quinta-feira, 31 de julho de 2014

9. Minha Família – The Big Apple



Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
 Eu aos poucos me acostumava com o silêncio daquele apartamento, mas, se acostumar, não significa que doa menos. 
Nicholas havia ficado comigo durante todo o tempo, mas isso não acalmava a situação. Eu estava sem meu pai e agora sem meus irmãos também, tudo se encaminhava para um desastre.


_ Ah não. – disse Nicholas, olhando a tela do computador, estava lendo seus e-mails do trabalho. _ Me escalaram para fotografar a festa de natal do governador esse ano. – disse.
_ Você odeia quando te pedem para fotografar esses tipos de eventos. – lembrei-me.
_ Acho que vou recusar. – falou.
_ Mas você também me disse que é o tipo de trabalho melhor remunerado nessa sua profissão.
_ É, mas... Sei lá, queria passar esse natal aqui. – falou. _ Fora que está muito encima da hora, dez da noite eu tenho que já estar lá.
_ Te mandaram esse e-mail só hoje? – perguntei.
_ Não. – respondeu. _ Foi há três dias, mas ainda assim, eu só li hoje, é isso que conta.
_ Vai Nick, nem mesmo vamos ter natal aqui nesse ano mesmo. – dei de ombros.
_ E é mais um motivo para eu ficar aqui. – falou.
_ Vai, eu vou ficar bem. – ele fez uma careta. _ Não perde essa oportunidade por mim não.

No final das contas Nicholas aceitou tirar as fotos na festa, enquanto ele começava o lento processo de limpar as lentes de suas maquinas fotográficas, super profissionais e caras, eu fui para meu quarto. Pela primeira vez desde semana passada eu liguei o computador e entrei em minhas redes sociais, ainda não sei se foi a melhor opção, o monte me mensagens de força me fizeram bem e mal ao mesmo tempo, as palavras eram reconfortantes, mas também era como uma maquina do tempo, me levava diretamente para o velório de meu pai, a última vez que o vi.
Meu celular vibrou no criado mudo, peguei-o e era uma mensagem de Joseph. Confesso que pensei que ele nunca mais voltaria a falar comigo, mas cá estava ele novamente.
                      “Próximo da lista, diga apenas sim ou não (sim, se for suspeito, não, se não for): Andrea Lonis”
Andrea Lonis era a secretaria do meu pai que havia sido demitida três semana antes de sua morte, pois, descobriu-se que ela estava vazando informações confidenciais do banco para outras pessoas, como investidores e pessoas de outros bancos. Não sei se ela teria coragem de matar meu pai, mas ela era uma mulher perigosa.
                      “Sim” – Respondi.
                      “Certo, próximo: Henry Black.”
Henry Black é um ex investidor do banco de meu pai, tirando o pai de Camilla, ele era o que mais investida. Porém, por ironia do destino, ou não, resolveu que não iria só investir em banco para acumular riquezas, mas que também iria apostar em jogos, infelizmente não se deu muito bem nessa nova empreitada, vendo que estava perdendo todo seu dinheiro, recorreu ao banco de meu pai em busca de um empréstimo, meu pai deu o empréstimo, mas Henry não conseguiu pagar as prestações, e teve sua conta cancelada e seus bens tomados.
                      “Sim”
                      “Mariah Benvides”
Mariah Benvides é a prima de segundo grau de Lara, essa história já mais complicada, já que, quando aconteceu, eu ainda era muito pequena, só sei que Mariah se apaixonou por meu pai antes de Lara, mas, como dá para perceber, foi Lara que se casou com meu pai, e isso causou um grande reboliço na família. Ainda assim não creio que o ressentimento tenha sido tão forte e tão duradouro.
                      “Não” – respondi. “Você gostaria de vir aqui?” – perguntei. Eu queria saber o porque de suas suspeitas e como ele as conseguiu, pois, muitas delas foram particulares, nunca saiu na imprensa nada sobre Mariah ou sobre Andrea.
                      “Quero passar o natal vivo” – respondeu.
                      “Prometo não te matar, já me conformei com o fato de você ser quem é” – falei.
                      “Sabia que você não ia resistir ao meu charme”
                      “Não é pra tanto, é só que prefiro que seja uma conversa cara a cara, não te contratei para ficar trocando mensagens comigo” – reclamei.
                      “Em uma hora estarei aí.” – disse.
                      “Ok” – respondi.
Desliguei meu notebook, e levantei-me, eu tinha uma hora para ir de lixo ambulante a alguém apresentável, afinal de contas, não seria nada legal Joseph chegar aqui e me ver com: os olhos inchados, cabelo desarrumado, e com uma blusa que é três vezes o meu tamanho.
Tomei um banho e lavei a cabeça o mais rápido possível, escovei meus dentes, e me enrolei na toalha. Fui para meu quarto e tremi de frio, tinha deixado a minha janela do quarto aberta e o vento frio após ter saído de um banheiro quentinho não foi nada agradável. Levei mais uma jatada de vento frio quando me aproximei da janela para fecha-la.
Voltei-me para meu armário e coloquei uma calça de malha preta, ela é mais junta, então não fica ruim, e fora que eu estou em casa, e a ordem do dia é ficar confortável e não super produzida.  Coloquei uma blusa vermelha de manga, que tem três botões, deixei os três abertos e peguei uma blusa de lã preta quem tenho já nem sei a quantos anos, mas que nunca deixou de ser confortável.  Dei uma secada no meu cabelo, já que a combinação de frio mais cabelo molhado não traria bons resultados.


