Música Everything has Changed de Taylor Swift e Ed Sheeran,
sugestão da leitora Kika.
No dia seguinte ao meu encontro com
Rachel, tudo pareceu bem estranho, eu não conseguia me concentrar direito, a
todo o momento pensava e tentava solucionar meus problemas, nem meu pai nem
minha mãe falavam ou perguntavam nada sobre o que tinha acontecido, era como se
soubessem que era melhor deixar quieto.
Os outros dias que se passaram foram tão
estranhos quanto, voltei ao trabalho e podia perceber os olhares dos colegas de
trabalho, eu sabia qual era o assunto. Eu deixei minha noiva no altar. Nicholas,
Kevin e Edgar diziam que era coisa da minha cabeça, que não tinha nada disso,
mas eu sabia que eles faziam isso para poder me fazer sentir melhor, eles, mais
que ninguém, sabiam que nada tinha sido tão fácil para mim, o quão indeciso eu
estava em relação a tudo e o quão desesperado eu estava por uma solução.
Hoje já era sexta-feira, já havia passado
oito dias desde o quase casamento, eu gostaria de dizer que tudo estava melhor
e mais calmo, mas calmo não era exatamente a palavra adequada, tudo bem que as
brigas haviam acabado; Rachel tinha saído e me deixado de vez e aos poucos o
ambiente de trabalho começou a ficar mais suportável.
_ Já vai embora? – perguntou Kevin, entrando
na minha sala, eu já havia organizado todos os papeis das vendas, que tinham
sido regularmente boas, e agora apenas arrumava minha pasta para ir embora.
_ Já deu meu tempo. – respondi.
_ Vamos sair? Daqui a pouco todos nós vamos
ser liberados.
_ Não sei...
_ Se trancar em uma rotina de casa-trabalho
não vai te salvar, nem mesmo te ajudar, Joseph.
_ Sair tão pouco.
_ Está na cara o quão estressado e afastado
de nós você está, tente relaxar um pouco, vamos sair, comer algo, beber algo,
tem um bar aqui pertinho, ele é ótimo, sem confusão, calmo, tem uns petiscos
ótimos, vamos. – insistiu.
_ Talvez fosse melhor deixar para outro dia.
_ Sabe de uma coisa, eu não te entendo, você
fez algo errado, tudo bem, fez, mas agora já foi Joe, ficar assim não te ajuda
nem melhora nada, não tente consertar o que já está quebrado, faça um novo. –
falou.
_ Para você é fácil falar.
_ Claro que é, meu histórico é tão bom
quando o seu. – falou ironicamente.
_ Como assim?
_ Joe, eu meio que entendo o seu lado, já
fiz tanta merda quanto você, a única diferença é que eu não deixei meus erros
me afetarem ao ponto de esquecer como viver.
_ Eu só estou dando um tempo.
_ Tempo pra quê Joe? Ninguém está te pedindo
nada para que você tenha que ter seu tempo.
_ Eu estou dividido, eu não sei se volto
para Rachel ou se fico com Demi. É como se meu coração resolvera me colocar em
um jogo cruel, e agora eu não sei a quem eu realmente amo.
_ Dar um tempo ajudou em alguma coisa? –
perguntou.
_ Não, mas...
_ E nem vai.
_ Então o que você me sugere?
_ Espere que vamos sair em breve, vamos para
o bar, conversaremos, e você vai saber o que fazer.
...
Assim como Kevin havia dito, o bar era calmo
e confortável. Já tinha um bom número de pessoas, por lá, mas conseguimos encontrar
um lugar para todos sentarmos juntos.
Kevin pediu um shop, Nicholas e Edgar uma
Heineken e eu, não tendo tanta sorte com álcool, pedi apenas uma Coca.
Começamos conversando assuntos variados,
como as vendas do dia, coisas que aconteceram durante a semana... Até que Kevin
resolveu voltar o assunto totalmente para mim.
_ Mas se você está em duvida, você tem que
olhar os dois lados da história, e ver por qual dela você decide. – falou Edgar.
_ Como assim olhar os dois lados da
história? – perguntei confuso.
_ Você teve esse tal encontro com a Rachel,
você conversaram e se deram uns amassos...
_ Edgar!
_ Calma JJ, tranquilo, sem julgamentos. –
disse Nicholas, já na metade da quarta cerveja.
_ Você agora tem que tirar um tempo para
fazer o mesmo com a Demi, é só isso que eu quero dizer. – Edgar concluiu.
