sábado, 8 de setembro de 2012

20º CAPITULO “Sua salvação” - Recomeçar


_ Desculpa, não vou enrolar mais. E eu realmente queria que fosse tão simples como você disse, porem que me meti em problemas...
_ Bom... Tudo começou naquela festa que ele me chamou – comecei a falar. _ desde o começo da festa as coisas não estavam lá muito bem encaminhadas...
_ Desculpa atrapalhar, mas o que você quis dizer com as coisas não estavam bem encaminhas? – perguntou Dallas, me interrompendo. Estava sendo difícil para falar tudo, mas eu sabia que para ela conseguir me ajudar eu precisaria contar tudo o que aconteceu. Respirei fundo e voltei a explicar.
_ Todos lá estavam bebendo, muito.
_ E você? – perguntou.
_ Eu no começo não quis, mas eles ficaram insistindo...
_ E você cedeu. – falou, Dallas me conhecia muito bem, sabia que eu era influenciável.
_ É. Como sempre. Digamos que até ai tudo bem, hoje em dia não é a coisa mais anormal do mundo alguém ficar bêbada nas festas. As coisas ficaram ruins mesmo quando se aproximou a noite. O Taylor, que é um amigo lá da escola, chegou com drogas, todo mundo começou a usar, mesmo não estando totalmente lucida eu resisti, mas eles novamente eles começaram a insistir.
_ Demi, eu não acredito. – falou Dallas assustada, ela sabia muito bem como isso ia terminar.
_ Sem sermões – a lembrei.
_ Tudo bem, continua – falou.
_ Naquela noite o Travis pediu para ficar comigo, eu não queria, pois eu já gostava do Joe, mas o Joe estava com a Ashley e eu precisava tira-lo da cabeça, o Travis estava ali e ele parecia ser uma boa pessoa, eu acabei aceitando. Apesar de não amá-lo eu estava bem do lado dele, até que o Joe me contou o porquê dos Jonas odiar ele. O Joe e o Travis eram amigos de infância, e cresceram juntos.
_ Não me diga que o Joe também se meteu nessa.
_ Não exatamente, o Joe ajudava o Travis e o Taylor a esconder as drogas que eles vendem na escola e um dia foi pego pelo diretor e ele levou a culpa de tudo sozinho.
_ Meu Deus, Demi como você foi se meter com esse cara? – Dallas não escondia o quão chocada estava.
_ Depois que o Joe contou a historia, eu fui tirar satisfações com o Travis, e ele confirmou a historia e não se mostrou nem um pouco arrependido, quando eu perguntei a ele sobre no caso de ter sido eu no lugar do Joe, se ele faria diferente, ele não hesitou em dizer que não. Eu quis terminar na hora, antes que as coisas ficassem piores para mim, mas ele começou a me ameaçar. Na festa tiraram varias fotos e em muitas delas tem eu, me drogando e bebendo. – disse essas duas palavras entre os dentes, minha cara queimava de vergonha e de raiva de mim mesmo. _ Ele disse que se eu separasse dele, ele iria mostrar as fotos para mamãe e é claro que isso não pode acontecer, a mãe esta bem agora eu não quero ser o motivo da tristeza dela novamente – falei tentando segurar o choro. Dallas me abraçou forte.
_ Eu não estou fazendo o certo em te proteger, o que você fez foi grave e a mãe deveria saber disso, mas eu vou te ajudar. – falou ainda no abraço. _ Me dê só um tempo para pensar.
_ Muito obrigada Dallas, mas uma vez você está me salvando. – falei.
_ Eu sei que prometi apenas escutar e ajudar, mas Demi serio, como que você foi cair nessa? Juro é difícil de acreditar. – falou desfazendo o abraço.
_ Nem eu sei Dallas.
_ Eu vou te tirar dessa, mas quando se livrar dele, vê se olha direito com quem anda você sabe muito bem o seus pontos fracos, se você deixar que pessoas com más intenções as encontre você nunca conseguirá ser feliz.
_ Eu sei Dallas, mas... Eles sempre me pareceram boa gente, são os populares da escola e me fizeram parte do grupo deles.
_ O seu problema é a popularidade? – perguntou ela.
_ Claro que não. – respondi. _ Eu nem realmente me encaixava no grupo, você não conhece a Ashley nem a Tay, mas elas são lindas. Ao mesmo tempo em que eu gostei de estar andando com eles, eu sabia que aquele não era meu lugar.
_ Demi você é linda – falou Dallas. Apenas sorri de canto em resposta. _ Acredite Demi. – ficamos em silencio por um tempo. _ Eu acho que tive uma ideia.
_ Qual?
_ Espere até amanhã, que aí eu te conto.
                                                               (...)
Saber que a Dallas já tinha pelo menos um plano para me livrar de tudo aquilo me fez ficar mais calma. No outro dia na aula Travis percebeu isso.
_ O que está acontecendo? Você está mais feliz. – perguntou.
_ Nada. Só percebi que não adianta eu ficar resistindo, eu tenho que esperar o seu tempo. – menti.
_ Então você não se importa mais? – perguntou.
_ É.
_ Você tá aprontando alguma coisa. – falou desconfiado
_ Então você prefere que eu fique te irritando? – perguntei disfarçando.
_ Claro que não, só não quero ser enganado. – respondeu.
_ Demi, Travis, podem parar de falar, por favor. – falou o professor de matemática, chamando nossa atenção.
                                                               (...)
Já era a hora da saída, estava guardando o meu material, Travis já tinha saído, Taylor foi o primeiro a deixar a sala, Ashley e Tay também guardava o material.
_ Demi. – chamou o Joe, vindo em minha direção.
_ Oi Joe – cumprimentou Ashley, sem esconder que não estava gostando nada da situação.
_ Oi Ashley, oi Tay. – cumprimentou sem jeito, pelo jeito nem tinha visto que elas estavam ali, antes de entrar.
_ Então o que você queria falar? – perguntou Ashley, com certeza estava com ciúmes.
_ Nada muito importante... É... Meu pai já chegou... Está nos esperando. – falou ele, direcionando-se a mim, me seguirei para não rir, ele estava totalmente sem jeito.
_ Será que tem como nós conversarmos um pouco, antes de você ir? – perguntou Ashley
_ Eu realmente tenho que ir. – respondeu Joe, não duramente, mas com segurança.
_ Tudo bem, amanhã a gente conversa. – falou. _ Também já vou indo. – falou e logo foi dar um abraço de despedida no Joe, ela claramente queria algo mais, e isso me irritava, mas fiquei mais tranquila por ver que Joe estava totalmente frio com ela, não era minha intenção separa-los por completo, pois eles eram amigos de infância, mas eu sabia que se Joe desse uma brecha qualquer ela iria agarrar. _ Tchau Demi, amanhã nos vemos – veio e me deu um abraço, bem mais rápido e com menos intensidade do que a do Joe. _ Vamos Tay?
_ Vamos. – Tay se limitou em fazer sinal de “tchau” com a mão.