_ Você já está indo? – perguntei, ao ver Nick na sala. _ Vou aproveitar uma carona com Pablo, e fora que vou ter que olhar as condições de luz de lá...
_ O Pablo já está indo não é? – perguntei, esquecendo-me que hoje era véspera de natal, todos iriam mais cedo para suas casas.
 _ É, todos já foram, só ele ainda está aqui. Eu pedi para Karla deixar uma refeição já pré-feita, assim que eu chegar dessa festa, nós esquentamos tudo e teremos nosso natal. – sorriu grande. Eu correspondi.
_ Vai demorar muito para chegar? – perguntei. Ele coçou a cabeça e fez cara feia.
_ É.
_ Esse é significa quantas horas? – perguntei com a mão na cintura.
_ Umas quatro ou cinco da manhã. – falou. _ É uma ótima hora para começar um jantar de Natal, te juro, já fiz isso outras vezes e olha que a comida era ruim, e não comida da Karla. – falou e eu sorri.
_ Será legal tentar, só não sei se eu conseguirei acertar o garfo na boca, já que nessa hora eu já estou desmaiada na cama. – falei.
_ Eu te acordo. – falou e riu.
_ Não se atreva. – gargalhei.
_ Lembre-se, Natal é um dia de paz, não se pode bater no primo. – falou de um jeito que me lembrou de quando eu era pequena e as professoras ditavam as regras da escolinha, tipo: Não bater nos amiguinhos, não mostrar a língua, levantar a mão quando quiser falar...
_ Lembre-se – comecei a falar, imitando-o. _ Natal é um dia de paz, não se pode acordar a prima. – ele gargalhou.
_ Mas é muito preguiçosa viu (?) – disse gargalhando fraco.
_ Eu não sou preguiçosa, só acho que o sono de qualquer pessoa deve ser respeitado.
_ Claro. – falou ironicamente.
_ Nem adianta negar, você sabe que concorda comigo. – falei e ele só sorriu.

_ Senhor Nicholas, eu já estou indo, o senhor quer que eu te leve a festa mesmo? – perguntou.
_ Ah, sim, quero. – respondeu atrapalhado e virou-se para mim. _ As meia noite em ponto eu te ligarei ok? – disse me abraçando. _ Não esteja dormindo. – beijou-me no topo da cabeça.
_ Tenha uma boa festa Nick.
_ Tenha um bom... – ele hesitou sem saber o que dizer. _ Uma boa noite. – sorriu e eu correspondi. Deixei-o ir sem falar de Joseph, sabia que se falasse ele iria implicar e acabar ficando.

Eu não sei exatamente o que significa uma hora no mundo de Joe, mas no meu mundo uma hora significa sessenta minutos, e não oitenta minutos ou mais. Eu estava andando de um lado para o outro da sala, pronta para atender o interfone do porteiro perguntado se eu permitiria a entrada de Joseph, mas nada, nem sinal daquele homem. Fui ao meu quarto, peguei meu celular para ver se ele tinha desistido de vir e, nada, nenhuma mensagem.