_ Você fala como se fosse a coisa mais fácil
do mundo. – falei. _ Se você ainda não percebeu, estamos em estados diferentes.
_ Estão em estados diferentes, mas em
estados vizinhos, um voo de duas horas e pronto, vocês já estarão juntinhos
novamente. – falou Edgar.
_ Você está me sugerindo que eu vá para Las
Vegas novamente? – perguntei meio incrédulo.
_ Sim. – falou como se fosse a coisa mais
obvia do mundo.
_ E sabe de uma coisa? – perguntou Nicholas,
sem estar preocupado realmente com uma resposta. _ Você vai voltar a Las
Vegas...
...
As coisas agora haviam sido bem mais fáceis,
sem muita mentira, apenas disse que iria encontrar Demetria, minha mãe fechou a
cara, mas não disse nada, sem discussões, sem gritaria, já meu pai, fez menção
de dar um sermão, perguntando se eu tinha certeza do que estava fazendo e se
sabia das consequências das minhas ações na nossa família. Assim que respondi,
ele apenas se virou, sentou em sua poltrona e abriu seu jornal na parte de
esportes. Nada mais, não sabia como ele realmente se sentia com isso, mas eu
ainda assim preferia a ele que a minha
mãe, pelo menos ele não me fazia sentir culpado.
Agora já estávamos pousando no Aeroporto
Internacional de McCarran, o principal de Las Vegas.
Na minha mochila havia apenas duas camisas, uma bermuda, uma cueca e celular, eu não iria ficar muito tempo e nem mesmo sabia como seriam esses próximos dias...
Meu coração se acelerou, eu não sabia como
Demi iria me receber, nos últimos dias eu tinha mudado a forma de agir, desde o
que se passara com Rachel, eu não conseguia falar ou trata-la da mesma maneira,
ela não reclamou, mas eu sabia que ela percebeu minha repentina mudança, tanto
que os telefonemas que, costumavam serem trocados na parte da manhã e na parte
da noite, passaram a ser apenas na parte da manhã. Era claro que as coisas
estavam esfriando, e eu temia que minha presença não ajudasse.
...
_ Eu não acredito você realmente está aqui. –
eu estava esperando-a no portão principal do aeroporto, vi-a chegando animada,
ainda com o uniforme da lanchonete. Demi não havia mudado nada, era claro,
tampouco havia passado tanto tempo desde que nos vimos pela última vez, mas o
que mais me surpreendia era o seu sorriso, era como se o nosso afastamento
durante os últimos dias não realmente fossem importantes, ela estava feliz por
me ver.
_ Fiz mal? – perguntei.
_ Claro que não. – respondeu. _ Só que não
serei muito presente, você sabe que eu trabalho.
_ Isso não é problema, quanto é seu dia
mesmo? – perguntei. Demi riu.
_ Não dessa vez rapaz. – falou e nos
beijamos. Naquele momento eu soube que, que Demi ainda me amava e que também a
amo.
...
Passei a tarde junto a Demi na lanchonete,
na base de café, água e uma vez ou outra um salgado, para não ser expulso do
local, Marissa ficou lá durante as primeiras horas, não me olhou de cara feia,
como das últimas vezes que vim aqui, mas não distribuiu sorrisos, o que eu
também não esperava que fosse fazer.
Assim que o horário de Demi acabou ela veio
até a mim.
_ E então? Você sabe o que pretende fazer?
Ou eu terei que inventar algum lugar para irmos? – perguntou. _ Lembrando que
mais tarde eu trabalho também. – completou, jogando um balde de água fria em
todos os meus planos.
_ Tem certeza que tem que trabalhar nesse
lugar ainda? – perguntei.
_ Joe, você me conheceu lá, nem tente
começar com o drama. – suspirei.
_ Certo, já que tem que ser assim... Eu sei
onde quero que você me leve. – Demi me olhou com uma cara desconfiada. _ Quero
que você me leve a sua casa.
_ Joe...
_ Você conhece a minha casa, acho justo
conhecer a sua.
_ O problema não é conhecer minha casa, o
problema é que não é um lugar tão bom e se te virem lá... Não é seguro.
_ Você está falando do seu ex? – perguntei.
_ Sim.
_ Eu não ligo.
_ Mas eu ligo, eu não quero que você corra
riscos por minha culpa.
_ E eu não quero que você se prive de nada
por causa dele. Eu prometi que iria lhe tirar desse tormento.
_ Como?
_ Você fugiria comigo?
_ Joe, eu já falei sobre isso...