Esperei as duas saírem da sala.
_ Ela ainda te ama. – falei.
_ Mas eu não a amo. A única que manda no meu coração é você. – disse, se aproximando e roubando um selinho.
_ O que você queria falar comigo? Tenho certeza que não era que Paul está a nossa espera. – disse o “abraçando” pelo pescoço e ele me abraçou pela cintura.
_ Realmente, meu pai não está nos esperando. – respondeu sorrindo. Ri.
_ Então...
_ O que você acha de passarmos a tarde juntos? – perguntou. _ Próxima semana já começam as provas, vai ser péssimo para termos o nosso momento, vamos aproveitar?
_ E a Maddie?
_ Você sabe muito bem que ela pode ficar na minha casa, na verdade em uma hora dessas, ela já deve estar lá. Eu já disse ao meu pai que você aceitou, então...
_ Bom, já que é assim, não tem como recusar. – respondi. _ Algum lugar especial? – perguntei, quando começamos a sair da sala, apenas de mãos dadas.
_ Não, vamos apenas sair por ai, problema? – perguntou.
_ Claro que não. – respondi. _ Acho melhor separarmos um pouco, ainda tem muita gente lá fora. – falei quando já estamos prestes a sair da sala. Infelizmente o nosso namoro ainda deveria ser às escondidas. Joe soltou minha mão, continuamos apenas andando lado a lado, só voltamos a nos dar a mão quando já estávamos a uma quadra da escola, para ter mais segurança que ninguém iria nos flagrar juntos.

