segunda-feira, 29 de outubro de 2012

28º CAPITULO “Invadiram nossa casa” - Recomeçar


_Eu estaria sendo justa com você, que em todo santo momento me ajuda sair das minhas confusões, que por mais que seja chata e convencida, está comigo quando preciso, estaria sendo justa com a mamãe e lutou para nos criar, que lutou para sair daquele inferno e nos protegeu, protege e sei que entanto viva protegerá tanto a mim, quanto a você quanto a Maddie com unhas e dentes, estaria sendo junta com nós duas, que mesmo sofrendo, em casa e na escola protegemos a Maddie no mundinho dela, fazendo com que ela seja a única que ainda goste daquele homem? Eu estaria sendo justa?
Vi na expressão de Dallas que ela havia ficado na duvida, agora sim ela tinha intendido o meu lado e sem duvida estava com duvidas do que me responder.
_ Eu me sentiria uma egoísta ao chama-lo para cumprir o meu sonho sendo que eu acabaria com o seu e com a paz da nossa mãe. Se ele nos achar aqui ele não nos deixaria em paz. – continuei.
_ Eu sei. – falou ela.
_ É como dizem, nem tudo é como nos queremos. – falei.
_ Eu vou ver se tem outro jeito, eu vou ler aquele contrato também e quem sabe eu acho uma brecha que você e a mamãe tenham deixado passar. – falou.
_ Boa sorte. – falei.
_ Eu não quero deixar que você não realizasse um sonho. Apesar de ser chata problemática e tampinha, assim como protegi a Maddie e quero o melhor para ela, eu queria ter conseguido lhe proteger também e quero o seu bem, afinal você é minha irmãzinha.
_ Dallas na boa, para.
_ Você pode crescer, na idade, claro, o quanto você quiser, sempre será a pirralhinha. – falou, eu não sei se era intencionalmente ou se é por acaso, mas ela estava conseguindo me fazer rir e esquecer um pouco da outra parte do peso no coração que ainda em mim restava. Criou-se um silencio no quarto por alguns segundos. _ Te faria tão bem conseguir gravar suas musicas. - lamentou-se
_ Me fará melhor ainda ver você e mamãe bem. – falei. As duas sempre foram as duas mulheres que eu mais amo não que eu não ame a Maddie, a amo mais que tudo, mas além do amor que sinto pelas duas, tenho também o sentimento de admiração, pela força e coragem que elas possuem coragem e força que eu sempre quis ter igual. Posso até não conseguir realizar grandes coisas na minha vida futuramente, já que novamente o meu caminho se tornou inserto, mas as ver felizes e conquistando os seus objetivos já seriam o suficiente para me arrancar um sorriso.
_ Você vai falar o que para o Joe? Vai dizer o real motivo? – perguntou
_ Não, eu não sei o que direi, mas sei que não será a verdade. – respondi
_ Porque não?
_ Esse é problema de família não quero envolve-lo
_ Ele é da nossa família Demi.
_ Eu só não quero contar nada agora, quem sabe um dia eu resolva, mas não agora.
_ Você sabe o que faz, mas eu acredito que ele confia muito em você, não é certo você ficar mentindo ou escondendo as coisas dele. – falou.
_ Eu sei.
_ Ele te ama.
_ Eu também o amo e muito. – tornou-se a criar um silencio. _ Eu não irei mentir, mas também não irei falar tudo agora. – falei por fim.
_ É melhor assim. – falou. _ Acho que minha missão aqui já foi cumprida, já posso te deixar sozinha novamente. – disse, se levantando para sair do quarto. _ Boa noite Demi.
_ Boa Noite Dallas.
_ Você pretende descer mais tarde? – perguntou.
_ Daqui a pouco. – respondi, não estava feliz, mas pelo menos estava bem o suficiente para ficar perto de Maddie sem que ela começasse a perguntar o que havia de errado.
_ Ok, te espero. – falou ela, se levantando e saindo do quarto. Fiquei no quarto por apenas alguns minutos, era melhor eu sair antes que o desanimo me reencontrasse, peguei o prato de comida, agora vazio e meu celular, desci.
Assim que cheguei à parte de baixo da casa, fui direto para a cozinha lavar e guardar o prato, só depois me dirigi a sala, Maddie estava sentado no chão, perto da mesa de centro, escrevendo em seu caderno de aula, fazendo seu dever, Dallas estava junto a ela, a ajudando, caso necessário, minha mãe estava sentada no sofá, e olhava para a TV, que estava passando jornal, com muita atenção, provavelmente nem viu minha aproximação. Sentei-me a seu lado, e só aí ela tirou um pouco a atenção da TV para me olhar, deu um sorriso ao ver-me, mas logo tornou a prestar atenção na TV, percebi que o jornal estava falando sobre uma tragédia que tinha acontecido na minha antiga cidade, um homem, louco, que ainda não havia sido identificado, entrou em um shopping, na verdade no único shopping da cidade, e saiu atirando em varias pessoas, três haviam morrido e dezessete haviam ficado feridas, os policiais estavam investigando de quem se trata a partir das imagens captadas da câmera do local. Pelos nomes divulgados, descobrimos que um dos mortos era um conhecido nosso, Senhor Antônio, ele era dono da padaria que tinha perto de nossa casa, ele nos ajudou e muito, era um bom homem, responsável, pai de família, isso era realmente uma tragédia. Vi que os olhos de minha mãe já haviam se enchido de lagrimas.
                                               (...)
Fomos dormir tarde ontem, minha mãe fez uma ligação para Dona Laura, viúva do Senhor Antônio, conversaram por muito tempo, Maddie, Dallas e eu também dêmos pêsames a ela, se percebia em sua voz o quanto o acontecimento a doía, eles já eram casados há anos, quando nasci já tinham dois filhos, o mais velho de 11 anos, apesar de terem passado muito tempo juntos, se via no jeito em que um olhava para o outro, que se amavam e muito, nunca tinha visto um casal tão bonito como eles. Laura já era uma senhora de idade e já não consegue trabalhar como antes, vivia basicamente dos lucros da padaria, os dois sempre foram pessoas simples, o filho mais velho até onde eu saiba é casado e mora com a esposa em Nova York, só aparecia para ver os pais no natal ou em seus aniversários, o mais novo os ajudava na padaria, sei que esse tentaria manter tudo, tanto para ele, quanto para a mãe, mas isso não muda o fato de que Sr. Antônio fará falta.