_ Claramente sua mãe e Gabriela virão
juntas.
_ E você? Sem ninguém?
_ Eu terei vocês.
_ Para onde?
_ Onde você quiser. – Demi parou um pouco e
desviou o olhar.
_ Depois não fale que eu não te avisei.
...
O lugar realmente não era o que se podia
chamar de bonito. Era uma área cheia de prédios velhos e pichada, logo no
começo da rua havia um amontoado de lixo. Claramente era um bairro de pessoas
simples, que viviam rodeados pelo crime e trafico, ao passar pela frente de um
prédio, em que na porta havia alguns garotos, jovens e dois adultos juntos,
observaram-nos passando com um olhar desconfiado.
_ Não olhe direto para eles. – Demi
sussurrou-me. Desviei o olhar imediatamente, mas ainda podia sentir em minhas
costas o olhar deles em mim.
O prédio em que Demi vive é o quarto da rua.
Pequeno e espremido entre outros dois prédios maiores que ele, até que em vista
dos outros estava bem cuidado, no primeiro andar, no parapeito das janelas
havia vasos de flores. Os outros dois andares que ficavam a cima não pareciam
ter o mesmo cuidado.
O apartamento de Demi ficava no segundo
andar. O lugar era pequeno, uma cozinha miúda, com o fogão, pia, geladeira e
uma curta bancada, bem ao lado ficava o banheiro, não muito maior, e do outro
lado ficava dois quartos, um da mãe de Demi e outro que Demi divide com a
filha, a sala também não era lá espaçosa, tinha apenas uma janela que dava
direto para a parede do prédio ao lado, um sofá de três lugares e uma cabeira
de balanço estavam de frente para uma TV. Uma mesa de quatro lugares ficava
logo atrás do sofá tudo estava bem arrumado e limpo.
_Mamãe. – gritou Gabriela, feliz ao ver a
mãe. Demi se abaixou para pega-la no chão.
_ Ei, você se lembra do Joe, minha linda? –
perguntou virando-a para mim.
_ Uhum. – disse movimentando a cabeça em
sinal de afirmação. _ Ele viu filme ‘com eu’ e ‘levou eu pa vê pexinho’ –
lembrou-se sorrindo.
_ Isso mesmo. Ele veio visitar-nos. – falou
Demi. _ Você vai levar ele a algum lugar?
_ Uhum. – fez o mesmo gesto. _ Vou levar ele
‘pa vê... pa vê... é... o paque’
_ Vai levar ele no parque?
_ Isso vai ser bem legal. – falei e a menina
sorriu novamente.
_ Oi filha – disse a mãe da Demi saindo de
seu quarto.
_ Oi mãe. – foi até a ela para abraça-la. _
Lembra se de Joe? – perguntou. Ela olhou para mim e deu um sorriso fraco. _ Ele
veio nos visitar.
_ Umm, desculpa a simplicidade, é bem
diferente do que você está acostumado a ver. – falou.
_ É tudo bem arrumado aqui. – falei sem
jeito, não sabia como respondê-la. Ela não pareceu surpresa com meu embaraço e
deu de ombros. _ Gabi, vamos ao mercado fazer compras? – perguntou com uma voz
alegre a netinha.
_ Mãe, eu posso ir amanhã. – falou Demi.
_ Não, eu posso ir com Gabriela hoje, estou
boa o suficiente para isso. – falou firme. _ Venha. – disse para neta que
passou do colo da mãe para o colo da avó.
...
_ Eu não tinha muita certeza de como você
estava se sentindo, ultimamente você tem estado menos... – hesitou. _ Não sei,
eu só não queria te pressionar a nada. – falou. Estávamos abraçados no sofá de
Demi, não tinha nada ligado, apenas eu e ela, conversando tranquilamente.
_ Eu não queria passar esta impressão. As
coisas têm estado meio confusas na minha vida.
_ Entendo... Eu não vou negar que foi uma
bela surpresa você aparecer por aqui, eu não achava que ia ver-te tão cedo.
_ E você acha que eu iria conseguir ficar
muito tempo sem ver essas suas sardas fofas? – perguntei, Demi riu.
_ Seu bobo. – rimos. _ Só sentiu falta das
sardas, foi? – perguntou, se virando para mim.
_ Não. – falei olhando para seus olhos. _ Eu
senti sua falta a todo o momento.
_ Pelo menos não foi só eu. – falou. Sorri
para ela.
_ Pensou muito em mim?
_ Eu ainda me lembro de cada palavra,
promessa, tudo...
