segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

8º CAPITULO “O grande dia” – AMOR EM GUERRA


Ela sabia que para Joe seria difícil largar a guerra, ela não entendia muito, pois ela odiava a guerra e achava irracional ele ter duvidas de que decisão tomar, mas ela não podia fazer nada, ela sabia que Joe adorava o que fazia, e por isso decidiu dar-lhe uma chance para pensar, essa seria sua prova de amor.
Para Joe os dias estavam passando assustadoramente rápido, isso era bom, pois significava que logo o ataque aconteceria e que ele em breve poderia ver sua mulher. Ainda faltava um dia para o ataque, mas tudo já estava pronto, as táticas já haviam sido passadas, os treinamentos já haviam sidos feitos, agora só esperavam a hora certa para o ataque.
Hoje estava um dia atípico na base militar, o vento cessara um pouco, deixando assim que os soldados pudessem ficar fora das barracas com mais tranquilidade, aproveitando isso todos estavam reunido conversando ou jogando baralho fora das barracas, até mesmo os comandantes se permitiram ter um momento de folga e se divertiam junto aos outros soldados.
Joe, Drew, Rick e John, jogavam pife juntos. Eles estavam tão concentrados no jogo que mal falavam um com os outros, apenas assuntos rápidos.
_ Bati! – disse Rick.
_ Mais uma vez? – perguntou Drew indignado, está já era a quarta vitória de Rick, sendo que eles haviam jogado apenas seis partidas, e Drew fora o único que ainda não havia ganhado nenhuma vez.
_ O que posso fazer? Eu tenho sorte no jogo. – disse Rick. _ E digamos que você é bem ruim. – completou. Se Rick fosse qualquer um, Drew o daria uma resposta à altura, mas, mesmo estando se tratando de igual para igual nesse momento, todos ali tinham consciência de que Rick ainda era o superior.
_ Se contente com sua sorte no amor Drew. – falou John, tentando amenizar a indignação do companheiro.
_ Contentas com tão pouco? – perguntou Rick, menosprezando-o.
_ Como assim? – perguntou Drew.
_ Está historia de amor... Soldados deveriam ser como padres, se casam com o exército, um amor apenas atrapalha nas nossas ações. – falou Rick.
_ Discordo. – disse John. _ O amor que tenho em minha mulher e meus filhos que me fazem querer ser um soldado melhor, é por eles que estou vivo.
_ Pois você está enganado ao pensar assim. Eles podem até ser o motivo de você estar vivo, mas por que o medo de perdê-los que o faz agir menos, pensas demais, por mais corajoso que seja você não se arisca tanto em um combate, pois você sabe que tem família e não quer perdê-los. Isso nos prejudica, pois vocês perdem força no combate.
_ Ainda que você esteja certo, eu não me arrependo, antes um soldado covarde vivo e atacando do que um soldado morto e enterrado. – disse John, irritado com o comentário do comandante. Joe e Drew assistiam aquela cena sem silencio, os dois estavam de acordo com John, mas eles não tinham coragem de enfrentar Rick como John tinha.
_ Você está me desafiando soldado?
_ Não. Apenas digo que minha opinião não é a mesma que a sua. – respondeu tranquilo, o que enfureceu mais ainda Rick.
_ Pois eu acho que deverias deixar opiniões inúteis apenas consigo.
_ Não acredito que seja uma opinião inútil. – falou olhando para o comandante que estava sentado bem a sua frente. _ Me diz se não é verdade? Eu posso ser medroso, mas ataco, mato, aprisiono, faço exatamente o que me é mandado, isso porque tenho uma família que me espera, se eu fosse um soldado corajoso, despreocupado e sem razão para voltar para casa, provavelmente já estaria morto, crescendo o número de perdas do exercito.
_ Pois eu optei por não ter uma família e não estou morto. – disse Rick, orgulhoso. _ E por isso me tornei um comandante, ao contrario de você que continua apenas um soldado.
_ Se eu quisesse ser um comandante eu teria sido. – confessou. _ Me propuseram isso. Eu só não aceitei.
_ De burro que sois. – falou Rick, dando de ombros.
_ Para você é vantagem ficar indo de base em base, perder noite planejando batalhas, perder a voz gritando com os soldados em treinamento que não fazem o que você manda. Para mim não, eu prefiro apenas escutar e fazer, e como ganho eu volto para casa e recebo o abraço daqueles que eu amo, não há nada melhor que isso, eu jamais abriria mão disso para ficar aqui e levar criticas caso eu cometesse um erro. Você leva esse batalhão inteiro nas costas, eu admiro tal dedicação em você, mas eu não creio que seja compensador.
_ Se eu fosse você ficava mais quieto, mesmo sendo importante para o batalhão, se eu me irrito com você te jogo para fora sem me importar de como você vai ter que se virar lá fora. – ameaçou Rick, se levantando e saindo do jogo.
DEMI
O final de semana já havia chegado e, não sei se é bom ou não, eu não tive nenhuma noticia sobre onde Joe estava. O lado bom é que isso significa que está tudo bem, já que as más notícias correm rápidas, se algo de mal tivesse acontecido, provavelmente eu já saberia, mas é difícil ficar sem noticias dele, mesmo sabendo que ele está bem, eu queria saber como ele está, o que ele está fazendo... É difícil ficar longe de quem se ama.
Durante todos esses dias Denise sempre estava junto comigo, me enchendo de mimos, no começo eu confesso que odiei, mas tê-la por perto estava me fazendo bem, eu podia conversar com ela e nos aproximamos bem mais; meu pai estava sendo um amor comigo, sempre ligava e queria saber de mim e do bebê; Miley continuava me dando atenção, mas ela estava ficando um pouco mais com Liam, que realmente a fazia muito bem, já tinham tempos que não a via tão feliz.