Voltei para a sala a passos lentos, mas assim que escutei o interfone comecei a correr feito uma louca.
_ Sim.
_ Joseph Jonas quer subir. – falou.
_ Pode deixar passar. – respondi e o porteiro desligou a chamada, ele sempre era assim, economizava o máximo de palavras e gentilezas possíveis.
Foi diretamente abrir a porta, quanto menos enrolação, melhor seria. Não demorou muito para que as portas do elevador se abrissem e mostrasse uma figura cômica. Cabelos molhados grudados na testa e nuca, o casaco preto pingando no carpete do corredor, e ao andar seu sapato fazia um barulho engraçado, ele estava totalmente encharcado.
_ Parece que a neve veio acompanhada de chuva desta vez.



_ Quer mais? – perguntei a Joseph, ele ainda tremia um pouco, mesmo eu tendo dado as roupas de Nick (que coube perfeitamente nele) para ele se trocar e secado o cabelo dele com um secador, o que foi bem hilário, pois ele, no inicio, se recusou a deixar que eu fizesse, mas após ter uma crise de espiro e perceber que passar a toalha não estava adiantando muito, deixou. Até que ele estava certo em não me deixar querer secar seu cabelo, pois agora ele está com um cabelo de Emo ou se preferir no melhor estilo Justin Bieber no começo de carreira, só que moreno. Eu tinha feito chocolate quente para ele (e para mim também, claro) e ele havia tomado seu copo sem pestanejar.
_ Tem mais? – perguntou.
_ Quando se trata de chocolate eu não economizo.  – respondi. E ele sorriu e entregou-me seu copo para que eu posse mais para ele.
Fui a cozinha, e coloquei mais tanto para mim quanto para ele. Voltei e ele estava sentado, meio espremido no canto do sofá.
_ Quer que eu aumente o aquecedor? – perguntei, entregando-lhe o copo.
_ Não precisa, eu já estou melhor. – falou. Sentei-me a seu lado.
_ E então? Quais são os próximos da lista? – perguntei.
_ Ah sim. – disse pegando sua maleta que estava no chão ao seu lado. Ele tirou o mesmo bloquinho da última vez, que, surpreendentemente, estava completamente seco e o abriu. A Lista agora estava cheio de anotações, feitas em letras minúsculas, tanto que não consegui ler, só sabia que eram palavras. _ Bob Labealth. – falou.
Labealth é definitivamente um suspeito, rico, já foi acusado de vários crimes: Direção perigosa; assedio sexual, agressão a dois funcionários e desacato a autoridade. Como sempre teve bons advogados, sempre escapou na melhor, a maior pena que ele já pegou foi fazer trabalho voluntario por três meses. Meu pai e Bob nunca foram amigos, na época que meu pai começou a comprar parte do banco, Labealth era um dos donos, tinha cerca de 20% do banco. Meu pai conseguiu 28% do banco, na mesma época de Bob foi acusado de assedio sexual sua primeira medida foi tentar tira-lo do banco, alegando que o escândalo do qual ele estava envolvido afastaria os investidores. Bob tinha influencia, mas meu pai tinha mais poder que grande parte dos outros donos, e com isso Labealth foi expulso. Naquela época Bob jurou vingança. Demorou, mas talvez tenha cumprido.
_ Acho que de todos, ele é o maior suspeito.
_ Também acho. – disse e fez um ‘+’ ao lado de seu nome. _ Gabriel Couric.
Gabriel trabalha no banco e vive se metendo em confusões por lá, ele é um dos proprietários de um das sedes do banco aqui em Nova Iorque, o maior deles, diga-se por sinal. Ele nunca escondeu sua ganância, sempre quis conquistar mais espaço entre os outros proprietários, mas nunca conseguiu, pois, ele é ótimo em economia, mas péssimo em outras áreas. Uma vez Gabriel quase conseguiu comprar uma segunda sede do banco, mas meu pai, sabe se lá porque, vetou a venda. Gabriel ficou furioso e houve uma briga conturbada entre os dois. Pode parecer estupido e não render tal suspeita, mas isso tudo aconteceu a uma semana antes da morte de meu pai, Gabriel poderia muito bem ter feito isso, a reunião que meu pai falou, poderia muito bem ter sido com Gabriel, os dois ainda estavam discutindo naquela época.