Saímos andando meio que sem rumo, na verdade sem rumo para mim, já que não conhecia muito bem Los Angeles ainda, mas tenho certeza que Joe sabia muito bem onde estávamos, se bem que nem me importava muito, se no perdêssemos, seria somente eu e ele, sem nenhuma pessoa ou erro passado para nos atrapalhar.
Conversamos sobre tudo, escola, sonhos, planos para o futuro, preferencias, Joe sempre me fazia rir horrores, mesmo contando piadas bem sem graça, eu ficava tão boba perto dele que parecia ser as melhores piadas do mundo. Paramos para descansar um pouco em uma praça, a praça era grande, muitas arvores, e uma grande fonte no centro, há também um soneto lindo. Apesar de estar localizada em uma avenida, com muitos carros e pessoas passando por volta, a praça conseguia ser relaxante, algumas pessoas traziam criança que brincavam em uns brinquedos que lá tem, outras aproveitavam para fazer caminhada, e alguns conseguiam até mesmo dormir na sombra das arvores.
_ Tá vendo aquele casal ali? – perguntou Joe, apontando para um casal de idosos, que estavam de sentados no banquinho do outro lado da praça, eles estavam de mãos dadas, em silencio, a senhora estava com a cabeça no ombro do senhor, eles observavam uma criança que brincava na frente deles, acredito que seja o neto deles.
_ Uhum.
_ No futuro estaremos do mesmo jeito. – falou. Joe passou o braço por trás e eu, assim como a senhora a nossa frente, deitei minha cabeça em seu ombro.  _ Ainda vai demorar, mas sei que seremos iguais a eles, sei que estaremos tão apaixonados um pelo outro, assim como estamos agora.
_ Será que você vai me aguentar até termos essa idade? – perguntei. Eu amo o Joe e envelhecer ao seu lado me parece um sonho, mas ele estava assim porque não me conhece por completo, se tudo entre nós der certo ele acabará descobrindo os meus segredos, e isso me apavora.
_ Não vejo motivo para não. – respondeu.
_ Não vê agora.
_ Então vamos começar... Eu sou extremamente preguiçoso, provavelmente quando estivermos casados e morando juntos, você vai brigar muito comigo por não ter pelo menos levado o copo para pia. – falou rindo. Tirei minha cabeça de seu ombro, sentei-me direito e parei para admira-lo. Será real? Eu realmente tinha alguém tão perfeito namorando comigo? Eu mereço isso? Parece algo tão irreal, como alguém assim, tão bonito, gentil, divertido, tudo o que uma garota espera, poderia se apaixonar por alguém como eu? Não sou bonita, não sou divertida, não tenho nada do que um garoto espera, porque então ele me ama? Será mesmo que ele me ama? Seria Joe capaz de estar brincando comigo? _ Fiz alguma coisa errada? – perguntou ao perceber meu olhar.
_ Não, você não fez nada de errado, você sempre faz as coisas certas. – respondi.
_ Ok, você está sendo irônica ou alguma coisa assim? – perguntou confuso.
_ Não, você é perfeito, perfeito para mim, é difícil de acreditar que isso tudo seja real, por mais que ainda não possamos estar juntos livremente, os momentos que passo com você é tudo tão maravilhoso, é de mais para mim.
_ Eu fico completamente feliz ao escutar isso, eu te amo e muito, te fazer feliz é a maior felicidade que eu posso ter ver você sorrido é melhor visão que eu posso ter estar do seu lado, ter um beijo seu é o melhor que pode me acontecer. – falou e depois começou a rir. Fiquei confusa, qual era a graça?
_ Porque você está rindo?
_ As coisas que eu falo...
_ São lindas.
_ São gays.
_ Joe. – rimos. _ Você acabou de atrapalhar um momento muito romântico, tá?
_ Acho que um beijo pode ajudar a esse momento romântico voltar. – falou.
_ Concordo. – falei. Demos um beijo apaixonado, nem liguei se estamos na rua e provavelmente algumas pessoas olhariam, queria apenas ter os seus lábios no meu.
                                                               (...)
_ Eu conheço uma lanchonete aqui perto, vamos lá? – perguntou ele. É, estava tudo bom de mais para ser verdade. _ Você deve estar com fome, não vi você comendo no intervalo e agora já são 3 da tarde e até agora você não comeu nada.
_ Você que deve estar com fome. – falei com tom de brincadeira, escondendo a verdade por trás das palavras.
_ Também. – falou rindo. _ Vamos? – perguntou.
_ Vamos. – respondi fingindo entusiasmo.
A lanchonete definitivamente era bem perto, na verdade era só atravessar a avenida em que a praça se localizava, o local era bem jovem, tinha uma parte só de jogos.