_ Você já sabe quando vai tirar licença maternidade?- perguntou meu pai.
_ Pai, por Deus, eu ainda nem fiz três meses, você já quer que eu tire licença? – perguntei. Eu pensei que não tinha como, mas ele tinha se tornado um pai bem mais preocupado.
_ Ah, sei lá, eu acho que você tinha que descansar um pouco, você só faz isso quando Joe vem. Nem mesmo nas férias você se permite um descanso. – lembrou-me.
_ Eu gosto do que faço pai. – justifiquei-me.
_ O que não te torna incansável.
_ Espere um pouco mais, acho que eles me liberarão lá para os seis, sete meses, por aí... – falei dando de ombros.
_ Acho que isso vai demorar. – comentou.
_ Eu acho que não, estes dois primeiros meses estão passando tão rápido. – falei. Em tão pouco tempo eu já estava achando as coisas tão diferentes, meu corpo, meu jeito. Sei que ainda é pouco e que talvez as outras pessoas nem tenham percebido, mas eu já me sinto um pouco mais inchada, esfomeada e cansada, se eu sento por um segundo em um lugar silencioso, eu durmo, pode ser até por causa do cansaço, eu realmente nunca fui de tirar férias, só parava quando Joe vinha, mas sei que a sonolência é um dos sintomas da gravidez.
_ Pois eu acho que tem uma pessoinha aqui que está louco para se tornar vovô. – insinuou Logan.
_ Ah, então é isso. – falei divertida. _ Você está ansioso para ter seu netinho, por isso que está com essa pressa toda. – acusei-o.
_ Você que não vive 24 horas com ele que não sabe como ele está ansioso. – começou a dizer Logan. _ ele fala de você e desse bebê toda hora, sempre querendo saber se vocês estão bem, todo cliente que chega lá na oficina, ele começa a falar sobre sua gravidez, provavelmente a cidade toda já sabe sobre sua gravidez.
_ Pois eu acho que você está é enciumado. – falou meu pai, um pouco irritado com o comentário de Logan.
_ Awn pai. – falei me aproximando dele e dando um forte abraço. _ Isso é bem fofo da sua parte.
_ Ah, sei lá acho que ser avô vai ser uma experiência bem legal. – disse.
_ Em pensar que eu fiquei com medo de lhe contar. – revelei.
_ Jura? – perguntou, desfazendo o abraço. _ Não sabia que eu lhe dava medo.
_ Não é isso pai. – falei tornando a sentar-me no sofá, local em que eu estava antes. _ É só que você não lida muito bem com o nosso crescimento, não sei se você se lembra do drama que foi na época do meu casamento. – lembrei-o.
_ É, foi lamentável. – disse ele, envergonhado. _ Mas eu acho que tenho que me acostumar com isso, não posso fazer vocês ficarem pequenos para o resto da vida. – falou.
_ Você tem o Logan, isso é quase a mesma coisa. – brinquei.
_ Ei! – exclamou Logan. _ Não se esqueça de que eu sou mais velho. – indagou.
_ Ainda sim, ninguém diz isso. – falei. Todo mundo, jugando pela mentalidade, sempre achavam que eu era a mais velha, eu não gosto muito disso, prefiro ser considerada mais jovem, mas eu acho engraçada a cara que ele faz quando dizem isso.
_ Ainda sim eu sou o mais velho.