_ Sim, Gabriel também é um ótimo suspeito. – falei.
_ Não tenho tanta certeza, apesar da história de briga entre os dois, Gabriel me parece um babaca. – falou.
_ Ainda assim, eu não conheço muito Gabriel, mas ele estava com um ódio de meu pai. – falei. _ E meu pai disse que teria uma reunião, podia ser muito bem com Gabriel. Eles sempre estavam tendo reuniões, Gabriel queria que meu pai mudasse de ideia, e eles sempre acabavam brigando no final. Poderia muito bem ser essa a situação.
_ É, sem duvidas um ótimo suspeito. – falou e também fez um ‘+’ ao lado de seu nome. _ último da lista: Wilmer Valderrama. – falou.
Wilmer Valderrama, único proprietário do segundo maior banco do País, e maior inimigo de meu pai, ambos nunca se deram bem, nem mesmo se deram uma chance. Wilmer é conhecido por ser ótimo no gatilho, pois passa todos os seus finais de semana caçando. Apesar de os dois não terem históricos de brigas, Valderrama ainda é um suspeito a ser levado a serio.
_ Sim. – respondi apenas. Naquele momento deu um pique de luz. Assustei-me. A luz voltou por alguns segundos, mas logo se apagou novamente. Desta vez não voltou.
_ Acho que a tempestade prejudicou a energia. – falou.
_ Aff. Ótimo dia para isso acontecer. – falei, por causa da tempestade o dia parecia mais escuro o que realmente deveria estar. Eu quase não enxergava Joseph a minha frente.
_ Acho que não tem como continuar.  – concluiu. _ Terei que ir para minha casa. – falou.
_ Não sei como. – falei.
_ Como assim?
_ Não tem como você sair daqui. – falei ele desbloqueou a tela do seu celular, dando uma pequena luminosidade no ambiente.
_ O que você disse? – perguntou sem crer em minhas palavras.
_ O elevador não funciona sem luz. – respondi.
_ Eu desço de escada.
_ Não tem escada.
_ Que? Como assim não tem escada? – levantou-se. _ Se acontecer um incêndio o que vocês fazem? Morrem?
_ Dizem que o elevador daqui tem alguma proteção contra incêndio então não seria perigoso pega-lo em meio a um incêndio. Eu nunca testei e não pretendo também. – sua expressão era engraçada, parecia descrente, confuso e com raiva.
_ Você só pode estar brincando com minha cara.
_ Nope. – respondi. Aparentemente minha calma só o irritava mais. É meu amigo, o mundo dá voltas...
_ Aqui não tem gerador de energia?
_ Ummm
_ Você não sabe, não é? – perguntou ao ver minha hesitação em responder.
_ Se a luz voltar rápido quer dizer que sim. – falei. Ele suspirou bravo.
_ Que merda de prédio. – falou.
_ É um dos mais caros de Nova Iorque ok? – levantei-me também.
_ E ainda assim é uma merda. – quase gritou.
_ E é nessa merda que você vai ter que ficar até a luz voltar. – gritei. Ele olhou-me serio.
_ Você está fazendo isso de proposito não é? Só porque da ultima vez eu acusei seu namoradinho e sua madrasta.
_ Você realmente acha que eu ia me dar ao trabalho?
_ Você me odeia e do nada me chama aqui?
_ Eu te chamei porque eu tinha duvidas e queria que você me respondesse cara a cara! – ele desbloqueava a tela do celular toda vez que apagava, e cada vez parecia mais bravo.
_ Aé? Então cadê as perguntas? – perguntou. Oops.
_ Se você acha que eu estou mentido, fique a vontade, vá lá fora, tente sair daqui, ache a escada. – nós dois nem mais falávamos, mas sim gritávamos.
_ Pois é isso que eu vou fazer. – disse e se dirigiu para fora estressado. Deixei-o ir sem segui-lo, queria ver ele quebrar a cara e voltar todo arrependido pedindo abrigo.

Um minuto...

Dois minutos...

Três minutos...

Quatro minutos...

