terça-feira, 19 de março de 2013

22º CAPITULO “Ele se foi.” – AMOR EM GUERRA



Parei no lugar em que eu estava, esperando que o seu percurso se encontrasse com a minha localidade. Eu, com todo o prazer, lhe daria as boas vindas.
Eu não faria nenhum escândalo, não que eu não quisesse, minha vontade mesmo era de tira-lo daqui a tapas, nem me importaria se isso atrairia o olhar de todos, o importante era afasta-lo da minha vida e do da de Joe. Porem não seria tão fácil, provavelmente o soco mais forte que eu posso dar, seria o mesmo que um carinho de uma criança nele, ele é alto e forte, não é fácil derruba-lo.
Como não poderia ir para violência, decidi que usaria minhas palavras, deve haver algo que possa desmonta-lo, todas as pessoas tem seu ponto fraco, Rick não é exceção e eu irei descobrir que ponto é este.

_ Chegou tarde para visita-lo. – eu disse assim que ele se aproximou o suficiente para me escutar. Ele me olhou como se estivesse surpreso por eu estar falando com ele.
_ Tudo bem, eu terei outras oportunidades. – respondeu com sua voz de rosno. _ Você deve estar feliz por isso.
_ Quanto mais longe do meu marido, melhor. – falei, confirmando sua teoria. Ele jogou seu sorriso sínico para mim, como se o que eu falara fosse exatamente o que ele queria ouvir.
_ Não adianta ficar com raiva senhorita Demetria, você sabe que o que eu disse é certo. – falou.
_ Ah sim! É claro que eu acho que se meu marido acordar eu deva perder meu filho, porque ele ficará muito feliz com isso. – eu disse irônica.
_ Me diz uma coisa senhorita Demetria, qual sempre foi o grande sonho do seu marido? – perguntou. Eu sei muito bem onde ele queria chegar com isso. Com medo de entrar em seu jogo, hesitei em responder, porem seu olhar, quase que ameaçador, me fez responder, sem nem mesmo pensar direito.
_ Ser soldado.
_ Isso mesmo, ser soldado, antes de pensar em namorar, casar, ter filhos, a primeira coisa que ele pensou foi em ser soldado...
_ Porem quando fora necessário fazer uma escolha, ele optou pela família.
_ Tudo bem, sim, ele escolheu a família, mas me diga o que Joe faria? Ele viveu e treinou para ser soldado, nunca fez outra coisa, me diz senhorita Demetria, o que ele faria? Como você acha que uma pessoa acostumada com a ação, vai se virar para viver uma vida tranquila, numa cidade quase que perdida no mapa?
_Nos iriamos dar um jeito. – respondi. Eu precisava tentar mudar o jogo, pois até agora ele estava ganhando.
_ Joe poderia escolher vocês por amor, mas iria sofrer muito para se acostumar com esta vida. Eu já vi muitos soldados se arrependendo de fazer tal escolha, muitos acabam voltando e vários outros acabam enlouquecendo na tentativa de se acostumar com tal forma de viver. – falou ele. Fiquei sem respostas. _ Você não se acha egoísta não? Você estará privando-o da realização do sonho dele por puro capricho.
_ Isto não é capricho e a vida do meu filho. – eu disse dura.
_ Será mesmo? – perguntou ele, cruzando os braços frente ao peito. _ Realmente existe uma criança?
_ Claro que existe. – quase gritei. Como ele ousava a achar que minha gravidez é uma farsa? _ Eu já fiz vários ultrassons, o Joe inclusive viu um. – eu não sabia por que eu continuava a me justificar, ele não tinha nada a ver com isso, eu sei que estou gravida, não tenho que ficar provando nada para pessoas como ele.
 _ Tem muitas maneiras de fraudar algo assim, não é?
 _Não tem! – disse dura. Eu provavelmente já estava vermelha de tanta raiva.
_ Olha senhorita Demetria, foi um prazer falar com você, mas eu acho melhor acabar por aqui. – disse ele. Ele já tinha ganhado, já tinha me tirado do serio, esgotado com minha paciência, mas não, eu não podia deixa-lo sair mais uma vez como a satisfação de me fazer mal nas mãos.
Ele já estava saindo quando eu disse:
_ Sabe capitão Rick. Eu fico me perguntando como que você se transformou nisso que você é hoje. – Ele me olhou sem respostas. _ O que aconteceu na sua vida para você ser alguém tão sem coração? – perguntei, mesmo sabendo que não teria respostas, pelo menos não a que eu desejava.
_ Eu tenho um coração, se não eu não estaria vivo. – falou ele. É claro que ele estava levando minha fala como se fosse uma grande brincadeira.
_ Eu estou falando de sentimentos, a onde foi para os seus? – insisti.
_ Acredito que não seja do seu interesse. – respondeu. A maneira que ele respondeu eu percebi que estava conseguindo baixar sua guarda.
_ Foi o exército ou uma pessoa? – agora que eu tinha começado eu não iria parar, era minha vez de provocar.
_ Você só pode estar brincando comigo. – disse ele, virando-se para continuar seu caminho rumo ao corredor do quarto de Joe.
_ O que ela te fez? - perguntei. O nervosismo dele quando eu toquei no assunto acabou entregando-lhe, havia uma pessoa, que o magoou. Seria motivo o suficiente para ele ter virado o monstro que ele é? Provavelmente não, mas eu sei que esse era a razão da sua frieza.
Ele logo parou de andar assim que fiz minha pergunta, virou-se para mim e me olhou com raiva, confesso que fiquei com medo, ele mata, ele é forte, e eu sou o mesmo que uma formiguinha em comparação a ele. Se eu tivesse chegado fundo de mais, ele poderia muito bem partir para violência, e mesmo que todos os seguranças do hospital viessem me defender, quando conseguirem para-lo, provavelmente já estarei machucada, poderia até sobreviver a um ataque daquele monstro, mas provavelmente sairia tão machucada quando uma pessoa que fora pisoteada por um touro bravo.
O olhar raivoso dele em cima de mim deve ter durado uns 10 segundos, mas para mim foram os mais demorados e assustadores 10 segundos da minha vida.
Ele começou a andar em minha direção.
Gelei.
Ele iria me atacar?
Não.
Ele passou por mim, esbarrando, indo em direção da saída.
  _ Não vai ficar capitão Rick? – falei irônica, ao perceber que ainda estava viva.  
_ Volto quando você não estiver. – respondeu, parando de andar um pouco e me olhando novamente com aquele olhar aterrorizante.
_ Então não volte nunca. – eu disse, com um sorriso de vitória no rosto. Ele deu de ombros e voltou a ir para a saída.
Talvez isso já me desse a vitória, talvez isso já fosse o suficiente, eu já tinha o deixado sem respostas, eu tinha o enfrentado, mas o meu ódio por ele ainda estava vivo dentro de mim e me dizia para continuar provocando. E assim foi.