Passei o dia a tarde e até nem de noite nada casa do meu pai, pude fazer isso, porque também levei Oliver e com isso ele não ficara sozinho no apartamento. Quando voltei para casa, tomei um banho demorado e fui assistir TV, vi o jornal, como sempre, para saber se tinha algo de importante sobre a guerra.  Enquanto devorava dois pacotes de pipoca, uma latinha de coca e um barra de chocolate, nada muito saudável, mas foi o que me deu vontade de comer, fui assistir filmes, um deles foi Querido John, eu já havia lido o livro e é claro que eu não só me emocionei como também me identifiquei com a historia. Claro que minha historia com Joe não iria terminar daquela maneira, mas ainda sim, a comunicação entre cartas, o tempo distantes... De muito me lembra da nossa relação, concluindo, chorei quase que o filme todo.
JOE
Já era tarde da noite, eu ainda pensava sobre o que tinha acontecido durante a tarde, a discursão entre Rick e John repercutiu durante toda à tarde, muitos admiravam a coragem de Rick por falar daquele jeito, outros já tinham pena, pois provavelmente algum castigo lhe seria aplicado. Eu acho que fico com um pouco dos dois sentimentos.
_ Joe? – chamou-me Drew, entrando na barraca. _ As cartas chegaram, tem uma aqui para você. – falou entregando-me o papel, era de Demi.
_ Você não vai ficar? – perguntei, ao vê-lo tornar a sair da barraca.
_ Daqui a pouco venho, vou conversar com os outros mais um pouco. – respondeu.
_ Tudo bem. – falei e comecei a abrir a carta. Li e reli por varias vezes, forçando o minha visão para enxergar pela fraca luz da lamparina, eu podia sentir a dor de suas palavras e de sua decisão de me deixar livre para escolher o que eu achava melhor, isso, eu não posso mentir, me fez pensar em ficar, afinal ela mesma escreveu que me apoiaria, não é? Mas toda hora que via foto do ultrassom, meu coração logo se derretia, se eu já amava aquele ser que nem se quer eu podia ver com muita nitidez ou pegar, seria eu capaz de ficar longe depois que nascesse? Esta era uma duvida que eu tinha, era um outro embate que eu enfrentaria, mas, por agora, eu teria de deixar esta duvida de lado, pois amanhã seria o grande dia.
                CONTINUA...

Oi gente, HAPPY LOVATIC DAY!!!!
Gostaria de primeiramente pedir desculpas por não ter postado antes, é que, como eu havia falado, meu computador estava com defeito e o conserto demorou mais que o previsto. Sei que prometi dois capítulos hoje, mas acho que terei que passar para manhã, pois não pude escrevê-los, farei o máximo para conseguir postar mais um hoje, mas não garanto muito, porem de qualquer jeito eu pretendo postar amanhã.
Muito obrigada.
Bjssss.

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NINA: Muito obrigada por comentar, vai ter muita coisa ainda para acontecer com ela, algumas não tão boas L. Bjss.
Juh Lovato: Desculpa-me por não ter lhe respondido o comentário anterior, não deu mesmo, muito obrigada por sempre comentar. Bjss

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