Cinco minutos...
Será que ele tinha conseguido sair daqui?
Fui até a porta e encontrei-o sentado (lê-se jogado), no chão do corredor, claramente derrotado.
_ Eu avisei. – falei.
_ Eu sei. – disse entre dentes.
_ E porque não entrou de volta? – perguntei.
_ Para não te dar o prazer de falar – fez uma breve pausa. _ “Eu avisei”.
_ Eu falei do mesmo jeito. – sorri.
_ Percebi. – ficou mais bravo ainda.
_ Ei, nós vamos ter que nos dar bem, e já que você vai ter que ficar aqui...
_ Não obrigado.
_ Acalme-se estressadinho... O aquecedor do prédio todos está desligado, você deve estar morrendo de frio, mesmo estando agasalhado. – falei. _ E para nossa sorte aqui tem uma lareira que é tanto elétrica quanto manual, pelo menos podemos nos aquecer. – sorri tentando parecer convidativa, mas ele continuou com a cara de bosta. _ Eu vou fazer mais chocolate quente. – tentei melhorara a oferta. Joseph suspirou e se levantou, abri espaço para ele voltar.


Lareira ligada, canecas cheias de chocolate quente, estávamos ambos sentados no chão, lado a lado, de frente a lareira e com um silêncio meio chato... O porteiro já tinha nos informado que: O gerador tinha mantido todo o prédio com energia por uns quinze minutos, mas teve sobrecarga, já que ninguém nesse prédio economiza luz. – palavras do porteiro. Que abuso, se tivessem me avisado eu tinha desligado as coisas desnecessárias...

_ Desculpa por lhe fazer perder sua véspera de Natal aqui. – falei, tentando quebrar o gelo, já era quase oito da noite.
_ Meus pais vão me perdoar... Em algum dia... Eu espero.  – segurei o riso. _ Você ia passar o seu Natal sozinha?
_ É, com Lara e meus irmãos na praia e Nick trabalhando... – eu tive tempo o suficiente para falar sobre os últimos acontecimentos.
_ Mas e Logan? – perguntou.
_ Provavelmente esta na fazenda dos pais.
_ Provavelmente?
_ Ele sempre passa o Natal por lá.
_ Mas nesse ano, com o acontecido, teria sido legal dele ficar.
_ Eu sei. – falei. _ Na verdade eu nem sei do paradeiro dele.
_ Como assim?
_ Eu não o vejo nem falo com ele desde o velório. – Joseph não disse nada, mas eu sabia o que ele estava pensando._ Eu sei: Suspeito. – falei.
_ Demetria, quando eu falei que ele era suspeito não foi tão sério assim, minhas suspeitas com ele foram bobas.
_ Mas faz sentido, meu pai morreu e ele desaparece. Eu não acredito em coincidência Joseph...
_ Ele não tem um motivo real para matar seu pai.
_ Mas, não faz sentido o desaparecimento dele. – suspirei frustrada.
_ Você por acaso o procurou? – perguntou. Hesitei.
_ Não.
_ Então não o culpe, talvez ele esteja tentando te dar um espaço, para superar.
_ Me dando um espaço? Eu não pedi para ele me dar um espaço.
_ Mas talvez ele ache que você precisa. – falou. Suspirei.
_ Eu tentarei após o natal. – falei. Ficamos em silêncio por um tempo. _ Obrigada, pela ajuda, você dá um ótimo conselheiro amoroso. – ele riu.
_ E olha que eu odeio essas coisas de romance. – disse.
_ Isso porque você nunca se apaixonou de verdade.
_ E agradeço a Deus por isso. – falou convicto.
_ Quero estar presente no dia que você se apaixonar, só para ver a sua cara de bobo.
_ HAHA. – brincou, mas no final acabamos rindo de verdade. De repente a luz voltou, meus olhos arderam, pois a luz da lareira estava fraca e não me preparou o suficiente para a claridade que o exagerado de luzes na sala provocaria. E pelo jeito que Joseph estava piscando os olhos rapidamente, ele também sentiu o mesmo que eu.
_ Bom, acho que agora você vai poder voltar para casa... E não perdeu sua véspera de natal todo aqui. – falei e sorri, fingindo uma alegria, claro que eu queria que ele fosse, mas eu tinha gostado desse nosso momento aqui, não tínhamos brigado, conversamos pouco, mas o que conversamos foi legal, teria sido legal passar mais tempo assim com ele.
_ Pois é, levantou-se. Posso ir com a roupa do seu primo? – perguntou. Levantei-me também.
_ Claro. – Eu o acompanhei até a porta e ele já ia saindo quando se virou e propôs.
_ Você quer ir passar o natal em minha casa? Eu te trago de volta.
_ Eu? Tem certeza? – perguntei.
_ Porque não?
_ Pelo que você falou é uma festa bem particular da sua família... – falei. Ele sorriu.
_ Hoje você também poderá fazer parte da minha família.