Na manhã do dia seguinte, custei para conseguir acordar, mesmo depois de o despertador ter tocado, ainda fiquei enrolando para levantar. Aprontei-me sem pressa alguma, mesmo sabendo que não tinha disponível todo esse tempo, mas depois do ultimo dia que eu tive a ultima coisa que eu queria era acordar novamente, ontem tudo o que tinha para dar errado, ou tudo o que tinha de triste para acontecer, definitivamente aconteceu.
Desci as escadas, e vi todos tomando café, tomei um suco.
_ Ontem disse ao Joe que você tinha ido ao médico, levar Maddie a uma consulta. – falou minha mãe. _ Caso ele pergunte se ela está bem.
_ Tinha que colocar Maddie no meio? A sinceridade dela pode estragar tudo. – falei. Minha mãe riu.
_ Eu não atrapalho nada tá! – disse Maddie indignada.
_ Mas nem sempre ajuda muito. – falei. Ela fechou a cara.
_ Maddie é só você confirmar tudo o que a Demi disser, pode ser assim? – perguntou minha mãe.
_ Tá bom. – respondeu à pequena.
_ E você Demi, pare de me fazer dar desculpas esfarrapadas para o Joe! – disse em tom de ordem.
_ Pode deixar mãe. – respondi. _ Da próxima peço a Dallas. – falei brincando. Todas riram.
                                               (...)
_ E aí pequena você está bem? – perguntou Joe, assim que Maddie entrou no carro.
_ Estou. – respondeu ela, prontamente.
_ O que ela tinha? – perguntou Paul.
_ Nada, foi só uma consulta de rotina. – respondi, não iria inventar nenhuma doença, primeiro que não queria que essa mentira fosse muito longe, segundo porque doença, seja qual ela for, é serio e não se deve brincar com nenhuma.
Paul estava incrivelmente simpático, não que ele não fosse sempre, mas é que desde que Joe e eu havíamos nos assumido como namorados ele tinha mudado o seu comportamento diante de mim, vê-lo hoje, conversando comigo como antigamente foi surpreendente. Assim como daquele dia, ele deixou Kevin primeiro na faculdade, e depois nos levou para escola.
Íamos nós despedindo para entrar na escola, quando ele pede para que Joe e eu continuássemos no carro, o que viria desta vez?
_ Eu quero pedir desculpa a vocês dois. – falou ele, parecia sincero. _ Vocês dois se amam, todos podem ver isso, inclusive eu, seria injusto da minha parte separar um casal que se ama tanto. – concluiu. Fiquei sem saber o que dizer.
_ Obrigada por nos aceitar pai. – disse Joe, por fim.
_ Eu nunca deveria ter sido contra. – falou. Eu não sei o que vivia até o fim do dia, mas se continuasse assim seria, de longe, o melhor.

