul, eu não creio que você vai aceitar isso.
_ Por Deus, ele já fez a merda, agora temos que concerta-la.
_ Concertar seria se ele fosse até a casa do lado, pedisse desculpas e se casasse com Rachel, como sempre foi o planejado.
_ E você acha que o pastor vai deixar Joe se aproximar da filha?
_ O pastor é um bom homem, segue a bíblia com fervor e sabe perdoar, ele dará uma nova chance a Joseph se ele estiver realmente arrependido. – contestou.
_ E você está realmente arrependido? – perguntou meu pai, olhando para mim.
_ Eu não queria tê-la feito sofrer, mas eu não poderia me casar com ela. – respondi.
_ Essa mulher foi criada na igreja? – perguntou minha mãe. Talvez ela fosse dar o braço a torcer.
_ Ela é uma boa mulher, tem um bom coração.
_ Joseph... Não brinque.
_ Ela não foi criada em Lewis, as coisas para ela são diferentes. Mas ela crê, ela é educada, boa, passou por momentos complicados... – falei.
_ Onde ela está agora?
_ Voltando para casa. – respondi.
_ Voltando? – perguntou meu pai, sem entender.
_ É, voltando... Ela estava aqui. – hesitei. _ É a Demetria, prima da Rachel.

(...)

_ Como foi tudo? – perguntou Demetria, pelo telefone.
_ Foi como o esperado. – resumi.
_ Esperado, por mim ou por você? – insistiu.
_ Por você. – Demi riu.
_ Resumindo, foi péssimo. – concluiu.
_ Poderia ter sido pior. – falei.
_ Serio?
_ Bom... Acho que sim. – pude escutar Demi suspirar. _ Vai dar tudo certo.
_ Joe, eu já te falei quais são minhas condições. – falou, rolei-me em minha cama, o quarto escuro, a noite ainda estava a chegar, mas as cortinas fechadas fazia parecer que a lua já estava alta no céu. O silêncio na casa, agora, parecia até confortável, os gritos e choros havia, por fim, acabado.
_ Eu sei, eu sei... E não ache que se for necessário, não tentarei fazer-lhe mudar de ideia.
_ Eu não vou te separar da sua família.
_ Você agora também faz parte dela.
_ ah é? Quem disse? Minha querida sogra?
_ Ainda não, mas irá dizer, quando te conhecer melhor.
_ Você fala assim, até parece fácil.
_ Com você comigo eu tenho tudo, eles vão perceber isso e vão aceitar.
_ Joe...
_ Demi, você sabe que eu estou louco por você, não sabe?
_ Sei, e é isso que me assusta.
_ Antes de te encontrar, o mundo não tinha cor. Quero te dizer, teu amor mudou minha vida. Amo você demais.
_ Joe, você está bem? – perguntou, eu ri. Eu tinha todos os motivos para estar péssimo, tinha acabado de ter uma discussão com meus pais, mas assim que Demetria me ligou, tudo pareceu se escapar, toda a raiva e frustração. Eu estava bem. Ótimo!
_ É melhor você ir se acostumando, esse é o meu jeito de mostrar amor.
_ Vai ser bem difícil, nunca fui tratada assim.
_ Mais um motivo para você querer ficar comigo, custe o que custar.
_ Bom, vontade você sabe que eu tenho, mas eu não vou lhe prejudicar.
_ Demi... Te peço, por favor, pra me prometer, que nunca vai ter despedida, eu tenho medo de te perder.
_ Joe, se for pra ser será.
_ Eu sei que será. – falei.
_ Olhando assim, nem parece o mesmo homem que estava cheio de duvidas.
_ Eu já te disse, quando eu te conheci, tudo mudou...

CONTINUA

Atrasei, mas postei... Como vão vocês, curtindo o feriado de carnaval? Bom, eu não, porque não sou muito fã de carnaval, vou ficar em casa mesmo, tentar ficar em dia com as fics, escrever um pouco, ler bastante e ficar em dia com minhas séries... Tomara que dê J
Comentem/avaliem.
Bjssss

Kika: hahaha será que vão mesmo? Essa música também vai e vem na minha cabeça toda hora, principalmente quando coisas assim acontecem. Bjssss
Erii: hahahahahahaha eles vão dar um jeito, mas no fundo, é a Demi que está pondo problemas, vamos ver o que acontece.... Obrigada por comentar. Bjssss
Carine Santana: hahahahaha desculpa, eu tentei, mas realmente não deu. Espero que tenha gostado deste também. Obrigada por comentar. Bjsss
Shirley Barros: Fique tranquila, já sei até quando usar algumas delas ;) Que isso, seu comentário foi lindo, até mesmo com sono hahahaha. Obrigada por comentar. Bjsss

Mariana Miranda: haha ok, meu face é esse: https://www.facebook.com/fernanda.carolina.3133?ref=tn_tnmn