Continua
Olá a todos, vocês devem ter percebido que não postei no dia que prometi, mas desta vez não foi por falta de criatividade ou por problema no computador, mas sim por que eu mesma quis. Sei que não sou a única escritora de fics a reclamar, mas ainda assim, isso frustra. Muitos já me disseram seus motivos, mas e os outros? Porque o número de comentários tem diminuído tanto? É a fic? Sou eu?
Eu sempre gosto de ler suas opiniões e amo receber suas sugestões, sinto muita falta de entrar aqui no blog e ter o prazer de lê-los, mas isso não está tão legal quanto antes. No último capítulo recebi dois comentários, tenho muito a agradecer a Kika e a Fabíola, por favor, não pensem que eu estou a desmerecê-las, agradeço a vocês por tirarem um pouco do seu tempo para comentar, mas eu confesso que me acostumei a receber dois comentários só no primeiro dia de postagem e não dois comentários no total.
Se for questão de tempo, eu peço então para os que não comentam que pelo menos avaliem, para quem não sabe como é só marcar nas “Reações”:   
                                            Pois pelo menos assim saberei genericamente o que vocês acharam do capítulo, não demora nem mesmo dois segundos direito, mas já vai melhorar bastante já que nem isso eu estou vendo ultimamente.
Peço perdão se estou parecendo chata, mas nesse ano eu estou fazendo o meu melhor para tentar entregar os capítulos, estou no 3º anos, o Enem tá chegando, eu tenho cursos na maioria dos dias da semana, eu escrevo no tempo que sobra entre os estudos, eu queria conseguir postar com mais frequência, mas se eu começar a escrever só por entregar, todo o prazer de escrever vai se perder, e não foi para isso que eu criei esse blog.
Não sei se o problema é a fic, sei que ela esta andando meio devagar, mas é porque eu achei que essa história precisava ser assim, já que há muitos acontecimentos, posso tentar acelera-la um pouco e diminui-la, mas isso faria com que eu cortasse alguns personagens da história, mas se vocês preferirem assim, eu faço.
Obrigada, até o próximo capítulo.




Kika: Esse são os suspeitos, pelo menos os que Joe achou, e aí, desconfia de algum? Muito obrigada por comentar. Bjssss

Fabíola: kkkk realmente ela é assim mesmo, bom, pode ser que sua mudança de ideia seja apenas um truque, o que você acha? Muito obrigada por comentar. Bjssss

7 comentários:

  1. Eu adoro fics que tenham algum mistério. É por isso que adoro o teu blog e esta historia particularmente.
    Até ao proximo cap ;)

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  2. Eu amei o capitulo
    Sinceramente todos os suspeitos tem motivo para ter morto o pai da Demi mas agora não sei se em de confiar nesses três ou de ir com o meu instinto que diz que foi outra pessoa que não tinha motivos óbvios...Tenho de pensar...Entre os 3 suspeitos não sei quem escolho...
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    Bjs :)

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  3. Nanda, comecei a postar uma fic no meu blog, pode divulgar por favor? Obg, bjsss <3
    http://jemiendlessly.blogspot.com.br

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  4. Aí que raiva de você! Você tbm me faz ter dúvidas sobre a Lara! Aí Deus tô confusa kkkkkk
    Adoro a fanfic, vou comentar sempre e sempre :)
    Fabíola Barboza :*

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  5. Me deu uma peninha dela :'( sou muito boba acho td fofo, e esse convite dele pra passarem a vespera juntos achei tao fofo kkkkkkk n comentei das outras vezes por preguiça mesmo, minha net eh uma merda, sorry :) enfim posta logo pq to curiosa demaaaais bjs :-*

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    1. Mulé posta logo ta me matando de curiosidade kkkkkkk bjs

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  6. Aaah!! Adoro essa fic e as outras tbm! Posta logo a continuação!! Bjss

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