_ O que sua mãe fez com seu pai? – perguntei a Joe, quando já entravamos no colégio.
_ Confesso que não sei. – respondeu. _ O importante é que seja lá o que foi funcionou e muito bem. – falou feliz.
_ Enfim juntos sem nada para nos atrapalhar. – falei.
_ Enfim. – falou ele, e logo depois dêmos um selinho demorado.

_ Que casalzinho lindo. – disse Ashley ao passar perto de onde estávamos, dava para ver que havia ironia em sua voz. Joe já ia a responder mal, mas o impedi.
_ Obrigada. – falei como se tivesse pensado que seu elogio foi verdadeiro.
_ Não há de quê. – respondeu tão irônica como antes. Travis e Tay estavam com ela.
_ Aproveitem isso dura pouco. – falou Travis e logo depois todos saíram nos deixando sozinhos novamente. Era mais que claro que a sua vingança era nos separar.

_ Fique tranquila, nossa felicidade durará para sempre – falou Joe, ao ver que fiquei preocupada com o que Travis disse, eu nunca tive duvida que ele fosse fazer algo, e ele tem demostrado que já esta quase pondo sua vingança em pratica.
_ Joe você conhece ele tão bem quanto eu...
_ E sei que às vezes ele gosta de blefar – falou ele, me interrompendo. _ ele sabe que está de deixando com medo, isso já é uma vingança, fazer você ficar desesperada. Ele não costuma usar essa tática sempre, mas já usou, não duvido nada que seja esse o jogo dele.
_ E se não for?
_ Se não fosse ele já teria feito algo, ele não demora tanto para cumprir suas promessas, ele simplesmente as faz.  – respondeu. Nesse ponto ele tinha razão, ele nunca foi de pensar muito antes de vingar, mas eu sentia que algo iria acontecer, eu sentia que ele não iria deixar isso assim, porem para não entrar em conflito com Joe preferi concordar.
_ Você tem razão. – falei. Nesse mesmo instante o sinal de começo para as aulas tocou. Fomos de mãos dadas até onde nossas salas seguiam o mesmo caminho.
                                                               (...)
Quinta-feira é aquele dia que você, ao mesmo tempo está desanimado e feliz, desanimado porque já se passaram três dias de cansaço e de estresse, mas feliz, porque sabe que no outro dia é sexta e isso significa que o fim de semana esta chegando nada de acordar cedo ou de preocupação por dois dias, fazendo apenas o que quer, podendo fugir da rotina que os dias úteis de obrigam a seguir.
Por incrível que pareça, hoje eu não tinha o porquê de reclamar da aula, não sei se fui eu que acordei com mais humor ou se foi os professores, mas hoje as aulas estavam mais suaves e divertidas, e como dizem tudo que é bom dura pouco, o tempo pareceu voar.
                                               (...)
Ultimo horário de aula, o diretor entra na sala com uma expressão seria.
_ Bom dia alunos. – cumprimentou-nos
_ Bom dia – respondeu todos em coro.
_ Eu gostaria de chamar em minha sala os seguintes alunos, Travis, Taylor, Drew e Ashley. – falou serio, os olhei e pela primeira vez os vi tensos com a situação. Teria acontecido alguma coisa? Levantaram-se e acompanharam o diretor até a sala da direção. 

A aula acabou e todos já iam embora, nenhum deles ainda tinha voltado da direção, guardava meu material.
Já estava saindo da sala quando os vi se aproximando, todos não se mostravam felizes, Ashley estava com cara de choro algo serio tinha acontecido.
_ Eu não vou esquecer você. – falou Travis com tom ameaçador, ao se aproximar mais, depois entrou na sala para pegar seu material. O que tinha acontecido? Seja lá o que for não tinha sido minha culpa.
Corri para encontrar Joe na saída. Todos ainda estavam lá, Paul não havia chegado.

_ Meu pai teve um imprevisto lá na empresa, e vai atrasar para vir busca a gente. – falou Joe.
_ Tudo bem. – falei.