Ele ainda andava a passos rápidos para a saída, tive que dar uma pequena corridinha para alcança-lo, já que não tenho pernas tão longas e muito menos a rapidez dele.
_ Você realmente acha que depois de tudo que você disse para mim eu vou deixar por isso mesmo? – perguntei, quando eu juguei estar perto o suficiente para ele me escutar.
_ Talvez seja melhor. – falou ele sem para de andar. Eu continuei.
_ Ah! É porque eu falei dela não é? - perguntei.
Ele parou e tornou a me olhar.
Descobri seu ponto fraco. Ela. Seja ela quem for, algo fez com aquele homem, que o desestabiliza completamente.
_ Você não sabe do que diz Senhorita Demetria, por isso é melhor calar a boca. – falou rosnando. Ele estava tão nervoso que faltava sair espuma de sua boca. Provavelmente nunca ninguém fora tão longe com ele, a raiva dele era visível, se minha raiva não fosse tanta eu já teria parado a muito tempo, mas agora já era tarde, comecei e não irei parar até que eu perceba que foi o fim.
_ O que ela te fez? Te traiu foi? – perguntei provocando um pouco mais.
Confesso que não a jugaria caso ela tenha o traído, quem aguentaria ficar ao lado daquele homem?
_ Cala a sua boca imunda. – disse ele entre dentes. Cheguei fundo.
_ Por quê? Você pode falar sobre mim, sobre Joe, pode desejar a morte do meu filho, mas não pode falar dos seus cornos. – falei. Ah! Como é bom sair ganhando.
_ Não ouse a repetir isso. – ameaçou.
_ Por quê? O que te dá o direito de falar o que fala? O que te dá o direito de me fazer mal? Porque eu não posso mexer com você também? – continuei a provocar.
_ Você não sabe do que esta falando. – eu sei que ele está sentindo o mesmo que eu estava sentindo agorinha mesmo, ele estava querendo reverter o jogo, mas estava tão desestabilizado por mim que não conseguia dizer nada ao não ser ficar na defensiva.
_ O que a torna diferente do meu filho e de Joe? – perguntei com um tom um pouco mais alto.
_ O fato de eles estarem vivos! – gritou ele, alto o suficiente para que todos que estavam no saguão pudessem ouvir. Assim que disse, Rick saiu as pressas, sem me dar tempo de reagir.
Ah! Merda, merda e merda! Ele é um otário e eu ainda o odeio, mas ele tem sentimento, ele só esconde por que já sofreu demais.
Mas também, como eu poderia imaginar? Meu pai também perdeu minha mãe e teve que cuidar de mim e meu irmão sozinho, e nunca se tornou frio, muito pelo contrario, às vezes é sentimental até demais...
Sei que agora não adianta sentir culpa, eu já tinha falado.