_ O que você vai querer? – perguntou Joe. Já estava a, pelo menos, 10 minutos olhando o cardápio, eu não queria nada.
_ O que você vai pedir? – perguntei. O que ele quisesse eu pegava também.
_ Um “Big Monster”, um copo de Coca-Cola e um porção media de fritas. – respondeu.
_ Você vai comer isso tudo sozinho? – perguntei assustada, o “Big Monster” é um sanduiche  gigante, tem tudo o que se pode imaginar. Só ele era capaz de sustentar, umas duas pessoas por um dia inteiro.
 _ Eu estou em fase de crescimento. – justificou-se. Ri. _ é serio.
_ Eu sei lá, vou pedir uma porção media de fritas e um suco.
_ Só? – perguntou.
_ Não pretendo crescer mais. – falei. Principalmente pelos lados.
_ Devia.
_ Falou o grandão.  
_ Por isso que eu como, para crescer. – falou. Rimos _ Vou lá fazer os pedidos, qual suco você vai querer?
_ Pode ser de laranja. – respondi.
                                                                               (...)
_ Chegaram tarde. – falou Denise assim que chegamos a sua casa. Já era 7 da tarde, foi tudo maravilhoso, apesar da refeição forçada, não tentei tirar nada, não queria que Joe descobrisse nada agora.
_ É. Nos distraímos e perdemos a noção do tempo. – respondeu Joe.
_ Comeram? – perguntou ela.
_ Sim.
_ Eu fiz um bolo, querem?
_ Claro. – respondeu Joe sem hesitar.
_ O meu pedaço é o maior. – gritou Kevin, vindo correndo para a sala.
_ O meu que vai ser o maior – falou Nick mais tranquilo. Ele já estava na sala, vendo tv.
_ O meu que vai ser maior eu sou o melhor filho. – falou Frankie.
_ Eu acho melhor eu levar a Maddie para casa, minha mãe já deve estar preocupada. – falei tentando sair livre dessa.
_ Eu já liguei para ela para avisar que vocês tinham saído. – falou Denise
_ Ainda sim, já está tarde.
_ Você não quer comer primeiro? – perguntou Denise.
_ Não, eu estou bem.
_ Perai, vou separar um pedaço para você levar, caso queira mais tarde. – falou ela, cortando um pedaço do bolo.

_ Tem certeza que não quer que eu vá com você? – perguntou Joe quando já estávamos indo embora.
_ Tenho, não precisa se preocupar. – falei.
_ Me liga quando chegar?
_ Ligo.

Quando chegamos em casa, minha mãe e Dallas já estavam lá, conversavam na sala.
_ Oi Mãe – quase gritou Maddie ao ver minha mãe, correu para abraça-la.
_ Oi minha princesinha.
_ Oi mãe. – cumprimentei, fui e abracei-a.
_ O que é isso Dallas? – perguntou Maddie, para a caixa que estava na mão de Dallas.
_ Um maquina fotografia. – respondeu, mostrando-a.
_ UAU QUE LEGAL – gritou Maddie eufórica.
_ Dallas já começou a gastar o salario, com coisas desnecessárias. – reclamou minha mãe.
_ Pois saiba a senhora que essa câmera será muito útil. – falou Dallas. Logo após se levantou do sofá. _ Demi, vem cá comigo. – chamou-me em direção do quintal. Deixei minha mochila em cima da mesa e fui. Quando chegamos lá ela começou a falar. _ É melhor você me agradecer, essa câmera será para você.
_ Porque você está me dando uma câmera? Nem meu aniversario é.
_ Digamos que essa câmera poderá ser sua salvação.
                CONTINUA...

Ei gente :D, mais um capitulo entregue espero que gostem, meus primeiros 20 capítulos *--------*. Acho que amanhã eu consigo postar de novo, estou aproveitando esse feriado para escrever que nem uma louca. Não se esqueçam de comentar.
Bjsss. 

2 comentários:

  1. cap perfeito....

    tomara q de certo esse plano da dallas, acho q é bater foto do travis

    bjo bjo e posta logo

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  2. Amando a fic!! Edta perfeito o capitulo!! :)
    Acho que a Dallas vai trocar a camera nova dela com a do Travis e apagar as fotos.. Nao sei se e isso mas e oq eu acho..
    Oq for o plano dela, espero q de certo!!!!
    Posta logo!!!!! :))

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