Todos nós, Maddie, Nick, Joe e eu, estávamos sentados na escada que tem na frente da escola que tem antes de entrar na recepção.
_ Podemos aproveitar que meu pai vai demorar mais um pouco e passar lá na Hollywood Records. – sugeriu Joe, eu ainda não tinha pensado em nada para lhe dizer.
_ Eu ainda não preenchi nada. – falei com o objetivo de me dar mais tempo para pensar.
_ Eu te ajudo. Você já leu o contrato todo? Se não eu posso te ajudar a terminar de ler. – se via que ele estava empolgado com essa oportunidade que eu estava tendo.
_ Joe eu não posso. – falei triste.
_ Como assim? Não pode o que?
_ Eu não posso assinar contrato com a gravadora.
_ Por quê? Tem algo de errado com o contrato, podemos ir lá e ver se tem como mudar.
_ Eu não vou te contar o porquê agora, mas eu realmente não posso.
_ Demi você me prometeu que não iria esconder nada de mim. – relembrou-me
_ Eu sei Joe. Eu vou te contar, só que não agora.
_ Por quê? Você não confia em mim?
_ Confio Joe, mas eu só não me sinto bem para falar sobre isso agora, eu juro que vou te contar tudo, só não me peça que seja agora. – respondi.
_ Eu odeio isso. – admitiu.
_ Desculpa.
_ O que quer que seja deve ser bem serio... Saber que pode estar acontecendo algo de grave com a pessoa que você mais ama, e não poder ajudar...
_ Mesmo que você soubesse não iria poder fazer nada... – falei o interrompendo.
_ Você vai falar com o Eddie que não irá assinar contrato quando? – perguntou.
_ Não sei, ainda não pensei nisso. – admiti.
_ Quer que eu te ajude? Eu posso ir lá ou ligar no seu lugar. – sugeriu.
_ Obrigada, vai ser melhor assim.

Paul não demorou tanto quanto achávamos que iria demorar. Deixou-nos, Maddie e eu, em casa, como sempre, e partiu em direção a sua residência.
Assim que cheguei perto da porta percebi que havia algo de errado, a porta estava destrancada, não era normal nós deixarmos à porta aberta, mesmo quando tinha alguém em casa. Abri a porta e vi que a casa estava revirada, não estava uma completa bagunça, mas tinha muitas coisas no chão e papeis que antes estavam guardados espalhados por todo o canto, alguns moveis ligeiramente fora do lugar, não dei falta de nenhum objeto valoroso, por isso não acreditei ser um assalto. Entrei com Maddie pela casa e a pedi para que ficasse quieta perto de mim.
_ Mãe?! – gritei, caso fosse ela que estivesse lá, e ao procurar por algo especifico deixou a casa naquele estado. Não obtive respostas.
_ Dallas?! – gritei com a mesma intenção anterior. E novamente não obtive nenhuma resposta.
Escutamos um barulho que parecia vir da parte de cima da casa, Maddie deu um grito de susto.
_ Tem alguém aí? – perguntei. Só depois vi o quão idiota foi essa pergunta, é claro que se tivesse um bandido ou algo parecido aqui ele não iria responder.
 Ao contrario dos filmes que o personagem ao escutar um barulho vai de encontro a ele na tentativa de encontrar o problema, eu não sou corajosa, segurei Maddie com força e a arrastei junto a mim para fora da casa, parei na calçada a frente de minha casa, peguei o celular que estava no bolso da minha calça e liguei para minha mãe, que demorou a atender.
_ Demi, eu estou trabalhando, sabe que não posso atender ao telefone! – falou sem nenhuma paciência.
_ Eu sei mãe, eu só queria saber se antes de sair de casa você estava procurando alguma coisa, pois quando cheguei a casa estava aberta e revirada.
_ Não! Sai depois de Dallas e a casa estava limpa, e eu me lembro de ter trancado a porta. – respondeu sem esconder a preocupação no tom de sua voz. _ Faça o seguinte, pegue Maddie e saia daí e vá correndo para casa de Paul, vou tentar sair daqui e te encontro lá. – ordenou.
_ Tudo bem.
_ Vá rápido, daqui a pouco chegou. – falou e desligou o telefone logo em seguida.
E fiz o que ela me ordenou, foi andando até a casa de Paul. Tentei me manter calma durante todo o percurso, pois se desesperasse acabaria causando o mesmo efeito em Maddie, então apenas guardei o medo para mim. Quando cheguei Denise abriu a porta surpresa.
_ Demi, Maddie, o que fazem aqui? – perguntou nos dando passagem.
_ Aconteceu alguma coisa? – perguntou Joe vindo para perto de mim.
_ Parece que invadiram nossa casa...

                CONTINUA...
Mais um capitulo postado. O capitulo acabou meio sem nada a ver, mas espero que gostem... Quem será que invadiu a casa delas? Por quê?
Espero que estejam gostando da fic, muito obrigada pelo comentário/avaliações.
 Bjssss

NINA: Obrigada por comentar, que bom que gostou, fazia tempo que não via um comentário seu, pensei até que já tinha desistido da fic kkk. Bjss. 

2 comentários:

  1. cap perfeito...so pode ter sido ot ravis...q raiva

    linda, eu tava cheia de coisa e num tinha lido nenhuma fic, deposi comecei a ler devagar pra poder ler tudo..haha

    bjo bjo e posta logo

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