Me sentindo triste, culpada e ansiosa, voltei a ir em direção ao jardim na qual estava indo antes de me encontrar com Rick.


Quando cheguei estava completamente vazio. Melhor ainda, pois não me chamariam de louca, caso eu começasse a conversar com o nada.
O sol está alto, procurei um lugar mais fresco, eu me sentei embaixo da mangueira.
Esperei um pouco, na maioria das vezes quem tentava entrar em contato era sempre Joe, sempre que eu estava sozinha ele me tocava, mostrando que eu não estava tão sozinha como poderia imaginar.
Um minuto.
Dois minutos.
Quatro minutos.
Sete minutos.
Dez minutos.
Nada.
_ Joe? – chamei-o. Talvez ele realmente tivesse achando que eu queria um descanso, talvez ele por algum motivo estivesse achando que era melhor me deixar sozinha. _ Meu amor, você está aqui? – perguntei. _ Joe? – levantei-me do chão, mas continuei embaixo da mangueira. _ Joe, por favor, me toque. – pedi. _ Eu preciso de você. – um desespero começou a tomar conta de mim, ele estava com raiva? Ele não queria me tocar? Eu não conseguia mais senti-lo? O que estava acontecendo? Eu sempre fiz muito menos do que isso para poder senti-lo, ele nunca me negou um toque, ele sempre me deu respostas rapidamente, porque agora ele não estava aqui ao meu lado? Ele tinha me abandonado? Onde que ele estava? _ Joe, por favor, aparece amor. – implorei.
_ Desde que começou a cirurgia que eu não o sinto mais. – disse Denise, aparecendo do meu lado e me assustando. Então ela também o sentia? Ela ainda segurava seu terço na mão. _ Eu acho que ele se foi.

 CONTINUA...
Como prometido postei, o próximo está completamente sem previsão, mas prometo tentar postar o mais rápido possível.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.

Juh Lovato: Bom, era ele mesmo, acredite isso é só o começo. Postado. Bjss linda.
Eu pedi lá, acho que você ainda não aceitou. 

3 comentários:

  1. Ai que raiva , mesmo q ele tenha os motivos dele por ser assim , eu tenho raiva dele ! comendante maldito !!!

    nossa , tia De e a demi juntas , que lindo ♥

    qual o seu nome lá kkkkk é que eu não aceitei mesmo algumas pessoas ... qualquer coisa , manda de novo =)) eu aceito , juro kk ♥

    bjsss amore

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  2. Fiquei dodoi e atrasei no comentário de um capitulo, desculpa querida.
    Não tou com peninha do Rick não, estou é ainda mais irritada com esse homem, se ele teve alguém se ele sabe o que é amar, como pode dizer uma coisa daquelas a uma mulher que esta na situação da Demi é horrivel.
    Tadiinhas das D's do Joe, mas deve ser mesmo da operação, o corpo e alma uniram-se.
    Triste e mais um belo capitulo.

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  3. Senti vários sentimentos a ler esse capitulo. Tive raiva, fiquei emocionada...
    Acho que isso resumi o que eu achei do capitulo.
    Posta logo.

    Bjs :)

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