_ E ainda sim não quer fugir comigo. –
lamentei.
_ Você não percebe que eu já sou sua?
_ E eu sou seu. – confirmei.
_ Fugir não será simples, Joe.
_ Eu sei, eu nunca disse que seria, mas é o
melhor a se fazer. Você não acha? – perguntei. Demi hesitou um pouco antes de
responder.
_ Pelo que vejo é a única opção.
_ Então isso é um sim?
_ Eu tinha construído paredes ao meu redor, você
já as derrubou, eu tinha tentado reconstruí-las novamente e você novamente
veio, porém desta vez fui eu que abri uma porta para que você pudesse entrar.
Eu poderia mentir, e mandar você embora, seria o mais louvável a se fazer, eu
estou acabando com sua família, família na qual eu sei que te ama e que você
também ama, mas eu estou me sentindo novamente como uma adolescente boba, com
borboletas no estomago ao pensar em você. – falou, vi-a enrubescer um pouco. _
E se eu parar para olhar, você sabe tanto sobre mim, mas eu quase não sei o
verdadeiro você. Conheço suas mentiras, mas não o que me importa.
_ Se você quiser podemos recomeçar agora,
fazer as coisas diferentes. – levantei-me e lhe estendi a mãe. _ Oi, meu nome é
Joseph, mas se preferir, pode me chamar de Joe. – Demi riu.
_ Você é realmente muito bobo. – falou, eu
ainda mantinha minha mão estendida.
_ Pelo menos agora você sabe uma coisa do
verdadeiro eu. – falei. _ Não irá me cumprimentar? – perguntei.
_ É sério isso?
_ Claro que sim. – Demetria se levantou e
tocou em minha mão, cumprimentando-me. _ Oi, meu nome é Demetria.
_ E então Demetria, você vem sempre por
aqui? – perguntei. Ela olhou-me como se eu fosse louco.
_ Essa é minha casa. – disse obvia.
_ Ei, não custa usar um pouco da imaginação.
– reclamei.
_ Você continua tão infantil quanto antes,
quando falava em ser meu Peter Pan. – lembrou-se.
_ E você continua tão realista quanto antes.
– comentei. _ Viu, tudo continua a mesma coisa.
_ Na verdade não. – falou, se aproximando
mais ainda de mim. _ Para mim, desde que você entrou em minha vida, tudo mudou.
CONTINUA
Capítulo postado, como nessa semana teve menos provas deu
para fazer um capítulo maior, e, espero que, melhor. Minhas provas acabarão
nessa segunda, vou ainda ter alguns trabalhos para fazer, mas não vão me custar
tanto tempo, então acho que poderei voltar a ler as fic, coisa que eu tinha
parado L e meus capítulos serão melhores espero que sejam melhores.
Bom, não se esqueçam de comentar. Bjsss
Erii: Fico feliz que tenha gostado, vou considerar seu voto sim,
fique tranquila, Jachel? KKKKKKK Adorei. Bom, hoje não teve momento Jachel, mas
espero que tenha gostado também. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Thayná: kkkkkkkkkk ele é um bom homem, só meio que influenciável demais
e.... é meio gay mesmo kkkkkkkkkkkk, brincadeira.... Bom, se ele vai ficar
sozinho, com Demi ou com Rachel, isso veremos... Espero que tenha gostado do
capítulo. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Samara: kkkkk já que você disse.... Só não quero começar me achar
mais do que posso e acabar estragando as fics, afinal de contas ninguém merece gente
que se acha demais, mas não faz nem metade do que fala que pode fazer... Bom, é
foi quase que o Joe se perde completamente, mas logo ele vai se decidir...
Espero que tenha gostado do capítulo. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Carine Santana: kkkk tudo bem, só não abandone a fic por isso, por favor, ok?
Bom, hoje não teve momento Jachel (como diz a leitora Erii) então espero que
tenha gostado mais J Muito obrigada por comentar. Bjsss
Shirley Barros: ok, vamos com calma desta vez kkkk... Bom, eu não posso lhe
dizer o final, porque se não perde a graça, mas ACHO que você não vai ficar
decepcionada não, vai sair coisa boa da história ainda, é só ter paciência ;)
kkkkkk é quem sabe a Demi tem um pouco do sexto sentido e por isso ligou? Kkkkkk
Eu também irei considerar seu você como, “Joe ficar com Demi” para decidir o
final da história, ok? Se está gravida ou não isso só saberemos depois... Muito
obrigada por comentar. Bjssss